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Sistema Respiratório Fisiologia A função do sistema respiratório é a troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o ambiente e as células do corpo. Estruturas Vias Respiratórias: São subdivididas em: ✓ Zona condutora (ou vias aéreas condutoras), que traz ar para dentro e para fora dos pulmões. - Composta pelo nariz, nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais. E elas servem para conduzir o ar para dentro e para fora da zona respiratória para que ocorram as trocas gasosas e, também, para aquecer, umidificar e filtrar o ar antes que ele chegue à crítica região de trocas gasosas. - Fazem bifurcações, sua contagem é referida como “gerações”. - São revestidas por células ciliadas secretoras de muco que têm como função a remoção das partículas inaladas, partículas grandes são filtradas no nariz. - Contém músculo liso, com inervações simpáticas e parassimpáticas. (1) Os neurônios adrenérgicos simpáticos ativam os receptores β2 no músculo liso brônquico, o que leva ao relaxamento e dilatação das vias aéreas. Além disso, e o que é mais importante, esses receptores β2 são ativados pela epinefrina circulante liberada pela medula suprarrenal por agonistas adrenérgicos β2, como o isoproterenol. (2) Os neurônios parassimpáticos colinérgicos ativam os receptores muscarínicos, o que leva à contração e constrição das vias aéreas. ✓ Zona respiratória revestida pelos alvéolos, onde ocorrem as trocas gasosas. - É composto pelos: Alvéolos: Participam das trocas gasosas e são evaginações, em forma de sacos, das paredes dos bronquíolos respiratórios, dos ductos alveolares e dos sacos alveolares. As paredes alveolares são finas, circundadas por fibras elásticas e revestidas por células epiteliais (pneumócitos do tipo I e do tipo II), possuem uma grande área de superfície para difusão. Macrófagos alveolares são células fagocíticas presente nos alvéolos, que o mantem livres de poeira e detritos celulares. Pneumócitos tipo II sintetizam o surfactante pulmonar (necessário para a redução da tensão superficial dos alvéolos) e possuem capacidade regenerativa para os pneumócitos tipo I e tipo II. Bronquíolos respiratórios: São estruturas de transição, apresentam cílios e musculatura lisa, mas também são considerados parte da região de trocas gasosas. Ductos alveolares: São completamente revestidos por alvéolos, mas não contêm cílios e pouco músculo liso. Sacos alveolares: São revestidos por alvéolos, é onde os ductos terminam. Fluxo Sanguíneo Pulmonar: O sangue entra do ventrículo direito e é transportado até os pulmões através das artérias pulmonares que se ramificam em artérias cada vez menores e cursam junto com os brônquios em direção às zonas respiratórias. As artérias menores se dividem em arteríolas e depois em capilares pulmonares, que formam densas redes ao redor dos alvéolos. - Circulação brônquica é o fornecimento de sangue às vias aéreas condutoras (que não participam da troca gasosa) e o fluxo sanguíneo pulmonar total é menor. Quando uma pessoa está em postura ortostática (em pé), o fluxo sanguíneo é menor no ápice dos pulmões e maior na base dos pulmões. Quando a pessoa está na posição supina (deitada), esses efeitos gravitacionais desaparecem. Volumes e Capacidades Pulmonares: ✓ Volumes Pulmonares: Os volumes estáticos do pulmão são medidos com um espirômetro. Normalmente, o paciente fica sentado e respira para dentro e para fora do espirômetro, deslocando uma cúpula. O volume deslocado é registrado em papel calibrado. - Volume adicional: Pode descobrir com a seguinte manobra: (1) Primeiro o paciente inspira e expira calmamente. (2) Depois ele é solicitado a fazer uma inspiração máxima e uma expiração máxima. (respiração profunda). Volume de reserva inspiratório: quando inspirado acima do volume corrente, é de aproximadamente 3.000 mL. Volume de reserva expiratório: quando expirado abaixo do volume corrente, é de aproximadamente 1.200 mL. - Volume Corrente (VC) normal é de aproximadamente 500 mL e inclui o volume de ar que preenche os alvéolos mais o volume de ar que preenche as vias aéreas. - volume de gás que ainda permanece nos pulmões após uma expiração forçada máxima é o volume residual (VR), que é de aproximadamente 1.200 ml e não pode ser mensurado pela espirometria. ✓ Capacidades Pulmonares: Composto por dois ou mais volumes pulmonares. - Capacidade inspiratória (CI): É a capacidade de ar que “cabe” nos pulmões, é composta pelo volume corrente mais o volume de reserva inspiratório e é aproximadamente 3.500 mL (500 mL + 3.000 mL). - Capacidade residual funcional (CRF) é composta pelo volume de reserva expiratório (VRE) mais o VR, ou aproximadamente 2.400 mL (1.200 mL + 1.200 mL). É o volume restante nos pulmões depois que um volume corrente normal é expirado e pode ser considerado como