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Resumo PI- Direito de Laje

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FACULDADE DOCTUM DE MANHUAÇU
CURSO DE DIREITO
RESUMO: Direito de laje
MANHUAÇU
2020
FACULDADE DOCTUM DE MANHUAÇU
CURSO DE DIREITO
LAVÍNIA LEAL ALCURE FERNANDES BELO
RESUMO: Direito de laje
Trabalho apresentado no Curso Superior de Direito da Faculdade Doctum Manhuaçu, como requisito parcial para obtenção de nota semestral. Orientador: Me. Alessandre Tavares da Silveira
MANHUAÇU
2020
1. Direito Real de Laje 
Direito Real de Laje adentrou no Brasil em 2016 pela Medida Provisória 756 deste mesmo ano, que um ano após sua introdução foi revertida para a Lei 13.465/2017, dentre diversas outras disposições, hoje se encontra no Código Civil em seus art. 1510-A a 1510-E. Para instruir mais o assunto podemos pretextar que o Direito de Laje consiste basicamente no indivíduo edificar em construção que não é sua seja ela embaixo ou acima, essa situação acontece abundantemente nas favelas, que para os moradores desses locais tal prática é reputada como normal.
Devido as grandes demandas para regulamentar essas circunstâncias, por causa da necessidade social de moradia nas grandes favelas, criou-se o direito real de laje.
 Para MARQUESI a Laje é direito real sobre coisa própria, pois nela há divisão de poder, como nos direitos reais em coisa alheia. “Não há dois titulares; o titular do imóvel-base não guarda vinculo jurídico real com o titular da laje superior ou inferior. O que há entre eles são direitos e deveres na medida em que existem áreas comuns”. O titular da laje constituída em matrícula própria possui todos os direitos inerentes à propriedade (usar, gozar e despor) de acordo com o §3° do art. 1510-A do CC. Com o que está estabelecido no CC podemos concluir que a laje é uma forma de condomínio edilício (edifício), gerando assim duas modalidades de propriedade: a exclusiva, que reside na construção-base, sobrepostas ou sotopostas, tendo cada um dos respectivos titulares poderes de uso, gozo e disposição e a propriedade comum, a repousar, por exemplo, nos alicerces, telhados e canalizações comuns de água, energia elétrica e gás.
Levando em consideração que a Laje é uma forma de propriedade predial suas fontes são o negócio jurídico e a usucapião. Podendo o primeiro decorrer de contrato ou testamento, sendo certo que o contrato será sua forma usual. Mas há possibilidade de usucapião desde de que esteja presente os requisitos legais, como, coisa, posse e tempo.
No que tange às características do direito real de laje, tendo em vista que é considerado uma forma de propriedade condominial sui generis (próprio gênero), são referentes a natureza real, que é encontrada no inciso XIII do art.1.225 do CC, a usucapitabilidade, ou seja, o direito de laje pode ser usucapido, dada sua natureza real de gozo em que se exerce posse e uso. Mas para isso se exigi animus domini (adquirido pela posse prolongada e sem interrupção) e a tendência à perpetuidade, ou seja, tendência a ser perpétua, o contrato não estabelece laje a prazo.
Conforme o que dispõe o art. 1510-A os requisitos são classificados como, forma e solenidade na qual o direito decorre de cessão do titular da construção-base e exige abertura de matrícula própria, considerando que a cessão deve ser de forma escrita, pois a matrícula pressupõe um título, havendo também a dualidade de imóveis e de proprietários, devendo ser distintas as construções e titulares também e a autonomia funcional e acesso à via pública não pode a laje permanecer encravada sob pena de inviabilizar sua função socioeconômica, pois segundo este mesmo artigo exige que a edificação constitua uma unidade autônoma, considerada tal aquela que possui isolamento funcional e acesso independente.
Os efeitos oriundos deste direito são:
Possibilidade de cessão gratuita ou onerosa: No silencio das partes, presume-se gratuito, contudo o titular da laje não pagará o titular da construção-base e onerosa o valor e forma de pagamento serão convencionado pelas partes.
Direito de uso e disposição: Os poderes de uso e gozo permitem-lhe o aproveitamento socioeconômico da coisa, portanto, podendo residir no imóvel, aluga-lo ou comodá-lo, franqueando-se ao titular a livre disposição do bem.
Obrigações reais e tributos: Os impostos prediais, assim como as despesas para manter a funcionalidade da laje serão de responsabilidade do respectivo titular.
Construção e conservação: Recebida a concessão, o titular da laje poderá construir, mas deverá fazê-lo sem comprometer a solidez e segurança do prédio-base.
Cessão de laje: Antes vedado pela MP, agora é autorizado pelo art.1510-A, que o titular da laje poderá conceder a superfície de sua construção para a instituição deum sucessivo direito real de laje, desde que haja autorização expressa dos titulares da construção –base e das demais laje.
Direito de preferência: “Em caso de alienação de qualquer das unidades sobrepostas, terão direito de preferência, em igualdade de condições com terceiros, os titulares da construção-base e da laje, nessa ordem, que serão cientificados por escrito para que se manifestem no prazo de trinta dias, salvo se o contrato dispuser de modo diverso”, essa afirmação gerou controvérsias e tento como solução os seguintes casos:
· No caso de haver uma laje apenas, pretendendo o titular vende-la terá preferência o dono da construção-base;
· No caso de haver várias lajes, terá preferência o titular da laje superior mais próxima àquela oferecida à venda;
· Não havendo interessados na verticalidade ascendente, a preferência passará ao titular da laje inferior mais próxima;
· No caso de haver várias lajes e a unidade a ser vendida estiver no ponto mais alto do prédio, terá preferência o titular da laje inferior mais próxima;
· Não existirá preferência quando o dono da construção-base pretender vende-la.
E o efeito da sucessão causa mortis a laje será objeto de herança ou legado no caso de falecimento do titular.
Findando, contudo direito de laje tem a natureza de um condomínio sui generis, apesar do legislador ter tido como intenção de aproximá-la de um condomínio edilício.

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