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Iniciação do Bloco de Políticas: Revisão dos Princípios e Funcionamento do SUS Medicina Uninove Políticas Públicas, Epidemiologia e Indicadores de Saúde Início do Bloco de Políticas: ► Princípios do SUS ► Princípios da ESF ► Leis orgânicas da Saúde ► Funcionamento do SUS: legislação básica (lei n. 8080/90) ► Participação social e controle público no sus (lei orgânica de saúde n. 8.142 de 1990) SUS – Como chegamos até aqui? Declaração de Alma Ata (1978) - OMS e UNICEF Carta de OTAWA (1986) 8º Conferência Nacional de Saúde (1986) Constituição Federal (1988) Criação do SUS Leis Orgânicas da Saúde (1990) Em setembro de 1978, a Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em Alma- Ata, na República do Cazaquistão, expressava a “necessidade de ação urgente de todos os governos, de todos os que trabalham nos campos da saúde e do desenvolvimento e da comunidade mundial para promover a saúde de todos os povos do mundo” Documento apresentado na Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizado em Ottawa, Canadá, em novembro de 1986. Trata-se de uma Carta de Intenções que buscava contribuir com as políticas de saúde em todos os países, de forma equânime e universal. O desenho do SUS foi todo formulado na 8ª Conferência, assim como todo o seu funcionamento”. O relatório final apontava o consenso em relação à formação de um sistema único de saúde, separado da previdência, e coordenado, em nível federal, por um único ministério. Foi instituído pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196, como forma de efetivar o mandamento constitucional do direito à saúde como um “direito de todos” e “dever do Estado” e está regulado pela Lei nº. 8.080/1990, a qual operacionaliza o atendimento público da saúde. Regulamentação do SUS Lei 8080/90 Lei 8142/90 https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_Internacional_sobre_Promo%C3%A7%C3%A3o_da_Sa%C3%BAde https://pt.wikipedia.org/wiki/Ottawa https://pt.wikipedia.org/wiki/Canad%C3%A1 https://pt.wikipedia.org/wiki/1986 https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_Federal_de_1988 https://pt.wikisource.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_de_1988_da_Rep%C3%BAblica_Federativa_do_Brasil/T%C3%ADtulo_VIII#Artigo_196 Recapitulando... Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990 O lugar do SUS na Constituição Detalham os princípios e diretrizes e condições para organização e funcionamento do sistema: ✔ Prestar assistência as pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação a saúde ✔ Realizar ações integradas de saúde no âmbito da vigilância sanitária, vigilância epidemiológica, saúde do trabalhador, assistência terapêutica integral e também assistência farmacêutica Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990 ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO E GESTÃO 1. Formulação de políticas/planejamento; 2. Financiamento; 3. Coordenação, regulação, controle e avaliação; 4. Prestação direta dos serviços de saúde União MINISTÉRIO DA SAÚDE Municípios SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE Estados SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990 Art. 2º A saúde é um DIREITO fundamental do ser humano, devendo o ESTADO prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. O b je ti vo s d o S U S ( L e i 8 0 8 0 / 9 0 , a rt . 5 º I – A identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde. II – A formulação de política de saúde, nos campos econômico e social que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990 Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a ALIMENTAÇÃO, a MORADIA, o SANEAMENTO BÁSICO, o MEIO AMBIENTE, o TRABALHO, a RENDA, a EDUCAÇÃO, o TRANSPORTE, o LAZER e o acesso aos BENS e SERVIÇOS essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País. Atividade Física – foi incluída como determinante pela Lei 12.864/ 2013 (DAHLGREN e WHITEHEAD, 1991) Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990 I – Execução de ações: vigilância sanitária, epidemiológica e saúde do trabalhador, assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica II – Participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico; III – Ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde IV – Vigilância nutricional e a orientação alimentar V – Colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho VI – Formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção; VII – Controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde; VIII – Fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano; IX – Participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; X – Incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico XI – Formulação e execução da política de sangue e seus derivados. C a m p o s d e a tu a ç ã o d o S U S (L e i 8 .0 8 0 / 9 0 , a rt . 