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DIREITO DE LAJE
Juliana de Almeida Valiengo
Conceito
■ O direito de laje – vulgarmente chamado de puxadinho – consiste na cessão da
parte superior (laje) de uma construção a terceira pessoa, para que esta edifique
outra unidade. Tal situação resulta em duas ou mais unidades distintas, com
titulares distintos: uma embaixo e outra, construída sobre a primeira, e assim
sucessivamente (Fernanda Machado Amarante).
■ Exemplos: A nora que constrói no terreno da sogra ou o filho no terreno do pai
Finalidade
■ O direito real de laje tem por principal vocação servir de
instrumento de regularização fundiária das moradias erguidas
sobre edifícios alheios, comumente encontradas nas
comunidades de baixa renda brasileiras. Tais edificações,
denominadas coloquialmente de “puxadinhos”, realizam-se, no
mais das vezes, de maneira informal, por meio de acordo firmado
entre o possuidor da construção original e o ocupante da laje, que
não produz senão efeitos obrigacionais. (Carlos Edison do Rêgo
Monteiro Filho, Pablo Renteria)
Legislação sobre o direito de Laje
■ Artigo 1225 , XIII, CC – Direito Real
■ Artigos 1510 - A a 1510 – E , CC – Conceito e 
Características 
■ Lei 13.465/17 – Alterou o código civil incluindo o direito de
laje
Legislação sobre o direito de Laje
■ Art. 1.510-A CC. O proprietário de uma construção-base poderá ceder a superfície superior ou inferior de sua construção a fim de
que o titular da laje mantenha unidade distinta daquela originalmente construída sobre o solo. (Incluído pela Lei nº 13.465, de
2017)
■ § 1 o O direito real de laje contempla o espaço aéreo ou o subsolo de terrenos públicos ou privados, tomados em projeção
vertical, como unidade imobiliária autônoma, não contemplando as demais áreas edificadas ou não pertencentes ao proprietário
da construção-base. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
■ § 2 o O titular do direito real de laje responderá pelos encargos e tributos que incidirem sobre a sua unidade. (Incluído pela Lei nº
13.465, de 2017)
■ § 3 o Os titulares da laje, unidade imobiliária autônoma constituída em matrícula própria, poderão dela usar, gozar e
dispor. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
■ § 4 o A instituição do direito real de laje não implica a atribuição de fração ideal de terreno ao titular da laje ou a participação
proporcional em áreas já edificadas. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
■ § 5 o Os Municípios e o Distrito Federal poderão dispor sobre posturas edilícias e urbanísticas associadas ao direito real de
laje. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
■ § 6 o O titular da laje poderá ceder a superfície de sua construção para a instituição de um sucessivo direito real de laje, desde
que haja autorização expressa dos titulares da construção-base e das demais lajes, respeitadas as posturas edilícias e
urbanísticas vigentes. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
Legislação sobre o direito de Laje
■ Art. 1.510-C CC. Sem prejuízo, no que couber, das normas aplicáveis aos 
condomínios edilícios, para fins do direito real de laje, as despesas necessárias à 
conservação e fruição das partes que sirvam a todo o edifício e ao pagamento de 
serviços de interesse comum serão partilhadas entre o proprietário da construção-
base e o titular da laje, na proporção que venha a ser estipulada em contrato.
■ Exemplos: §1º , Artigo 1510 –C , colunas, pilares, terraços de cobertura
Legislação sobre o direito de Laje
■ Art. 1.510-D CC. Em caso de alienação de qualquer das unidades sobrepostas,
terão direito de preferência, em igualdade de condições com terceiros, os titulares
da construção-base e da laje, nessa ordem, que serão cientificados por escrito para
que se manifestem no prazo de trinta dias, salvo se o contrato dispuser de modo
diverso.
Natureza Jurídica
■ Antes de qualquer aprofundamento, importante estabelecer que a natureza do
direito de laje é de direito real. Por obedecer aos comandos de taxatividade,
tipicidade, exclusividade, eficácia erga omnes, sequela, dentre outros, o direito de
laje é um direito real: um genus novum. (Guilherme Calmon Nogueira da GAMA,
Filipe José Medon AFFONSO).
