Buscar

trabalho completo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO ILDEFONSO SIMÕES LOPES ENSINO MÉDIO – TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE
REUTILIZAÇÃO DE ROLHAS DE CORTIÇA PARA PRODUÇÃO DE SACOLAS BIODEGRADÁVEIS
AMANDA OLIVEIRA DA SILVA
JOANA SOUZA TEIXEIRA
 
Orientador: Prof. Joedson Coelho da Silva
Co orientadora: Profª. Kátia Guiardi Airoldi
OSÓRIO
2019
AMANDA OLIVEIRA DA SILVA
JOANA SOUZA TEIXEIRA
REUTILIZAÇÃO DE ROLHAS DE CORTIÇA PARA PRODUÇÃO DE SACOLAS BIODEGRADÁVEIS
Orientador: Prof. Joedson Coelho da Silva
Co orientadora: Prof. Kátia Guiardi Airoldi
OSÓRIO
2019
DEDICATÓRIA
	Dedicamos este projeto a todos que desejam, de alguma forma, preservar o meio ambiente de uma maneira mais sustentável e econômica, pois cada vez mais são produzidas embalagens a partir dos derivados do petróleo e diminuir esse poluente é de extrema importância tanto para nós quanto para a futura geração.
AGRADECIMENTOS
	Agradecemos o apoio dos nossos pais e parentes, e em especial dos nossos colegas que se dispuseram a nos ajudar com o possível. Também agradecemos às doações de rolha de cortiça feita pela nossa professora Claijam da escola Rural e os demais cidadãos sensibilizados à doarem o material. Por fim, agradecemos a todos os nossos professores envolvidos e principalmente nossos orientadores que estavam aptos todo o momento a auxiliar-nos.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	7
1.1 HIPÓTESE(S)	8
1.2 OBJETIVOS	8
1.2.1 Geral	8
1.2.2 Específico(s)	8
1.3 JUSTIFICATIVA	8
2 REFERENCIAL TEÓRICO	10
2.1 IMPORTÂNCIA NO MEIO AMBIENTE.................................................................10
2.2 DESCARTE DE RESÍDUOS ...............................................................................11
2.3 PLASTICOS.........................................................................................................13
2.3.1 Sacolas Plásticas..............................................................................................14
2.3.2 Sacolas Oxibiodegradáveis...............................................................................16
2.4 ÁRVORE SOBREIRO (Querius suber) ...............................................................17
2.4.1 Rolha de Cortiça................................................................................................19
2.4.2 Desodorização...................................................................................................21
2.5 GELATINA............................................................................................................22
2.6 AMIDO........................................................................................................................................23
2.7 O POLIESTIRENO EXPANDIDO (EPS)..............................................................25
2.8 ÓLEOS ESSENCIAIS..........................................................................................26
2.8.1 D-Limoneno.......................................................................................................27
2.9 GLICERINA..........................................................................................................27
2.10 MICRORGANISMOS..........................................................................................29
2.11 BIODEGRADAÇÃO............................................................................................30
3METODOLOGIA......................................................................................................32
3.1 A ABORDAGEM DA PESQUISA	.32
3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS	.32
3.3 OS DADOS DA PESQUISA	33
4 CRONOGRAMA	35
5 ORÇAMENTO	36
6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS	37
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS	46
REFERÊNCIAS	47
ANEXOS	50
1 INTRODUÇÃO
	O petróleo é produto altamente poluente para o meio ambiente, e atualmente, além de servir como uma das principais fontes de energia, também é utilizado para a fabricação de diversos materiais como o plástico, um derivado do mesmo, que além de ser constituído por petróleo, leva anos até começar o seu processo de degradação. Reparando neste problema e o seu impacto, as organizações ambientais tentam, cada vez mais, estabelecer uma solução para o fim desse poluente. 
Uma das alternativas sustentáveis é a produção de um plástico biodegradável com a reciclagem da rolha de cortiça, onde a mesma é misturada com amido de milho, colágeno e água, tornando-se uma superfície densa e flexível, havendo ainda a possibilidade de transformar esse plástico biodegradável em uma sacola biodegradável, visando substituir as sacolas convencionais.
A árvore sobreiro, uma das maiores geradoras de elevados níveis da biodiversidade, é transformada em rolha de cortiça que é utilizada como vedante para garrafas de vinho, trabalhos artesanais e outros diversos recursos, sendo depois as sobras dessa árvore descartadas em lixos. No mundo todo, as rolhas são utilizadas por grandes indústrias, comércios e entre outros. Porém, muitos desconhecem da origem, produção e destino da mesma, e pensar na importância de um impacto menor ao meio ambiente possui grande seriedade.
Então, para a produção de materiais sustentáveis que beneficiam tanto a vida humana como animal e o meio ambiente em que esses habitam, a sacola biodegradável formada a partir da rolha e do poluente torna-se uma opção ecologicamente correta.
1.1 HIPÓTESES 
- Seria possível arrecadar rolhas de cortiça através da sensibilização e comunidades;
- Consegue-se produzir o plástico biodegradável, e com isso, minimizar o uso e os impactos ambientais gerados pelo plástico polipropileno;
- A partir da produção do plástico biodegradável, será possível estruturá-lo corretamente conferindo a ele consistência resistente e maleável.
1.2.1 OBJETIVO GERAL 
Reutilizar as rolhas de cortiça Erythrina crista-galli e transformá-las em um material biodegradável para consumo próprio visando minimizar e desenvolver uma opção ecológica ao uso do plástico polipropileno em algumas situações cotidianas.
1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
- Coletar e preparar (triturar) as rolhas de cortiça; 
- Desenvolver e aprimorar as técnicas de transformação da cortiça em plástico biodegradável. 
- Mensurar quantia exata de rolhas de cortiça e outros elementos para produzir o plástico biodegradável;
- Realizar testes de flexibilidade, coesão e homogeneidade do plástico biodegradável;
- Realizar análise sensorial como visão, tato e olfato do produto;
- Verificar durabilidade e resistência do produto biodegradável com espessuras diferentes;
1.3 JUSTIFICATIVA
O plástico é um problema ambiental grave em especial quando descartado incorretamente sendo alvo de atenção mundial relacionada à quantidade utilizada para os seus usos. Quando chegam aos oceanos partículas plásticas podem ser interpretadas como alimento estando estas entre as maiores causas de mortes de animais marinhos. 
As rolhas de cortiça caracterizam-se por serem naturais, e não poluentes ao meio ambiente, podendo ser recicláveis e reutilizáveis, como em peças de design, bolas de tênis e outros. Quanto às rolhas de cortiça, Silva et al (2019, p. 36) afirma que: “A cortiça é um produto renovável de elevado valor que está na base da sustentabilidade econômica, social e ecológica.”
Em vista destes fatores, decidiu-se realizar o presente projeto visando desenvolver mecanismos para a reutilização das rolhas de cortiça de uso comum reduzindo os impactos ambientais.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 IMPORTÂNCIA NO MEIO AMBIENTE
A perspectiva ambiental requer uma visão de mundo onde há inter-relações e reciprocidade com os demais elementos que o meio ambiente oferece do planeta. Quando o assunto se trata de questões ambientais, nem sempre é relatado o peso que realmente tem as relações de mercado, consumo excessivo, grupos de interesse, na determinação das condições do meio ambiente, sendo assim, a demanda global dos recursos naturais, se forma a partir da produção e o consumo em larga escala. Pode-se citarexemplos de ações inadequadas diante aos recursos naturais, onde automaticamente atinge a população. As relações político-econômicas, por exemplo, é responsável por permitir boa parte da destruição dos recursos naturais, o que resulta a exploração descontrolada de recursos naturais, especialmente nas populações carentes, como no Brasil, que as terras indígenas são invadidas para a exploração de recursos, gerando consequências.
Onde se retirava uma árvore, atualmente retiram-se milhares de árvores. Onde algumas famílias se alojavam, consumindo baixa quantidade de água e produzindo poucos detritos, agora moram milhões de famílias, consumindo demasiadamente os recursos hídricos gerando também milhares de toneladas de resíduos por dia, automaticamente sistemas inteiros de vida vegetal e animal são tirados de seu equilíbrio. Muitas vezes, para usar um recurso natural, perde-se outro de maior valor.
 É preocupante a forma como os recursos naturais e culturais brasileiros vêm sendo tratados, o progresso hoje em dia está diretamente relacionado a como se obtém os recursos bem como a forma como se tratam os resíduos 
2.2 DESCARTE DE RESÍDUOS 
Os resíduos, em especial o plástico, quando descartados incorretamente, podem interferir no meio ambiente e no modo de vida do seres vivos inclusive dos humanos. A degradação dos plásticos principalmente nos oceanos resulta em microplásticos que incorporados na cadeia alimentar interferem de diferentes formas na vida dos seres vivos sendo que nos humanos através dos frutos do mar e do sal de cozinha podem se alojar dentro das paredes intestinais, podendo não ser eliminadas e levando em risco nossa saúde. 
 