o volume de equilíbrio dos pulmões. - Capacidade vital (CV) é composta pela CI mais o volume de reserva expiratório, ou aproximadamente 4.700 mL (3.500 mL + 1.200 mL). A capacidade vital é o volume que pode ser expirado após uma inspiração máxima. Seu valor aumenta com o tamanho do corpo, gênero masculino e condicionamento físico, e diminui com a idade. - Capacidade pulmonar total (CPT) É o volume de ar contido nos pulmões no final de uma inspiração máxima, inclui todos os volumes pulmonares (VC+VRI+VRE+VR), ou 5.900 mL (4.700 mL + 1.200 mL). O VR não pode ser medido com espirometria, então para medir a CRF possui dois métodos: - Diluição de gás hélio: o paciente respira uma quantidade conhecida de hélio, que foi adicionado ao espirômetro, após algumas respirações, a concentração de hélio nos pulmões torna-se igual à do espirômetro, que pode ser medida. Se esta medida for feita após um volume residual normal ser expirado, o volume pulmonar calculado é a CRF. - Pletismografia corporal: O paciente fica em uma caixa hermética denominada de pletismógrafo. Depois de expirar um volume corrente normal, o dispositivo conectado à boca do paciente é fechado. O paciente então tenta respirar. Durante a tentativa de inspiração, o volume nos pulmões aumenta e a pressão em seus pulmões diminui. Simultaneamente, o volume na caixa diminui e a pressão na caixa aumenta. O aumento da pressão na caixa pode ser medido e, a partir dele, o volume pré-inspiratório nos pulmões pode ser calculado. Lei de Boyle (Pressão X Volume= Constante) ↑P -↓V ou ↓P - ↑V Espaço Morto: É o volume das vias aéreas e pulmões que não participa nas trocas gasosas. Existem dois tipos de espaço: ✓ Anatômico: É o volume das vias aéreas condutoras, incluindo o nariz (e/ou boca), a traqueia, os brônquios e os bronquíolos. O volume das vias aéreas condutoras é de aproximadamente 150ml. ✓ Fisiológico: É o volume total dos pulmões que não participa na troca gasosa. Espaço morto anatômico das vias aéreas condutoras + Espaço morto funcional nos alvéolos. ✓ Volume do espaço morto fisiológico: (1) Todo CO2 no ar expirado provém da troca de CO2 nos alvéolos funcionais (ventilados e perfundidos); (2) não há essencialmente CO2 no ar inspirado; (3) o espaço morto fisiológico (alvéolos não funcionais e vias aéreas) não trocam nem contribuem com quaisquer CO2. a equação afirma que o volume do espaço morto fisiológico é o volume corrente (volume inspirado com uma única respiração) multiplicado por uma fração. A fração representa a diluição da Pco2 alveolar pelo ar do espaço morto (que não contribui com qualquer CO2). Intensidade da ventilação: É o volume de ar movido para dentro e para fora dos pulmões por unidade de tempo. A intensidade da ventilação pode ser expressa como: ✓ Ventilação Minuto:É a quantidade total de ar movimentado para dentro e para fora dos pulmões por unidade de tempo. Ventilação Minuto= VC X Respirações/min ✓ Ventilação Alveolar: que desconsidera a ventilação do espaço morto fisiológico. Sua equação é ventilação minuto menos a ventilação do espaço morto fisiológico. Va= (VC - VM) X Respirações/min Volumes Expiratórios Forçados: ✓ Capacidade vital forçada (CVF): é o volume total de ar que pode ser expirado forçadamente após uma inspiração máxima, como mostrado na. O volume de ar que pode ser expirado forçadamente no primeiro segundo é chamado de VEF1, em 2 segundos VEF2, em 3 segundos VEF3. Mecânica da Respiração Músculos usados para respirar: ✓ Músculos da Inspiração: O diafragma quando se contrai, o conteúdo abdominal é pressionado para baixo e as costelas são elevadas para cima e para fora. Essas alterações produzem um aumento no volume intratorácico, o que diminui a pressão intratorácica e inicia o fluxo de ar para dentro dos pulmões. Quando há aumento da frequência de respiração e do volume corrente, os músculos intercostais externos e os músculos acessórios são usados na inspiração. ✓ Músculos da Expiração: Os músculos da expiração incluem os músculos abdominais, que comprimem a cavidade abdominal e empurram o diafragma para cima, e os músculos intercostais internos, que puxam as costelas para baixo e para dentro. A expiração é um processo passivo, o ar é conduzido para fora dos pulmões pelo gradiente de pressão reverso entre os pulmões e a atmosfera, até que o sistema atinja seu ponto de equilíbrio novamente. Complacência: Descreve a capacidade de distenção, ou seja, é uma medida de como o volume pulmonar varia como resultado de uma alteração da pressão (mudança da pressão). ✓ A complacência e da parede torácica é inversamente correlacionada com suas propriedades elásticas ou elastância. ✓ Quanto maior a quantidade de tecido elástico, maior a tendência para “se retrair”, e quanto maior a força de retração elástica, menor será a complacência. ✓ As pressões iguais à pressão atmosférica são