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11- Ordem Diptera

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Ordem Diptera 
 
 
Artigo para as questões assíncronas: https://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v40n2/a06v40n2.pdf 
Ver: @parasitoemfoco – Instagram de Parasitologia da professora Lilian 
 
 
 
I – Correta. 
 
Cochliomyia hominivorax deposita seus ovos apenas em tecidos vivos e é parasita obrigatório, ela não 
consegue se desenvolver em nenhum outro tipo de substrato. Suas larvas dependem, obrigatoriamente, de um tecido 
vivo para se desenvolver. Então, são classificados como agentes causadores de miíases obrigatórias. 
 
II – Correta. 
 
“Na primeira categoria, as larvas, invadem a pele e as cavidades naturais, desenvolvem-se exclusivamente 
em tecido vivo e dispõem de mecanismos sofisticados que impedem as reações imunológicas do 
hospedeiro.” 
 
“Os parasitas obrigatórios são larvas que se desenvolvem em tecidos íntegros ou feridos recentemente. As 
espécies bioagentes mais frequentes na região Neotropical são Cochliomyia hominivorax e Dermatobia 
hominis.” 
 
 
 
 
I – Incorreta. 
 
As miíases provocadas por esse caso, por exemplo, são miíases obrigatórias, que se alimentam de tecido vivo. 
 
DISCIPLINA PARASITOLOGIA II 
DATA DA AULA 09/11/20 
PROFESSOR LILIAN BATISTA 
ALUNO RESP. BERNARDO ENTRINGE 
https://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v40n2/a06v40n2.pdf
“A classificação parasitológica baseia-se no comportamento biológico das larvas e no tipo de tecido 
invadido, separando-as em três categorias: obrigatórias, facultativas e acidentais. Na primeira categoria, as 
larvas, invadem a pele e as cavidades naturais, desenvolvem-se exclusivamente em tecido vivo e dispõem de 
mecanismos sofisticados que impedem as reações imunológicas do hospedeiro. Na segunda categoria estão 
as larvas que usualmente desenvolvem-se em cadáveres, mas podem também invadir feridas. Quando ovo 
e/ou larvas são acidentalmente ingeridos produzem as miíases acidentais, caracterizando a terceira 
categoria.” 
 
II – Correta. 
 
As moscas são atraídas pelo odor das secreções... (inclusive, no artigo é citado a pediculose). 
 
“Dos casos avaliados, 71,7% apresentavam outra doença associada a miíase enquanto 26,9% não possuíam 
doença associada. Em 1,4% dos casos, esta informação estava ausente. Dentre essas, as associações mais 
frequentes foram com a pediculose (22,5%), seguida pela úlcera nos membros inferiores (14,1%) e 
diabetes (11,3%).” 
 
“Maus hábitos de higiene + falta de educação sanitária = pediculose → prurido → feridas expostas = 
oviposição de moscas = miíase” 
 
 
 
Ordem Diptera 
 
 
• Objetivos de Aprendizagem do dia: 
 
- Relembrar a Ordem Diptera; 
 
- Reconhecer espécies pertencentes à subordem Brachycera Infraordem Muscomorpha; 
 
- Relacionar aspectos inerentes ao ciclo biológico com infestações em seres humanos; 
 
- Atribuir importância de moscas em saúde pública. 
 
 
• Relembrando: 
 
 
Mosquitos: corpo delgado, bem fininho, obrigatoriamente apresentam 10 artículos 
nas antenas, patas longas, apresentam ciclo biológico compreendendo as fases de 
ovo, larva, pupa e adulto. 
 
Os mosquitos podem ser diferenciados em suas fases de ovo, larva, pupa e adulto. Na 
fase adulta, temos mais caracteres morfológicos simples para a diferenciação, mas 
também conseguimos diferenciar a partir das larvas (se tem sifão respiratório ou não); 
os ovos se apresentam flutuadores ou se são isolados. A identificação das larvas, depois dos adultos, é a que vai ter 
maior importância uma vez que se acumulam em coleção de água. Eventualmente podemos encontrar, por isso é 
importante saber diferenciar para podermos fazer a identificação. 
 
Todas as fêmeas precisam de sangue para fazer a maturação dos ovos e os machos se alimentam apenas de 
seiva vegetal, de açúcares. O macho não se alimenta de sangue. 
 
 
• Hoje, nosso foco é falar sobre as moscas, mas falaremos também um pouco sobre as mutucas. 
 
Nesse momento, a professora Lilian dá uma aula que já tivemos. Portanto, eu copiei o texto da aula que foi digitada 
também por mim sobre esse assunto (Ordem Diptera) e acrescentei informações adicionais (escritas em Times 
New Roman) caso ela tenha falado. Os tópicos sobre mosquitos quase não foram falados pela professora Lilian 
nessa aula, mas eu copiei e colei da antiga aula de Ordem Diptera mesmo assim para servir de comparação com as 
moscas e mutucas, sendo essas sim o foco da aula de hoje (principalmente as moscas). 
 
 
 
 
Membros da ordem Diptera: mosquitos (1), moscas 
(2) e mutucas (3). Ver: balancis ou halteres no 
metatórax (4). 
 
 
• Grego: Di – “duas”, ptera – “asas” 
São insetos (fazem parte do filo Arthropoda, da classe Insecta) que apresentam 
duas asas, apenas, bem desenvolvidas no segmento mais desenvolvido, que é o 
segmento do meio do tórax (mesotórax). 
 
• Um par de asas no mesotórax (bem desenvolvido) 
Se essa asa vai fazer com que o inseto se movimente/se desloque de um local 
para outro, ela precisa estar implantada no segmento mais desenvolvido do tórax 
(mesotórax – segmento do meio). 
 
• Balancins ou halteres no metatórax 
São como asas pequenas auxiliares (mini asas/micro asas), servem para que o 
inseto tenha equilíbrio durante o voo. Se localiza no metatórax (último 
segmento do tórax). 
 
Os mosquitos são mais fáceis de diferenciar das moscas e mutucas por conta 
do seu corpo fino, delgado. 
 
Alguns autores consideram os balancins como asas auxiliares, mas é importante entender que eles não vão 
bater esses balancins, não vão fazer movimento durante o voo. Só vão utilizar mesmo para se equilibrarem 
nele, não vão utilizar para voar não. 
 
 
Ciclo biológico 
 
O ciclo é igual com relação às fases para todos os dípteros. O 
ciclo das moscas e das mutucas é um ciclo que também passa 
pelas fases de ovo, larva, pupa e adulto. 
 
• Holometabólicos 
 
Ovo → larva → pupa → adulto. Ciclo holometabólico é aquele 
ciclo que sofre bastante modificação entre uma fase e outra (ovo 
bem diferente da larva, que por sua vez é diferente da pupa, que 
também é diferente no adulto). 
 
A maioria das moscas depositam ovos com essa coloração 
branca. 
 
 
• Reprodução sexuada (grande maioria) 
Cópula entre macho e fêmea. 
 
• Maioria ovípara 
Colocam ovos, mas existem exceções (há moscas que depositam larvas diretamente). 
 