Os estudos sobre os impactos biológicos dos microplásticos para a saúde humana ainda são recentes. No entanto, o estudo publicado por Prata,56 sugeriu que os microplásticos apresentam riscos para a incidência de doenças após a inalação, como doenças respiratórias e cardiovasculares, considerando baixas concentrações de exposição, e câncer pulmonar para maiores concentrações. (OLIVATTO et al., 2018, p. 1979)
 
Além de intervir em diversas espécies ecossistêmicas, como quando descartados em oceanos suas micropartículas são ingeridas pelos animais que habitam aquele local, e leva-os a óbito. 
	
Do plástico produzido 40% é descartado no prazo de um ano, sobretudo o plástico utilizado no sector das embalagens, e não existam estimativas fiáveis sobre as quantidades que atingem os oceanos, estima-se que a maior parte (60 a 80%) dos detritos marinhos sejam compostos por plástico (DERRAIK, 2002 apud FRIAS; MARTINS; SOBRAL, 2011, p. 14).
Imagem 1 - Descarte de resíduos na beira da praia
[footnoteRef:1] [1: Disponível em: https://www.google.com/search?safe=active&biw=1536&bih=674&tbm=isch&sa=1&ei=uEoZXdihMfmx5OUPosWwqAI&q=descarte+de+res%C3%ADduos+em+oceanos&oq=descarte+de+res%C3%ADduos+em+oceanos&gs_l=img.3...45744.48409..48628...0.0..0.112.1145.1j10......0....1..gws-wiz-img.......35i39j0j0i30j0i5i30j0i8i30j0i24.xoF6IDghqlE#imgrc=HDIbzkEFNQ5y] 
Fonte: Google
Outrossim, os objetos encontrados em nossa residência que para nós não possuem mais valor e acabam sendo descartados em lixos, muitas vezes deixam de cumprir seu importante papel, a logística reversa. De acordo com Vianna (2011, p. 192) “Os objetos são recursos, exceto o mal projetado ou produzidos com componentes tão tóxicos que jamais deveriam ter sido concebidos.” Cabe a logística reversa o reaproveitamento do material e sua respectiva destinação adequada. O art. 3 da Política Nacional de Resíduos Sólidos de 2010 estabelece sobre o destino ambientalmente adequado para esses resíduos: “Distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos.”
Caso os resíduos sejam hospitalares, nucleares, radioativos, entre outros, o seu descarte exige mais rigidez cuidados estando estes enquadrados em outros procedimentos de armazenamento e reciclagem pois necessitam de um cuidado extremo sendo que representam riscos ambientais e à saúde pública elevados. 
Algumas formas de minimizar esses rejeitos é reciclando, diminuindo a produção do mesmo, o seu descarte correto e sua degradação. Segundo Vianna (2011, p.192) “Lixo é o que fazemos quando os misturamos, separados são recursos.” Reduzir a quantidade de resíduos é um propósito mundial que requer o auxílio de todos e é de extrema importância tanto para o meio ambiente quanto para o ser humano. 
Figura 1 - Descarte de resíduos
[footnoteRef:2] [2: Disponível em: https://www.google.com/search?safe=active&biw=1536&bih=674&tbm=isch&sa=1&ei=S0EZXdyYA6HW5OUP547uAE&q=descarte+de+res%C3%ADduos&oq=descarte+de+res%C3%ADduos&gs_l=img.3..0i67j0l5j0i7i30l3j0i8i30.2412545.2412545..2412836...0.0..0.113.113.0j1......0....1..gws-wiz-img.t0rNPwh338U#imgrc=xwowl8RbeMZKAM:] 
Fonte: Google
2.3 PLÁSTICOS
O material que atualmente conhecemos como plástico surgiu progressivamente, a partir das contribuições de vários inventores e de diferentes partes do mundo, tendo origem nos polímeros naturais como o látex e a celulose. No presente momento, é um artefato muito utilizado pelas indústrias para a produção de embalagens de alimentos, meios de transporte, eletroeletrônicos, sacolas plásticas, e diversos outros objetos. O produto apresenta grande versatilidade, por esse fator, vem provocando mudanças no consumo, no estilo de vida dos indivíduos e principalmente no meio ambiente. As pesquisas abordam o plástico como:
Plástico: material cujo constituinte fundamental é um polímero, principalmente orgânico e sintético, sólido em sua condição final (como produto acabado) e que em alguma fase de sua produção foi transformado em fluido, adequado à moldagem por ação de calor e/ou pressão. (PIATTI;RODRIGUES, 2005, p. 12)
O Brasil é o quarto maior produtor de plásticos, das 11,3 milhões de toneladas do material produzidas anualmente, apenas 1,2% possuem o destino correto, estando atrás dos EUA (que recicla 34,6%), China (21,9%) e Índia (5,7%). Quanto ao consumo do plástico, Grandelle (2019) afirma que:” A comunidade internacional despeja cerca de 10 milhões de toneladas de plástico nos oceanos por ano, uma quantidade que preencheria 23 mil Boeing 747”. 
 As substâncias utilizadas para a confecção de plásticos são derivados principalmente do petróleo, um elemento constituído de compostos orgânicos, essencialmente hidrocarbonetos, que possui contaminações variadas de enxofre, nitrogênio, oxigênio e metais. A sua utilização vem causando danos graves ao meio ambiente, o que agride todos os seres vivos e seu habitat e consequentemente afetará as gerações futuras.
Imagem 2 – Garrafas plásticas
[footnoteRef:3] [3: Disponível em: https://www.google.com/search?biw=1360&bih=576&tbm=isch&sa=1&ei=-YI3XZrkOu_W5OUPnuuWwAc&q=plastico&oq=plastico&gs_l=img.3..35i39l2j0l8.9798.11846..12123...0.0..0.263.1256.1j7j1......0....1..gws-wiz-img.....0..0i67.LXWiphZoXi8&ved=0ahUKEwjaxKrShMzjAhVvK7kGHZ61BXgQ4dUDCAY&uact=5#imgrc=MR5y0MU0AeaGHM:] 
Fonte: Google
2.3.1 Sacolas Plásticas
	Há uma grande diversidade de embalagens plásticas. Mercados, lojas de roupas e calçados, bazares, entre diversos outros comércios distribuem uma enorme quantia de sacolas desse material. Segundo Vasconcelos (2019) “O plástico corresponde cerca de 20% do volume total de resíduos produzidos.” Após serem utilizadas para transportar alimentos e outros elementos, essas sacolas são descartadas em lixos, muitas vezes junto de outros resíduos que não possuem o mesmo destino que as mesmas, pois não são adequadas para reciclagem. Conforme Costa, Freire e Santos (2012) “A estimativa é que 95% de todas as sacolas plásticas terminem nos aterros e acabem representando 0,02 a 0,25% em massa do lixo urbano, sendo que 80% delas já teriam sido reutilizadas.” 
Com a produção de embalagens biodegradáveis, a busca de formas de minimizar os impactosambientais e o clamor social por tecnologias e produtos que resultam em menor degradação ambiental, as empresas produtoras de plásticos não biodegradáveis irão responder rápido pois o consumo do mesmo diminuirá e em consequência essas empresas terão lucro reduzido. 
Foi lançado um Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, liderado pela Plastivida, Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, Instituto Nacional do Plástico (INP) e pela Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief). O programa baseado no principio dos 3 R´s (redução do número de sacolas, reuso e reciclagem) visa a redução do uso das sacolas plásticas, por meio da melhoria da sua qualidade e da conscientização em relação ao consumo. (COSTA; FREIRE; SANTOS, 2012)
A produção de sacolas biodegradáveis torna-se então a opção mais viável para o meio ambiente, pois não poluirá os ecossistemas, e respectivamente para o ser humano que por sua vez não adquirirá doenças respiratórias entre outras. 
A produção de plásticos 100 % biodegradáveis, degradáveis por meio da ação de microrganismos, seria a alternativa promissora para solucionar os problemas ambientais oriundos do uso dos plásticos convencionais, no entanto a sua produção no mercado ainda é mínima, representando a capacidade de produção global de somente 4 milhões de toneladas, ou seja, cerca de somente 1 % da produção total de plásticos sintéticos. (OLIVATTO et al., 2018, p. 1974). 
As sacolas plásticas, que se fragmentam em macro e micro partículas de plástico afetam diariamente os oceanos onde há vida animal e vegetal que danificam-se em razão desse material retardar anos a iniciar o processo de decomposição, e inúmeros estudos apontam incontáveis animais que vieram a falecer por conta dos referentes plásticos ou que o mesmo comportou-se em seu estômago, onde o animal precisou passar por uma operação para retirar os resquícios de plásticos.