zero, as pressões superiores à pressão atmosférica são positivas, e as pressões inferiores à pressão atmosférica são negativas. ✓ Complacência Pulmonar: O pulmão é inflado com pressão externa negativa e depois desinflado reduzindo a pressão externa negativa. A sequência de inflação seguida de desinflação produz uma alça pressão-volume. A inclinação de cada parte da alça pressão- volume é a complacência do pulmão isolado. - À medida que a pressão externa do pulmão se torna mais negativa com a ação da bomba de vácuo, o pulmão se infla e seu volume aumenta. Esta pressão externa negativa que expande os pulmões é, portanto, uma pressão de expansão. Os pulmões se enchem de ar ao longo da curva da inspiração na alça de pressão-volume. Com as maiores pressões de expansão, quando os alvéolos são preenchidos até o limite, eles tornam-se mais rígidos e menos complacentes e a curva se torna plana. Uma vez que os pulmões estejam expandidos ao máximo, a pressão externa dos pulmões é gradualmente tornada menos negativa pela bomba de vácuo, fazendo com que o volume do pulmão diminua ao longo da curva da expiração na alça pressão-volume. - Histerese: É um fenômeno em que as curvas das relações para inspiração e expiração são diferentes. - Complacência é mensurada na curva da expiração da alça pressão-volume porque a curva da inspiração é complicada pela diminuição na complacência em pressões de expansão máximas. Por que a complacência pulmonar é diferente nas curvas da inspiração e da expiração? as diferenças entre as duas curvas (isto é, histerese) reside na tensão superficial na interface líquido-ar do pulmão cheio de ar: as forças de atração intermoleculares entre moléculas de água que revestem o pulmão são muito mais fortes do que as forças entre líquido e moléculas de ar. - Curva da inspiração: Se inicia em baixo volume pulmonar onde as moléculas de água líquidas são mais próximas e as forças intermoleculares são mais altas; para inflar o pulmão, é preciso primeiro quebrar essas forças intermoleculares. Durante a insuflação do pulmão (curva da inspiração), o surfactante, que é recentemente produzido por células alveolares do tipo II, entra na camada líquida que reveste os alvéolos e quebra essas forças intermoleculares para reduzir a tensão superficial. Na parte inicial da curva de inspiração, nos volumes pulmonares mais baixos, a área da superfície do pulmão está aumentando mais rapidamente do que o surfactante pode ser adicionado à camada líquida; assim, a densidade do surfactante é baixa, a tensão superficial é alta, a complacência é baixa e a curva é plana ou pouco inclinada. À medida que a insuflação prossegue, a densidade do surfactante aumenta, o que diminui a tensão superficial, aumenta a complacência e a curva se torna mais inclinada. - Curva da expiração: Se inicia no maior volume pulmonar, onde as forças intermoleculares entre moléculas de água são baixas; não é necessário quebrar as forças intermoleculares para desinsuflar o pulmão. Durante a desinsuflação do pulmão (curva da expiração), a área superficial do pulmão diminui mais rapidamente do que o surfactante pode ser removido do revestimento hídrico e a densidade das moléculas de surfactante aumenta rapidamente, o que diminui a tensão superficial e aumenta a complacência; assim, a porção inicial da curva da expiração é plana. À medida que a expiração prossegue, o surfactante é removido do revestimento hídrico e a densidade do surfactante permanece relativamente constante, assim como a complacência do pulmão. ✓ Complacência da Caixa Torácica: A sua complacência pode ser demonstrada através da introdução de ar no espaço intrapleural, o que cria um pneumotórax. - Pressão intrapleural negativa é criada por duas forças elásticas opostas atuando sobre o espaço intrapleural: os pulmões, com suas propriedades elásticas, tendem a entrar em colapso, e a parede torácica, com suas propriedades elásticas, tende a se expandir. Quando essas duas forças opostas expandem o espaço intrapleural, é criada uma pressão negativa ou um vácuo. Por sua vez, esta pressão intrapleural negativa se opõe à tendência natural dos pulmões de se colapsarem e a parede torácica de se expandir. - Duas consequências importantes de um pneumotórax: (1) sem a pressão intrapleural negativa que mantém os pulmões abertos, os pulmões se colapsam. (2) sem a pressão intrapleural negativa que evita que a parede torácica se expanda, a parede torácica expande. Curvas de Pressão–Volume para os Pulmões, Parede Torácica, e Pulmões e Parede Torácica Combinados A curva para o sistema combinado pulmão- parede torácica é obtida com o treinamento de uma pessoa para respirar em um espirômetro da seguinte forma: (1) a pessoa inspira ou expira até um determinado volume. A válvula do espirômetro é fechada e, à medida que a pessoa relaxa os músculos respiratórios, a