• T° e nutrição 
 
Vão depender sempre de temperatura e nutrição (elementos essenciais para a sobrevivência desses insetos). Em 
hematófagos o repasto sanguíneo é essencial. Já quando ele não depende de sangue (um mosquito macho, por 
exemplo, que não se alimenta de sangue uma vez que nesse caso só as fêmeas sugam), ele vai viver a vida dele 
toda se alimentando de néctar, seiva vegetal, de açúcares em geral. 
 
Para as espécies de moscas que são hematófagas, o repasto sanguíneo vai ser essencial. Assim, a mosca 
que não se alimenta de sangue já é adaptada para isso, ela não vai ingerir sangue (não precisa) para maturar 
seus ovos. Já as que são hematófagas, elas sim vão precisar ingerir sangue para fazer essa maturação. Nesse 
caso, o repasto sanguíneo para essa fêmea é obrigatório. 
 
Logo, no caso das moscas é diferente. Não significa que todas têm que se alimentar de sangue. 
 
A fêmea se alimenta também desses nutrientes, mas como ela é hematófora, o hematofagismo para ela é essencial. 
Senão ela não vai conseguir fazer a postura dos seus ovos, ela não vai conseguir realizar esse processo de 
maturação. 
 
 
Ovo 
 
Varia muito de um grupo para o outro (o 
professor Roberto Nunes especificará mais 
isso). Há mosquitos que colocam ovos 
isolados/separados e há mosquitos que 
colocam ovos em “jangada”. Isto é, são 
colocados com uma substância “cimentante” 
e eles ficam grudados. São mosquitos que 
geralmente depositam ovos em água e, por 
isso, são chamados de “jangada”, como se fosse uma embarcação. 
 
Os ovos também podem ser colocados como as mutucas fazem: todos os ovos 
aglomerados/unidos em folhas como se fossem um cacho de ovos (vários ovos juntos). 
 
Lembrando que as formas isoladas não são depositadas com substância“cimentante” (por isso, ficam 
isolados), apenas as que ficam juntas (ovos em “jangada”). Essa substância “cimentante” faz com que os ovos 
fiquem bem aderidos. 
 
 
Larva 
 
As larvas, independentemente do tipo de díptero (mosquito, mosca ou mutuca), serão sempre ápodes. Isto é, não 
apresentem patas. 
 
Podem ter uma cabeça destacada: eucéfala. Dessa forma, é possível 
distinguir o que é cabeça, tórax e abdômen. Exemplo: mosquito. As larvas 
que geralmente se acumulam em água parada, piscina são de mosquito 
(larvas eucéfalas). 
 
 
 
 
Ou a cabeça pode não se destacar: acéfala. Assim, não dá para ter certeza de onde é a 
cabeça (se é extremidade posterior ou anterior). Exemplo: mosca e mutuca. As larvas de 
mosca são típicas de miíase (“bicheira”). 
 
Na larva de mosca (não tem a cabeça destacada), essa larva tem a cutícula sem 
nenhuma projeção. 
 
Enquanto a larva de mutuca apresenta “falsos pés”, como se fossem 
pequenas estruturas ao longo da cutícula que auxiliam no processo de 
movimentação dessa larva. 
 
 
 
 
Pupa 
 
Há variações. A pupa do mosquito, por exemplo, vive dentro da 
água/ambiente aquático (professor Roberto Nunes falará das 
exceções). Assim, ela possui um cefalotórax e um abdômen porque 
sofreu metamorfose. Isto é, antes a larva tinha cabeça, tórax e 
abdômen; agora ela sofreu uma metamorfose e passou a ter um 
cefalotórax e um abdômen. 
 
 
No caso das moscas e mutucas, elas fazem pupas terrestres. Então, elas têm um formato quitinoso (proteção das 
condições ambientais adversas), sendo duras/enrijecidas. 
 
 
Se eu encontrar um pupário no meio ambiente, eu consigo saber se aquele pupário foi de 
uma mosca ou de uma mutuca observando a abertura desse pupário. 
 
Se ela for circular, é uma pupa de mosca. 
 
Se ela não abrir um círculo perfeito, é uma pupa de mutuca. 
Nesse caso, esse pupário faz uma fenda na região superior 
e essa fenda se abre para que a mosca (no áudio ela fala 
mosca, mas acho que quis dizer mutuca) adulta consiga voar. 
 
 
Obs.: quando está saindo do pupário, ela já é adulta (nesse caso, não utilizamos 
mais essa classificação de acéfala e eucéfala). Na verdade, ela já é uma adulta, possui cabeça, tórax e 
abdômen. Só que para sair do pupário, uma parte da cabeça dela que é chamada de pitlíneo é utilizada. 
Então, fica inflando para poder forçar a abertura daquela fenda do pupário. Daí, depois isso se torna uma 
sutura, vira uma cicatriz na frente da cabeça da mosca. Então, ela não vai ficar com aquela cabeça 
“molenga”, a gente vai ver a cabeça da mosca normalmente porque esse pitlíneo só foi utilizado para ela sair 
de dentro do casulo, ou seja, de dentro do seu pupário. Acéfala e eucéfala só utilizamos para larva (no caso 
das moscas, são acéfalas)! 
 
 
 
Adulto 
 
Vão variar bastante, podendo ser mosquito – corpo bem delgado e 
antenas longas ou pelo menos com 10 segmentos (professor 
Roberto Nunes falará isso na aula de mosquito) ou moscas e 
mutucas, que têm antena curta. 
 
O que dá o “start” para elas saírem da fase de pupa? É só elas 
estarem adultas, desenvolvidas. Ao contrário das pulgas, em que as 
pulgas tinham que esperar uma vibração/alteração de luminosidade 
(podiam ficar até um ano na fase de pupa) para tal. 
 
Nos dípteros, basta estarem prontas como adulto para que consigam 
sair. Nesse caso, utilizam sua cabeça e vão tocando e tocando e tocando 
numa parte mais flexível que existe na pupa (região anterior) e, com isso, 
conseguem finalmente sair. Nessa parte da aula, a professora Lilian passa 
um vídeo ilustrando esse processo. 
 
Os adultos, então, têm morfologia diferenciadas podendo ter um corpo bem delgado e um corpo mais robusto. 
Podem ter antenas diferenciadas também, isso vai nos permitir fazer a diferenciação. 
 
 
Ver: vídeo no YouTube “sinistro – ciclo de vida da mosca.”: 
https://www.youtube.com/watch?v=Ujn9BOhLals 
 
Nesse vídeo, vemos a mosca colocando o ovo. Ovos brancos, isolados, só que 
ela coloca uma quantidade grande de ovos. Depois as larvas que eclodem 
aqueles ovos, depois a formação das pupas, aí como foi falado no próprio 
vídeo. Na verdade, acontece uma modificação no tegumento dessa mosca 
para que ela consiga (lembrar da cápsula mais dura, enrijecida). Após isso, as 
moscas se tornam adultas, eclodem aquele pupário e se tornam adultas. 
 
Aquela cabeça inflada que vemos no vídeo, ela vai forçando para frente só 
existe no momento que a mosca está saindo do pupário, depois ele deixa de existir e aquilo se torna uma 
cicatriz na cabeça da mosca, na frente da cabeça da mosca. 
 
 
 
1- Ordem Diptera 
 
1.1- Subordem 
Brachycera 
 
Brachy = curtas. Mutucas e moscas, são 
parecidas. Ver: diferenças. 
 