Imagem 3 – Sacola Plástica
[footnoteRef:4] [4: Disponível em: https://www.google.com/search?q=sacola+plastica&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj7m9_Ltc7jAhUv2FkKHXekBlkQ_AUIESgB#imgrc=-NtcOltYJVnb4M:] 
Fonte: Google
2.3.2 Sacolas Oxibiodegradáveis
Os plásticos são materiais sólidos quando estão em temperatura ambiente, mas quando são submetidos a temperaturas e pressão altas, podem reagir de diferentes formas, podem ser biodegradáveis ou oxibiodegradáveis. Os oxibiodegradávies possuem um processo de fabricação diferente, são adicionados aditivos pró-degradantes que causam degradação acelerada. Os plásticos biodegradáveis são os materiais degradáveis por microrganismos. Existem três estágios para o processo de oxibiodegradação, o primeiro é a produção, onde é feita a adição de elementos específicos (cobalto, ferro, manganês ou níquel). O estágio seguinte, é no final da vida do produto, o mesmo começa a degradar-se com a presença de oxigênio, através do processo de oxidação acelerado pela luz e calor. Porém, há diversas discussões sobre esse tipo de plástico, quanto aos plásticos oxibiodegradáveis Santos, Freire e Costa (p. 5) afirmam, os plásticos oxibiodegradáveis não foram projetados para a compostagem, nem para a digestão anaeróbica e nem para a degradação no fundo dos aterros.” 
Através de estudos realizados, comparando o tempo de degradação da sacola convencional com a sacola oxibiodegradável em exposição às intempéries climáticas, avaliou-se que as segundas não obtiveram comportamento mais acelerado na degradação, e que as mesmas possuem vida útil de no mínimo 18 meses. Quando submetidas a aterros sanitários irão se desintegrar e degradar parcialmente, tanto na superfície quanto próximo a ela, se a situação for ao contrária, estarão inertes, ocupando o espaço assim como as sacolas convencionais. 
Imagem 4 – Sacola Oxibiodegradável
[footnoteRef:5] [5: Disponível em: https://www.google.com/search?q=sacolas+oxibiodegradaveis&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiVxpuQtc7jAhVkplkKHc8TDl4Q_AUIESgB&biw=1360&bih=625#imgrc=S2LLR44LLU0iYM:] 
Fonte: Google
2.4 ÁRVORE SOBREIRO (Querius suber) 
A árvore sobreiro é produzida em maior escala no continente europeu, devido certos países desse mesmo continente utilizarem grande quantia de rolhas de cortiça utilizadas para vedar garrafas de vinhos que são vendidas por todo o mundo.
Portugal é, desde há alguns anos, um líder na exploração da cortiça, tendo esta atividade uma grande importância económica, social e ambiental. Efectivamente, a indústria corticeira tem vindo a desenvolver uma grande variedade de artigos produzidos a partir deste material vegetal, sendo as rolhas de cortiça as que mais procura têm, pelo facto de possuíram características únicas, que permitem a conservação das propriedades do vinho. (BARBOSA et al., 2012, p. 01)
Imagem 5 - Árvore sobreiro (Querius suber)
[footnoteRef:6] [6: Disponível em: https://www.google.com/search?safe=active&biw=1536&bih=674&tbm=isch&sa=1&ei=PEwZXd3rN8SP0AbR_JD4AQ&q=%C3%A1rvore+sobreiro+%28quercus+suber%29&oq=%C3%A1rvore+sobreiro+%28quercus+suber%29&gs_l=img.3...83478.98205..98435...0.0..0.111.3174.10j22......0....1..gws-wiz-img.....0..0j0i8i30j0i30.1UkGNhUitCk#imgrc=c2t4dwBsr16lLM:] 
Fonte: Google
O sobreiro, por ser muito utilizado para tais fins, torna-se sensível pois o processo de descortiçamento retira a proteção que o mesmo tem para que sejam produzidas as rolhas de cortiça, e então a árvore descansa entre um tempo de aproximadamente nove anos para que logo depois seja realizado novamente o processo de descortiçamento. De acordo com Barbosa et al. (2012, p. 03) “A primeira extração decorre quando o sobreiro atinge os 25 a 30 anos de idade e de seguida é feita de 9 em 9 anos.” 
O cultivo da árvore sobreiro pode ser efetuado através de estaquia, onde pequenas estacas são plantadas em solos úmidos para que possam crescer plantas mais
A técnica de multiplicação vegetativa mais comumente utilizada para a clonagem de plantas lenhosas, em larga escala, tem sido o enraizamento de estacas. A viabilidade da propagação comercial de mudas por estaquia depende da capacidade de enraizamento de cada espécie, da qualidade do sistema radicular formado e do desenvolvimento posterior da planta. (NEVES et al., 2006 apud NIENOW; PETRY; SOSSELLA, 2007, p. 164).
A cortiça, o segmento retirado da árvore sobreiro, possui um tecido vegetal macio e impermeável a líquidos devido a presença de substâncias insolúveis que que a compõe. Essa, segundo Barbosa et al (2012, p. 02) divide-se em três tipos:
Do primeiro descortiçamento, que ocorre quando a árvore atinge 25 anos de idade, aproximadamente, a cortiça é denominada por cortiça virgem; da segunda tiragem é designada por secundeira e nas extrações seguintes, que ocorrem a cada nove anos, recebe o nome de amadia. De facto, esta última é a de maior qualidade e mais valorizada, sendo a que é utilizada no fabrico de rolhas.
Imagem 6 - Descortiçamento do sobreiro
[footnoteRef:7] [7: Disponível em: https://www.google.com/search?safe=active&biw=1536&bih=674&tbm=isch&sa=1&ei=PEwZXd3rN8SP0AbR_JD4AQ&q=%C3%A1rvore+sobreiro+%28quercus+suber%29&oq=%C3%A1rvore+sobreiro+%28quercus+suber%29&gs_l=img.3...83478.98205..98435...0.0..0.111.3174.10j22......0....1..gws-wiz-img.....0..0j0i8i30j0i30.1UkGNhUitCk#imgrc=GaqhPwioKwaaOM:] 
Fonte: Google
Por ser uma árvore de largo porte, o sobreiro armazena como nenhuma outra árvore, uma enorme quantia de carbono durante longos períodos.
As florestas são as grandes aliadas nesta luta, já que através da fotossíntese, as árvores absorvem dióxido de carbono que é transformado em tecidos orgânicos. O carbono é então captado e armazenado no tronco, nos ramos e raízes das árvores e no solo da floresta. Ora, por ser uma árvore de grande longevidade, o sobreiro promove como nenhuma outra o armazenamento de carbono durante períodos muito longos. (AMORIM, 2014, p. 20)
Os sobreiros não são capazes só de remediar a degradação dos solos, como também é gerador de elevados níveis da biodiversidade.
2.4.1 Rolha de CortiçaPortugal é o líder na exploração da cortiça, a indústria corticeira é um dos setores que mais possuem importância na economia portuguesa. Cerca de 90% da produção do material é direcionado ao mercado externo, e 10% para o mercado interno, sendo que, pouco menos da metade das empresas portuguesas (40%) são exportadoras. No processo de fabricação de rolha de cortiça, exige baixo consumo de energético e contém baixa poluição pela mesma constituir qualidades naturais. A rolha de cortiça pode ser 100% reciclável, o produto possui caráter ecológico. Referente ao ciclo de vida das rolhas de cortiça versus vedantes alternativos (alumínio e plástico).
	Este processo está dividido em duas fases: a extração da cortiça e o tratamento da mesma. A extração regular da cortiça do sobreiro possui um papel fundamental tanto para a sustentabilidade ecológica quanto para sustentabilidade económica do nosso país. No seu tratamento há nove processos, sendo eles: cozedura (o material é cozido por uma hora e meia, resultando no aumento da rolha), estabilização (período de repouso de duas a três semanas, e também adquire maleabilidade e teor de humidade adequada (14%) importantes para seu manuseamento), rabaneação (as rolhas são selecionadas de acordo com a sua espessura, qualidade da cortiça, elasticidade), brocagem (a cortiça toma forma cilíndrica de uma rolha), retificação seleção (é feita a seleção das rolhas referente ao seu aspecto e estado de superfície, assim como a detecção de rolhas com defeitos), lavagem (as rolhas são desinfetadas, podem ser lavadas por água oxigenada ou ácido peroxiacético), marcação (são marcadas de acordo com as indicações do cliente), embalamento (são embaladas em sacolas plásticas específicas onde impede a ação de microrganismos nas rolhas).