Formas de Aquisição 
■ Negócio Jurídico 
■ Usucapião 
Formas de Extinção 
■ Artigo 1510 - E CC - Art. 1.510-E. A ruína da construção-base implica extinção do direito 
real de laje, salvo: (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
■ I - se este tiver sido instituído sobre o subsolo; (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
■ II - se a construção-base não for reconstruída no prazo de cinco anos. (Incluído pela Lei
nº 13.465, de 2017)
■ Parágrafo único. O disposto neste artigo não afasta o direito a eventual reparação civil 
contra o culpado pela ruína. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
Outras formas de extinção 
■ Alienação (onerosa ou gratuita) 
■ Renúncia 
■ Abandono
Temas Controversos
■ Argumenta-se que o legislador optou por dotar o direito de laje de estrutura
semelhante ao direito de superfície, concebendo-o como direito real que se projeta
na edificação alheia e, ao mesmo tempo, confere ao titular a propriedade,
destacada da construção-base, sobre a laje. Sob tal perspectiva, o direito real de
laje produziria dois efeitos principais. De um lado, secciona o imóvel em unidades
imobiliárias autônomas (a construção-base e a laje), cada qual objeto de
propriedade distinta. De outro, autoriza o titular a servir-se das áreas de interesse
comum do edifício, que pertencem exclusivamente ao dono da construção-base, de
modo a poder tirar pleno proveito da sua laje. (Carlos Edison do Rêgo Monteiro
Filho, Pablo Renteria)
Temas Controversos
■ Semelhanças e diferenças entre direito de superfície e de Laje:
Semelhanças Diferenças
Direito Real O direito de superfície é temporário , 
não existe unidades imobiliárias 
distintas.
Modo Gratuito ou Oneroso O direito de laje é perpétuo, ocorre a 
efetiva transferência da propriedade 
plena.
Transmissíveis a terceiros Em regra, não alcança o subsolo 
(superfície), alcança o subsolo (laje)
Tem direito de preferência Extingue-se por destinação diversa da 
que foi concedida (superfície) , pode 
dar destinação diversa (laje)
Responsável pelos tributos do imóvel 
(superfície) , responsável somente 
pelos tributos da sua unidade (laje) 
Condomínio x Laje
 Condomínio – Fração ideal do terreno e áreas comuns.
 Além das partes individualizadas denominadas de unidades autônomas, 
caracteriza-se tal condomínio pela existência de áreas comuns, que potencialmente 
poderão ser utilizadas por todos que forem titulares do direito, insuscetíveis de 
alienação separadamente ou divisão entre os comuns. (Cleyson de Moraes Mello)
 Laje – Unidade autônoma , não tem direito a fração ideal do terreno ou áreas
comuns
Jurisprudência
■ Cerceamento de defesa – Inocorrência – Matéria dos autos que permitiu ao juiz o julgamento antecipado
da lide – Suficiência dos elementos dos autos para o julgamento da ação – Devido processo legal
observado na íntegra – Juiz que, na qualidade de destinatário final da prova, está incumbindo do poder-
dever de velar pela rápida solução do litígio, indeferindo as diligências inúteis (arts. 139, II e 380, pár. ún.
do CPC) – Adoção, pelo direito processual, do sistema da livre apreciação da prova ou da persuasão
racional. Apelação Cível – Direito real de laje não configurado – Imóvel que não se enquadra na hipótese
do art. 1.510-A e parágrafos, do CC – Inocorrência de cessão de direito de superfície de construção –
Existência de condomínio em relação ao terreno, em virtude de divórcio ocorrido entre as partes –
Construções que, ademais, foram erigidas em partes diversas do terreno, não se vislumbrando laje
comum entre as unidades. Alienação judicial – Divisão cômoda – Impossibilidade – Área do imóvel que é
inferior ao limite mínimo para desmembramento – Divisão que deve ser indeferida quando a área
correspondente for inferior ao limite mínimo previsto em lei para desmembramento – Inviabilidade da
divisão cômoda dobem nos termos do art. 87, do CC – Indivisibilidade legal configurada (art. 88, do
CC)– Sentença mantida – Recurso improvido. Sucumbência Recursal – Honorários advocatícios –
Majoração – Observância do artigo 85, §§ 8º e 11, do CPC – Execução dos valores sujeita ao disposto no
art. 98, § 3º, do NCPC.