 
1.1.1- Infraordem 
Tabanomorpha 
“mutucas” 
 
A parte de trás da cabeça da mutuca é reta, não é uma 
cabeça globosa/circular. Então, é uma cabeça semicircular. 
Com isso, já sei que não é uma mosca. Antena curta, 
voltada para cima, sem aristas. 
 
A cabeça semicircular é, na verdade, uma cabeça que é 
arredondada na região anterior e ela se torna reta (sofre 
quase que um corte) na parte posterior da cabeça (parte que faz conexão com o 
tórax). A cabeça é bem mais larga que o tórax e as asas são diferenciadas. 
 
Todas as mutucas têm uma célula diferenciada na asa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=Ujn9BOhLals
1.1.2- Infraordem Muscomorpha 
“moscas” 
 
Apresentam cabeça 
arredondada. 
 
 
Lembrando que a subordem 
Nematocera (mosquitos) é bem fácil 
de a gente identificar uma vez que 
eles têm o corpo bem diferente 
daqueles que pertencem a subordem Brachycera. Agora, como diferenciamos os 
Brachyceros (moscas e mutucas)? 
 
Mosca está dentro da infraordem Muscomorpha, tem cabeça redonda/circular e 
aristas nas antenas. Aristas são estruturas/hastes que podem conter cerdas ou não e que 
têm função sensorial (temperatura, presença de hospedeiro, umidade). Então, a 
mosca vai sempre ter sua antena para baixo e, no último segmento da antena, parte essa 
arista (estrutura sensorial). Toda mosca vai apresentar arista (fator que difere da 
mutuca – infraordem Tabanomorpha). 
 
Essas aristas podem ser nuas (sem cerdas), 
pectinadas (cerdas em um dos lados apenas, forma 
de pente) ou bipectinadas (cerdas dos dois lados). 
 
 
 
 
 
 
Aparelho bucal 
 
Como as moscas vão se alimentar? Os olhos são compostos (visão de 360°), podem 
apresentar aparelho bucal do tipo picador-sugador e lambedor. 
Quando o aparelho bucal é picador sugador (moscas que se alimentam de sangue, por 
exemplo), ele é retilíneo, apresenta um estojo 
onde fica guardado o estilete (faz a perfuração) 
no probóscide. 
 
 
Já quando ele é lambedor, ele apresenta uma 
estrutura que parece uma esponja (labela) na 
extremidade do aparelho bucal. Essa estrutura 
serve para fluidificar o alimento que ela 
ingerir (no caso da mosca doméstica, por 
exemplo). Ocorre liberação de saliva 
também, seguido da absorção do material 
orgânico. Veremos um vídeo sobre isso. 
 
 
Por fim, elas também podem ter o aparelho bucal atrofiado. Nesse caso, vão viver muito pouco (não vão se 
alimentar). Vivem de reserva da fase ainda de pupa, vivem pouco tempo na fase adulta. Exemplo: mosca 
do berne. 
 
 
Não significa que a mosca só vai ter importância se ela se alimentar de sangue. As moscas têm uma 
importância muito grande em saúde pública mesmo quando elas não têm aparelho bucal, mesmo quando o 
aparelho bucal é lambedor. Isso porque elas atuam como voadoras mecânicas de muitos agentes infecciosos. 
São capazes de carrear muitos microrganismos em suas patas, pousam em vários locais diferentes (de 
um local para o outro) independentemente do seu aparelho bucal. 
 
 
Ver: vídeo no YouTube do processo de alimentação de uma mosca com aparelho bucal do tipo lambedor: “Close-up 
of a house fly (Musca domestica) eating from a slice of pizza.”: https://www.youtube.com/watch?v=gJq-BvZSLh8 
 
 
No vídeo, ela posiciona a sua labela em cima do alimento (um pedaço depizza). Se ele tiver parte líquida, ela já 
suga, caso o contrário ela libera uma saliva que vai dissolver aquele tipo de alimento e, através da labela, ela 
consegue sugar aquele alimento. No vídeo, podemos ver palpos, que também têm função sensorial. 
 
 
Esse é um tipo de aparelho bucal que mosca doméstica (aquela que entra nas residências, pousa no grão de arroz) 
apresenta. Em sua fase adulta, as moscas apresentam diferentes conformidades, cores e características específicas. 
Isto é, tem mosca que tem arista pectinada, bipectinada, aparelho bucal lambedor, isso tudo vai variar em função do 
grupo. 
 
 
• Por que estudar os dípteros? 
Berne – larva de mosca (foto do canto superior esquerdo). É muito 
comum que o paciente apresente berne e chegue no hospital. Miíase 
(“bicheira”) – larva de mosca (foto do canto superior direito). Como 
que isso chega aqui? 
 
 
Mosca em alimento é um problema porque carreia bactéria, vírus, 
parasitas (ovo de Ascaris lumbricoides, cistos de amebas, por 
exemplo). Logo, seu estudo é de importância médica. 
 
Quando a mosca pousa sobre um alimento (independentemente de 
onde ela pousar), ela tem o hábito de ficar “esfregando” as patas. Ver: vídeo no YouTube 
“Mosca Lavando as Mãos!”: https://www.youtube.com/watch?v=wgTVmU6f_AI 
 
 
Ver: vídeo no YouTube “Documentário – Mosca Doméstica”: 
https://www.youtube.com/watch?v=_DM40Iy2IDk 
 
“Planejando algo maligno...” 
 
 
Mutuca faz isso também? Não, mutuca é bem mais raro. Por que as moscas, então, fazem isso? Porque elas 
apresentam estruturas sensoriais na base das cerdas que existem nas suas patas. Assim, quando ela está 
fazendo aquele movimento, significa que ela está se “limpando” (se ela ficar com acúmulo de sujidade, ela não 
consegue ter mais percepção sensorial e de odores). 
 
Os receptores que existem na base das cerdas que existem nas patas também permitem que as moscas consigam 
perceber os odores. Qual é o problema? Muitas moscas preferem se alimentar em fezes. Quando elas não se 
alimentam em fezes, acabam indo em outros materiais orgânicos. Com isso, ela pousa no alimento e limpa a sua 
pata, mas ao fazer isso acaba jogando a sujidade que estava grudada nela, naquele alimento. Por esse motivo, já 
podemos verificar que é extremamente importante o estudo das moscas (qualquer que seja o patógeno que esteja no 
local onde ela pousou. Se ela pousa em outro local, ela pode carrear aquele microrganismo). 
 
 
• Por que estudar as moscas? 
 
- Sinantropismo 
 
- Causam e transmitem doenças 
 
- Larvas em tecidos animais e humanos (miíases) 
 
- Podem se desenvolver em material orgânico em decomposição, fezes, cadáveres 
 
 
• Formas imaturas 
https://www.youtube.com/watch?v=gJq-BvZSLh8
https://www.youtube.com/watch?v=wgTVmU6f_AI
https://www.youtube.com/watch?v=_DM40Iy2IDk
 
Ovos: 
 
- Alongado, perolado (geralmente) 
- Postura em variados locais 
 
Nas formas imaturas, os ovos são isolados, geralmente de coloração branca. 
 
