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historia da contabilidade

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1. Introdução
Por conta dos avanços tecnológicos através da globalização, houve significativas mudanças dentro das empresas, de modo geral, optando pela busca no desenvolvimento econômico, paralelo com as tecnologias desenvolvidas ao longo do tempo. 
Essas mudanças não são diferentes no setor contábil, que por conta disso, passou a permitir uma maior eficiência na vida de profissionais contábeis nas últimas décadas e uma maior preocupação em se adaptar a essas novas tecnologias.
Dessa forma, profissionais dessa área, passaram a se aprimorar e desenvolver mais suas capacidades profissionais e conhecimentos tecnológicos para que os relatórios e obrigações da área sejam entregues em um tempo mais hábil, sendo suas informações mais integradas, de forma que os sistemas forneçam informações mais competentes e com menos risco de erros, os mesmos que aconteciam em maior quantidade por essas informações terem papel mais manual em suas respectivas empresas. 
Por outro lado, nota-se que contadores precisam adaptar-se constantemente a essas novas tecnologias, que vem mudando mais rápido com o passar do tempo, e isso vem gerando um grande impacto e risco na profissão do contador, levando a um questionamento sobre as mudanças do futuro, e no presente há a questão sobre até onde vão os trabalhos das máquinas e os trabalhos dos humanos. 
Com base nessas informações, o presente trabalho, abordará os pontos positivos e negativos que a automatização trouxe à contabilidade. Serão exemplificados e discutidos temas como a otimização de tempo decorrente através do aumento de produtividade gerado pela automação e também através da integralização de áreas realizadas pelos sistemas responsáveis por esses processos. 
Grimes (2017), presidente do Internacional Federation of Accouting – IFAC, constatou que a maioria dos processos que eram realizados por humanos provavelmente serão substituídos por máquinas, procurando que as demonstrações tenham um maior índice de acerto.
Sendo investigadas, as principais mudanças ao longo dos anos na vida desses profissionais, onde ocorrerá o seu desenvolvimento profissional na luta pelo conhecimento tecnológico, exercendo funções mais automatizadas.
Outros temas que também serão abordados são a segurança dos dados fornecidos pelos sistemas contábeis e a possível diminuição de cargos por conta da automatização de funções, pois mesmo ainda sendo necessário que haja pessoas responsáveis pela gestão de processos, muitos deles já são feitos automaticamente.
De forma geral, conforme a globalização fluía e se expandia cada dia mais, a contabilidade cresceu mais ainda, acompanhando os avanços juntamente com o numero de grandes usuários e a necessidade de aprimoramento na área, passando por vários processos complexos ao longo do tempo.
História da Contabilidade
A Contabilidade sempre esteve presente na história da sociedade, não somente como forma de controle, mas uma necessidade dentro da organização de um povo. Há muitos indícios registrados desde o início da humanidade, contados por séculos de história.
De acordo com vários estudiosos e cientistas ao redor do mundo, sua origem é mais antiga quanto à do próprio homo sapiens, há 2.000 anos antes de Cristo. Tudo isso devido à grande necessidade dos povos registrarem seu patrimônio, foram surgindo às primeiras formas de contagem e contabilização, feitas de uma forma bem primitiva. Esses povos antigos pensaram em um modo de usar ossos e paredes de cavernas e grutas como uma forma de registrar suas posses e utilidades.
“Pedaços de ossos de rena forma encontrados em razoável quantidade no sul da França e muitas grutas conservam ainda, em países da Europa e no Brasil, inscrições sobre objetos e animais. O desenho do animal ou da coisa representava a natureza da utilidade que o homem primitivo havia conquistado e guardava; os riscos que quase sempre se seguiam ao desenho da coisa ou objeto denunciavam a quantidade existente.” (SÁ, 2002, p.22)
.Da forma mais primitiva, as escritas por vezes tinham a forma de desenhos, que representavam a qualidade e também em forma de riscos, onde representavam as quantidades, assim conseguiam contabilizar seus objetos e animais, mostrando a importância do principio da entidade já no começo das civilizações. 
Conforme o tempo passa, onde as pessoas começam a acumular riquezas, vem a preocupação de como administrar melhor e a forma simplificada de aumentar suas posses, a contabilização primitiva fica mais complexa, forçando o aprimoramento de suas inscrições, surgindo um registro de escrituração contábil, para que pudessem evidenciar os patrimônios individuas e de suas famílias. 
Com o final da Era Neolítica, também chamada Idade da Pedra Polida, começaram os registros de desenhos e gravações, apresentados como um tipo de controle, originados por templos por vários séculos, foram realizados documentos e selos de sigilos, como diário, balancete e balanço, tornando-se seus registros diários, gravados em tabuas e papiros como um tipo de papel.
O Avanço na Contabilização
O comércio já se intensificava e a igreja e religião tinham um poderoso controle sobre o Estado, os registros eram feitos em argila, papiro, pergaminhos e tabuletas de madeira, eram relatados cada fato, tendo o resumo do movimento diário e juntando pela natureza de acontecimentos, pagamentos feitos, mão de obra, colheita, os pagamentos de impostos, entre outras coisas. 
“Os registros eram feitos em pequenas peças de argila, todas relativas a cada fato (de início), depois resumidas em uma maior (que era o do movimento diário ou de maior período) e também se juntavam por natureza de acontecimentos (pagamentos de mão-de-obra, pagamentos de impostos, colheitas etc.” (SÁ, 2002, p.23)
Dessa forma, eram calculados de uma maneira mais clara os gastos, como os custos para produção, elaborados de forma mais organizacional, obtendo registros de débito e crédito. 
