Antero de Quental

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Antero de Quental
A poesia é a confissão sincera do pensamento mais íntimo de uma idade
Vida
1842 Ponta Delgada – 1891 Ponta Delgada
Faculdade de Direito de Coimbra
1858
Questão Coimbrã
1865
Conferências do Casino
1871
2
Algumas Obras
Odes Modernas
Primaveras 
Românticas
Sonetos Completos
1865
1872
1886
3
Influências
4
Família nobre e Ensino Tradicional
Antero de Quental
Poeta
Atividade Política
Filósofo
Novas Correntes Europeias (socialismo, positivism0)
Linhas Temáticas
Poesia de Antero de Quental
AMOR ESPIRITUAL
PREOCUPAÇÕES SOCIAIS
IDEIAS REVOLUCIONÁRIAS
PESSIMISMO 
EVASÃO
METAFÍSICA
DEUS
MORTE
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TENDÊNCIA LUMINOSA, APOLÍNEA OU DIURNA
TENDÊNCIA DIONISÍACA OU NOTURNA
AMOR ESPIRITUAL
“Aquela que eu adoro não é feita
De lírios nem de rosas purpurinas”
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Amor espiritualizado à semelhança de Petrarca (amor e mulher amada elevados à perfeição);
Adoração do Eterno Feminino;
Divinização da mulher;
A mulher é um ser adorável, mas é uma “visão”.
Alguns textos: “Abnegação”, “Ideal”, “Idílio”
PREOCUPAÇÕES SOCIAIS 
AS IDEIAS REVOLUCIONÁRIAS
“Razão, irmã do Amor e da Justiça
Mais uma vez escuta a minha prece”
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Desejo de construir um mundo novo;
Importância da poesia: voz da revolução, que visa a Justiça, o Amor e a Liberdade;
 Função do poeta: divulgar e combater;
Presença da Razão e da racionalidade;
Crença na luta por uma sociedade melhor, enquanto “Soldado do futuro”
Alguns textos: “A um poeta”, “Evolução”, “Hino à Razão”, “Tese e Antítese”
PESSIMISMO
EVASÃO
“E a vida... e o amor... deixá-la ir, a vida.”     
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Busca de evasão (fuga) através do sonho;
Inacapacidade de adaptação ao real;
Associações positivas associadas ao sonho que eleva o espírito e atenua o sofrimento;
Expressão de um ideal religioso;
Prefere “não ser” a “ser como é”;
Exprime a dor e o sofrimento;
Refúgio num mundo indefinido, longínquo e vago.
Alguns textos: “O Palácio da Ventura”, “Mãe”, “Despondency”, “Nox”
METAFÍCA
DEUS
MORTE
“Respondeu: «Desta altura vejo o Amor! 
     Viver não foi em vão, se é isto a vida, 
     Nem foi de mais o desengano e a dor.»”
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Busca racional do ideal transcendente;
Dificuldade de conciliar o artista, o fidalgo, e filósofo, e o povo operário;
Abandono; descanso merecido após tantas lutas, resignação após o desencanto;
Morte: Liberdade, fim do sofrimento, irmã do amor e da verdade, consoladora das tribulações, berço onde se pode dormir, paz santa e encantadora.
Alguns textos: “A um crucifixo”, “Na mão de Deus”, “À Virgem Santíssima”, “Solemnia Verba”
Principais recursos expressivos
Metáfora é usada para representar conceitos, fenómenos e situações que são centrais no desenvolvimento do raciocínio. Nas metáforas, ganha-se um olhar novo e revelador sobre uma ideia ou um conceito.
Exemplo: «Estreita é do prazer na vida a taça» (a taça do prazer) 
 Imagem é uma representação de natureza metafórica de forma visual. Antero usa-a, em alguns casos, associada à alegoria.
Exemplo: em «O palácio da Ventura» a busca da felicidade é representada pela demanda de um cavaleiro ou como a ação da morte e do amor na vida dos homens é figurada na imagem de um cavaleiro negro que avança na noite escura em «Mors-amor». 
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Principais recursos expressivos
 Personificação de elementos físicos e de conceitos abstratos, que surgem como personagens nos poemas: o meu coração, a minha alma, o vento, o sonho, mas também a Justiça, a Razão, o Amor («Mors-amor») e a Morte («Mors liberatrix»). O sujeito poético dirige-se a estas entidades, questiona-as, lamenta-se, exige-lhes explicações como se estivesse a falar com outra pessoa. Frequentemente, estes nomes surgem com inicial maiúscula. 
As interrogações, as frases exclamativas e as reticências servem para conferir o tom inquiridor, mas também coloquial, à discussão de ideias que o sujeito poético está a desenvolver. 
 Vocabulário associado à luz e à claridade mas também à escuridão. O primeiro campo lexical faz referência à racionalidade, à justiça ou à ideia de bem, o segundo reúne palavras associadas ao pessimismo, ao desespero ou à morte.
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