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Ad1 - Geografia da População do Brasil

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CEDERJ / UERJ - Licenciatura em Geografia -
Geografia da População do Brasil -  2018/1.
Avaliação Digital 1 - AD 1
Aluno: Ana Paula de Souza Roberto
Matrícula: 17112140275
Polo: Nova Friburgo
1- Com base no texto da Aula 01, descreva as Teorias do Determinismo e do Possibilismo, analisando dois de seus impactos para a formação do povo brasileiro, entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX. (2,5 pontos)
No final do século XIX e em parte do século XX, a questão da identidade do povo foi tratada pelas elites do país no escopo do Determinismo e do Possibilismo. 
De acordo com Friedrich Ratzel e sua tese do Determinismo Geográfico, as populações de regiões tropicais, em razão das características de obtenção de alimentos supostamente facilitadas por climas quentes, seriam menos dispostas a trabalhar. Por sua vez, populações de regiões de climas frios ou temperados, em resposta às dificuldades impostas pela natureza, teriam capacidade de trabalhar mais e seriam naturalmente superiores. A perspectiva de branqueamento ou eugenia foi um reflexo do Determinismo. 
Em contrapartida, o Possibilismo de Paul Vidal de La Blache considerava que o ser humano embora tivesse seu comportamento influenciado sobremaneira pelo ambiente físico, teria a capacidade de raciocinar e reduzir os efeitos do ambiente sobre si próprio. A adoção do Possibilismo, especialmente após o advento da República, pode explicar a ênfase que se passou a dar à Educação no Brasil como sendo matéria de “salvação nacional”.
 
2- Considerando o processo de formação e povoamento do Brasil  no “meio natural”, analise dois aspectos da estrutura territorial em arquipélago ou ilhas econômicas. (2,5 pontos)
 O processo de formação e povoamento do Brasil  no “meio natural”, através da analise da estrutura territorial em arquipélago ou ilhas econômicas possuía alguns aspectos, dentre eles, destaco dois: 
→ A exportação dos bens agrícolas e/ou minerais produzidos se dava através das vilas e cidades do interior que eram ligados por caminhos toscos a portos no litoral. Pelos mesmos portos, entravam as mercadorias importadas da metrópole, cumprindo o Pacto Colonial. Alguns desses portos tiveram capacidade de concentrar um maior movimento comercial. Isso fez com que se constituíssem em principais cidades e em capitais de capitanias;
→ O Rio Grande do Sul integrou-se à região das minas, como fornecedor de carne bovina, de charque e produtos de couro. Pela própria natureza da mineração, que concentra pessoas e recursos nas proximidades das minas, muitas cidades e vilas foram fundadas, criando uma sociedade de um grau de urbanização maior.
3- Na Aula 03, trabalhamos aspectos da inserção do Brasil na I Revolução Industrial e sua influência para a organização do território  e para o processo de formação da população e do povo brasileiro. Entre esses aspectos, destacamos o haitismo e o início do emancipacionismo. Neste contexto, estabeleça uma relação entre o haitismo e o emancipacionismo, destacando a permanência de elevada desigualdade social e racial no país.
Com a hipótese de proclamação de uma república no Brasil por um processo de independência que pudesse ser violento, foi sem dúvida levada em consideração por D. João VI, quando de seu retorno a Portugal, em 1821. Havia o receio do “haitismo”, ou seja, que ocorresse no Brasil algo semelhante à violenta independência do Haiti à França, em 1804. Pois em 1794, a escravidão havia sido abolida naquela colônia caribenha por influência dos ideais de liberdade e igualdade da Revolução Francesa. O Haiti independente desapossaria a elite colonial francesa e a economia de exportação de café, açúcar e cacau seria desorganizada. Politicamente instável e sofrendo pressões políticas e intervenções militares estrangeiras posteriores, de colônia próspera, o Haiti se transformaria num país bastante pobre e fraco geopoliticamente ao longo de sua história.
 
4- Na Aula 04, apresentou-se a formação da população e do povo brasileiro no contexto do início da inserção do Brasil no meio técnico, destacando-se o potencial de desintegração territorial decorrente da ocorrência de movimentos separatistas em províncias de norte a sul do país. Esses movimentos foram severamente reprimidos pela  força militar do Império e ainda se encerraram ante o surgimento de um nacionalismo brasileiro, no Segundo Reinado. Neste contexto, apresente duas iniciativas do Império  associadas à criação/assunção de uma identidade nacional brasileira.
A identidade brasileira foi decorrente de um processo de construção histórica, como em diversos outros países. Apesar de ter se iniciado após a Independência, em 1822, o processo de constituição da identidade nacional ganhou um impulso maior após a década de 1930, quando Getúlio Vargas chegou ao poder. A partir disso, pôde-se perceber que a construção da identidade, para além de um processo cultural, era também um processo político.
Os esforços para se constituir a identidade brasileira, que também é chamada de brasilidade, estão ligados à necessidade de uma coesão social que acompanhe a existência de um Estado que administra todo o território nacional. Dessa forma, a manutenção de uma máquina administrativa comum a todo o território nacional foi um primeiro passo na construção da identidade.
Contribuiu ainda para a existência da identidade nacional o fato de a língua portuguesa ser comum a todo o território, apesar de suas particularidades regionais. A língua seria então um elemento no conjunto de elementos culturais comuns que são constitutivos da cultura nacional.
Porém, durante o Primeiro Reinado e o Período Regencial, não houve grandes avanços na construção da identidade nacional, a não ser a formação de forças repressivas militares para garantir a ordem latifundiária e escravocrata em todo o território nacional. Os conflitos separatistas provinciais das décadas de 1830 e 1840 eram um obstáculo à integralidade territorial e também à coesão social do país recém-independente.
Ainda durante a Regência houve outros esforços nesse processo de construção identitária. A criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em 1838 foi o primeiro passo na tentativa estatal de refletir sobre temas que estariam relacionados à nação brasileira.

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