(TJ-SP - AC: 10055693520188260292 SP 1005569-35.2018.8.26.0292, Relator: José Joaquim dos Santos,
Data de Julgamento: 11/02/2020, 2ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 11/02/2020)
Jurisprudência 
■ Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS DE TERCEIRO. LIMINAR INDEFERIDA NA 
ORIGEM.
EMBARGANTES QUE PRETENDEM SUSTAR A ORDEM DE IMISSÃO NA POSSE EXPEDIDA 
EM FAVOR DOS RECORRIDOS, ALEGANDO QUE EXERCEM DIREITO SOBRE O IMÓVEL 
QUE SE ENCONTRA ACIMA DA CONSTRUÇÃO ORIGINAL. JUÍZO A QUO QUE AFASTOU A 
EXISTÊNCIA DO DIREITO REAL DE LAJE ANTE A AUSÊNCIA DE REGISTRO. FATO QUE, SÓ 
DE SI, NÃO OBSTA A PROTEÇÃO POSSESSÓRIA ALMEJADA. DIREITO DE LAJE PASSÍVEL 
DE RECONHECIMENTO PELA VIA DA USUCAPIÃO. NATUREZA DA POSSE QUE DEPENDE 
DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. ELEMENTOS DE PROVA QUE, NESTA FASE DE COGNIÇÃO 
SUMÁRIA E NÃO EXAURIENTE, PERMITEM A CONCESSÃO DA LIMINAR ALMEJADA. 
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. AGRAVO INTERNO PREJUDICADO.
(TJ – SC – AC: 4023328-81.2019.8.24.0000, Relator: Jorge Luis Costa Beber, Data
de Julgamento: 26/09/2019, Segunda Câmara de Direito Civil)
Direito real sobre a coisa alheia x 
direito real sobre a coisa própria
■ A dúvida residiria em classificá-lo como um direito real sobre coisa própria20 ou
sobre coisa alheia. Afinal, o titular da laje, via de regra, não é o proprietário da
construção-base e só recebe a cessão da superfície por parte do proprietário desta.
Por essa razão, em princípio, entende-se se tratar de um direito real sobre coisa
alheia, mas, teoricamente, não haveria óbice a que se constituísse uma laje em
coisa própria, de propriedade do instituidor da laje e depois a locasse. Assim, esta
permaneceria em sua propriedade, mas com seu uso e gozo cedidos a terceiro,
através de relação eminentemente obrigacional, representada pelo contrato de
locação, ou algum outro contrato que pudesse ceder o uso e a fruição da laje.
(Gama e Afonso)
Conclusão 
■ O direito de Laje foi instituído no código civil, através da lei 13.465/17, como um
direito real, para regularizar situações que ocorrem com frequência nas
comunidades. Porém existiam debates acerca de sua natureza jurídica porque ele
se assemelha a outros institutos jurídicos, como por exemplo , o condomínio.
Bibliografia 
■ Gustavo, T. Fundamentos de Direito Civil - Vol. 5 - Direitos Reais. [Rio de Janeiro]: Grupo GEN,
2020. 9788530989613. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530989613/. Acesso em: 14 Nov 2020.
■ Código Civil, 2002, Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm . Acesso em: 16 Nov 2020.
■ Lei 13.465, 2017, Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2017/lei/l13465.htm. Acesso em: 16 de Nov 2020
■ O Pluralismo Jurídico e o Direito de Laje , Fernanda Machado Amarante. Disponível em:
https://revistas.unifacs.br/index.php/redu/article/view/2334/1714. Acesso em: 15 de Nov 2020
■ Direito real de laje: evolução histórica e topografia no sistema, Guilherme Calmon Nogueira da
GAMA, Filipe José Medon AFFONSO. Disponível em: http://civilistica.com/wp-
content/uploads1/2019/04/Gama-e-Affonso-civilistica.com-a.8.n.1.2019-2.pdf . Acesso em: 15 de
Nov 2020
■ Mello, de Moraes Cleyson Direito de Laje [Rio de Janeiro]: Editora Processo, 2020, Disponível em:
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/185386/pdf/0. Acesso em: 16 de Nov 2020
■ Andréa, Mastro, Faggin, GIANFRANCO, Gundim, Deiró, Wilson , Wagner. Disponível em:
https://fadisp.com.br/revista/ojs/index.php/pensamentojuridico/article/view/192

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