pressão das vias aéreas é mensurada (denominada de pressão de relaxamento). (2) Desta forma, valores para a pressão das vias aéreas são obtidos em uma série de volumes estáticos do sistema combinado pulmão- parede torácica. Quando o volume é a CRF, a pressão das vias aéreas é zero e igual à pressão atmosférica. Em volumes inferiores à CRF, as pressões das vias aéreas são negativas (menos volume, menos pressão). Em volumes maiores do que a CRF, as pressões das vias aéreas são positivas (mais volume, mais pressão). ✓ A curva para a parede torácica isolada é obtida por subtração da curva pulmonar da curva combinada pulmão-parede torácica. ✓ A curva para o pulmão isolado, eo inverso da parede torácica. ✓ Complacência: É a inclinação das curvas. O pulmão-caixa torácica combinados são menos complacentes e mais difícil de expandir. ✓ O volume igual a CRF: Quando o volume é a CRF, o sistema combinado pulmão-parede torácica está em equilíbrio. A pressão das vias aéreas é igual à pressão atmosférica, que é chamada zero. Na CRF, devido às estruturas elásticas, os pulmões “querem” colapsar e a parede torácica “quer” expandir. No entanto, na CRF, a posição de equilíbrio, a força para colapsar os pulmões é exatamente igual à força para expandir a parede torácica, portanto o sistema combinado pulmão-parede torácica não se colapsa nem se expande. ✓ O volume é menor que a CRF: Quando o volume no sistema é inferior à CRF (isto é, a pessoa faz uma expiração forçada no espirômetro), há menos volume nos pulmões e a força para colapsar (elástica) os pulmões é menor. A força de expansão da parede torácica é maior, no entanto, e o sistema combinado pulmão-parede torácica “quer” se expandir. À medida que o ar flui para dentro dos pulmões diminui o gradiente de pressão. ✓ O volume é maior que a CRF. Quando o volume no sistema é maior do que a CRF (isto é, a pessoa inspira no espirômetro), há mais volume nos pulmões e a força para o colapso (elástica) dos pulmões é maior. A força de expansão na parede torácica é menor, no entanto, e o sistema combinado pulmão-parede torácica “deseja” colapsar. Doenças da Complacência Pulmonar: A parede torácica isolada não muda a complacência por conta da doença. ✓ Enfisema (aumento da complacência pulmonar): Enfisema, um componente da DPOC, está associado à perda de fibras elásticas nos pulmões. Como resultado, a complacência dos pulmões aumenta. No valor original para a CRF, a tendência para os pulmões se colapsarem é menor que a tendência da parede torácica para se expandir, e essas forças opostas não estarão mais equilibradas. Para que as forças opostas sejam equilibradas, o volume dos pulmões deve estar aumentado para aumentar sua força colapsante. Assim, o sistema combinado pulmão-parede torácica procura uma nova e maior CRF, onde as duas forças opostas podem ser equilibrada; o novo ponto de interseção, onde a pressão das vias aéreas é zero, está aumentado. ✓ Fibrose (diminuição da complacência pulmonar): A fibrose, uma doença restritiva, está associada à rigidez dos tecidos pulmonares e à diminuição da complacência. Na CRF original, a tendência dos pulmões para o colapso é maior do que a tendência da parede torácica de se expandir e as forças opostas não estarão mais equilibradas. Para restabelecer o equilíbrio, o sistema pulmão- parede torácica buscará uma nova e menor CRF; o novo ponto de interseção, onde a pressão das vias aéreas é zero, diminui. Tensão Superficial dos Alvéolos: Existe um problema para manter os alvéolos abertos por conta do seu tamanho, isso ocorre porque os alvéolos são revestidos internamente com uma delgada camada, ou um filme, de líquido. As forças de atração entre moléculas adjacentes do líquido são mais fortes do que as forças de atração entre moléculas do líquido e as moléculas de gás nos alvéolos, o que cria uma tensão superficial. À medida que as moléculas de líquido são atraídas pelas forças de atração, a área superficial torna-se tão pequena quanto possível, formando uma esfera (como bolhas de sabão sopradas no final de um tubo). A tensão superficial gera uma pressão que tende a colapsar a esfera. ✓ Lei de Laplace afirma que a pressão que tende a colapsar um alvéolo é diretamente proporcional à tensão superficial gerada pelas moléculas de líquido que revestem o alvéolo e inversamente proporcional ao raio alveolar. - Grande alvéolo (com um grande raio) terá baixa pressão de colapso e, portanto, exigirá apenas uma pressão mínima para mantê-lo aberto. - Pequeno alvéolo (com um raio pequeno) terá uma alta pressão de colapso e exigirá mais pressão para mantê-lo aberto. Surfactante: ✓ Como pequenos alvéolos permanecem abertos sob altas pressões de colapso? O surfactante, uma mistura de fosfolipídios que reveste os alvéolos e reduz sua tensão superficial. Ao reduzir a tensão superficial, o surfactante reduz a pressão