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@samanthastudies_ Afecções oftálmicas em animais silvestres DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS O olho é formando por três túnicas. A túnica fibrosa, a mais externa, que compreende a córnea e a esclera. (com ou sem tecido fibroso. A túnica média, denominada úvea, camada ricamente vascularizada, que pode apresentar ou não algumas estruturas acessórias, como o tapete lúcido (Tapetum lucidum), presente em algumas espécies, ou um pecten (em aves), ou um conus papillaris (em répteis) ou ainda, um processo falciforme (em peixes). A camada mais interna, que é a túnica neural, compreende a retina. OLHO DE AVE: OLHO DE MAMÍFERO: OLHO DE ALGUNS REPTEIS: A escama oftalmica é uma estrutura particular dos répteis. Essa estrutura confere proteção externa e a abordagem terapeutica deve ser feita levando em consideração essa estrutura. Por isso, não dá para aferir a pressão intraocular, e também imposibilita a utilziação de colírio. É possivel que ocorra a retenção dessa escama durante a ecdíase, causando patogenia no animal. Nesse caso é importante corrigir a causa primária e a intervenção clínica ou cirurgica. AVALIAÇÃO OFTÁLMICA Contenção e conhecimento do campo visual do animal Tanometria (pressão intraocular) Teste de Schirmer Exame de claridade, simetria, mucosas, corpos estranhos Fluoresceína (também utilizada para avaliar obstrução de ducto nasolacrimal) AVALIAÇÃO DE FUNDO DE OLHO: Pelo fato de aves e repteis apresentam musculatura ciliar estriada em vez de lisa, os agentes midriáticos convencionais como tropicamida (parassimpaticolíticos), atropina ou mesmo medicamentos simpaticomiméticos podem se revelar ineficazes na produção de dilatação da pupila. O efeito de midríase pode ser conseguido com anestesia injetável ou inalatória (de 2 a 4 horas de duração) ou, com a instilação de curarizantes locais. TRATAMENTO CLÍNICOS DAS DOENÇAS OCULARES: ULCERA DE CÓRNEA Sempre avaliar a simetria, porque normalmente é unilateral e procurar associação com o histórico do paciente. O @samanthastudies_ corante de fluoresceína só vai pigmentar se a ulcera não tiver cicatrizada, já que a ferida não estará aberta. Pode ser usado colírio a base de antibiótico, para evitar inflamação, mas nunca corticoide em casos de ulcera de córnea. O corticoide retardaria a cicatrização do olho do paciente. É possível notar a diferença de vascularização da região bulbar para a região corneana do paciente, por isso é importante a utilização de colírio, já que a nível sistêmico não atingiria: Já na segunda foto é possível ver o ducto nasolacrimal e que também é possível desenvolver problemas oftálmicos devido a doenças odontológicas, e vice versa. ABSCESSO INTRAOCULAR: Pode acontecer devido a uma ulcera de córnea não tratada, juntamente com microorganismos. É preciso fazer exame de imagem e também hemograma. O tratamento é feito com antibioticoterapia tópica e sistêmica. INFECÇÕES BACTERIANAS EM TECIDOS ADJACENTES (BLEFARITE E CONJUNTIVITE) : A bactéria chlamydophila, além de zoonose, causa muitos problemas em aves. É preciso realizar hemograma para investigar infecção sistêmica. Realizar também PCR para clamídia. É importante avisar o tutor que é uma zoonose e que o tratamento é bastante extenso. O tratamento é feito com antibioticoterapia especifica para clamídia. Nessa foto é possível notar a proximidade do sistema oftálmico com o respiratório. O divertículo periorbital do seio nasal tem comunicação direta com os sacos aéreos e o @samanthastudies_ pulmão, então é possível a migração de bactérias entre os sistemas. Em casos dessa infecção em serpentes, é importante levar em consideração a escama, já que é impermeável e não é possível fazer tratamento sistêmico e tópico. É preciso fazer uma drenagem ou abertura de uma janela na escama para fazer tratamento tópico associado a terapia sistêmica. INFECÇÕES VIRAIS EM TECIDOS ADJACENTES (BLEFARITE) O vírus da Mixomatose é endêmico em coelhos nas américas. Existe vacina, mas não no brasil. É uma doença de alto índice de mortalidade e possui dois meios de propagação: nos casos agudos o animal vem a óbito em pelo menos 3 dias, já na propagação crônica são formados mixomas perioculares. É possível utilizar PCR para diagnosticar e o tratamento é de suporte. Em alguns casos é indicado a eutanásia. CATARATA: É um problema relativamente comum que pode ser congênito ou relacionado a velhice. É uma opacidade gradual do cristalino. Diagnostico é fechado através da oftalmoscopia e o tratamento é cirúrgico. LIPIDOSE CORNEANA: Macroscopicamente é semelhante a outras afecções oculares, possui aspecto pontilhado, semelhante ao “céu estrelado”. É o deposito de lipídios na córnea e pode se dar por erro de manejo ou de forma congênita. Caso de erro de manejo o tratamento é uma dieta correta. CROMODACRIORREIA: Excesso de porfirina é uma situação relativamente comum em pequenos roedores. Eles possuem glândulas de Harder bem desenvolvidas. Nesses animais, as glândulas não @samanthastudies_ produzem somente lagrimas, mas também um pigmento chamado de “porfirina”. Geralmente associada a erro de manejo, porque o animal secreta mais porfirina em situações de estresse. Associar a doença concomitante, porque pode ser um fator estressor. TRAUMA: Traumas oftálmicos também são relativamente comuns e sempre é necessário realizar um exame de imagem e atenção extra na avaliação clínica.
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