 
Larvas: 
 
- Vermiformes, ápodes, acéfalas 
- Espiráculo rodeado por peritrema 
 
Nas formas imaturas, as larvas são ápodes e acéfalas (como já foi dito). E 
na extremidade posterior fica o aparelho respiratório dessa larva. 
 
Obs.: essa imagem da setinha preta não é um berne, mas a seta aponta 
para a região posterior. Quando é a larva da Dermatobia hominis 
(mosca do berne), ela vai ficar sempre com a região anterior voltada 
para baixo (se alimentar) e extremidade posterior voltada para fora 
(captar oxigênio). 
 
De acordo com o formato desse aparelho respiratório, a gente 
consegue saber a família dessa mosca, gênero... 
 
 
Antenas curtas. Vamos ver que desde a fase ovo, para esses insetos deixarem seus ovos em algum lugar, eles têm 
que ter o estímulo para eles se alimentarem. Então, eu encontro um paciente que tem miíase, essas larvas saíram 
dos ovos que foram deixados ali na lesão. Por que aquela mosca deixou aquele ovo ali? Porque ela também tinha 
onde se alimentar (Ôpa! Vou deixar meus ovos aqui porque as larvas vão ter o que comer). 
 
 
Aparelho respiratório na extremidade posterior. É por isso que o berne, por exemplo, consegue ficar dentro da 
pele e não morre porque ele fica com o aparelho respiratório virado para fora. 
 
 
Vamos ver a relação das moscas (incluindo as “varejeiras”, 
que são essas brilhantes; foto da esquerda) e as mutucas, 
que fazem um rasgo no vaso sanguíneo para se 
alimentarem (foto da direita), por isso sua picada dói muito. 
 
 
 
 
 
Pupa: 
 
Fase que vem depois da fase de larva, os adultos têm um pitlíneo 
que eles forçam aqui na cápsula da pupa para saírem de dentro 
desse pupário. 
 
 
Adultos: 
 
Possuem uma morfologia diferenciada de acordo com o gênero. 
 
 
 
Exemplos (na ordem): 
 
- Mosca varejeira – coloração metálica, quando entram em casa fazem barulho, ficam batendo na parede. 
 
- Sarcophaga spp lembra um pouco a mosca doméstica só que ela é bem grande, tem um abdômen claro e 
escuro (xadrezado). 
 
- Dermatobia hominis (mosca do berne) possui patas alaranjadas e um abdômen violeta. 
 
- Stomoxys calcitrans (mosca dos estábulos) se alimenta de sangue de cavalo. Como é hematófaga, 
também se alimenta de sangue de cães, gatos e seres humanos. 
 
 
As mais comuns causadores de miíases traumáticas são as “varejeiras” (por 
exemplo, Lucilia spp.), que têm o corpo metálico. 
 
 
Mas também existe uma mosca chamada 
Sarcophaga spp. que eventualmente entra nas 
residências, parece uma mosca doméstica, mas 
é bem grande, barulhenta e se você mata com 
uma raquete ou chinelada, libera larva (é um tipo de mosca larvípara). Tudo isso 
o professor Roberto Nunes falará ainda. 
 
Cochliomyia macellaria é a principal mosca que causa miíase em tecido 
morto (cadáver ou tecido necrosado). Professor Roberto Nunes explicará o 
que é uma miíase obrigatória, miíase secundária... 
 
 
 
Criança que comeu bicho de goiaba. É larva de mosca também, só que 
larva de mosca de fruta. Aí, se a pessoa comer muito bicho de goiaba, 
ela pode apresentar desconforto, náusea (atentar para as larvas no meio 
das sementes). 
 
 
• Moscas podem causar miíases. Quais? 
 
As moscas, além de contaminar alimento, podem causar berne (é um tipo de miíase ou 
“bicheira”). Vamos chamar de miíase toda vez que houver infestação por larva de mosca 
em tecido vivo ou morto. Que moscas podem causar miíase? 
 
- Dermatobia hominis: não tem aparelho bucal, vive muito pouco, vive só em área de mata 
(por isso, usa uma mosca transportadora). É a única que causa miíase furunculosa. É esse 
tipo de miíase que causa essa elevação/inchaço. 
 
 
 
 
As outras moscas causam miíases traumáticas, que são aquelas miíases cutâneas não 
furunculosas (“bicheira”). 
 
Como que essa larva que o médico retirou do olho do paciente chegou ali? Porque uma 
mosca transportadora foi se alimentar de secreção, sangue, e o calor do corpo 
estimulou a emergência de larva (várias, em alguns casos). Entretanto, como é preciso 
penetrar a pele, penetrar o folículo piloso, muitas larvas não conseguem entrar. Por 
isso, muitas vezes encontramos apenas uma única larva no local. 
 
 
 
São larvas que têm espinhos (utilizam para se fixar/prender no tecido). Esses espinhos que ficam ao 
redor da larva, quando essa larva se movimenta, paciente sente dor, ferroada, desconforto. Pergunta: 
então infestação de berne seria um tipo de miíase? Resposta: sim, miíase furunculosa, causada por 
Dermatobia hominis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
As outras miíases, que são as traumáticas, podem ser causadas por diferentes moscas. As mais comuns são 
conhecidas popularmente como “varejeiras”. São essas de coloração esverdeada, acobreada, arroxeada (são mais 
comuns, mas outras moscas também podem causar). 
 
 
Cadáver com larva de mosca dentro do nariz. 
 
 
 
 
 
Indivíduo vivo portador de miíase. Como que isso pode 
acontecer? Geralmente, pode ser morador de rua, falta de 
higienização bucal adequada, paciente com deficiência 
mental em que a famílianão cuida dos dentes (saúde bucal). 
Dessa forma, vão acontecer problemas periodontais 
(inflamação, secreção, odor fétido). Aí, a mosca vem se 
alimentar e deposita sua massa de ovos aqui. 
 
Nesse caso é diferente, na foto temos uma miíase traumática 
(diferente da furunculosa). Aí, não precisou do calor do corpo para que aquelas larvas caíssem dos ovos e 
chegassem no hospedeiro. Aqui, na verdade, a mosca deposita os ovos de forma intencional. Isso porque ela 
chegou para se alimentar (Ôpa! Teve comida para mim, vou deixar meus ovos aqui) e, com isso, deixa uma 
massa de ovos branquinhos (como foi mostrado no início da aula) que vão eclodir e dar origem às larvas que vão se 
desenvolver no mesmo local. 
 
 
 
Pergunta: como que a D. hominis transmite miíase se depende da transportadora para 
chegar até o hospedeiro? Resposta: dizemos que é a D. hominis que causa miíase 
porque a larva que está aqui dentro da D. hominis (foto da esquerda) é larva dela. Se 
essa larva (foto da direita) cair no chão, ela vai formar pupa e virar essa mosca adulta 
(foto da esquerda). Logo, é D. hominis quem causa miíase furunculosa. Quem é que 
transmite/carreia? É uma mosca transportadora (foto inferior esquerda), chamamos de 
vetor forético. Isto é, é um vetor que vai transmitir algum agente patogênico (pode ser um parasita, por exemplo), mas 
que não vai sofrer nenhuma modificação nesse vetor (é só uma forma de transporte). Por fim, quem causa a larva, 
a doença é Dermatobia porque essa larva aqui (foto da direita) é a larva dessa mosca (foto da esquerda). 
 