de colapso para um determinado raio. ✓ É sintetizado a partir de ácidos graxos pelas células alveolares tipo II. ✓ O surfactante aumenta a complacência pulmonar, o que reduz o trabalho de expansão dos pulmões durante a inspiração. ✓ o componente mais importante é a dipalmitoil fosfatidilcolina (DPPC). ✓ As moléculas de DPPC se alinham espontaneamente na superfície alveolar, com suas porções hidrofóbicas atraídas umas às outras e suas porções hidrofílicas repelidas. As forças intermoleculares entre as moléculas DPPC rompem as forças de atração entre moléculas líquidas que recobrem os alvéolos (responsáveis pela alta tensão superficial). Assim, quando o surfactante está presente, a tensão superficial e a pressão colapsante são reduzidas e os pequenos alvéolos são mantidos abertos. Relações entre Fluxo de Ar, Pressão e Resistencia O fluxo de ar (Q) é diretamente proporcional à diferença de pressão (∆P) entre a boca ou nariz e os alvéolos e é inversamente proporcional à resistência das vias aéreas (R). É importante entender que a diferença de pressão é a força motriz - sem uma diferença de pressão, o fluxo de ar não ocorrerá. ✓ Entre as respirações, a pressão alveolar é igual a pressão atmosférica; não há gradiente de pressão, nenhuma força motriz e nenhum fluxo de ar. Por outro lado, durante a inspiração, o diafragma se contrai para aumentar o volume pulmonar, o que diminui a pressão alveolar e estabelece um gradiente de pressão determinando um fluxo de ar para dentro dos pulmões. Resistências das Vias Aéreas: o fluxo é inversamente proporcional à resistência (Q = ∆P/R). A resistência é determinada pela lei de Poiseuille. ✓ brônquios de tamanho médio são os locais de maior resistência das vias aéreas. ✓ quando as vias aéreas estão dispostas em paralelo, a resistência total é menor do que as resistências individuais e que a adição de uma via aérea em paralelo diminui a resistência total. Alterações na Resistência das Vias Aéreas: as mudanças no diâmetro das vias aéreas proporcionem o mecanismo principal para alterar a resistência e o fluxo de ar. O músculo liso nas paredes das vias aéreas condutoras é inervado por fibras nervosas autonômicas; quando ativadas, essas fibras produzem constrição ou dilatação das vias aéreas. As mudanças no volume pulmonar e na viscosidade do ar inspirado também podem alterar a resistência ao fluxo de ar. ✓ Sistema nervoso autônomo: O músculo liso brônquico é inervado por fibras nervosas parassimpáticas colinérgicas e por fibras nervosas simpáticas adrenérgicas. A ativação dessas fibras produz constrição ou dilatação do músculo liso brônquico, que diminui ou aumenta o diâmetro das vias aéreas, da seguinte forma: (1) A estimulação parassimpática produz a constrição do músculo liso brônquico, diminuindo o diâmetro das vias aéreas e aumentando a resistência ao fluxo de ar. Estes efeitos podem ser simulados por agonistas muscarínicos e podem ser bloqueados por antagonistas muscarínicos. A constrição do músculo liso brônquico também ocorre na asma e em resposta a irritantes. (2) A estimulação simpática produz relaxamento do músculo liso brônquico através da estimulação dos receptores β2. O relaxamento do músculo liso brônquico resulta em aumentos no diâmetro das vias aéreas e diminuição da resistência ao fluxo de ar. Portanto, os agonistas β2 como epinefrina, isoproterenol e albuterol produzem relaxamento do músculo liso brônquico, o que justificasua utilidade no tratamento da asma. ✓ Volume do pulmão: a redução do volume pulmonar aumenta a resistência das vias aéreas (até mesmo ao ponto do colapso das vias aéreas) e o aumento do volume pulmonar diminui a resistência das vias aéreas. Quando os alvéolos estão mais insuflados (maior volume pulmonar), eles puxam radialmente tanto os alvéolos adjacentes como os bronquíolos próximos e, dessa forma, abrem os bronquíolos e diminuem suas resistências. As pessoas com asma respiram em volumes pulmonares mais elevados e compensam parcialmente a alta resistência das vias aéreas que ocorre na doença ✓ Viscosidade do ar inspirado (η). os aumentos da viscosidade do gás produzem aumentos de resistência, enquanto que a diminuição da viscosidade produz diminuição da resistência. Ciclo Respiratório Pressão transmural: é calculada como a pressão alveolar menos a pressão intrapleural. Se a pressão transmural for positiva, é uma pressão que provoca expansão pulmonar e a flecha amarela aponta para fora. Possui três fases: ✓ Repouso: quando o diafragma está em sua posição de equilíbrio (relaxado). Em repouso, nenhum ar se move para dentro ou para fora dos pulmões. A pressão alveolar é igual à pressão atmosférica e, como as pressões pulmonares são sempre referidas à pressão atmosférica, a pressão alveolar é zero. A pressão intrapleural é negativa. ✓ Inspiração: o diafragma se contrai, fazendo com que o volume