A rolha de cortiça comparada com os outros vedantes (plásticos), possui maior qualidade por conter, origem vegetal, não contribuir para o desmatamento (a árvore não é danificada) são totalmente recicláveis, contém baixo consumo energético, são capazes de resistir a variações de temperatura e pressão, adaptam-se a diversos gargalos, preserva o sabor do conteúdo vedado. Já os outros vedantes, pode-se perceber que suas características são inferiores as rolhas, comparando suas propriedades e funções, como nos exemplos a seguir: São derivados de petróleo; Fontes renováveis e poluentes; Possuem baixas taxas de reciclagem; Elevado consumo energético; Menor resistência a temperaturas diversificadas e pressão; Maleabilidade reduzida; Transmissão de gostos e aromas para o material vedado. Referente ao ciclo de vida das rolhas de cortiça versus vedantes alternativos (alumínio e plástico), Amorim (2014, p. 20) afirma que: As rolhas de cortiça são a única opção amiga do ambiente, ou seja, a melhor opção de vedante para produtores de vinho”. A Cortiça é, na natureza, uma matéria altamente ecológica, a sua reciclagem e possibilidade de reutilização em novos produtos, enaltece a sustentabilidade. O processo de reciclagem da rolha de cortiça é dividida pelas seguintes etapas: Sobreiros (pranchas de cortiça são retiradas do sobreiros, sem danificações ao mesmo); Rolhas para vinho (a cortiça é transformada em rolhas para vinho e depois de usadas são recolhidas para reciclagem); Trituração (no processo de reciclagem, as rolhas são trituradas e transformadas em pequenos pedaços, sendo chamados esses pequenos pedaços de granulados); Outro produtos (o granulado da cortiça é usado para produzir outros produtos que vão desde a indústria automóvel à construção civil ou aeroespacial).
Imagem 7 – Rolha de cortiça
[footnoteRef:8] [8: Disponível em: https://www.google.com/search?q=rolha+de+corti%C3%A7a&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi7tfXZtM7jAhUipFkKHSapC4cQ_AUIESgB&biw=1360&bih=625#imgrc=1qNjZRW_qAMJeM:] 
Fonte: Google
2.4.2 Desodorização
A rolha de cortiça, na maioria das vezes, libera um odor e sabor nos vinhos comprados que é devido a presença de microrganismos como bactérias e fungos que precisam ser eliminados das mesmas através de um processo chamado desodorização.
A desodorização nada mais é do que um processo de esterilização dos microrganismos. Segundo Barbosa (2012, p. 10) “A desodorização engloba diferentes processos que permitem remover substâncias indesejáveis que conferem odores aos objetos em que se encontram.” 
Para ocorrer o processo de desodorização das rolhas de cortiça são necessários equipamentos adequados e máquinas. Há diversas maneiras de desodorizar as cortiças, dentre os principais destacam-se o tratamento em que utiliza uma suspensão aquosa de carvão ativado, que é capaz de reter contaminantes nos seus poros, permitindo a eliminação de odores, e ainda o tratamento através de destilação sob vapor controlado.
Imagem 8 - Desodorização das rolhas de cortiça
[footnoteRef:9] [9: Disponível em: https://www.google.com/search?safe=active&biw=1536&bih=674&tbm=isch&sa=1&ei=Ek0ZXYaxEM245OUP9tGL6AE&q=desodoriza%C3%A7%C3%A3o+rolhas+de+corti%C3%A7a&oq=desodoriza%C3%A7%C3%A3o+rolhas+de+corti%C3%A7a&gs_l=img.3..35i39.250701.250701..250905...0.0..0.114.114.0j1......0....1..gws-wiz-img.UPq-XibsG-s#imgrc=GEZK3lvovHO0AM:] 
Fonte: Google
2.5 GELATINA
A gelatina é uma proteína de origem animal, e derivada da hidrólise parcial do colágeno (componente que provem de pele, ossos, tendões e tecido conectivo de animais), apresenta também a propriedade de formar géis termo-reversíveis após ser aquecida, solubilizada e resfriada. O colágeno tem como característica o alto conteúdo de glicina (27%), hidroxiprolina (14%), prolina (16%) e aminoácidos (43%), assim como o elemento colágeno, a gelatina possui 18 aminoácidos diferentes. As características visco-elásticas da gelatina são visíveis pelo fato de estar presente a composição de aminoácidos, massa molecular média e conter grau de polimerização da cadeia O procedimento de formação do produto envolve interligações iônicas entre grupos amino e carboxil dos aminoácidos, com a ajuda de hidrogênio.
 Produção da gelatina é realizada, sobretudo, a partir do colágeno de mamíferos, assim como o dos peixes e aves também é adequado, porém são utilizados muito raramente. Este elemento é derivado de três matérias primas animais: pele suína, pele bovina e pedaços de ossos. As fontes abastecedoras são os curtumes, abatedouros, processadores de produtos cárneos e similares. A consistência da gelatina depende da concentração e da firmeza intrínseca da gelatina utilizada, que por sua vez é função, tanto da sua estrutura quanto do seu peso molecular. A firmeza do gel do produto não depende do pH pelo fato de conter uma ampla faixa de valores acima de aproximadamente 5.0, entretanto, um fator que altera a rigidez do gel é a temperatura. Ao contrário de outros polissacarídeos que formam géis, a formação de gelatina não necessita de presença de outros reagentes, como sacarose e sais, entre outros.
Imagem 9 - Gelatina
[footnoteRef:10] [10: Disponível em:
https://www.google.com/search?biw=1360&bih=625&tbm=isch&sa=1&ei=dsE4XYWNI8rJ5gLKv5_IBg&q=gelatina+tumblr&oq=gelatina+tumblr&gs_l=img.3..0i30.12644.14179..14362...0.0..0.384.1519.2-3j2......0....1..gws-wiz-img.......0i67j0j0i5i30j0i8i30.Kgf5sRWXcPE&ved=0ahUKEwiFoI6wtM7jAhXKpFkKHcrfB2kQ4dUDCAY&uact=5#imgrc=puPCOji5WpoH-M:
] 
Fonte: Google
2.6 AMIDO
O amido é um polissacarídeo composto principalmente de amilose (formada por unidades de glicose unidas por ligações glicosídicas) e amilopectina (formada por unidades de glicose). Ambos componentes podem ser separados viabilizando novas blendas com proporções variadas e assim aumentando ainda mais sua utilização. De forma geral, os amidos que mais são usados comercialmente, é os amidos de milho, batata, trigo, mandioca e arroz. Segundo as pesquisas do amido:
É utilizado para alterar ou controlar diversas características, como textura, aparência, umidade, consistência e estabilidade no armazenamento (shelf life). Pode também ser usado para ligar ou desintegrar; expandir ou adensar; clarear ou tornar opaco; reter a umidade ou inibi-la;produzir textura lisa ou polposa e coberturas leves ou crocantes. Também serve tanto para estabilizar emulsões quanto para formar filmes resistentes ao óleo. (FOOD INGREDIENTS BRASIL, 2015, p. 35-36)
Em relação aos polímeros naturais, o amido se destaca por ser o mais barato e disponível, podendo assim ser processado com outros termoplásticos, mas somente com presença de plastificantes e sob agitação e calor. Porém, a utilização de materiais fabricados somente com esse produto é limitada pelo fato de conter baixa resistência a água, e os produtos como filmes e revestimentos produzidos principalmente de amido, são quebradiços.
Um material termoplástico produzido a base de amido tem seu comportamento mecânico modificado pela quantidade de água que é adicionada ao produto à ser fabricado. A água permite baixar a temperatura da transição vítrea e a do ponto de fusão. Através de alguns testes realizados com amido e pectina, se obteve um filme mais compacto e homogêneo quando adicionado uma quantia elevada de água à mistura. O mercado conhece três tipos de amidos: o resistente, o modificado e o pré-gelificado. Definiram o amido resistente como a soma do amido e produtos de sua degradação que não são absorvidos no intestino delgado de indivíduos saudáveis. O amido modificado são adaptados aos produtos feitos na hora, são preparados sem possuir preocupação com sua conservação. Suportam de forma negativa quando são submetidos à tecnologia de determinados processos industriais que incluem exposição a amplas faixas de temperaturas. O amido pré-gelificado é usado na preparação de variados alimentos instantâneos, esse tipo de amido é mais miscível em água ou leite do que os amidos nativos. É preparado pela função de aquecimento e agitação contínua em um mínimo de água, o suficiente para conter a gelificação do amido. Os amidos pré-gelificados são usados quando é esperado que os produtos sejam solúveis em água fria ou quente sem o aquece-lo.