 
No caso das moscas “varejeiras”, quando elas vêm se 
alimentar. Vamos imaginar: se ao invés desse paciente ter 
berne/miíase furunculosa, ele tivesse miíase traumática, o 
que teria acontecido? Uma mosca dessas (foto da 
esquerda) teria vindo aqui se alimentar desse paciente com 
conjuntivite não tratada, por exemplo (lembra a foto da 
direita), presença de muita mosca na casa... Com isso, 
essa mosca veio aqui enquanto o paciente estava dormindo, se alimentou e ôpa, vou depositar meus ovos aqui 
(consegui me alimentar então vou depositar meus ovos aqui porque as larvas vão conseguir também). No dia 
seguinte, isso aqui vai estar cheio de larva, aí é miíase traumática. 
 
 
Acontecem em grande quantidade uma vez que são 
oriundos de massas de ovos que são depositadas 
naquele local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Musca domestica (parte 1) 
 
- Vetora mecânica de vários microrganismos 
 
- Postura é feita 4 dias após a cópula em matéria orgânica de origem vegetal, mas a preferência é por fezes 
humanas ou de animais 
 
- Ovo a adulto (30°C) = 10 dias; 46 dias (16°C): é por isso que no verão temos uma quantidade maior de 
moscas. 
 
 
- Transporte forético: 
 
Microrganismos que levam à disenteria, Salmonelose 
 
Protozoários como Entamoeba, Giardia 
 
Helmintos como Ascaris sp., Taenia spp. e Dipylidium: qualquer 
parasita que seja eliminado através das fezes e que não precisa de 
hospedeiro intermediário para completar o ciclo. No caso de Taenia, 
se a mosca veicular os ovos, vai ser para o indivíduo desenvolver 
cisticercose porque quando o indivíduo ingere ovo de Taenia ele 
desenvolve cisticercose, se esse ovo for de Taenia solium. 
 
Veiculadora dos ovos de Dermatobia hominis: (ovos da mosca do berne). Muitas vezes a pessoa que tem 
berne não teve contato com a mosca do berne. Isso porque a mosca do berne vive muito pouco, ela não se 
alimenta, não tem aparelho bucal. Dessa forma, ela utiliza uma mosca transportadora, e essa mosca 
transportadora, geralmente, é uma doméstica. 
 
A Dermatobia encontra essa mosca voando, ela dá um giro com essa mosca no ar, ela gruda nessa mosca e 
deposita seus ovos no abdômen dessa outra mosca. 
 
 
Ciclo biológico 
 
Ver: vídeo no YouTube “sinistro – ciclo de vida da mosca.”: https://www.youtube.com/watch?v=Ujn9BOhLals 
 
Pergunta: as formigas acabam estimulando esses ovos? Resposta: as formigas, muitas vezes, acabam predando 
(comendo) esses ovos. A mesma coisa acontece com ovo de pulga (formiga também come). 
 
 
 
• Exemplo de ciclo de um díptero que utiliza um vetor forético 
De acordo com o tipo de mosca, existem vários artifícios que elas utilizam para se desenvolver. Por exemplo, existem 
moscas que não levam seus ovos diretamente ao hospedeiro, como a “mosca do berne” (Dermatobia hominis) – sua 
larva é conhecida como berne. É um exemplo de mosca que tem o aparelho bucal atrofiado (vive pouco), voa por 
distâncias curtas. Por esse motivo, ela utiliza uma mosca transportadora. 
 
Assim que o adulto sai do pupário, os machos e as fêmeas vão copular, as fêmeas 
põem o ovo, esse ovo fica grudado no abdômen dela e ela vem voando. Quando ela 
encontra uma mosca ou um mosquito no ar, ela faz um encontro com essa mosca, 
ela gira e coloca os ovos no abdômen dessa mosca ou mosquito. Com isso, 
outra mosca ou mosquito chegam perto do outro hospedeiro para se alimentar (pode 
ser que esse hospedeiro tenha alguma lesão ou tenha alguma marca de sangue por 
carrapato, por exemplo). Em seguida, o calor do 
corpo desse hospedeiro vai fazer com que a 
larva saia do ovo que estava ali preso no 
abdômen, dando início ao parasitismo. 
 
São artifícios que esses insetos vão utilizando. Ver: vídeo no YouTube “Botfly 
Invasion | Monsters Inside Me”: https://www.youtube.com/watch?v=90exkFR2iSM 
 
No vídeo, o Dermatobia hominis captura um mosquito. Com isso, ela captura e deposita seus ovos no abdômen. 
Pergunta: para essa larva sair do ovo, tem que estar no tecido de um hospedeiro ou não necessariamente? 
Resposta: precisa estar sim por conta do calor do corpo. Algumas vezes, se a Dermatobia estiver na fase final 
(estiver morrendo) e ela não encontrar nenhum hospedeiro, ela até pode largar os ovos dela em alguma folhagem. 
Entretanto, aquelas larvas que estão dentro dos ovos só vão eclodir se houver proximidade de calor de corpo, aí 
sim elas conseguem eclodir, aí elas penetram na pele. 
 
A professora Lilian colocou esse ciclo mais por curiosidade porque, segundo ela, berne é algo que iremos nos 
deparar bastante na nossa rotina. Como que esse paciente adquiriu? (professor Roberto Nunes vai falar) Geralmente 
em locais onde existe criação de bovinos (são os principais hospedeiros). Com moscas presentes naquele local, 
eventualmente a mosca pousa sobre a pessoa/ser humano e o calor do corpo acaba também estimulando a 
emergência dessa larva (vai sair do ovo) e penetrar o folículo piloso. 
 
Por fim, ela penetra esse folículo piloso e cresce. Quando ela está pronta (fase desenvolvida – larva III), ela relaxa 
e contrai, e cai do hospedeiro visando enterrar no solo e formar um pupário (virar fase de pupa). 
 
https://www.youtube.com/watch?v=Ujn9BOhLals
https://www.youtube.com/watch?v=90exkFR2iSM
Isso é importante porque o paciente pode chegar e falar que está com o berne, mas que nunca viu a mosca do berne 
na casa dele. A explicação é que a mosca do berne vive na área de mata, ela utiliza outra mosca (pode ser até a 
mosca doméstica mesmo). Assim, a recomendação para o paciente seria a instalação de telas na casa, controle 
de mosca. 
 
 
• Mosca transportadora, com ovos de Dermatobia hominis 
 
Foto de uma mosca doméstica, comum 
com vários ovos de Dermatobia presos no 
abdômen. Assim que Dermatobia faz: 
captura essa mosca e gruda os ovos 
no abdômen dela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Musca domestica (parte 2) 
 
Toda Musca domestica vai apresentar 4 faixas 
negras no tórax e vai apresentar essa nervura em 
forma de cotovelo. Nervura essa que vem 
descendo no ápice da asa e de repente ela faz uma 
quebra (um cotovelo) e isso é típico de mosca 
doméstica. Se estiver em dúvida se é Musca 
domestica ou não, basta observar a nervura da asa 
(é possível observar a olho nu). 
 
Arista bipectinada. 
 