do tórax aumente. Na metade do processo inspiratório, a pressão alveolar cai abaixo da pressão atmosférica. O gradiente de pressão entre a atmosfera e os alvéolos direciona o fluxo de ar para dentro do pulmão. O ar flui para dentro dos pulmões até que, no final da inspiração, a pressão alveolar é mais uma vez igual à pressão atmosférica; o gradiente de pressão entre a atmosfera e os alvéolos se dissipou e o fluxo de ar para os pulmões cessa. - Pressão intrapleural torna-se ainda mais negativa do que em repouso. Isso porque: (1) À medida que o volume pulmonar aumenta, a retração elástica dos pulmões também aumenta e puxa mais fortemente os pulmões contra o espaço intrapleural. (2) a pressão das vias aéreas e a pressão alveolar tornam-se negativas. ✓ Expiação: A pressão alveolar torna-se positiva (maior que a pressão atmosférica) porque as forças elásticas dos pulmões comprimem o maior volume de ar nos alvéolos. Quando a pressão alveolar aumenta acima da pressão atmosférica, o ar flui para fora dos pulmões e o volume nos pulmões retorna à CRF. ✓ Expiração Forçada: Os músculos expiratórios são usados para tornar as pressões no pulmão e nas vias aéreas ainda mais positivas do que aquelas registradas em uma expiração normal e passiva. - enquanto a pressão transmural for positiva, as vias aéreas e os pulmões permanecerão abertos. Trocas Gasosas Lei dos Gases: ✓ lei geral dos gases (conhecida dos cursos de química) afirma que o produto da pressão de um gás multiplicado pelo volume é igual ao número de moles do gás multiplicado pela constante dos gases e pela temperatura. Na fase gasosa utiliza-se a BTPS, mas na fase líquida utiliza-se a STPD. ✓ lei de Boyle é um caso especial da lei geral dos gases. Ela indica que, para um gás a uma dada temperatura, o produto da pressão multiplicado pelo volume é constante. ✓ lei de Dalton: Ela indica que a pressão parcial de um gás em uma mistura de gases é a pressão que o gás exerceria se ocupasse o volume total da mistura. ✓ lei de Henry trata de gases dissolvidos em solução. Tanto o O2 como o CO2 estão dissolvidos no sangue (uma solução) que chega ou que sai dos pulmões. Para calcular a concentração de um gás na fase líquida, a pressão parcial na fase gasosa primeiro é convertida para a pressão parcial na fase líquida; em seguida, a pressão parcial no líquido é convertida para a concentração no líquido. No equilíbrio, a pressão parcial de um gás na fase líquida é igual à pressão parcial na fase gasosa. Difusão de Gases – Lei de Fick: Para os gases, a taxa de transferência por difusão (Vx) é diretamente proporcional à força motriz, um coeficiente de difusão e à área superficial disponível para difusão; e é inversamente proporcional à espessura da barreira da membrana. Formas de Gases em Soluções: a concentração total do gás em solução é a soma do gás dissolvido mais o gás ligado, além do gás quimicamente modificado. ✓ Gás dissolvido. Todos os gases em solução são transportados, em alguma quantidade, na forma dissolvida. A lei de Henry dá a relação entre a pressão parcial de um gás e sua concentração em solução: para uma dada pressão parcial, quanto maior a solubilidade do gás, maior a concentração do gás em solução. Em solução, apenas moléculas do gás dissolvido contribuem para a pressão parcial. Em outras palavras, o gás ligado e o gás quimicamente modificado não contribuem para a pressão parcial. ✓ Dos gases encontrados no ar inspirado, o nitrogênio (N2) é o único que é transportado apenas na forma dissolvida e nunca está ligado ou quimicamente modificado. Devido a esta característica simplificadora, N2 é usado para certas mensurações em fisiologia respiratória. ✓ Gás ligado. O2, CO2 e CO estão ligados a proteínas no sangue. O2 e CO se ligam à hemoglobina dentro dos glóbulos vermelhos e são transportados nessa forma. CO2 se liga à hemoglobina nos glóbulos vermelhos e a proteínas plasmáticas. ✓ Gás quimicamente modificado. O exemplo mais significativo de um gás quimicamente modificado é a conversão de CO2 para bicarbonato (HCO3-) nos glóbulos vermelhos pela ação da anidrase carbônica. Na verdade, a maioria do CO2 é transportada pelo sangue como HCO3-, em vez de CO2 dissolvido ou como CO2 ligado. Visão Geral dos Transportes de Gases no Pulmão: os capilares pulmonares são perfundidos com sangue do coração direito. A troca de gases ocorre então entre o gás alveolar e o capilar pulmonar: o O2 se difunde do gás alveolar para o sangue capilar pulmonar e o CO2 se difunde do sangue capilar pulmonar para o gás alveolar. O sangue que deixa o capilar pulmonar torna-se sangue arterial sistêmico e é levado para o coração esquerdo. Troca Gasosa Limitada por Difusão e Perfusão: ✓ As trocas gasosas limitadas por difusão significam que a quantidade total de gás transportada através da barreira alvéolo-capilar é limitada pelo processo