Imagem 10 - Amido
[footnoteRef:11] [11: Disponível em: https://www.google.com/search?biw=1511&bih=694&tbm=isch&sa=1&ei=x0AZXcKEDJed5OUP5LG0iAE&q=amido&oq=amido&gs_l=img.3..0l10.155698.156667..157473...0.0..0.347.1110.1j3j1j1......0....1..gws-wiz-img.....0..35i39j0i67.Ao6qNjh-CjY#imgrc=Kjs4CN6MJ1Hq7M:
] 
Fonte: Google
2.7 O POLIESTIRENO EXPANDIDO (EPS)
Popularmente conhecido pela marca Isopor®, o material foi descoberto pelos químicos Fritz Stastny e Karl Bechholz que o formularam em laboratório no ano de 1949 fazendo a polimerização do estireno em água, assim resultando em um plástico celular rígido. 
Constituído de 98% de ar e somente 2% de poliestireno, (produto de ações petrolíferas) o EPS é uma espuma sólida, leve, com propriedades de isolamento e durabilidade. Não apodrece, não obtém bolor nem se dissolve em água. Possui variabilidade de forma e aplicação e baixo custo comercial.
Atualmente o EPS é utilizado em duas principais áreas, sendo elas na construção civil e na produção de embalagens, também vemos o material utilizado de outras formas como em caixas térmicas e trabalhos manuais. 
Por ser um material muito resistente e com grande durabilidade, o EPS demora anos para se decompor mesmo sendo classificado como resíduo não perigoso da classe II B de acordo com a NBR 10.004/2004. Seu consumo excessivo causa males de várias formas, os impactos podem afetar a terra, o ar, a água, a vida urbana e rural, gerando um desequilíbrio no nosso cotidiano e na vida natural.
Imagem 11 – Poliestireno expandido (isopor®)
[footnoteRef:12] [12: Disponível em: https://www.google.com/search?biw=1360&bih=625&tbm=isch&sa=1&ei=GRwtXdbXL4Cx5OUPt_q7wAY&q=poliestireno+expandido&oq=poliestireno+e&gs_l=img.3.0.0l5j0i30l5.400306.403122..404428...0.0..0.286.2466.0j10j4......0....1..gws-wiz-img.....0..0i67.nCKFi4t9dDo#imgrc=xwJRtHtpIXrNpM:] 
Fonte: Google
2.8 ÓLEOS ESSENCIAIS
 Os óleos essenciais são empregados e explorados há cerca de 3.500 anos pela humanidade. Possui grande utilidade, principalmente em perfumarias e cosméticos, o mesmo também contém grande significado em indústrias alimentícias para a melhoria de sabores. Devido à área extensa que o Brasil possui de fauna e flora, há um lauto de diversidade para a extração de óleos essenciais, pois podem ser originados de folhas, flores, caules, sementes, raízes ou cascas. Referente à produção de óleo essencial Amaral (p. 10) afirma que: “Estima-se hoje a existência de 30.000 espécies vegetais que produzem óleos essenciais, sendo que apenas 10% são do conhecimento humano”. Para conseguir obter uma qualidade favorável de óleo essencial, assim como qualquer outro elemento da natureza é preciso ter um manejo desde o plantio, e por isso o enfoque para plantação orgânica é valoroso. Para manusear esse produto é necessário técnicas de extração, como prensagem a frio e diferentes tipos de destilação. 
Imagem 12 – Óleo essencial
[footnoteRef:13] [13: Disponível em: https://www.google.com/search?q=oleo+essencial&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjR35WNmbjjAhXyIbkGHRodCoQQ_AUIECgB&biw=1360&bih=625#imgrc=VvseQaNGuphQZM:] 
Fonte: Google
2.8.1 D-Limoneno
Classificado como um terpeno monocíclico, o limoneno (C10H16) é definido como um hidrocarboneto, que está presente na formação do óleo essencial de frutas cítricas, laranja, bergamota e limão. É caracterizado como um líquido incolor oleoso e é responsável pelo forte odor que contém nessas frutas.
Na natureza o limoneno pode ser acessível em ambas às formas. De acordo com Rosa (2010, p. 7) “O L- Limoneno é encontrado principalmente nas inúmeras diversidades de árvores e ervas, como, Mentha, Manjericão spp, enquanto o D-Limoneno é o principal componente do óleo da casca das laranjas e limões”. Referente ao limoneno, Azabunja afirma que: O terpeno do limoneno é um terpeno relativamente estável resistente à hidrólise cujo universo de aplicações se expandiu bastante na última década sendo utilizado como solvente biodegradável, componente aromático, na síntese de novos compostos etc.
2.9 GLICERINA
A glicerina é um produto na qual é obtido de gorduras e óleos e posteriormente empregado para fabricar sabão e ácido graxo. Além de ser manuseado na confecção de cosméticos é utilizado também para desenvolver produtos como, solvente, umectante, plastificante e emoliente. O produto é usada na fermentação de nutrientes para a fabricação de antibióticos e auxiliar farmacêutico e veterinário. Em relação as propriedades da glicerina, Mendes e Serra (p. 03, 2012) afirmam que: “Amacia e aumenta a flexibilidade das fibras têxteis”. O produto deve ser armazenado em local seco e fresco, ao abrigo da luz, o mesmo absorve umidade do ar como também H2, S, C, N, O2. Possui solidificação após resfriamento a 0°C, formando então cristais brilhantes. O glicerol (também chamada de glicerina) é oriundo de processos de produção de biodiesel. Referente às exigências de pureza da glicerina.
Para a glicerina atender as exigências das indústrias, necessita-se atingir um elevado grau de pureza. O grau de pureza da glicerina bruta proveniente do biodiesel só pode ser alcançado através de processos complexos e caros como a destilação e, especialmente, no caso da glicerina, procedente da transesterificação de óleos e gorduras residuais. (MENDES; SERRA, 2012, p. 05)
 Com o aumento na produção do biodiesel, haverá um excedente de glicerina no mercado, sabendo que é representado cerca de 10% do subproduto formado na reação de transesterificação (a transesterificação é um dos processos para a produção do biodiesel, baseado na reação de um óleo vegetal com um álcool simples). O tratamento da glicerina bruta, que é resultante do processo de fabricação do biodiesel, é importante, uma vez que aproximadamente 10% do volume de matéria-prima (óleo ou gordura) adicionada ao processo produtivo é convertida em glicerina.
Imagem 13 – Glicerina
[footnoteRef:14] [14: Disponível em: https://www.google.com/search?q=glicerina&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjzyK7Ps7jjAhX1IbkGHQeoBvQQ_AUIECgB&biw=1360&bih=576#imgrc=R8e9cwIiElnrzM:]Fonte: Google
2.10 MICRORGANISMOS
	Os microrganismos são seres microscópicos, não podendo ser vistos regularmente sem o auxílio de um microscópio. Encontrados tanto na atmosfera, água, quanto no solo e plantas, esses microrganismos não passam de fungos e bactérias que estão diariamente presentes em nossa vida, muitas vezes positiva ou negativamente. 
De um modo geral, os microrganismos são agentes que ajudam a minimizar os poluentes presentes no solo e água. Um processo muito conhecido onde utilizamos esses é a biorremediação. 
Biorremediação é um processo no qual organismos vivos, normalmente plantas ou microrganismos, são utilizados tecnologicamente para remover ou reduzir (remediar) poluentes no ambiente. Este processo biotecnológico de remediação tem sido intensamente pesquisado e recomendado pela comunidade científica atual como uma alternativa viável para o tratamento de ambientes contaminados, tais como águas superficiais, subterrâneas e solos, além de resíduos e efluentes industriais em aterro ou áreas de contenção. (GAYLARDE; BELLINASO; MANFIO, 2005, p. 36) 
 