 
 
 
Stomoxys calcitrans 
“mosca dos estábulos” 
 
Assemelha-se a M. domestica porém a probóscide (longa) é projetada 
horizontalmente para a frente da cabeça, corpo escuro com polinosidadeacinzentada, palpos muito curtos. 
 
Como que faz para diferenciar de mosca doméstica? A nervura da asa, que no 
caso da Stomoxys calcitrans não forma cotovelo. A nervura vai descendo e 
encontra a nervura anterior de uma maneira mais suave, sem aquela curvatura 
rápida como vemos em M. domestica. 
 
Desenvolve seu ciclo muito bem em cama de cavalo 
(espécie de chão para proteger o casco do cavalo) e 
alimento de cavalo, em feno (são utilizados para 
complementar a alimentação dos equinos). 
 
Paciente de área rural informando que tem sofrido 
picada de mosca, tem desenvolvido alergia, lesão 
puntiforme... 
 
Também tem 4 faixas negras no tórax e a arista 
tem um lado só de cerdas bem desenvolvidas (o 
outro lado não tem cerdas). 
 
 
- Raramente em residências 
 
- Larvas se desenvolvem em matéria orgânica vegetal em decomposição, cama de aniamis misturada com 
fezes, palha, feno, restos de lavouras, alfafa, grãos ou farinhas umedecidas. 
 
- Ciclo completo: 3-4 semanas (climas quentes), pode durar mais do que 2 meses (climas frios). 
 
 
• Importância 
 
- Veiculadora de ovos de Dermatobia hominis: assim como a Musca domestica também veicula. 
 
- Irritação 
 
- Veiculação de bactérias 
 
- Picam sobre as roupas: apresentam aparelho bucal bem desenvolvido. São vorazes por sangue. 
 
- Causam apenas miíases acidentais. Isso quando suas larvas são ingeridas acidentalmente. 
 
 
 
“Moscas causadoras de miíases” 
 
“Myia” = mosca 
Sufixo “iasys” = moléstica, lesão 
 
Miíase é o desenvolvimento de larvas de moscas 
em tecidos humanos ou animais, alimentando-se de 
tecidos vivos ou mortos (...) e de seus fluidos ou alimentos ingeridos (NEVES, 2005; NEVES, 2009) 
 
Pode ser obrigatória, facultativa ou acidental. Atentar para moradores de rua sem 
higiene bucal, procedimentos pós cirúrgicos sem tratamento adequado, feridas em 
geral, tecido necrosado em indivíduos vivos... 
 
Obs.: larva de mosca para recuperação de feridas em pacientes com dificuldade 
de cicatrização (diabéticos, por exemplo). Assim, utilizam larvas de moscas criadas 
em colônias. São moscas que não tiveram contato com nenhum tipo de agente 
contaminante e essas larvas, filhas dessas moscas, são colocadas nas feridas para que 
elas comam o tecido necrosado/morto para reavivar aquela ferida e facilitar o processo de cicatrização. 
O paciente da foto, então, apresenta miíase furunculosa (classificação da miíase para as larvas de 
Dermatobia hominis). 
 
 
Dermatobia hominis 
 
- Irritação 
 
- Lesão furunculosa e dolorosa 
 
- Dor em ferroada 
 
- Infecção secundária 
 
- Predisposição à miíase por outras moscas 
 
Vimos isso na aula introdutória sobre Ordem Diptera (aula essa que eu 
mesmo digitei, e coloquei informações dela nessa aula de hoje) em relação a 
captura da mosca transportadora. Ver: ciclo biológico. 
 
- Comum na clínica: não tem relação com o fato de não fazer o cuidado 
adequado de uma ferida. Você pode ser um adulto hígido (saudável) e que 
foi fazer uma caminhada/trilha ou em casa em uma região próxima a mata 
e que acabou sendo infestado por larva de Dermatobia. 
 
É uma larva que tem espinhos ao redor do corpo, esses espinhos servem para 
a larva se fixar no hospedeiro e, conforme a larva se mexe, o indivíduo relata dor e ferroada por conta desses 
espinhos. A parte maior fica voltada para dentro, a parte afilada fica voltada para fora (onde fica o 
aparelho respiratório). 
 
Atentar para paciente com berne ou com suspeita de berne, com uma lesão furunculosa e, nessa lesão, com 
um ponto de abertura (foto superior direita). Para tratar, podemos tampar esse orifício com pomada, 
vaselina e bloquear aquele orifício. Assim, a larva vai se desesperar porque ela precisa respirar. Então, 
ela vai retrair os seus espinhos e vai tentar sair. Nesse momento que ela retrai os espinhos, você aproveita 
para espremer com mais facilidade. Ao mesmo tempo que você espreme, você também puxa com uma 
pinça visando promover uma tração por igual para essa larva não se romper. Se ela se romper, acaba sendo 
um corpo estranho e o indivíduo pode reagir, por exemplo, com a formação de um abscesso, reação tecidual 
em resposta a forma parasitária que ficou dentro do tecido. 
 
O berne é muito comum em bovinos, então esse ciclo fica acontecendo na natureza de uma maneira muito 
constante. De forma que um bovino pode apresentar várias lesões no coro e essas lesões são em 
decorrência pelo furúnculo formado 
pela larva, forma ali uma elevação e 
cada nódulo desse tem uma larva em 
desenvolvimento dentro. 
 
 
 
A larva passa por suas 
fases do ciclo biológico 
nesse local. Quando a 
larva chega em seu 
estágio 3, que é a última 
fase, essa larva vai 
retrair seus espinhos, 
vai sair desse 
tecido/pele e cair no 
chão. No chão, ela vai se 
transformar em pupa, depois em adulto. E esse adulto, como não se alimenta, não tem aparelho bucal, 
vive pouco, ele vai procurar por uma mosca ou um mosquito que sejam transportadores dos seus ovos 
para outros hospedeiros. Isso já foi falado nessa aula. 
 
Então, ela captura esse inseto durante o voo, gruda os ovos no abdômen desse outro inseto. E esse outro 
inseto, quando se aproxima do animal para se alimentar por exemplo (às vezes, o animal está com uma 
infestação de carrapato, daí a mosca vai para lamber o sangue que fica extravasado) e, com isso, o calor do 
corpo do hospedeiro vai ser um estímulo para a saída das 
larvas desses ovos. 
 
Pessoas de região rural ou área de mata vão ter chance desse 
mesmo tipo de desenvolvimento. Isto é, a larva se desenvolvendo 
no tecido e, se essa larva sendo retirada não for jogada fora, pode 
ter a possibilidade inclusive de se transformar em pupa, caso essa 
larva já fosse de 3° estágio. 
 
Ver: vídeo no YouTube “Botfly Invasion | Monsters Inside Me”: 
https://www.youtube.com/watch?v=90exkFR2iSM 
 
 
• Larva de Dermatobia hominis 
1. Espinhos e ganchos na parte mais larga do corpo 
2. Extremidade anterior 
3. Extremidade posterior 
 
 
• Extremidade anterior 
Observamos garras que as larvas apresentam nessa parte do corpo. Essas 
garras auxiliam no processo de fixação dessa larva. Por isso que além 
dos espinhos laterais, esses ganchos também contribuem muito para as 
ferroadas que o paciente diz sentir. 
 
