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Toxoplasmose: Uma Zoonose Perigosa

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Gabrielli Lopes Pinto - Enfermagem UFES 88 
 
 
Toxoplasmose 
Posição sistemática 
 Reino: Protista 
 Sub-reino: Protozoa 
 Filo: Apicomplexa 
 Classe: Sporozoa 
 Sub-classe: Coccidia 
 Ordem: Eucoccidiida 
 Família: Toxoplasmatinae 
 Gênero: Toxoplasma 
 Espécie: T. gondii 
Sobre a doença 
 Zoonose que atinge aves e mamíferos 
 Hospedeiros definitivos: gatos e outros 
felídeos 
 Hospedeiros intermediários: homem e 
outros animais 
 A maior parte dos casos é assintomática 
 As formas sintomáticas podem ser muito 
fatais em pacientes imunocomprometidos 
e/ou infectados por via congênita 
 Parasito intracelular: infecta tecidos e 
células; não parasita hemácias; afinidade 
por leucócitos, células parenquimatosas, 
células do sistema monocítico fagocitário 
e líquidos orgânicos 
 Nos felídeos, o ciclo sexuado ocorre no 
epitélio intestinal e o assexuado em 
outros tecidos 
 É uma doença que não possui cura 
Formas infectantes do T. gondii 
 Taquizoíto: fase aguda; multiplicação 
rápida (endodiogenia) 
 Bradizoíto: fase crônica; multiplicação 
lenta; resistente à pepsina e tripsina 
 Oocisto: células intestinais de felídeos; 
eliminados imaturos no ambiente; 
esféricos; 2 esporocistos com 4 
esporozoítos cada; são viáveis por muito 
tempo no solo 
Ciclo biológico 
 Fase assexuada: linfonodos e tecidos de 
hospedeiros intermediários e definitivos 
 Fase sexuada/coccidiana: células do 
epitélio intestinal de gatos jovens e 
outros felídeos não-imunes; ocorre 
apenas em hospedeiros definitivos 
Fase aguda no hospedeiro intermediário 
 Felídeos defecam oocistos imaturos → 
amadurecimento no meio exterior → 
infecção dos hospedeiros intermediários 
através de ingestão de água ou carne 
infectadas → parasitos se multiplicam 
como taquizoítos e invadem células → 
proliferação dos parasitos por 
endodiogenia → disseminação pela linfa 
ou sangue → atuação do sistema imune → 
parasitos desaparecem do sangue e há 
formação de cistos 
Fase crônica no hospedeiro intermediário 
 Formação de cistos teciduais e 
diminuição da sintomatologia → 
bradizoítos dentro de cápsulas teciduais 
→ diminuição da imunidade pode causar 
reagudização → intensa multiplicação dos 
parasitos livres 
Ciclo no hospedeiro definitivo 
 Infecção dos gatos parasitas se 
multiplicam e formam merozoítos → 
invasão de novas células, podendo formar 
gametas femininos e masculinos → a 
junção dos gametas forma um zigoto → 
evolução do zigoto para oocisto dentro do 
intestino dos gatos → gatos defecam 
oocistos imaturos → oocistos 
amadurecem no meio externo 
 
 
Gabrielli Lopes Pinto - Enfermagem UFES 88 
 
 
Patologia da toxoplasmose 
 Toxoplasmose congênita: de mãe na fase 
aguda ou reagudização da mesma durante 
a gravidez para o filho; depende do grau 
de exposição ao parasito, virulência da 
cepa, capacidade dos anticorpos 
maternos de protegerem o feto e período 
da infecção; é a transmissão mais grave 
▪ 1º trimestre: 10%-15%; aborto, 
natimorto e lesões neurológicas 
▪ 2º trimestre: 30%; aborto ou 
nascimento prematuro e lesões 
neurológicas 
▪ 3º trimestre: 60%; inflamação na 
retina 
 Transmissão oral 
▪ Oocistos: alimentos (verduras), 
jardins, caixas de areia, 
disseminação mecânica por 
moscas e baratas, etc. 
▪ Cistos: carne crua ou mal cozida, 
especialmente de porco e de 
carneiro 
▪ Raros casos descritos: ingestão 
de taquizoítos presentes no leite 
contaminado 
 Toxoplasmose febril aguda (fase aguda): 
generalizada; pode vir acompanhada de 
exantema; acometimento pulmonar, 
miocárdico, hepático ou cerebral 
evidentes; suspeita de fase entérica em 
indivíduos com HIV; sintomas que podem 
ser confundidos com os de outras 
doenças 
▪ Ganglionar ou febril aguda: mais 
frequente; crianças e adultos; 
comprometimento ganglionar com 
febre alta; geralmente de curso 
crônico e benigno; em alguns 
casos causa comprometimento 
ocular e de outros órgãos 
▪ Cutânea/exantemática: lesões 
generalizadas na pele; rara; casos 
conhecidos foram de evolução 
rápida e fatal 
▪ Generalizada: forma mais rara; 
em imunodeficientes é registrada 
com acometimentos sistêmicos 
 Toxoplasmose pós-natal (fase crônica): 
dependendo da virulência e do estado de 
imunidade, pode variar entre casos 
benignos e assintomáticos até casos de 
morte; essa variedade de casos depende 
da localização do parasito 
 Sobre a lesão ocular: 
▪ Pode evoluir para cegueira parcial 
ou total, ou curar por 
cicatrização 
▪ Bordas da cicatriz geralmente 
muito pigmentadas 
▪ T. gondii alcança a retina pela 
corrente sanguínea na forma de 
taquizoítos 
Diagnóstico 
 Clínico: difícil, porque ou a doença pode 
ser assintomática ou os sintomas 
semelhantes aos de outras doenças 
 Laboratorial: é o que confirma a suspeita 
clínica 
▪ Testes sorológicos/imunológicos: 
ELISA, hemaglutinação indireta 
e imunofluorescência indireta 
▪ Teste molecular: PCR 
 Não existe tratamento eficaz para a fase 
crônica 
 Casos agudos e em imunodeficientes: 
pirimetamina + sulfadiazina/sulfadoxina 
 Toxoplasmose ocular: anti-inflamatório 
associado com pirimetamina + 
sulfadiazina 
 Gravidez: espiramicina, sulfadiazina + 
ácido folínico 
Profilaxia 
 Não se alimentar de carne crua ou mal 
cozida 
 Controlar a população de gatos errantes 
 Manter os gatos dentro de casa, 
alimentando-os com carne cozida ou seca 
e ração de qualidade 
Gabrielli Lopes Pinto - Enfermagem UFES 88 
 
 
 Incinerar fezes de gatos 
 Proteger caixas de areia 
 Exame pré-natal e acompanhamento de 
gestantes 
 Tratamento com espiramicina das 
grávidas em fase aguda 
 Desenvolvimento de vacina

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