Porém, essas bactérias e fungos, sendo patogênicas, podem ter uma reação contrária quando em contato com o ser vivo, causando doenças diversas se houver um manuseio adequado.
Os microrganismos habitam os mais diversos locais. Esta propriedade é denominada de ubiquidade. Habitam os diferentes ecossistemas, fazem parte da microbiota normal do corpo humano, dos animais e das plantas, aos milhões, em termos de quantidades. Entre estes organismos são estabelecidas relações em diferentes graus de parasitismo, mutualismo e comensalismos. São também patógenos causadores de doenças e deterioração de equipamentos e alimentos, quando não devidamente limpos ou mal armazenados, respectivamente. (NASCIMENTO, 2012, p. 263)
Esses agentes, acabam sendo então, importantes componentes para os ecossistemas, acelerando o processo de decomposição de diversos organismos vivos na natureza.
 
Imagem 14 - Microrganismos
[footnoteRef:15] [15: Disponível em:
 https://www.google.com/search?biw=1280&bih=832&tbm=isch&sa=1&ei=0-EtXZa0OJem5OUP1N-rOA&q=microrganisos&oq=microrganisos&gs_l=img.3..0i10i24.46148.48912..49424...0.0..0.223.1267.12j0j1......0....1..gws-wiz-img.....0..0j0i10.naFiIwYHo64#imgrc=EOgF3LblCWWrtM:] 
Fonte: Google
2.11 BIODEGRADAÇÃO
	A biodegradação é um processo pelo qual um organismo vivo passa após apresentar fungos e bactérias em sua composição. Porém, quando a biodegradação é de derivados do petróleo, o seu tempo de degradação é muito mais elevado e deve ser considerado.
Características químicas como o pH, a condutividade elétrica e a presença de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HPAs) devem ser levados em consideração, pois o pH pode ser alterado pela presença de poluentes e influencia diretamente a solubilidade de minerais e de matéria orgânica do solo, na disponibilidade de nutrientes e na atividade de microrganismos. (WETLER; REZENDE; GRATIVOL, 2011, p. 80)
A degradação dos seres vivos pode ser através da ação aeróbia, onde há a presença de oxigênio no processo, ou ainda, anaeróbia, sem a presença de oxigênio.
Figura 2 – Biodegradação anaeróbia
[footnoteRef:16] [16: Disponível em: https://www.google.com/search?biw=1280&bih=832&tbm=isch&sa=1&ei=QOItXb2UN8-x5OUPl9CxkA4&q=biodegrada%C3%A7%C3%A3o+anaer%C3%B3bia&oq=biodegrada%C3%A7%C3%A3o+anae&gs_l=img.1.0.0i24.1915.1915..2867...0.0..0.92.92.1......0....1..gws-wiz-img.dWFVRS75kxI#imgrc=pm3YFN6rRGzlvM:] 
Fonte: Google
Produtos biodegradáveis vem sendo um dos métodos mais utilizados por grandes empresas pois é sustentavelmente ecológico e não interfere no desenvolvimento dos ecossistemas. 
Figura 3 – Biodegradação
[footnoteRef:17] [17: Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=biodegrada%C3%A7%C3%A3o&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjNyIeHs87jAhWnrVkKHYfKDEEQ_AUIESgB&biw=1360&bih=625#imgrc=ZYXOReImbO8kCM:] 
Fonte: Google
3 METODOLOGIA
O presente projeto tem como objetivo reutilizar as rolhas de cortiça (Erythrina crista-galli) e transformá-las em um material biodegradável para consumo próprio visando minimizar e desenvolver uma opção ecológica ao uso do plástico polipropileno em algumas situações cotidianas. A sacola plástica afeta diversos ecossistemas, e para substituir esse poluente, a produção da sacola biodegradável se torna uma alternativa mais viável. 
Será necessário a doação e empréstimo de determinados equipamentos para realizar os processos de construção das sacolas biodegradáveis, no laboratório (in vitro) da Escola Estadual de Ensino Médio Ildefonso Simões Lopes – Rural, localizada no município de Osório. 
3.1 ABORDAGEM DA PESQUISA
A pesquisa empregada ao projeto faz-se experimental, pois visa estudar a possibilidade de apresentar um novo plástico biodegradável a partir da reutilização das rolhas de cortiça e o uso da substância amido, glicerina, colágeno que provém do colágeno, tendo por fim sua moldagem como sacola. Às substâncias agregadas devem apresentar flexibilidade, durabilidade, resistência e homogeneidade. 
Posteriormente, o material finalizado será disposto em recipientes para que estabeleça um comparativo de melhor resultado.
3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
 O estudo da prática inicia no recolhimento das rolhas de cortiça por meio de sensibilização onde a comunidade irá doar o material. Para a confecção da sacola, será utilizado amido, água destilada, colágeno, glicerina e cortiça. A cortiça será triturada e em seguida a pesagem da cortiça e das substâncias amido, colágeno e glicerina, através da [footnoteRef:18]balança semi analítica. Serão procedidos aproximadamente sete testes, onde os mesmos apresentarão quantidades diferentes das substâncias, comparados entre si. Posteriormente será realizado a mistura dos elementos com o auxílio de um agitador magnético, onde a temperatura irá variar entre sessenta e oitenta graus célsius, transformando os elementos sólidos em uma textura rígida e parcialmente homogênea. [18: Balança semi analítica: a Balança Semi Analítica se destina à análise de determinada grandeza sob certas condições ambientais, as mesmas são utilizadas em laboratórios de química, indústria farmacêutica ou meio acadêmico.] 
Após estes procedimentos será realizado a moldagem da sacola biodegradável segundo a Associação Brasileira de Normas Técnica - NBR 14937/2010, que diz respeito ao tamanho e identificação da mesma. Outrossim, realizar análise sensorial como visão, tato e olfato, verificar a durabilidade e resistência do produto através do seu uso na Feira Orgânica da escola Rural, e assim testando a flexibilidade. Por fim, a sacola biodegradável será disponibilizada para os vendedores da Feira, tendo um fim sustentável.
3.3 DADOS DA PESQUISA
	Para o desenvolvimento da pesquisa será classificado como quantitativo e qualitativo onde serão elaborados gráficos e tabelas para melhor identificação dos percentuais e quantias de elementos utilizados durante a produção do material. Sobre a pesquisa quantitativa, Fonseca (2009 apud GERHARDT; SILVEIRA, 2009, p. 33) assim se posicionam:
A pesquisa quantitativa se centra na objetividade. Influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros. A pesquisa quantitativa recorre à linguagem matemática para descrever as causas de um fenômeno, as relações entre variáveis, etc.
O produto será efetuado qualitativamente para que se obtenha uma avaliação mais satisfatória. Gerhardt (2009, p. 32) explica sobre os métodos qualitativos:
Os pesquisadores que utilizam os métodos qualitativos buscam explicar o porquê das coisas, exprimindo o que convém ser feito, mas não quantificam os valores e as trocas simbólicas nem se submetem à prova de fatos, pois os dados analisados são não-métricos (suscitados e de interação) e se valem de diferentes abordagens.
	Contudo, será analisado no laboratório as amostrasde plástico biodegradável, como a análise sensorial de visão, tato e olfato, verificando a durabilidade e resistência do produto.
4 CRONOGRAMA
	