• Pupas 
São reconhecidas no campo, no sítio, de uma maneira bem simples porque 
é um tipo de pupa que possui dois tufos amarelos na extremidade. Só ela 
possui essa característica fácil de diferenciar. 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=90exkFR2iSM
Gênero Cochliomyia 
 
Essas outras são miíases traumáticas. Isto é, acontecem nos tecidos mediante algum fator estimulante. 
Nesse caso, a mosca vai ser atraída por odor, de secreção, de sangue por exemplo e vai fazer a postura dos 
seus ovos naquele local. 
 
- C. hominivorax: mosca que causa miíase em tecido vivo. É um tipo de mosca 
que tem larva biontófaga porque só se alimenta de tecido vivo. 
 
- C. macellaria: mosca que causa miíase em tecido morto/necrosado. Se 
alimenta de tecido morto. 
 
São bem parecidas as duas. Possuem listras negras no tórax, aristas que são 
pectinadas. A diferença bem sutil entre uma e outra é que a C. macellaria tem 
cerdas bem fininhas embaixo do abdômen, que são clarinhas (meio prateadas). 
Com isso, a gente consegue diferenciar. 
 
 
 
 
 
Outra estrutura de diferenciação é a basicosta. A basicosta é essa 
estrutura do início da asa. Estruturas mais minuciosas devem ser 
observadas para a identificação. 
 
C. hominivorax possui basicosta negra 
 
Em C. macellaria é amarela 
 
Imagem: 
Basicosta (4) 
 
Miíase causada por C. hominivorax em cachorro (foto inferior 
direita) 
 
Pergunta: a acidez do estômago não mata as larvas? Mata na 
maioria das vezes, mas como ela já está lá dentro a gente chama 
de miíase mesmo assim porque tem larva lá dentro. Entretanto, ela 
não vaicausar nenhuma lesão lá dentro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Miíase causada por C. hominivorax (fotos superiores da esquerda e do meio). 
 
Miíase casada por C. macellaria em cadáver (foto superior direita). Sendo cadáver pensamos em C. 
macellaria (mais comum), mas podendo ser Sarcophaga spp. e Chrysomyia spp. 
 
 
 
Isto já foi falado nessa aula. Essas larvas causadoras de feridas traumáticas têm um ciclo incomum. Na 
verdade, as moscas depositam os ovos porque essas moscas foram se alimentar naquele local e como elas 
conseguiram se alimentar, elas também deixam seus ovos ali porque já sabem que as larvas terão onde se 
alimentar também (Ôpa! Vou deixar meus ovos aqui porque as larvas vão ter o que comer). 
 
Depois que essas moscas deixam esses ovos no local, esses ovos levam mais ou menos 24h para sofrerem 
eclosão pelas larvas. Em seguida, as larvas começam a se alimentar ativamente, essas larvas liberam 
substâncias anestésicas para fazer com que o indivíduo não sinta muito o parasitismo. 
 
Elas se desenvolvem ali no tecido, ficam aproximadamente uma semana (elas vão passar por 3 fases de 
larva) e depois, quando ela está na última fase de larva (L3), essa L3 cai do tecido. Com isso, ela vai se 
enterrar no solo para formar uma pupa e depois se transformar em adulto. 
 
Se estiver em ambiente doméstico, como faz para completar esse ciclo? A mosca não terá o solo para formar 
a pupa. Por isso, algumas são capazes de formar pupa independentemente da presença do solo. 
Entretanto, as que não conseguirem morrerão. No solo, portanto, elas têm uma maior garantia. 
 
Depois que se tornaram pupas, vão depender da temperatura e umidade. Então, de 7 dias até dois meses. 
Quanto mais quente, mais rápido o ciclo, rápido a transformação para adulto. Ao se tornar adulto, machos e 
fêmeas vão copular e as fêmeas vão depositar seus ovos de novo. 
 
Existem moscas causadoras de miíases que, ao invés de depositarem ovos, depositam larvas (isso já foi 
falado). Um exemplo é a mosca Sarcophaga spp. Essa mosca costuma entrar nas residências, quando ela 
entra é uma mosca bem grande. Se você pegar uma raquete e dar uma “raquetada” nela, é bem comum que 
ela comece a depositar suas larvas antes dela morrer. Isso porque a última estratégia dela é justamente tentar 
fazer a deposição das larvas para que o ciclo biológico tenha continuidade. Então, elas são bem estrategistas. 
 
“O conceito de estratégia, em grego strateegia, em latim strategi, em francês stratégie...” 
 
 
 
Cochiomyia hominivorax 
 
• Larva alimenta-se de tecido vivo (biontófagas) 
 
• Causam miíase primária 
 
Como já foi falado, as larvas das 
moscas são acéfalas. Isto é, não consigo 
saber onde é a extremidade anterior, 
onde é a posterior. Entretanto, eu 
consigo saber, por exemplo, que essa 
aqui é a região posterior porque eu vejo 
o aparelho respiratório. Na ponta, existe o espiráculo (onde o oxigênio vai entrar) e essa parte mais escura é 
a traqueia (troncos traqueais), que são duas. No caso de Cochiomyia hominivorax, elas são bem 
pigmentadas. Estando essa larva no tecido, eu também consigo identificar. 
 
 
 
Cochliomyia macellaria 
 
• Larva alimenta-se de tecido morto 
(necrobiontófagas) 
 
• Causadoras de miíases secundárias 
ou facultativas: significa que ela 
precisa de uma lesão pré-existente. 
 
 
 
Gênero Chrysomyia 
 
• Alimenta-se de fezes, lixo, feridas necrosadas e carcaças 
 
Logo, são facultativas. Se alimentam de uma coisa ou outra. 
 
 
 
Gênero Lucilia 
 
• Alimenta-se de fezes, matéria orgânica em decomposição, tecidos 
humanos necrosados 
 
Logo, são facultativas. Se alimentam de uma coisa ou outra. 
 
 
 
Sarcophaga spp. 
 
• Corpo de coloração acizentada (sem brilho metálico) 
 
• Três faixas negras longitudinais no mesonoto: três faixas, ao invés de 4. Serve como critério de 
diferenciação. 
 
• Abdômen xadrezado (áreas claras e 
escuras) 
 
• Ap. bucal lambedor 
 
• Nervura semelhante a cotovelo 
 
 
Eventualmente entra nas residências, parece uma mosca doméstica, mas é bem grande, barulhenta e se você mata 
com uma raquete ou chinelada, libera larva (é um tipo de mosca larvípara). Ver: conceito de estratégia. Deposita 
larvas ao invés de ovos. 
 
Em uma competição por carcaça, ela vai levar vantagem porque já vai depositar larva diretamente. Logo, já 
começam a se alimentar de uma maneira mais precoce. 
 
 
Sarcophaga – biologia 
 
- Fêmea deposita larvas de 1° ínstar: vantagem com relação às ovíparas na competição por carcaças 
 
- Larvas vivem em cadáveres ou matéria orgânica em decomposição 
 
- Enterram no solo para pupar 
 
- Ciclo de aprox. 30 dias 
 
- Provocam miíases secundárias: precisam de uma lesão pré-existente. 
 
- Veiculadoras de patógenos: assim como as anteriores, através de suas patas. 
 
