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Ventilação Mecânica – Parâmetros ventilatórios · Volume corrente (VC) Será determinado dentro do limite pré-estabelecido: recomendado 6 ml/kg de peso predito. · Frequência respiratória (f): Ajustada para manter as trocas gasosas ideias (inicial: 12 a 16rpm). Posteriormente, ajustar pela gasometria. · Volume minuto (VM): Resultado do produto VC x f. Os ajustes são responsáveis pelo controle da PaCO2. Acidose respiratória (PaCO2 elevada): precisamos aumentar o VM. Alcalose respiratória (PaCO2 diminuída): precisamos diminuir o VM. · Tempo inspiratório Geralmente de 1 a 1,2 segundos. Precisamos ajustar para manter uma relação I:E de 1:2 ou 1:3. Está diretamente relacionado à frequência respiratória. · Fluxo Velocidade com que o ar entra nos pulmõs (dado em L/s ou L/min). Deve ser ajustado para manter a relação I:E de 1:2 ou 1:3. Nos modos de controle que usam o volume corrente como parâmetro inicial, o fluxo é determinado por nós. A velocidade do fluxo influencia na velocidade em que esse VC pré-determinado será atingido. · PEEP (pressão positiva expiratória final) É controlada na válvula de exalação. Quando aplicada a PEEP, o ventilador não permite que a válvula exalatória se abra completamente na expiração para que se tenha a pressão expiratória final positiva e manter um pouco de ar dentro do pulmão (que será a nossa PEEP). Normal ou fisiológico: 3 a 5cmH2O. Acima de 12 cmH2O: para situações específicas, como hipoxemia grave. Em situações como SDRA devemos calcular qual a PEEP ideal. Efeitos fisiológicos da PEEP · Aumento da capacidade residual funcional; · Manter alvéolos abertos; · Recrutamento alveolar; · Reduzir a abertura e fechamento alveolar cíclico. · Leva a hiperdistensão pulmonar de alvéolos que estão normal (levam a um efeito espaço-morto); · Diminui o débito cardíaco. · Fração inspirada de O2 (FiO2) Conseguimos controlar de 21% até 100%. A titulação é feita de acordo com a SpO2 e a gasometria arterial. O ideal é a menor FiO2 possível, suficiente para manter a SpO2 acima de 92% e dessa forma, diminuir os riscos de toxicidade pelo oxigênio. Sempre utilizamos em equilíbrio com a PEEP para manter a SpO2 < 92%. · Pressão inspiratória É programada nos modos: PCV, PCV/AC, PCV/SIMV, PSV. O nível de pressão é ajustado de acordo com o volume corrente (6 ml/kg do peso predito) e dependerá da complacência e da resistência do sistema respiratório. · Sensibilidade Pode ser tanto por pressão ou por fluxo: 2 a -3 cmH2O e 2 L/min a 3 L/min, respectivamente. A sensibilidade do ventilador deve ser ajustada para o valor mais sensível para evitar o auto-disparo. Após 30 minutos de ventilação estável deve-se colher uma gasometria arterial para observar se as metas de ventilação e troca foram atingidas. Do contrário, deve-se realizar os reajustes necessários nos parâmetros de modo e ciclagem. A VM está associada a complicações durante a sua aplicação. · Necessidade de sedação; · Diminuição do reflexo de tosse; · Estenose de traqueia; · Aspiração de fluidos; · Restrição ao leito; · Barotrauma; · Pneumonia associada à VM (PAV); · Instabilidade hemodinâmica – diminuição do retorno venoso/DC.
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