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1/7 Proteínas Proteínas 2/7 Proteínas INTRODUÇÃO Proteínas controlam praticamente todos os processos que ocorrem em uma célula, exibindo uma quase infinita diversidade de funções. São as macromoléculas biológicas mais abundantes, ocorrendo em todas as células e em todas as partes das células. E são os instrumentos moleculares pelos quais a informação genética é expressa. As proteínas de cada organismo, da mais simples das bactérias aos seres humanos, são construídas a partir do mesmo conjunto onipresente de 20 aminoácidos. Para gerar uma determinada proteína, os aminoácidos se ligam de modo covalente em uma sequência linear característica. A partir desses blocos de construção, diferentes organismos podem gerar produtos tão diversos como enzimas, hormônios, anticorpos, transportadores, fibras musculares, proteínas das lentes dos olhos, penas, teias de aranha, chifres de rinocerontes, proteínas do leite, antibióticos, venenos de cogumelos e uma miríade de outras substâncias com atividades biológicas distintas. Entre esses produtos de proteínas, as enzimas são as mais variadas e especializadas. AMINOÁCIDOS Proteínas são polímeros de aminoácidos, com cada resíduo de aminoácido unido ao seu vizinho por um tipo específico de ligação covalente (o termo “resíduo” reflete a perda de elementos de água quando um aminoácido é unido a outro). Todos os 20 tipos de aminoácidos comuns são ∝-aminoácidos. Eles têm um grupo carboxila e um grupo amino ligados ao mesmo átomo de carbono (o carbono ∝). Diferem uns dos outros em suas cadeias laterais ou grupos R e que influenciam a solubilidade dos aminoácidos em água. Foram atribuídas aos aminoácidos comuns das proteínas abreviações de três letras e símbolos. 3/7 Proteínas FIGURA 1: Estrutura geral de um aminoácido. Figura 2 – Os vinte aminoácidos que compõem as proteínas Para todos os aminoácidos comuns, exceto a glicina, o carbono ∝ está ligado a quatro grupos diferentes: um grupo carboxila, um grupo amino, um grupo R e um átomo de hidrogênio. O átomo de carbono é, portanto, um centro quiral. Uma nomenclatura especial foi desenvolvida para especificar a configuração absoluta dos quatro substituintes dos átomos de carbono assimétricos. As configurações absolutas de açúcares 4/7 Proteínas simples e de aminoácidos são especificadas pelo sistema D, L. Os L-aminoácidos são aqueles com o grupo a-amino na esquerda e os D-aminoácidos com esse grupo na direita. Quase todos os compostos biológicos com centro quiral ocorrem naturalmente em apenas uma forma estereoisomérica, D ou L. Os resíduos de aminoácidos em moléculas proteicas são exclusivamente estereoisômeros L. Os aminoácidos podem ser classificados em cinco tipos com base na polaridade e carga (em pH 7) de seus grupos R: • Grupos R apolares, alifáticos: os grupos R nesta classe de aminoácidos são apolares e hidrofóbicos. As cadeias laterais de alanina, valina, leucina e isoleucina tendem a se agrupar no interior de proteínas, estabilizando a estrutura proteica por meio de interações hidrofóbicas. • Grupos R aromáticos: fenilalanina, tirosina e triptofano, com suas cadeias laterais aromáticas, são relativamente apolares (hidrofóbicos). • Grupos R polares, não carregados: os grupos R desses aminoácidos são mais solúveis em água, ou mais hidrofílicos do que aqueles dos aminoácidos apolares, porque eles contêm grupos funcionais que formam ligações de hidrogênio com a água. • Grupos R carregados positivamente (básicos): os grupos R mais hidrofílicos são aqueles carregados positivamente ou negativamente. Seus resíduos facilitam muitas reações catalisadas por enzimas, funcionando como doadores/aceptores de prótons. • Grupos R carregados negativamente (ácidos): os dois aminoácidos que apresentam grupos R com carga negativa final em pH 7,0 são o aspartato e o glutamato, cada um dos quais tem um segundo grupo carboxila. 5/7 Proteínas PEPTÍDEOS E PROTEÍNAS Proteínas são polímeros de aminoácidos, com cada resíduo de aminoácido unido ao seu vizinho por um tipo específico de ligação covalente (o termo “resíduo” reflete a perda de elementos de água quando um aminoácido é unido a outro). Aminoácidos podem ser unidos de modo covalente por meio de uma ligação amida substituída, denominada ligação peptídica, para formar peptídeos e proteínas. Tal ligação é formada pela remoção de elementos de água (desidratação) do grupo ∝-carboxila de um aminoácido e do grupo ∝-amino do outro. As células geralmente contêm milhares de proteínas diferentes, cada uma com uma atividade biológica diferente. Três aminoácidos podem ser unidos para formar um tripeptídeo; do mesmo modo, quatro aminoácidos podem ser unidos para formar um tetrapeptídeo, e assim por diante. Quando alguns aminoácidos se ligam, a estrutura é chamada de oligopeptídeo. Quando muitos aminoácidos se ligam, o produto é chamado de polipeptídeo. Embora os termos “proteína” e “polipeptídeo” sejam algumas vezes intercambiáveis, as moléculas chamadas de polipeptídeos têm massas moleculares abaixo de 10.000, e as chamadas de proteínas têm massas moleculares mais elevadas. Proteínas podem ser cadeias peptídicas muito longas de 100 a muitos milhares de resíduos de aminoácidos. Entretanto, alguns peptídeos que ocorrem naturalmente possuem apenas alguns poucos resíduos de aminoácidos. Mesmo os menores peptídeos podem ter efeitos biologicamente importantes. Muitos destes exercem seus efeitos em concentrações muito baixas. Por exemplo, vários hormônios de vertebrados são peptídeos pequenos. Algumas proteínas são compostas por várias cadeias polipeptídicas associadas de modo não covalente, chamadas de subunidades. As cadeias polipeptídicas individuais em uma proteína multissubunidade podem ser idênticas ou diferentes. Se pelo menos duas são idênticas, a proteína é chamada de oligomérica, e as unidades idênticas são chamadas de protômeros. Proteínas simples produzem, por hidrólise, apenas aminoácidos; proteínas conjugadas contêm além deles, alguns outros componentes, tais como um metal ou um grupo prostético. As proteínas conjugadas são classificadas com base na natureza química de seus grupos prostéticos; por exemplo, lipoproteínas contêm lipídeos, glicoproteínas contêm grupos de açúcares e metaloproteínas contêm um metal específico. Algumas proteínas contêm mais de um grupo prostético. Normalmente o grupo prostético desempenha um papel importante na função biológica da proteína. 6/7 Proteínas As proteínas podem ainda serem subdividas conforme a estrutura que adquirem. Primeiramente, as ligações covalentes entre os aminoácidos definem sua estrutura primária. Os arranjos entre os resíduos de aminoácidos definirão sua estrutura secundária, com padrões estruturais que se repetem. O dobramento tridimensional da proteína conferirá sua estrutura terciária, e finalmente, quando uma proteína possui mais de uma unidade polipeptídica, seu arranjo espacial é denominado de estrutura quaternária. FIGURA 3 Níveis de estrutura das proteínas. Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger. REFERÊNCIAS Nelson, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. Porto Alegre: Artmed, 2011. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. 7/7 Proteínas
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