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Prova - Economia Política

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2ª - Desenvolva a respeito da Circulação Simples e a Economia monetária (Cap III), o advento do capital produtivo (Cap IV).
Na circulação simples. a mercadoria se desdobra -em mercadoria e dinheiro, como expressão externo do valor de uso e valor de troca. De modo que o Valor de troca se apresenta apenas no idealmente no preço, e o valor de uso a mercadoria em si enquanto produto útil. 
O dinheiro permite que um produtor de mercadoria, que para ele não são dotadas de valor de uso, aliená-las por ouro – equivalente geral – transferindo a mercadoria um comprador em posse de dinheiro (ouro) da qual enxerga na mercadoria valor de uso para si, a partir disso, Marx expressa esse movimento fórmula geral M-D-M. Aqui notamos a diferença fundamental entre a circulação monetária de mercadorias e a troca direta. Na troca direta, é necessário que as duas mercadorias envolvidas no processo sejam invariavelmente uteis para ambos os sujeitos da troca, caso contrário ela não é executada, ou seja, tal processo se constitui de maneira individual. Já Na circulação de mercadorias, as trocas são feitas por um equivalente geral com liquidez universal, permitindo que o vendedor possa em um segundo momento - imediato ou não - adquirir de outros vendedores mercadorias que lhe são úteis, quando esse dinâmica se generalizado, há um rompimento com o intercambio direto de mercadorias. Desse modo, as trocas deixam de ser um movimento singular, se tornando um emaranhado de relações sociais.
 Tal processo pode ser decomposto em duas metamorfoses mutuamente opostas complementares, M-D – venda – D-M – compra - de modo que para que haja a circulação devem ser realizadas ao mesmo tempo e em sentido oposto, ou seja, para que aconteça uma venda, inicialmente deve existir um comprador, e vice-versa.
Na circulação simples dos produtos do trabalho humano, um possuidor de mercadoria, só pode defrontar-se com outro através do dinheiro – representante do valor, uma vez que as mercadorias passam a possuir também sua forma monetária, o preço. Sendo assim o dinheiro, no movimento M-D representa a figura já alienada, metamorfoseada da mercadoria, ao passo que a figura monetária, isentai o valor de uso da mercadoria, e sintetiza seu valor de troca.
A primeira metamorfose M-D – processo de venda – em que a mercadoria se transforma em dinheiro, perdendo qualquer vestígio de seu trabalho útil, sendo considerada agora, sob a forma monetária apenas como trabalho abstrato, processo um salto fundamental para que o produto do trabalho humano se reafirme mercadoria, caso esta primeira metamorfose falhe, o produto automaticamente se desvalida enquanto mercadoria, uma vez que, sendo estéril a sua troca por equivalente geral, faz com que tal objeto não possua valor de troca e por conseguinte valor de uso, diante disso, no aspecto social não é um produto útil, e portanto, não participa do conjunto total de trabalho social.
Após realizado a metamorfose da mercadoria M-D, finalmente o produtor de mercadorias, está posse de dinheiro, figura absolutamente alienável por qualquer mercadoria, limitado apenas por seu quantum, se tornando comprador. Desse modo, podendo adquirir de terceiras no mercado, mercadorias que lhe são úteis, a segunda metamorfose então é cumprida – D-M- aqui, a forma dinheiro novamente se transforma em mercadoria. 
Quando observamos apenas o curso do dinheiro, notamos que, diferente da mercadoria que ao ser transferida das mãos do vendedor para as mãos do comprador, adentra a esfera da circulação e se transfere para esfera do consumo onde desaparece e finaliza seu ciclo. O dinheiro, faz justamente o inverso, permanecendo na esfera da circulação e sempre em posse do comprados, além de reiteradamente ser trocando de mão nessa dinâmica, é o dinheiro que permite que o ciclo ocorra, ligando as esferas da circulação e do consumo, dado que cada mudança de forma da mercadoria, seja M-D, ou D-M. ao passar pelo dinheiro, torna o ciclo impessoal, e, portanto, mais longo.
O ponto de partida, pressuposto histórico para o surgimento do capital é justamente o comercio, ou seja, a circulação de mercadorias desenvolvido, de modo que a forma dinheiro da circulação de mercadorias e a primeira passo para o capital, dado que todo novo capital antes de ser realizado, primeiro deve participar do(s) mercado(s), sejam eles de trabalho, mercadorias ou d dinheiro.
	O dinheiro como dinheiro se difere do dinheiro enquanto capital na circulação. A circulação de mercadorias cuja fórmula geral M-D-M, consiste na transformação da mercadoria em dinheiro que por sua vez se transforma em mercadoria, isto é, vender para comprar, aqui o objetivo final é a mercadoria útil, o ciclo da mercadoria se encerra neste momento, e o dinheiro se distancia do seu ponto de origem. Por outro lado, encontramos a fórmula do capital D-M-D, o movimento aqui é inverso, Dinheiro se transforma em mercadoria, que por sua vez se transforma em dinheiro novamente. Aqui, o indivíduo só libera seu dinheiro na intenção de obter mais dinheiro ao fim do processo D-M-D, o objetivo final é o dinheiro. 
	Diferente da circulação simples na qual o dinheiro troca de mãos duas vezes, na circulação do capital é a mercadoria que troca de mãos duas vezes - sai da posse do vendedor e chega nas mãos do comprador, que por sua vez, com um novo preço, à direciona para outro comprador. Neste caso, o dinheiro enquanto capital retorna ao seu ponto de partida, logo, um nvo movimento é iniciado. 
	Para que o ciclo aconteça, o indivíduo necessariamente deve obter ao final do processo mais valor do que aquele lançado inicialmente, em outras palavras, gerar um excedente de valor. O dinheiro recebido no último extremo da operação, é o dinheiro originalmente adiantado, mais um incremento, esse valor adicional e chamado por Marx de mais valia, junto desse processo, surge também a figura do capitalista. Desse modo, a formula final do capital manifesta-se em D-M-D’, onde D’=D+ ΔD.
	A mais valia, então, finalmente transforma o dinheiro em capital, o processo insaciável do valor que se valoriza, é a meta racional do capitalista que a cada final de um ciclo do capital D-M-D’ dá início a um novo.

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