	
FEV
	MAR
	ABR
	MAI
	JUN
	JUL
	AGO
	SET
	OUT
	
NOV
	
Levantamento bibliográfico
	X
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
Análise e revisão do material
	
	X
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
	Orientações
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	
	
Localização e identificação das fontes de obtenção dos documentos.
	
	X
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
	
Localização e identificação das fontes de obtenção dos dados.
	
	X
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
	
Leituras e fichamentos
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	
	
	
	
	Custos
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	
	
Análise e interpretação
	
	
	
	
	X
	X
	
	
	
	
	
Coleta e seleção dos dados
	
	
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
	
Prática
	
	
	
	
	X
	X
	X
	
	
	
	
Análise e compilação dos dados obtidos 
	
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
Redação (projeto de pesquisa)
	
	
	X
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
Revisão da redação
	
	
	X
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
Entrega da redação final
	
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
Redação (artigo) 
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	
	
	
Entrega do artigo final
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	
	
Confecção do material informativo para apresentação 
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	
	
	
Apresentação (divulgação dos resultados) 
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
Fonte: Elaborado pelas autoras
5 ORÇAMENTO
	Material didático
	Quantidade
	Valor unitário
	Total
	Pasta de campo
	1
	29,99
	29,99
	Caderneta
	1
	13,90
	13,90
	Xerox colorido
	17
	0,50
	8,50
	Xerox preto e branco
	100
	0,20
	20,00
	Folhetim
	1
	6
	6,00
	Banner
	1
	5
	5,00
	Prática
	Quantidade
	Valor unitário
	Total
	Óleo essencial
	100 ml
	25,00
	25,00
	Colágeno 
	24g
	6,00
	6,00
––––Fonte: elaborado pelas autoras
6 ANÁLISE DE RESULTADOS
Considerando os objetivos do trabalho foram realizados oito testes, no qual os mesmos continham medidas diferentes dos ingredientes selecionados. Os seis primeiros testes apresetaram temperatura de 60° até obter uma textura firme, avaliando também que estava sob um agitador magnético por 20/30 minutos. 
Teste 1
A camada foi elaborada com produto muito líquido, assim como a rolha possuía grânulos muito grandes. Após 21 dias, o produto obteve muitos fungos, além de estar com muitas rachaduras, os resultados não foram satisfatórios.
	Amido
	Gelatina
	Rolha
	Água
	3g
	3g
	3g
	150ml
Imagem 1 – Amostra do produto Imagem 2 – Resultado do produto
 
Fonte: Elaborado pelas autoras. Fonte: Elaborado pelas autoras.
 
Teste 2
Assim como o teste 1, o produto foi elaborado muito líquido utilizando grânulos da rolha muito grandes. Possui o mesmo tempo de análise do primeiro teste (21 dias), exposto às intempéries climáticas. Os resultados não foram satisfatórios pois o material não foi resistente e apresentou fungos.
	Amido
	Gelatina
	Rolha
	Água
	4g
	4g
	6g
	100ml
 Imagem 3 – Amostra do produto Imagem 4 – Resultado após 21 dias
 
 Fonte: Elaborado pelas autoras. Fonte: Elaborado pelas autoras.
Teste 3
O presente teste foi analisando durante 9 dias exposto no laboratório da escola Rural, apresentou fungos e estrutura fragmentada, não ocorrendo resultados satisfatórios.
	Amido
	Gelatina
	Rolha
	Água
	5g
	2g
	3g
	150ml
 Imagem 5 – Amostras do material Imagem 6 – Resultados após 9 dias
 
 Fonte: Elaborado pelas autoras. Fonte: Elaborado pelas autoras.
O produto foi adicionado em dois recipientes, um possuindo camada mais volumosa que o outro recipiente. Como pode-se observar, ocorreu a presença de variados fungos, diferente dos demais testes realizados.
Teste 4
Os testes anteriores não estavam obtendo resultados satisfatórios, sendo assim no teste presente não foi adicionado gelatina para analisar se o resultado poderia ser diferente dos anteriores, mas, os resultados foram similares aos testes decorridos, analisado durante 9 dias no laboratório na escola Rural.
	Amido
	Gelatina
	Rolha
	Água
	25g
	----
	4,5g
	150ml
 Imagem 8 – Resultado após 9 dias Imagem 7 - Produto no recipiente
 
 Fonte: Elaborado pelas autoras. 
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Os resultados não foram satisfatórios, e diferente dos resultados decorridos, o material possui aparência mais fragmentada, isso pelo fato de haver somente amido e rolha.
Teste 5
Conforme os testes foram sendo realizados, foi notório que a adição de maior quantidade de amido era necessário para que o produto chegasse a uma textura mais consistente, efetuando essas ações o material não obteve resultados satisfatórios e com aparência dos testes anteriores, sem resistência e fragmentado.
	Amido
	Gelatina
	Rolha
	Água
	15
	0,5
	5,5
	
	
	
	
	100
 Imagem 9 – Material no recipiente Imagem 10 – Resultado após 9 dias
 
 Fonte: Elaborado pelas autoras. Fonte: Elaborado pelas autoras.
Os testes anteriores não apresentaram resultados satisfatórios, por seguinte foi executado testes com outro ingrediente, que substituiu o colágeno, a glicerina. 
Teste 6
O produto não apresentou resistência, e quando o material foi retirado do molde se fragmentou, sendo assim não foi possível registrar a análise por completo do material exposto, mas, assim como os testes anteriores os resultados não foram satisfatórios por não conter resistência.
	Amido
	Glicerina
	Rolha
	Água
	35g
	40g
	16,5g
	150ml
 Imagem 11 – Material no molde
 Fonte: Elaborado pelas autoras.
Um novo procedimento foi realizado para a fabricação do produto dos testes sete e oito, o mesmo foi triturado de outra maneira (com um ralador de cozinha) afim de se obter rolhas em formatos mais granulosos, o que resultou em uma mistura mais homogênea. 
Imagem 12 - Rolha moída
 Fonte: Elaborado pelas autoras.
Teste 7
O sétimo teste foi produzido em domicilio, sendo assim não havia balança para medir os materiais nem a sua temperatura, utilizando uma colher de sopa para medir os produtos.
	Amido
	Glicerina
	Rolha
	Água
	6g
	8g
	9g
	500ml
Imagem 14 – Material recém produzido
 Fonte: Elaborado pelas autoras.
O produto foi exposto às intempéries climáticas por 4 dias, no entanto não secou por completo, pois, durante os dias de análise ocorreu muita umidade e chuva, mas, em um determinado dia, durante a aparição do sol, o produto em algumas horas secou em determinadas regiões, nas partes que não secaram, a textura é pouco gelatinosa e possui rachaduras no produto. Foi adicionado uma mistura de óleo essencial de laranja com poliestireno expandido (isopor®) para que a invasão de fungos não ocorra. 
 