de difusão. Nestes casos, enquanto o gradiente de pressão parcial para o gás for mantido, a difusão continuará ao longo do comprimento do capilar. ✓ As trocas gasosas limitadas por perfusão significam que a quantidade total de gás transportada através da barreira alvéolo- capilar é limitada pelo fluxo sanguíneo (isto é, perfusão) através dos capilares pulmonares. Nas trocas limitadas pela perfusão, o gradiente de pressão parcial não é mantido e, neste caso, a única maneira de aumentar a quantidade de gás transportado é aumentando o fluxo sanguíneo. Relações ventilação/perfusão Relações entre Fluxo Sanguíneo Pulmonar, Pressão e Resistência: O fluxo sanguíneo pulmonar é diretamente proporcional ao gradiente de pressão entre a artéria pulmonar e o átrio esquerdo e é inversamente proporcional à resistência da vasculatura pulmonar. - Quando comparado com a circulação sistêmica, no entanto, a circulação pulmonar é caracterizada por pressões e resistências muito menores, embora o fluxo sanguíneo seja o mesmo. A razão pela qual o fluxo sanguíneo pulmonar pode ser igual ao fluxo sanguíneo sistêmico é que as pressões e resistências pulmonares são proporcionalmente inferiores às pressões e resistências sistêmicas. Regulação do Fluxo sanguíneo pulmonar: ✓ Vaso constrição hipóxica. Sem dúvida, o principal fator que regula o fluxo sanguíneo pulmonaré a pressão parcial de O2 no gás alveolar. Nos pulmões, no entanto, a vasoconstrição hipóxica ocorre como um mecanismo adaptativo, reduzindo o fluxo sanguíneo pulmonar para áreas mal ventiladas onde o fluxo sanguíneo seria “desperdiçado”. Assim, o fluxo sanguíneo pulmonar é redirecionado para longe das regiões mal ventiladas do pulmão, onde as trocas gasosas seriam inadequadam, e em direção a regiões bem ventiladas do pulmão, onde as trocas gasosas serão melhores. ✓ Volume do pulmão. Os vasos sanguíneos pulmonares incluem vasos alveolares (isto é, capilares), que estão ao redor dos alvéolos, e vasos extra-alveolares (p. ex., artérias e veias). O aumento do volume pulmonar afeta os dois tipos de vasos de forma diferente: comprime os vasos alveolares, aumentando sua resistência, mas abre os vasos extra-alveolares, diminuindo sua resistência. Distribuição do Fluxo Sanguíneo Pulmonar: é desigual e pode ser explicada pelos efeitos da gravidade. Quando uma pessoa está em decúbito dorsal (supino), o fluxo sanguíneo é quase uniforme porque todo o pulmão está no mesmo nível gravitacional. No entanto, quando uma pessoa está de pé, os efeitos gravitacionais não são uniformes e o fluxo sanguíneo é mais baixo no ápice do pulmão (zona 1) e mais alto na base do pulmão (zona 3). ✓ Zona 1. Como resultado do efeito gravitacional, a pressão arterial (Pa) no ápice do pulmão pode ser menor do que a pressão alveolar (PA), que é aproximadamente igual à pressão atmosférica. Se Pa for menor que a PA, os capilares pulmonares serão comprimidos pela pressão alveolar mais alta por fora deles. Essa compressão fará com que os capilares se fechem, reduzindo o fluxo sanguíneo regional. Normalmente, na zona 1, a pressão arterial é a mínima suficiente para evitar esse fechamento, e a zona 1 é perfundida, embora com baixa intensidade de fluxo. ✓ Zona 2: Devido ao efeito gravitacional sobre a pressão hidroestática, a Pa é maior na zona 2 do que na zona 1 e superior à PA. A pressão alveolar, no entanto, é ainda maior do que a pressão venosa pulmonar (PV). Embora a compressão dos capilares não represente um problema na zona 2, o fluxo sanguíneo é determinado pela diferença entre as pressões arterial e alveolar, não pela diferença entre as pressões arterial e venosa (como é nos leitos vasculares sistêmicos). ✓ Zona 3: O efeito gravitacional aumenta as pressões arterial e venosa, e ambas são agora superiores à pressão alveolar. O fluxo sanguíneo na zona 3 é determinado pela diferença entre a pressão arterial e a pressão venosa, como é em outros leitos vasculares. Na zona 3, o maior número possível de capilares está aberto e o fluxo sanguíneo é mais alto. Desvios: ✓ Desvio fisiológico. Parte do desvio fisiológico é o fluxo sanguíneo brônquico, que serve às funções metabólicas dos brônquios. O outro componente do desvio é uma pequena quantidade do fluxo sanguíneo coronário que se drena diretamente para o ventrículo esquerdo através das veias de tebésio e nunca perfunde os pulmões. Pequenos desvios fisiológicos estão sempre presentes, e PaO2 sempre será um pouco menor do que PAO2. ✓ Desvios da direita para esquerda. O desvio de sangue do coração direito para o esquerdo pode ocorrer se houver um defeito na parede entre os ventrículos direito e esquerdo. Hiperventilação: A resposta mais significativa à altitude elevada é a hiperventilação, um aumento na frequência da ventilação. hipoxemia é suficientemente grave para estimular os quimiorreceptores periféricos nos corpos