- Entomologia forense: para estudo de fauna cadavérica, por exemplo. Há quanto tem um determinado 
corpo está em um determinado terreno a partir da larva que esse corpo apresenta, do estágio da larva. Se 
você encontrar uma larva de 3° estágio, por exemplo, você já sabe que o corpo não apareceu ali no dia 
anterior. Logo, o corpo deve estar ali há pelo menos uma semana. 
 
 
Identificação de Larvas: Placas Estigmáticas 
 
Identificação da larva pelo aparelho respiratório. É realizado um corte na extremidade posterior e essa 
extremidade posterior pode ser colocada entre lâmina e lamínula para uma melhor observação do formato 
desse espiráculos respiratórios. 
 
- Dessa forma, aquelas que são varejeiras, 
por exemplo, têm abertura. Parecem 
dedos. Ver: família Calliphoridae. 
 
- Stomoxys a literatura traz como se fosse 
formato de “S”. 
 
- Musca: formato de “M”. 
 
- Sarcophagidae: 3 estruturas com ponto anterior. 
 
- Sendo sempre essas estruturas em números pares. 
 
 
Miíases 
 
• É o desenvolvimento de larvas de moscas nos tecidos humanos ou de animais. 
 
• Quanto ao grau de invasão tecidual: primárias ou secundárias. 
 
As primárias são aquelas que iniciam o processo parasitário, iniciam a miíase. Isto é, não precisam de lesão 
pré-existente. 
 
Exemplos: mosca do berne, Cochliomyia hominivorax. Nesse caso, precisa apenas de odor de secreção e 
sangue, pode ser por carrapato fixado no corpo, não precisa necessariamente ter uma ferida aberta. 
 
• Quanto ao parasitismo: miíases obrigatórias, facultativas ou acidentais. 
 
Vimos no artigo no início da aula. 
 
• Quanto a biologia das larvas: biontófagas (se alimentam de 
tecido vivo) ou necrobiontófagas (se alimentam de tecido 
morto). 
 
• Berne: miíase furunculosa. De que tipo? 
 
Primária porque não precisa de lesão pré-existente; obrigatória 
porque só se desenvolve realizando o parasitismo, não se 
desenvolve em nenhuma hipótese fora do hospedeiro; e 
biontófaga porque se alimenta exclusivamente de tecido vivo. 
 
 
Miíase furunculosa: tipo primária, obrigatória e biontófaga. 
 
Um indivíduo com inchaço/nódulo na região dos olhos que estava 
sendo provocado por uma larva de Dermatobia. Isto é, esse 
paciente tinha uma miíase furunculosa. Nesse caso, o que atraiu a 
mosca poderia ter sido uma conjuntivite, uma secreção na região... 
 
Encerramos a aula aqui. 
 
 
 
• Infraordem Tabanomorpha (“mutucas”) 
 
 
Morfologia que lembra as moscas (infraordem 
Muscomorpha), mas as mutucas têm uma cabeça 
semicircular (parte de trás é bem reta), olhos na maioria 
das vezes são bem coloridos (alguns variam a cor; furta-
cor) e aparelho bucal adaptado para rasgar o vaso (por 
isso sua picada dói muito). 
 
Com relação a transmissão de doença, elas não têm uma importância epidemiológica de 
expressão. A importância se dá mais pelas picadas que são dolorosas. 
 
Preferência por áreas que tem água, vegetação, cachoeira. 
 
 
• Diferenciação morfológica das estruturas da cabeça de Tabanomorpha e 
Muscomorpha 
Diferente das moscas, não apresentam aristas (fator de diferenciação). 
 
Foto daesquerda (mutuca): não tem arista, antena 
também é curta, segmentos diferenciados. 
 
Foto da direita (mosca): cabeça de mosca (toda mosca tem 
arista – nua, pectinada ou bipectinada). 
 
Toda mutuca tem cabeça semicircular e tem essa célula 
(porção da asa que é toda delimitada, limitada por 
nervuras). As nervuras são essas linhas. Toda mutuca tem 
uma célula fechada, que é chamada de célula discal 
fechada (fator que difere da mosca). É uma célula toda 
fechada por nervura, assim não se comunica com o ápice 
da asa e dessa célula partem nervuras que formam 
como se fosse a letra “M”. 
 
 
 
 
 
 
 
Gêneros Chrysops spp. e Tabanus spp. Inclusive 
essa última dá o nome da infraordem 
(Tabanomorpha). São as mais comuns. 
 
Cabeça semicircular, ausência de aristas, célula fechada com as nervuras em “M”. Ver: célula discal fechada 
na altura dessa mancha da asa de Chrysops e a nervura em forma de “M”, que é bem característica. 
 
 
Subordem Brachycera 
• Muscomorpha x Tabanomorpha 
 
Aquilo que a gente tinha visto no início: ambas são 
parecidas, mas que apresentam características 
morfológicas capazes de diferenciá-las. 
 
Tabanomorpha recebe esse nome por causa de 
Tabanus. Muscomorpha recebe esse nome por causa 
de Musca domestica, que é a mosca mais conhecida, 
bem domiciliar (está no vídeo que a professora Lilian 
passou sobre ciclo biológico). 
 
 
 
 
 
1.2- Subordem Nematocera 
“mosquitos” 
 
Nemato = filamentos. Mosquitos, então, têm antena filamentosa. Na maioria das 
vezes cilíndrica e que apresenta ao menos 10 segmentos (pode ser uma antena 
longa ou uma mais curtinha, desde que tenha 10 
segmentos). 
 
Professor Roberto Nunes ainda fará uma aula só sobre esse grupo. Corpo fino, patas 
longas, antenas com pelo menos 10 segmentos, conhecidos popularmente como 
mosquitos. 
 
Mosquito do gênero Simulium ("borrachudo" – picada dolorosa) apresenta antena 
curta, mas com 10 segmentos achatados. Classificamos como Nematocera pois possui 10 segmentos nas antenas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. “Mosquito da dengue” Aedes spp.: transmite dengue, zika vírus, febre amarela, chikungunya. 
 
2. “Mosquito noturno” Culex spp.: coloração amarronzada (diferente do Aedes, que é preto, tem manchas 
esbranquiçadas no corpo, patas rajadas de preto e branco), corpo marrom. É aquele que fica zunindo no ouvido 
durante a noite atraído pela respiração (gás carbônico). Transmite Wuchereria bancrofti, causa elefantíase. 
 
3. “Mosquito diurno” Anopheles spp.: geralmente na primeira parte da manhã ou no final do dia (temperatura mais 
amena). Lembra o Culex, mas quando ele pousa faz um ângulo perpendicular à superfície (“mosquito prego”). 
Transmite malária. 
 
4. “Mosquito pólvora” Culicoides spp.: asas manchadas. Picadas dolorosas que incomodam, que causam insônia. 
 
5. “Borrachudo” Simulium spp.: antena mais curta, segmentos achatados, asas bem transparentes (sendo apenas as 
primeiras mais quitinizadas). Picadas dolorosas que incomodam, que causam insônia. 
 
6. “Mosquito palha” Lutzomyia spp.: coloração bem clarinha, aspecto corcunda (cabeça fletida, voltada para baixo). 
Transmite leishmaniose. 
 
1, 2 e 3: são os mais comuns/domiciliares (os que costumam entrar mais nas nossas residências).

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