 Imagem 15 – Produto no molde por 4 dias Imagem 16 – Resultado após 11 dias
 
 Fonte: Elaborado pelas autoras. Fonte: Elaborado pelas autoras.
 Após 11 dias exposto as intempéries climáticas o material esteve presente ao clima mais quente, resultando na secagem interna do produto, porém, a parte externa não secou pelo fato de haver o revestimento no produto para a sua moldagem. Apesar de ter secado, o material não possuiu resistência nem flexibilidade pois se fragmentou em determinadas regiões. A mistura adicionada para a não ocorrência de fungos, descolocou do material, mas, evitou a contaminação dos mesmos na área aplicada.
Teste 8
O oitavo teste foi produzido em domicilio, portanto, não havia balança e os ingredientes foram calculados por colher de sopa. O material foi agitado aproximadamente por 5 minutos em temperatura baixa do fogo, posteriormente levado até os recipientesde molde.
	Amido
	Glicerina
	Rolha
	Água
	3g
	3g
	4g
	200ml
 Imagem 16 – Material adicionado aos recipientes Imagem 17 – Produto após 4 dias
 
Fonte: Elaborado pelas autoras. Fonte: Elaborado pelas autoras.
 O produto foi exposto às intempéries por 4 dias, resultando em uma textura quebradiça, gelatinosa e com amostras de fungos, no entanto avalia-se que durante os dias de análise, o tempo foi de muita umidade e chuva não possibilitando a secagem do produto.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Os sete testes elaborados não apresentaram resultado satisfatório em relação a flexibilidade e resistência. Os cinco primeiros testes mostraram resultado negativo em cerca de uma semana, tornando-se quebradiços e com presença de diferentes microrganismos em suas superfícies. Os dois últimos testes apresentaram um aspecto mais aprazível, onde após uma semana as películas estavam sensíveis e gelatinosas, porém não apresentavam fissuras e microrganismos. 
	Depois de os últimos testes descansarem aproximadamente uma semana em ação dos intempereis, foi adicionado o D-Limoneno para que a película não aderisse microrganismos rapidamente, e ainda permanece em observação para que o processo se complete satisfatoriamente. 
Com o presente projeto foi possível concluir que os resultados não foram totalmente satisfatórios pois a rolha de cortiça pode não possuir fibras o suficiente para dar rigidez e flexibilidade à sacola e ainda é possível terem sido adicionadas quantias errôneas de cada composto, contudo, há possibilidades de construir uma sacola biodegradável a partir de rolhas de cortiça e dos outros compostos utilizados para a fabricação da mesma se forem elaborados outros testes com quantias diferentes de cada substância.
	
REFERÊNCIAS 
AMARAL Técnico. Revista Bem Estar, Saúde e Beleza.
AMORIM, Corticeira. A arte da cortiça. Portugal: Porto, 2014. 
AMORIM, Corticeira. A arte da cortiça. 2. ed. Portugal: Porto, 2014.
BARBOSA, João Rodrigues et al. Como se fazem as rolhas de cortiça. Portugal: Porto, 2013. 20 p.
BRASIL. Decreto n. 12.305, de 2 de ago. de 2010. Política Nacional de Resíduos Sólidos. Brasília, ago. 2010.
BELLINASO, Maria de Lourdes; GAYLARDE, Christine Claire; MANFIO, Gilson Paulo. Aspectos biológicos e técnicos da biorremediação de xenobióticos. Biotecnologia Ciência e Desenvolvimento. n. 34, p. 34-43, jan./jun. 2005.
COSTA, Brenno L. N. da; FREIRE, Fernando H. de O.; SANTOS, Amélia S. F. Sacolas plásticas: destinações sustentáveis e alternativas de substituição. Rio Grande do Norte, 2012. 10 p.
FOOD INGREDIENTS BRASIL. Vogler Ingredients Ltda. n° 35. 2015.
FRIAS, João; MARTINS, Joana; SOBRAL, Paula. Microplásticos nos oceanos - um problema sem fim à vista. Lisboa: Caparica, 2011. 10 p. 
GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de Pesquisa. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.
GRANDELLE, Renato. Brasil recicla apenas 1% do lixo plástico produzido. O Globo, 05 mar. 2019.
GRATIVOL, Adriana Daudt; TONINI, REZENDE, Carlos Eduardo de; Rita Maria Costa Wetler. Biodegradação Bacteriana de Petróleo e seus Derivados. Revista Virtual de Química, Rio de Janeiro - Brasil, v. 3, n 2, p. 78-87, jun. 2011.
LEONARD, Annie. A história das coisas. Rio de Janeiro: Zahar, 2011. 152 p.
MENDES, Danyllo Bezerra; SERRA, Juan Carlos Valdés. Glicerina: uma abordagem sobre a produção e o tratamento. Novo Hamburgo: Revista Liberato, 2012.
NASCIMENTO, José Soares do. Unidade 1 introdução à microbiologia. Biologia de microrganismos, 2012. p. 263-358. Disponível em: < file:///C:/Users/Joana%20Teixeira/Desktop/Metodologia/Referencial%20Teórico/Citação%20patogenicidade%20RT.pdf>. Acesso em: 14 jul. 2019. 
NIENOW, Alexandre Augusto; PETRY, Cláudia; SOSSELLA, Ariane Gratieri. PROPAGAÇÃO DA CORTICEIRA DO BANHADO (Erythrina crista-galli L.) (FABACEAE) PELO PROCESSO DE ESTAQUIA. Passo Fundo, 2007. 9 p.
OLIVATTO, Glaucia Peregrina. Microplásticos: Contaminantes de Preocupação Global no Antropoceno. São Paulo: Piracicaba, 2018. 22 p.
PIATTI, Tania Maria; RODRIGUES, Reinaldo Augusto Ferreira. Plásticos: características, usos, produção e impactos ambientais. Maceió: Edufal, 2005.
ROSA, Josiele Dias. Atividade repelente e sistemas nanoestruturados desenvolvidos com Limoneno: Revisão. Porto Alegre, 2010.
SANTOS, Amélia S. F e; FREIRE, Fernando H. de O; COSTA, Brenno L. N. da. Sacolas Plásticas: destinação sustentáveis e alternativas de substituição. Natal.
SILVA, Felipe Costa e et al. O descortiçamento do Sobreiro: que efeitos para a árvore? Vida Rural, dez. 
VASCONCELOS, Heloisa. Tchau! Isopor, canudo e sacos plásticos. O povo, 20 de jan. de 2019.
ANEXOS
Imagem 1- Descarte de resíduos na beira da praia
Fonte: Google
Figura 1 - Descarte de resíduos
Fonte: Google
Imagem 2 – Garrafas plásticas
Fonte: Google
Imagem 3 – Sacola Plástica
Fonte: Google
Imagem 4 – Sacola Oxibiodegradável
Fonte: Google
Imagem 5 - Árvore sobreiro (Querius suber)
Fonte: Google
Imagem 6- Descortiçamento do sobreiro
[footnoteRef:19] [19: ] 
Fonte: Google
Imagem 7 – Rolha de cortiça
Fonte: Google
Imagem 8 - Desodorização das rolhas de cortiça
Fonte: Google
Imagem 9 - Gelatina
Fonte: Google
Imagem 10 - Amido
Fonte: Google
Imagem 11 – Poliestireno expandido (isopor)
Fonte: Google
Imagem 12 – Óleo essencial
Fonte: Google
Imagem 13 – Glicerina
Fonte: Google
Imagem 14 - Microrganismos
Fonte: Google
Figura 2 – Biodegradação anaeróbia
Fonte: Google
Figura 3 – Biodegradação
Fonte: Google

Continue navegando