6 º) O SUS e seus princípios Princípios Doutrinários Universalidade Integralidade Equidade Princípios Organizativos Descentralização Regionalização Hierarquização Participação popular e controle social Presentes na CF 1988: Resolutividade e complementariedade do setor privado Diretrizes da Estratégia Saúde da Família (ESF) Princípios e Diretrizes do SUS Princípios Doutrinários Universalidade Integralidade Equidade Princípios Organizativos Descentralização Regionalização Hierarquização Participação popular e controle social • Coordenação e longitudinalidade; • Caráter substitutivo; • Hierarquização; • Adscrição de clientela; • Territorialização • Multidisciplinaridade; • Integralidade; Princípios Doutrinários do SUS Acesso ao SUS Justiça SocialAtendimento integral Universalidade • A saúde é direito de cidadania e dever do estado • Todas as pessoas tem direito ao atendimento independente de cor, raça, religião, local de moradia, situação de renda • Todos que vivem no Brasil tem direito (inclusive imigrantes e refugiados) Equidade • Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades e especificidades. • É um princípio de justiça social porque busca diminuir desigualdades, assegurando ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade de cada caso. Isto significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior. Integralidade • A visão do indivíduo como um todo; • Conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.” (lei 8.080, 7°,II); • As ações de promoção, proteção e de recuperação; • Hierarquização do sistema; Ex. questão de prova Boliviana, 23 anos, deu entrada ao PS do Hospital Central de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo com sintomas de tosse seca, dor nos seios da face, febre e dores pelo corpo e relatando dificuldade para respirar. A recepcionista do hospital disse para a boliviana que ela não poderia ser atendida por eles, justificando que a mesma não tem cadastro no Sistema Único de Saúde e tão pouco é brasileira. Segundo o caso apresentado,a recepcionista do hospital infringiu qual princípio do SUS ao negar atendimento: a) Universalidade b) Integralidade c) Regionalização d) Participação Social Ex. questão de prova Após ser negado atendimento em um hospital central, moça boliviana, 23 anos, volta para sua comunidade e relata o ocorrido aos seus vizinhos. Uma de suas vizinhas explica que o SUS é um direito de todos os cidadãos brasileiros inclusive os estrangeiros. Ela acompanha a moça até a Unidade Básica de Saúde do bairro. Lá a boliviana realiza seu cadastro no SUS, ganha o cartão SUS e conhece a agente comunitária que cobre sua microárea e é acolhida pela enfermeira e passa em consulta com um médico de saúde da família, que avalia, medica e encaminha a moça para seguimento. Fez toda coleta de dados, examinou e buscou entender a realidade da vida da moça. O caso exposto acima compreende a qual princípio doutrinário do SUS? a) Hierarquização b) Integralidade c) Regionalização d) Participação Social Os Princípios Organizativos do SUS Presentes na CF 1988: Resolutividade e complementariedade do setor privado Descentralização • Redistribuição de responsabilidades – Nível Federal, Estadual e Municipal • Municipalização da Atenção Primária: promoções das ações de saúde direto aos seus cidadãos • Maior chance de criação e inovação; • Aumento da eficiência; • Quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto; Regionalização ◦ Articulação entre os serviços (população determinada/adscrita) ◦ Pontos de atenção da RAS, tendo a Atenção Básica como ponto de comunicação entre esses. Hierarquização ◦ Forma de organização de pontos de atenção da RAS entre si, com fluxos e referências estabelecidos. R e fe rê n c ia C o n tr a – re fe rê n c ia Redes de Atenção à Saúde (RAS) (Decreto nº7.508/2011) Conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de complexidade crescente Regiões de Saúde (Decreto nº7.508/2011) ◦ Recorte espacial estratégico para fins de planejamento, organização e gestão de redes de ações e serviços de saúde em determinada localidade; ◦ Espaço geográfico com Municípios limítrofes; ◦ Identidades culturais, econômicas e sociais; ◦ Redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhado; ◦ Finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde; Deve possuir no mínimo, ações e serviços de: I. atenção primária; II. urgência e emergência; III. atenção psicossocial; IV. atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e V - vigilância em saúde Plano Estadual de Saúde 2020-2023. Regionalização do Estado de São Paulo segundo as Redes Regionais de Atenção à Saúde e os Departamentos Regionais de Saúde – DRS da Secretaria de Estado da Saúde - 2018 Regionalização Instâncias colegiadas: • Conferências de Saúde (reúne-se a cada 4 anos, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde na instância correspondente, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde); • Conselhos de Saúde (caráter permanente e deliberativo, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo) Participação Popular e Controle Social Composição dos Conselhos de Saúde: • 25% representantes do seguimento “trabalhadores da saúde”; • 25% representantes do seguimento “governo, prestadores de serviços privados conveniados, ou sem fins lucrativos”; • 50% representantes do seguimento “usuários” (paritária) Conselho Nacional de Saúde Resolução nº333 de 04 de novembro de 2003 Marcos da Constituição Federal de 1988 Portaria nº 1034/2010 – Dispõe sobre a participação complementar ao SUS por instituições privadas https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt1034_05_05_2010_rep.html Resolutividade Complementariedade do setor privado Reforça a importância da Atenção Básica ser resolutiva, utilizando e articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, centrada na pessoa, na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e grupos sociais. Deve ser capaz de resolver a grande maioria dos problemas de saúde da população, coordenando o cuidado do usuário em outros pontos da RAS, quando necessário. O setor privado participa do SUS de forma complementar, por meio de contratos e convênios de prestação de serviço ao Estado - quando as unidades públicas de saúde não são suficientes para garantir o atendimento a toda a população de uma determinada região. Preferência de empresas sem fins lucrativos Exemplos: Organizações Sociais (OS) https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt1034_05_05_2010_rep.html https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt1034_05_05_2010_rep.html Obrigada! ► Mende, E.V. As redes de atenção à saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/10987/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Nayara_2019-02-12.pdf?sequence=3&isAllowed=y ► Brasil. Ministério da Saúde. O SUS de A a Z : garantindo saúde nos municípios / Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. – 3. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2009. disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sus_az_garantindo_saude_municipios_3ed_p1.pdf ► Brasil. PORTARIA nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html ► QUALISUS REDE – MAPA DA SAÚDE. Acesso em; 24/02/2020. Disponível em: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/janeiro/27/Estudo-RRAS1- MapaDaSaude-GdeABC-1.pdf ► Brasil. Ministério da Saúde. Princípios do SUS. Acesso em: 24/02/2020. Disponível em:https://www.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude/principios-do-sus ► CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE CUIDADOS PRIMÁRIOS DE SAÚDE Alma-Ata, URSS, 6-12 de setembro de 1978. Disponível em: http://cmdss2011.org/site/wp-content/uploads/2011/07/Declara%C3%A7%C3%A3o-Alma-Ata.pdf ► TEIXEIRA, C. F.; PAIM, J. S.; VILASBOAS, A. L. SUS, modelos assistenciais e vigilância da saúde. Inf. Epidemiol. Sus, Brasília , v. 7, n. 2, p. 7-28, 1998. ► Soares JL et al. Tecitura do vínculo em saúde na situação familiar de adoecimento crônico. Interface 20 (59) Oct-Dec 2016. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/icse/2016.v20n59/929-940/# ► Atributos da Atenção Primária a Saúde. Disponível em: https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/pab/4/unidades_conteudos/unidade23m/p_01.htm ► Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Família. Publicado Agosto de 2017. Disponível em: https://www.saude.gov.br/noticias/772-acoes-e-programas/saude-da-familia/41285- saude-da-familia ► Brasil. NOTA TÉCNICA Nº 3/2020-DESF/SAPS/MS. Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) e Programa Previne. Disponível em: https://www.conasems.org.br/wp-content/uploads/2020/01/NT-NASF-AB-e-Previne-Brasil-1.pdf ► Brasil. Ministério da Saúde. Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Disponível em: https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/saude-da-familia/nucleo-de-apoio-a- saude-da-familia-nasf https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/10987/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Nayara_2019-02-12.pdf?sequence=3&isAllowed=y http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sus_az_garantindo_saude_municipios_3ed_p1.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/janeiro/27/Estudo-RRAS1-MapaDaSaude-GdeABC-1.pdf https://www.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude/principios-do-sus http://cmdss2011.org/site/wp-content/uploads/2011/07/Declara%C3%A7%C3%A3o-Alma-Ata.pdfhttps://www.scielosp.org/article/icse/2016.v20n59/929-940/ https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/pab/4/unidades_conteudos/unidade23m/p_01.htm https://www.saude.gov.br/noticias/772-acoes-e-programas/saude-da-familia/41285-saude-da-familia https://www.conasems.org.br/wp-content/uploads/2020/01/NT-NASF-AB-e-Previne-Brasil-1.pdf https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/saude-da-familia/nucleo-de-apoio-a-saude-da-familia-nasf GUSSO G; LOPES JMC; DIAS LC. TRATADO DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE. VOLUME 1. 2ª EDIÇÃO. ARTMED EDITORA. 2019. Atenção Primária à Saúde (APS) Medicina Uninove Políticas Públicas, Epidemiologia e Indicadores de Saúde TÓPICOS AULA 2 APS •Atenção Primária à Saúde •Função da APS •Organização em Rede de Atenção •Diretrizes da PNAB •Atributos da APS •Discussão de situação problema: Vídeo: Sr. Agenor. COMPETÊNCIAS DA AULA Entender e Valorizar a importância de longitudinalidade, a integralidade e a coordenação na Estratégia Saúde da Família. Caracterizar o trabalho em equipe na gestão, na educação e na atenção à saúde no processo saúde- doença. Desenvolver o entendimento sobre a competência do médico integrando-se a equipe de saúde da família, entendendo como a atenção básica funciona. Desenvolver o entendimento sobre a competência do médico integrando-se a equipe de saúde da família, entendendo como a atenção básica funciona. Aplicar através de dinâmicas o papel do médico neste referencial de gestão política pública de saúde. CONHECIMENTOS HABILIDADES ATITUDES Perguntas norteadoras: Qual o conceito de APS? Quais as atribuições da APS? Quais os atributos essenciais da APS? Quais os atributos derivados da APS? Qual o papel da APS na RAS? ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE “...atenção essencial à saúde baseada em tecnologia e métodos práticos, cientificamente comprovados e socialmente aceitos, tornados universalmente acessíveis a indivíduos e famílias na comunidade, a um custo que tanto a comunidade quanto o país possa arcar em cada estágio de seu desenvolvimento. É parte integral do sistema de saúde do país, do qual é função central, sendo o enfoque principal do desenvolvimento social e econômico global da comunidade. É o primeiro nível de contato dos indivíduos, da família e da comunidade com o sistema nacional de saúde, levando a atenção à saúde o mais próximo possível do local onde as pessoas vivem e trabalham, constituindo o primeiro elemento de um processo de atenção continuada à saúde” (STARFIELD, 1998). ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE “A Atenção Primária é o primeiro nível de atenção em saúde e se caracteriza por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte positivamente na situação de saúde das coletividades.” (BRASIL, 2020) “A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária” (BRASIL, 2017) Destaca a APS como primeiro ponto de atenção e porta de entrada preferencial do sistema; Ordenação dos fluxos e contrafluxos de pessoas, produtos e informações em todos os pontos de atenção à saúde; Saúde da família como estratégia prioritária para expansão e consolidação da APS. Consideração quanto as especificidades locorregionais, a dinamicidade do território e a responsabilidade da APS em atender populações específicas, itinerantes e dispersas; Apresenta os princípios, diretrizes, caracterização do processo de trabalho, sua participação na RAS, trata da infraestrutura, ambiência e funcionamento, tipos de equipes, equipes para populações específicas, atribuições da equipe, financiamento; Atenção integral com vistas a singularidade, inserção sociocultural, as ações de vigilância em saúde, planejamento e implementação de políticas públicas para a proteção e promoção de saúde, e prevenção de riscos, agravos e doenças; Portaria nº 2.436/2017 - Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA PNAB (PORTARIA Nº 2.436/2017) • Universalidade; • Equidade; • Integralidade; Princípios • Regionalização e hierarquização; • Territorialização; • População adscrita; • Cuidado centrado na pessoa; • Resolutividade; • Longitudinalidade do cuidado; • Coordenação do cuidado; • Ordenação da rede • Participação da comunidade; Diretrizes ATRIBUIÇÕES MÉDICAS NA APS: I - Realizar a atenção à saúde às pessoas e famílias sob sua responsabilidade; II - Realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, atividades em grupo na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações entre outros); em conformidade com protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, bem como outras normativas técnicas estabelecidas pelos gestores (federal, estadual, municipal ou Distrito Federal), observadas as disposições legais da profissão; III - Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para as pessoas que possuem condições crônicas no território, junto aos demais membros da equipe; IV - Encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção, respeitando fluxos locais, mantendo sob sua responsabilidade o acompanhamento do plano terapêutico prescrito; V - Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento da pessoa; VI - Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS em conjunto com os outros membros da equipe; e VII - Exercer outras atribuições que sejam de responsabilidade na sua área de atuação. O PROCESSO DE TRABALHO NA APS CARACTERIZADO POR: • Definição de território/ territorialização; • Responsabilização sanitária; • Porta de entrada preferencial; • Adscrição de usuários/ vínculo; • Acesso universal; • Acolhimento; • Trabalho em equipe multidisciplinar; • Resolutividade; • Atenção integral, longitudinal e resolutiva; • Atenção domiciliar; • Programação e implementação das ações de atenção à saúde; • Ações de promoção de saúde; • Ações de prevenção; • Ações de educação em saúde; • Ações intersetoriais; • Implementação das diretrizes dos modelos de gestão e atenção; • Planejamento local em saúde; • Estratégias de segurança do paciente; • Apoio às estratégias de fortalecimento da gestão local e controle social; • Formação e educação permanente; ATRIBUTOS DA APS: Atributos essenciais Acesso de 1º contato Longitudinalidade Coordenação do cuidado Integralidade Atributos derivados Orientação familiar Orientação comunitária Competência cultural (STARFIELD, 1992) ATRIBUTO ESSENCIAL DA APS Acesso de primeiro contato ACESSO DE PRIMEIRO CONTATO APS entendida como a porta de entrada “preferencial” para o Sistema de Saúde; Possibilita acessibilidade; Acesso aos serviços utilizados pelos usuários para cada problema novo ou novo episódio do problema já existente. Não é apenas “atenção ao 1º contato” e sim, ser acessível de modo e tempo-oportuno. ACESSO –EXEMPLOS: Localização adequada no território Rampas paracadeirantes Conhecimento de libras Consultasemtempooportuno quandoopaciente necessita Horários reservados para populações estratégicas (puericultura, pré-natal, saúde mental) Disponibilizar contato telefônico para os usuáriosSala de Acolhimento ATRIBUTOESSENCIAL DA APS Longitudinalidade LONGITUDINALIDADE • Definida como “lidar com o crescimento e as mudanças de indivíduos ou grupos no decorrer de um período de anos”. • Relação de longa duração entre profissionais de saúde e usuários; • Independente do problema de saúde ou mesmo da existência de algum problema. • Fonte continuada de atenção; • Vínculo = fortes laços interpessoais. LONGITUDINALIDADE – EXEMPLOS: • Prontuário defamília; • Lista deProblemas; • Medicamentos emuso; • Fluxograma de exames complemetares • Reagendamento de consultas tempo-oportuno; • Busca ativa defaltosos; • Atendimentoao longo do ciclo vital; • Atendimentoda família e comunidade. ATRIBUTO ESSENCIAL DA APS Coordenação do Cuidado/ Assistência COORDENAÇÃO DOCUIDADO Elaborar, acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das RAS. Integrar todo cuidado que o usuário recebe; Responsabilização contínua sobre o paciente por meio de uma relação horizontal, continua e integrada integralidade gestão compartilhada da atenção integral; Encaminhar (referência), garantir a contra-referência e dar continuidade no cuidado. Articulações intersetoriais; Adequação estrutural das equipes para atendimento da demanda estabelecida por território; Gestão e regulação das listas de espera, protocolos de cuidado/ linhas de cuidado, discussão de casos; ATRIBUTO ESSENCIAL DA APS Integralidade INTEGRALIDADE EXEMPLOS: • Infraestrutura e