carotídeos e aórticos. Por sua vez, os quimiorreceptores sinalizam para o centro inspiratório bulbar para aumentar a frequência de respiração. Consequência da hiperventilação é que CO2 “extra” é expirado pelos pulmões e a PCO2 arterial diminui, produzindo alcalose respiratória. No entanto, a diminuição da PCO2 e o aumento resultante do pH irão inibir os quimiorreceptores centrais e periféricos e anular o aumento na frequência da ventilação. Hipoxemia: É uma diminuição na PO2 arterial. ✓ Altitude elevada provoca hipoxemia porque a pressão barométrica (PB) diminui, o que diminui a PO2 do ar inspirado (PIO2) e do ar alveolar (PAO2). O equilíbrio de O2 através da barreira alvéolo/capilar pulmonar é normal, e o sangue arterial sistêmico atinge a mesma (menor) PO2 que a do ar alveolar. Como PAO2 e PaO2 são quase iguais, o gradiente A - a é normal. Em altitude elevada, respirar O2 suplementar aumenta a PO2 arterial pela elevação da PO2 do ar inspirado e do ar alveolar. ✓ A hipoventilação causa hipoxemia ao diminuir a PO2 alveolar (menos ar inspirado fresco é trazido para dentro dos alvéolos). O equilíbrio de O2 é normal e o sangue arterial sistêmico atinge a mesma (menor) PO2 que a do ar alveolar. PAO2 e PaO2 são quase iguais e o gradiente A – a é normal. Na hipoventilação, respirar O2 suplementar aumenta a PO2 arterial elevando a PO2 alveolar. ✓ Problemas na difusão (p. ex., fibrose, edema pulmonar) causam hipoxemia aumentando a distância de difusão ou diminuindo a área de superfície para a difusão. O equilíbrio de O2 é prejudicado, PaO2 é menor do que a PAO2 e o gradiente A - a é aumentado ou ampliado. Com problemas na difusão, respirar O2 suplementar aumenta a PO2 arterial ao aumentar a PO2 alveolar, o que aumenta a força motriz para a difusão de O2. ✓ Problemas na V/Q sempre causam hipoxemia e aumento do gradiente A - a. Lembre-se de que os defeitos na V/Q geralmente apresentam-se como uma constelação de anormalidades que podem incluir regiões de espaço morto, V/Q alta, V/Q baixa e desvio. Lembre-se, também, de que regiões de altas V/Q têm uma PO2 alta e regiões de baixas V/Q têm PO2 baixa. Uma questão pode então surgir: Nos problemas de V/Q, por que as regiões de elevada V/Q não compensam as regiões de baixa V/Q, de maneira que a PO2 do sangue que sai dos pulmões seja normal? A resposta é que, embora as regiões de elevada V/Q tenham sangue com PO2 elevada, o fluxo sanguíneo para essas regiões é baixo (ou seja, alta relação V/Q) e contribui pouco para o fluxo sanguíneo total. Regiões de baixa V/Q, onde PO2 é baixa, tem maior fluxo sanguíneo e o maior efeito global sobre a PO2 do sangue que deixa os pulmões. Nos problemas de V/Q, o O2 suplementar pode ser útil, principalmente porque eleva a PO2 de regiões de baixa V/Q onde o fluxo sanguíneo é mais alto. ✓ Desvios da direita para esquerda (desvios cardíacos da direita para a esquerda e desvios intrapulmonares) sempre causam hipoxemia e aumento do gradiente A–a. O sangue desviado não passa pelos alvéolos ventilados e não pode ser oxigenado. Como o sangue desviado se mistura e se dilui com o sangue oxigenado normalmente (sangue não desviado), a PO2 do sangue que deixa os pulmões deve ser inferior ao normal. O O2 suplementar tem um efeito limitado na elevação da PO2 do sangue arterial sistêmico, pois só pode elevar a PO2 do sangue normal não desviado; o sangue desviado continua a ter um efeito de diluição. Portanto, a capacidade do O2 suplementar para aumentar a PO2 do sangue arterial sistêmico dependerá da magnitude do desvio: quanto maior for o desvio, menos efetivo será o O2 suplementar. Outra característica do tratamento de desvios da direita para esquerda com O2 suplementar é que ele nunca corrige o aumento do gradiente A – a; na verdade, à medida que o O2 suplementar é administrado, o gradiente A – a aumenta ou se amplia porque a PAO2 aumenta mais rápido do que a PaO2. Hipóxia: é a entrega reduzida de O2 para os tecidos. Como a entrega de O2 é o produto do débito cardíaco e do conteúdo de O2 no sangue, a hipóxia é causada pela diminuição do débito cardíaco (fluxo sanguíneo) ou diminuição do conteúdo de O2 no sangue. A razão pela qual a hipoxemia causa hipóxia é que a diminuição da PaO2 reduz a percentagem de saturação da hemoglobina . O2-hemoglobinaé a principal forma de O2 no sangue; assim, uma diminuição na quantidade de O2-hemoglobina significa uma diminuição no conteúdo total de O2. ANOTAÇÕES PH= 7,35 ácido 7,45 alcalose 7,34 acidose PaCO2= 35 a 45 normal 33 respiratoria Metabolica só se o HCO3 também estiver alterado. HCO3= 22 á 26 normal. BE= -1 respiratorio -7 metabolico PaO2= 120 hiperoxemia 100 a 80 normal 80 hipoxemia No raio x o lado preto do pulmão é o pneumotórax, significa que está hiper. O lado branco do pulmão no raio x é que está hipo.
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