Há milhares de anos atrás, no Egito, pelo papiro, originaram-se livros contábeis, pelos sistemas de matrizes, os egípcios utilizavam um modo de contabilização sofisticado, desenvolvendo de forma mais evoluída, da escrita contábil foi originada a escrita comum. 
Também os gregos, na época da antiguidade clássica, tinham um sistema de escrituração de riquezas evoluído., já fazendo as apurações de resultados das contas de exercícios, na época de tabuletas de Lagarsh, 2.000 A.C.
Em todo o aprendizado sobre a contabilidade, os ensinamentos sempre nos indicam as partidas dobradas, esse método teve grande evolução na Itália, passando pela antiguidade, conhecido como anos de ouro, com profundas mudanças desde os primórdios das contabilizações. 
Foi na Itália que Luca Pacioli, um monge franciscano e matemático italiano, no sec. XV época de grandes eventos de natureza social, política e econômica.
Luca Pacioli foi considerado um grande gênio renascentista, nascido em Borgo di San Sepolcro, que hoje é Sansepolcro, na província de Arezzo, região da toscana de Itália.
Pacioli escreveu muitas obras, porem sua famosa obra que o originou como um grandioso gênio foi a escrita Summa de Aritmética, Geometria, Proportione et Proportionalita. A grande obra das partidas dobradas foi Tractatus de Computis et Scripturi, onde ele obtêm grande fidelidade. 
No decorrer do século XIII até o inicio do século XVII, em algumas cidade da Europa, como Veneza, Florença, Gênova, Pisa, entre outras, houve intensa atividade mercantil, cultural e econômica, com muitos avanços em empreendimentos industriais e comerciais, dando inicio a chamada escola italiana e européia, com base na contabilidade.
Com a ascensão de Portugal e Espanha nas políticas econômicas em cima dos venezianos, houve grande movimentação nos negócios, dando abertura para os procedimentos contábeis e com grande terreno para as praticas das partidas dobradas de Pacioli.
Com a divulgação da obra de Luca Pacioli, iniciou-se a escola Italiana por toda a Europa, com o método contábil, no século XIX, era chamado de período romântico. Com a grande necessidade por uma sociedade maiscomplexa nos avanços e progresso das civilizações, o cenário contábil foi dominado por datas e evoluções marcantes em sua história, dando abertura para mais estudiosos e autores. 
Em 1920, predomina-se a fase da escola norte americana na contabilidade, pelo seu já poder econômico e político.
O campo era propicio para o crescimento das Ciências Contábeis, pois era a era crescimento comercial e industrial, já com a participação de inúmeros acionistas, tornando-se fundamental por decorrência do numero elevado de usuários.
Várias vertentes de escolas americanas foram surgindo, levando em conta a economia Global, gerando a necessidade de uma harmonia contábil internacional, e vários estudos foram criados sobre a área da contabilidade e seus princípios. 
Diferente da escola Italiana, onde a teoria contábil foi desenvolvida, com esforços de um único individuo, a teoria norte americana era centrada no trabalho em equipe, predominando em material americano sempre a preocupação no trabalho em equipe, sendo algo útil para a tomada de decisões. 
A Contabilidade do Brasil
Em 1970, foi regulamentada a profissão contábil no Brasil, expedida por Dom José, que era rei de Portugal, as pessoas que trabalhavam nessa área eram obrigadas a emitirem registro de matricula.
O profissional da área contábil era chamado de guarda-livros até a metade dos anos 1970.
Com a chegada da família real no Brasil, na intensa atividade colonial, haviam fiscalizações e a necessidade de mecanismos fiscais.
O ensino superior do Brasil havia duas distintas metodologias no ensino da contabilidade:
- Com origem na escola Italiana, tendo grande influencia no crescimento contábil do Brasil, mesmo com vários questionamentos a cerca das vertentes Italianas no modo contábil, quem mais teve influencia foi a escola norte-americana, pois várias fabricas e multinacionais norte-americana e inglesas foram instaladas no Brasil. No Brasil a escola Italiana foi considerada inadequada, abrindo caminho para a escola norte-americana e seus fundamentos, de modo mais atraente.
Na década de 80, a influencia norte-americana ganhou força, apesar de muitos ensinamentos no Brasil serem simplista. 
Através do decreto Imperial nº 4.475, foi regulamentada a profissão contábil no Brasil, exercendo o cargo de guarda-livros, era obrigatório os profissionais possuírem o curso de comércio no currículo, ter conhecimento na língua francesa e portuguesa, e perfeita caligrafia, com a chegada da maquina de escrever, era exigido o conhecimento em datilografia. 
Em 1915, com a fundação de um Instituto Brasileiro de Contadores Fiscais, logo após se iniciou a Associação dos Contadores de São Paulo e no Rio de Janeiro.
Com muitos problemas políticos, Getulio Vargas tomou posse no ano de 1930, ocorreu uma grande conquista da área contábil, com o decreto nº 20158, regulamentaram os cursos de guarda-livros e perito-contábil.
Em 1932, sancionado o decreto 21.033, dando novas condições para a profissão dos contadores e guarda-livros, logo depois aprovado a Resolução 1.46, criando regras para a profissão. 
No Brasil, no cenário atual, existe o Conselho de Contabilidade em todo o Brasil, sendo um órgão fiscalizador, colocando o Contador como um profissional altamente importante para as organizações, dentro das empresas na tomada de decisões, gerando relatórios e atraindo investidores com os saldos positivos. 
Grimes, R. (2017) Robots are coming to the accounting industry – here’s how to prepare.
SÁ, Antonio Lopes de. Teoria da Contabilidade. 3 ed. São Paulo: Atlas , 2002.
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/contabilidade/historia-dacontabilidade-no-/53412, acessado em 10/10/2021.

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