materiais adequados; • Atenção individual e coletiva – ao indivíduo, família e comunidade; • Cuidado singular – plano terapêutico singular; • Disponibilização de serviços: lista dos serviços prestados pela unidade de saúde de fácil acessoaos usuários. • Não fragmentação docuidado. • Capacitação dos profissionais/ matriciamento. • Aproveitar asoportunidades de cuidado. • Ofertar para o usuário, todos os serviços de saúde necessários: preventivos, que possibilitem o diagnóstico, o tratamento das doenças, a recuperação da saúde e a melhoria da qualidade de vida; • Proporcionar resolução de problemas, sejam orgânicos, funcionais ousociais. FUNÇÕES DA APS NA RAS APS Base para o cuidado Resolutividade Coordenar o cuidado Ordenar as redes ATRIBUTO DERIVADO DA APS Orientação familiar ORIENTAÇÃOFAMILIAR Família: sujeito da atenção A orientação familiar se efetivaquando: Integralidade: considerar o indivíduo dentro de seucontexto; Para a atenção integral considera-se o contexto familiar e sua exposição aameaçasà saúde; A relação entre família-saúde-doença é reconhecida e considerada na avaliação e planejamento do cuidado; Considera-se os ciclos de vida e os papéis familiares; O desafio da coordenação da atenção se defronta com recursos familiares limitados. ORIENTAÇÃO FAMILIAR EXEMPLOS: Ferramentas de abordagem familiar (Ecomapa, genograma) Visitas domiciliares e consultas com a família Prontuário Familiar Caderno de Atenção Familiar: http://189.28.128.100/dab/docs/geral/CAD_VOL2_CAP2.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/geral/CAD_VOL2_CAP2.pdf Caderno de Atenção Familiar (BRASIL, 2012) http://189.28.128.100/dab/docs/geral/CAD_VOL2_CAP2.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/geral/CAD_VOL2_CAP2.pdf ATRIBUTO DERIVADO DA APS Orientação comunitária ORIENTAÇÃO COMUNITÁRIA • As necessidades relacionadas à saúde das pessoas ocorrem em um contexto social; • O entendimento das características de saúde da comunidade e dos recursos disponíveis fornece uma forma mais extensa de avaliar as necessidades e potencialidades. • Garante a legitimidade da equipe e suas decisões no território. • Contribui para a construção do cuidado coletivo e das relações colaborativas e relações interpessoais entre os usuários; ORIENTAÇÃO COMUNITÁRIA EXEMPLOS: • Realização de diagnóstico de comunidade e demanda; • Territorialização: identificação de áreas de risco e pontencialidades; • Grupos de discussão com a comunidade, ACS; • Grupos terapêuticos: pré- natal; saúde mental (Terapia Comunitária, Dependência Química, Tabagismo); • Grupos Educativos; • Conselho Gestor. ATRIBUTO DERIVADO DA APS Competência cultural https://youtu.be/sZwB2NaPHRI https://youtu.be/sZwB2NaPHRI COMPETÊNCIA CULTURAL Ocorre por meio do reconhecimento de diferentes necessidades dos grupos populacionais, suas características étnicas, raciais e culturais, entendendo suas representações dos processos saúde- enfermidade; O cuidado é possibilitado pela construção consciente entre profissionais e paciente em seu contexto cultural; As estratégias de abordagem são adaptadas a cada realidade e demanda; Busca-se derrubar barreiras que limitam as relações de cuidado; COMPETÊNCIA CULTURAL – EXEMPLOS: • Presençado ACS nasequipesde SF; • Usode linguagem acessívelà população; • Respeito àsdiferençasculturais; • Desafios: subculturas urbanas; • Adequação das estratégias de abordagem; FUNÇÕES DA APS RESOLUBILIDADE CENTRO DE COMUNICAÇÃO DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE RESPONSABILIZAÇÃO PELA SAÚDE DAS POPULAÇÕES ADSCRITAS. Tipo Atributos Descrição objetiva Exemplos práticos Essenciais Acesso Longitudinalidade Coordenação do cuidado Integralidade Derivados Orientação familiar Orientação comunitária Competência cultural CONSTRUÇÃO DO QUADRO TEÓRICO (ARQUIVO PARA EDIÇÃO NO CLASS) PSF ESF Desde há alguns anos, o Programa de Saúde da Família (PSF) é definido com Estratégia Saúde da Família (ESF), pois o termo “programa” aponta para uma atividade com início, desenvolvimento e finalização. A ESF no entanto, é uma estratégia de reorganização da atenção primária e não prevê um tempo para finalizar essa reorganização. A Política Nacional de Atenção Básica tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e consolidação da Atenção Básica! •DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO •Cadastramento das famílias e dos indivíduos; Análise da situação de saúde do território; •ADSCRIÇÃO DE CLIENTELA •Definição precisa do território de atuação; •PLANEJAMENTO BASEADO NA REALIDADE LOCAL •Programação das atividades segundo critérios de risco à saúde, priorizando solução dos problemas . •TERRITORIALIZAÇÃO •Mapeamento da área/ população/ características sociodemográficas locais; Princípios da ESF O QUE O MINISTÉRIO DA SAÚDE REFERE: Como funciona o a ESF ? Realiza atividades nas Unidades de Saúde da Família e nas residências, promovendo atividades de grupos e mobilizando a comunidade para trabalhos intersetoriais. Através do trabalho de equipe, tendo no agente comunitário um elo de ligação com a comunidade possibilitando a troca de saberes dos profissionais e do saber popular. Equipe Mínima • 1 Médico generalista ou de Família e Comunidade • 1 Enfermeiro • 2 Auxiliares/ Técnico de Enfermagem • Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Em áreas de grande dispersão territorial, áreas de risco e vulnerabilidade social, recomenda-se a cobertura de 100% da população com número máximo de 750 pessoas por ACS. Expandida ou ampliada • + 1 Dentista • + 1aux de Saúde Bucal e/ou 1 Técnico de Higiene Bucal. http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/ficha_cadastro_domiciliar.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/Cadastro_Individual.