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Postagem de aula 3 -Sociologia Jur. Judic

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Aluna: Edilene Araújo dos Santos – 2º Período Direito – Manhã – Unidade Millôr Fernandes
Caso 1
Rocinha cresce na vertical. “Mais de um terço dos imóveis na Rocinha  são prédios com dois ou mais andares e quase a metade não tem qualquer documentação. Os números constam de uma pesquisa realizada pela Fundação Bento Rubião, responsável pelo programa de regularização fundiária da comunidade,  que entrevistou mil moradores entre dezembro e março... A falta de documentação sobre o espaço de cada um torna-se um agravante. Do total de entrevistados 44% não tem qualquer documentação sobre o imóvel em que vivem e apenas 1% tem escritura definitiva. Entre as pessoas que moram de aluguel (11% dos entrevistados), 81% não tem contrato de locação e 54%, sequer recibos de pagamento... Na ausência do poder público, a maior associação de moradores da favela, a União Pró-Melhoramentos dos Moradores da Rocinha, acabou se transformando numa espécie de cartório, já tendo cadastrado um terço das moradias da comunidade.  Hoje quando a uma família precisa, por exemplo, fazer um inventário, a Justiça manda ofício direto para a Associação de Moradores (Jornal O Globo, 04/11/07).
a)	Com relação ao grupo social que cria as regras de conduta, o texto acima expressa uma visão monista ou pluralista do Direito? Justifique.
Resposta:
Uma visão pluralista pois no grupo social (os moradores da Rocinha) têm suas normas próprias no que diz respeito à compra e venda de imóvel, esse grupo não segue as diretrizes do Estado, pois são proprietários de imóveis sem ter documentação qualquer, mas a associação de moradores da favela, foi transformada em um “cartório” em que está cadastrado 1/3 das moradias da comunidade e atualmente quando uma família precisa fazer um inventário a Justiça expede um ofício direto para está associação, reconhecendo nela um ente capaz de dar informações válidas, quanto a quem detém a posse do imóvel, ainda que não haja documentação expedida por órgão competente. Na visão Monista isso jamais aconteceria pois as normas são oriundas apenas e tão somente do Estado.
b)	A situação narrada no texto em termos do estabelecimento de regramentos de conduta é distinta da produção de normas como prerrogativa do Estado. Analise a pertinência desta forma peculiar de produção normativa tendo como ponto de vista as populações afetadas.
Resposta:
É distinta pois é um direito paralelo, mas reconhecido pelos moradores e por isso é um direito legítimo e é utilizado por eles para a solução de conflitos. Uma vez que o Estado “não chega” a esses locais de eficientemente não há outra maneira para essas pessoas de criarem seus próprios regramentos. 
c)	Que distinção os adeptos do monismo jurídico fazem entre “pluralismo normativo” e “pluralismo jurídico”? Para responder esta questão, leia o texto de Renato Bray indicado na bibliografia complementar.
Resposta:
Eles declaram que o que existe é um pluralismo normativo pois essas normas informais não possuem o atributo da juridicidade, não há pluralismo jurídico, uma vez que somente ao Estado é dado o poder de editar leis, estas sim têm juridicidade. 
d)	Que relação este autor estabelece entre teoria crítica, positivismo, monismo e pluralismo?
Resposta:
A relação é que a teoria crítica questione o que está disciplinarmente ordenado e oficialmente consagrado, opondo-se ao positivismo jurídico e ao monismo e reconhece o pluralismo jurídico como um fenômeno real.
 
QUESTÃO OBJETIVA
Assinale a alternativa correta e justifique sua escolha.
“Aos olhos de uma Teoria Crítica, reconhece-se a existência de um Direito não oficial que emerge das práticas sociais, um Direito "paralelo", "achado na rua" ou "insurgente". Nessa linha de raciocínio, o Direito é legítimo não em função da autoridade competente ou dos mecanismos procedimentais do Estado quanto à criação das normas, mas é válido porque a comunidade reconhece como tal. Assim, a Comunidade Local, a exemplo da Associação dos Moradores de Bairro de uma favela, não só reconhece a legitimidade das normas informais, mas também as aplicam, solucionando, dessa forma, os conflitos” (BRAY, Renato Toller. Um estudo sobre a relação entre a teoria jurídica crítica e o pluralismo jurídico. Disponível em http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7503).
Esta situação nos revela uma problemática relacionada aos seguintes fenômenos, EXCETO:
(a)	a negação de que o Estado seja a fonte única e exclusiva de todo o Direito. 
uma visão antidogmática e interdisciplinar que advoga a supremacia de fundamentos ético-sociológicos sobre critérios tecnoformais. 
a teoria do monismo jurídico       
(d)	minimiza-se ou exclui-se a legislação formal do Estado e prioriza-se a produção normativa multiforme de conteúdo concreto gerada por instâncias, corpos ou movimentos organizados semi-autônomos que compõem a vida social.
(e)	a teoria do pluralismo jurídico

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