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/ficha_cadastro_domiciliar.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/Cadastro_Individual.pdf Atributos da APS na prática • Vídeo Caso Agenor: https://youtu.be/igmZU97snAE • Para cada atributo, pontuar e dar como exemplo fatos que aconteceram no filme. https://youtu.be/igmZU97snAE GUSSO G; LOPES JMC; DIAS LC. TRATADO DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE. VOLUME 1. 2ª EDIÇÃO. ARTMED EDITORA. 2019. Aula Vigilância em Saúde Medicina Uninove Políticas Públicas, Epidemiologia e Indicadores de Saúde Objetivo da aula: Conceituar Vigilância em Saúde e conhecer suas principais ações no territórioBrasileiro. O entendemos por Vigilância à saúde? Quais suas atribuições? Quais seus campos de atuação? Vigilância em Saúde Vigilância Observar atentamente, estar atento a, atentar em, estar de sentinela, procurar, campear, cuidar, precaver-se, acautelar-se. Saúde O mais completo bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença. Política Nacional de Vigilância em Saúde Resolução 588/2018 • Artigo 2º §1 Entende-se por Vigilância em Saúde o processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise de dados e disseminação de informações sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a implementação de medidas de saúde pública, incluindo a regulação, intervenção e atuação em condicionantes e determinantes da saúde, para a proteção e promoção da saúde da população, prevenção e controle de riscos, agravos e doenças. Incide sob todos os níveis da atenção Sob o público e privado Produção e circulação de bens de consumo e tecnologias Objetivos: Análise permanente da situação de saúde A promoção e a proteção da saúde e a prevenção de doenças e agravos, bem como a redução da morbimortalidade, vulnerabilidades e riscos decorrentes das dinâmicas de produção e consumo nos territórios. Contribuir para a integralidade na atenção à saúde, o que pressupõe a inserção de ações de vigilância em saúde em todas as instâncias e pontos da Rede de Atenção à Saúde do SUS, mediante articulação e construção conjunta de protocolos, linhas de cuidado e matriciamento da saúde, bem como na definição das estratégias e dispositivos de organização e fluxos da rede de atenção Política Nacional de Vigilância em Saúde Centrada no direito á proteção da saúde e alicerçada no SUS público e de qualidade Contemplar toda a população em território nacional; Priorizar territórios, pessoas e grupos em situação de maior risco e vulnerabilidade; Identificar os riscos e as vulnerabilidade, considerando-se as especificidades e singularidades culturais e sociais de seus respectivos territórios Risco • Compreende a probabilidade de ocorrência de evento adverso ou inesperado, que cause doença, danos à saúde ou morte em um ou mais membros da população, em determinado lugar, num dado período de tempo. • Ex. Indivíduos com comorbidade e longevos apresentam maior risco de desenvolver caso grave de Covid Vulnerabilidade • Designa tanto os processos geradores quanto as características das populações e territórios que possuem maiores dificuldades em absorver os impactos decorrentes de diferentes e variados graus de eventos de risco. • Capacidade de autodeterminação reduzida; • Ex. grupos sem acesso a máscara, álcool em gel, com limitações socioeconômicas, desinformação, apresentam maior vulnerabilidade no cenário da Covid. Vulnerabilidade em suas 3 dimensões: Individual • Refere-se ao grau e à qualidade da informação que cada indivíduo, capacidade de elaboração das informações e aplicação das mesmas na sua vida prática; Social • Diz respeito a um conjunto de fatores sociais que determinam o acesso à informações, serviços, bens culturais, as restrições ao exercício da cidadania, exposição à violência, grau de prioridade política ou de investimentos dados à saúde e condições de moradia, educação e trabalho. Programática • Relaciona-se às ações que o poder publico, iniciativa privada e organizações da sociedade civil empreendem, ou não, no sentido de diminuir as chances de ocorrência das enfermidades, assim como se refere ao grau e à qualidade de compromisso das instituições, dos recursos, da gerência e do monitoramento dos programas nos diferentes níveis de atenção. Visão sob os determinantes sociais de saúde Campo de observação TERRITÓRIO O indivíduo/ população nele inserido e suas variáveis Na prática...... Identificar problemas de saúde pública. Detectar epidemias. Documentar a disseminação de doenças. Identificar fatores de risco que envolvem a ocorrência de doenças. Recomendar medidas necessárias para prevenir ou controlar a ocorrência de específicos agravos à saúde. Avaliar o impacto de medidas de intervenção por meio de coleta e análise sistemática de informações. Secretaria de Vigilância em Saúde - Ministério da Saúde • Coordenação de programas de prevenção e controle de doenças transmissíveis de relevância nacional, como aids, dengue, malária, hepatites virais, leishmaniose, hanseníase e tuberculose e do Programa Nacional de Imunizações (PNI); • Investigação de surtos de doenças; • Coordenação da rede nacional de laboratórios de saúde pública; • Gestão de sistemas de informação de mortalidade, agravos de notificação obrigatória e nascidos vivos; • Realização de inquéritos de fatores de risco; • Coordenação de doenças e agravos não- transmissíveis e análise de situação de saúde, incluindo investigações e inquéritos sobre fatores de risco de doenças não transmissíveis; • Gerir o Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental, incluído o ambiente de trabalho; Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis (DEIDT) Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis (DASNT) Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde (DAEVS) Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) Departamento de Saúde Ambiental, do Trabalhador e Vigilância das Emergências em Saúde Pública (DSASTE) P o rt ar ia 2 0 4 /2 0 0 7 Financiamento atual - Portaria 3.992/2017 Divisão da Vigilância em Saúde: Articulação dos saberes, processos, práticas, política e transversal, análise da situação de saúde e ações laboratoriais Vigilância Sanitária Vigilância ambiental Vigilância em saúde do trabalhador Vigilância epidemiológica Vigilância em Saúde Ambiental (Res. 588/2018) • Conjunto de ações e serviços que propiciam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de promoção à saúde, prevenção e monitoramento dos fatores de riscos relacionados às doenças ou agravos à saúde. Vigilância da qualidade da água para consumo humano (Vigiágua) Vigilância em saúde de populações expostas a poluentes atmosféricos (Vigiar) Vigilância em saúde de populações expostas a contaminantes químicos (Vigipeq) Vigilância em saúde ambiental relacionada aos riscos decorrentes de desastres (Vigidesastres) Vigilância em saúde ambiental relacionada aos fatores físicos (Vigifis). Vigilância em Saúde Ambiental (Res. 588/2018) Vigilância em Saúde do Trabalhador (Res. 588/2018) • Conjunto de ações que visam promoção da saúde, prevenção da morbimortalidade e redução de riscos e vulnerabilidades na população trabalhadora, por meio da integração de ações que intervenham nas doenças e agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento, de processos produtivos e de trabalho. • Rede Nacional de Atenção a Saúde do Trabalhador (RENAST -2002); • Centros de Referência a Saúde do Trabalhador (CEREST – descentralizado) h tt p s: // b vs m s. sa u d e. go v. b r/ b vs /p u b lic ac o es /M an u al R en as t0 6 .p d f https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ManualRenast06.pdf DIRETRIZES PARA A VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR NA ATENÇÃO BÁSICA https://central3.to.gov.br/arquivo/294234/ https://renastonline.ensp.fiocruz.br/sites/default/files/arquivos/recu rsos/cadernos_da_atecao_basica_41_saude_do_trabalhador.pdf https://central3.to.gov.br/arquivo/294234/ https://renastonline.ensp.fiocruz.br/sites/default/files/arquivos/recursos/cadernos_da_atecao_basica_41_saude_do_trabalhador.pdf Vigilância Epidemiológica (Res. 588/2018) • Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantese condicionantes da saúde individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças, transmissíveis e não- transmissíveis, e agravos à saúde. Coleta de dados Processamento dos dados Análise e interpretação dos dados Recomendação das medidas de controle apropriadas; Promoção das ações de controle indicadas; Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; Divulgação de informações pertinentes Guia de Vigilância Epidemiológica https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Guia_Vig_Epid_novo2.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Guia_Vig_Epid_novo2.pdf Núcleos de ação: Núcleos de Ação Doenças Transmissíveis Doenças Não Transmissíveis Imunizações Vigilância Epidemiológica • Notificação compulsória: comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos na Lista Nacional de Notificação Compulsória, podendo ser imediata ou semanal. Portaria nº 264/ 2020 – altera a Portaria de Consolidação nº4/2017 – inclui a doença de chagas crônica na LISTA NACIONAL DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE DOENÇAS, AGRAVOS E EVENTOS EM SAÚDE PÚBLICA nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2 020/prt0264_19_02_2020.html https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2020/prt0264_19_02_2020.html As doenças e agravos relacionados devem ser prontamente notificados para: Secretaria Municipal de Saúde Secretaria Estadual de Saúde Ministério da Saúde Sistema de Informações de Agravos de Notificação SINAN • Tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos de notificação em todo o território nacional, fornecendo informações para análise do perfil da morbidade e contribuindo, desta forma, para a tomada de decisões em nível municipal, estadual e federal Permite calcular os indicadores epidemiológicos de incidência, prevalência, letalidade e mortalidade. Realizar análises, de acordo com as características de pessoa, tempo e lugar, particularmente, no que tange às doenças transmissíveis de notificação obrigatória. Avaliar a qualidade dos dados Avaliar intervenções Rede VIGIAR-SUS (Portaria nº 1.802/2021) • Institui a Rede de Vigilância, Alerta e Resposta às Emergências em Saúde Pública do Sistema Único de Saúde (Rede VIGIAR-SUS), no âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica Centros de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar Vigilância Epidemiológica Hospitalar (Portaria nº 1.693/2021 • Fortalecer e descentralizar a Vigilância Epidemiológica no âmbito hospitalar, proporcionando aos gestores elementos para apoiar a tomada de decisão frente aos eventos de interesse para saúde. Objetivo • Conjunto de serviços, no âmbito hospitalar, que proporciona o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças, transmissíveis e não-transmissíveis, e agravos à saúde. Caracterização • Núcleos Hospitalares de Epidemiologia (NHE), unidades intra- hospitalares que tem por objetivo oferecer informações estratégicas para a organização, preparação e resposta do serviço hospitalar no manejo de eventos de interesse à saúde, bem como subsidiar o planejamento e fortalecimento da vigilância em saúde local. Execução Vigilância Sanitária (Res. 588/2018) • Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços do interesse da saúde. • Abrange a prestação de serviços e o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo e descarte. Ações da Vigilância Sanitária • As atividades de inspeção, são priorizadas considerando o risco à saúde, geradas também a partir de denúncias ou solicitações de outros órgãos; • Autoridade Sanitária é a Autoridade competente para o exercício das atribuições de saúde pública, com a prerrogativa de aplicar a legislação sanitária. • Poder de polícia sanitário: Caracteriza-se pela natureza do objetivo pretendido , que é o de evitar o fato danoso à saúde da população é precedido de ações educativas, de informações amplas sobre as restrições que a lei sanitária impõe às atividades pública e privada, e da notificação no sentido de alertar para a irregularidade constatada. PODER DE POLÍCIA fiscalização, a autuação, e a interdição de estabelecimento irregulares Advertência, Multa, Apreensão Definitiva, Interdição, Cassação de Licença Sanitária Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) Lei nº 9.782/1999 define o SNVS e cria a ANVISA • Promotora da proteção da saúde da população por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionadas, bem como o controle de portos, aeroportos e fronteiras. ANVISA Áreas de atuação https://youtu.be/zeiXyzF3fFo http://portal.anvisa.gov.br/registros-e-autorizacoes http://portal.anvisa.gov.br/registros-e-autorizacoes https://youtu.be/zeiXyzF3fFo Vigilância Sanitária Descentralização Notivisa • Sistema informatizado desenvolvido pela Anvisa para receber notificações de incidentes, eventos adversos e queixas técnicas relacionadas ao uso de produtos e de serviços sob vigilância sanitária. Contexto histórico da Vigilância em Saúde..... Referências INDICADORES DE MORBIDADE: PARTE 2 – MEDIDAS EM SAÚDE INCIDÊNCIA Tipos de Incidência • Incidência Acumulada (Cumulativa) •Densidade de Incidência •Taxa de Ataque Primário •Taxa de Ataque Secundário Incidência Acumulada (Cumulativa): Pessoas sob risco • Probabilidade (risco) de um indivíduo da população vir a desenvolver uma doença durante um período específico do tempo (ano, mês, semana, vários anos, toda a vida, etc.) • Utiliza-se o período de tempo em que todos os indivíduos na população são considerados sob risco para o desfecho (doença ou agravo) Nº de “casos novos” de uma doença em uma população durante um determinado período Nº de pessoas sob o risco da doença no período e local considerados (sadias no início do seguimento) INCIDÊNCIA ACUMULADA = X constante (10n) Incidência Acumulada (Cumulativa): Pessoas sob risco ▪ Exemplo: indivíduos expostos à radiação. ✓ Foram detectados 26 casos de leucemia, entre as 520 pessoas expostas à radiação pelo Césio 137, em 10 anos de acompanhamento. Calcule a Incidência Acumulada: ?????????????????? Incidência Acumulada (Cumulativa): Pessoas sob risco ▪ Exemplo: diferença entre: “casos incidentes” e “taxa de incidência” Em 2013 foi relatada a seguinte situação: Município “Margarida”: - 151 casos novos do “agravo A” - População estimada em 1º de julho de 2013: 32.000 habitantes Município “Orquídea”: - 301 casos novos do “agravo A” - População estimada em 1º de julho de 2013: 165.000 habitantes Incidência Acumulada (Cumulativa): Pessoas sob risco ▪ Exemplo: diferença entre: “casos incidentes” e “taxa de incidência” Em qual município ocorreram mais casos da doença? Em qual município os habitantes tiveram maior risco de adoecer? Em qual município o “agravo a” teve “mais força”? “casos incidentes”: frequência absoluta “taxa de incidência”: frequência relativa Incidência Acumulada (Cumulativa): Pessoas sob risco ▪ Exemplo: diferença entre: “casos incidentes” e “taxa de incidência” Em qual município ocorreram mais casos da doença?Em qual município os habitantes tiveram maior risco de adoecer? Em qual município o “agravo a” teve “mais força”? “MARGARIDA” ▪ Casos incidentes: 151 ▪ População estimada em 2013: 32.000 hab. ▪ Taxa de incidência: 4,72 casos / 1.000 habitantes “ORQUÍDEA” ▪ Casos incidentes: 301 ▪ População estimada em 2013: 165.000 hab. ▪ Taxa de incidência: 1,82 casos / 1.000 habitantes ORQUÍDEA MARGARIDA MARGARIDA Pergunta-se: qual dos dois dados são mais relevantes??? Situação Covid (2020/out) Fonte: Secretarias Estaduais de Saúde. Brasil, 2020. Disponível em: https://covid.saude.gov.br/ https://covid.saude.gov.br/ x x x x B x x x x x x A 3 4 50 anos1 2 1. Calcule a Incidência Acumulada das doenças A e B nas duas populações. 2. Qual é a doença com maior período de latência? x x x x B x x x x x x A 3 4 50 anos1 2 1. Calcule a Incidência Acumulada das doenças A e B nas duas populações. 2. Qual é a doença com maior período de latência? Risco em 5 anos = 5/12 = 0,42 casos em 5 anos Risco em 5 anos = 5/12 = 0,42 ou 42% casos em 5 anos x x x x B x x x x x x A 3 4 50 anos1 2 1. Calcule a Incidência Acumulada das doenças A e B nas duas populações. 2. Qual é a doença com maior período de latência? Risco em 5 anos = 5/12 = 0,42 casos em 5 anos Risco em 5 anos = 5/12 = 0,42 ou 42% casos em 5 anos A doença B demora mais para se desenvolver Densidade de incidência Pessoas-tempo (pessoas-ano; pessoas-mês) em risco para o evento ▪ Casos novos em um dado período de tempo, em relação à contribuição de tempo da população em risco para o seguimento. ▪ Cálculo mais complexo e mais preciso da incidência: mede a taxa ou velocidade para o desenvolvimento do problema de saúde. ▪ Quando se deseja medir o nº de casos novos em uma população que é possível acompanhar o tempo em que cada indivíduo está exposto ✓ EX: Incidência de infecções hospitalares, em que o denominador varia de acordo com as novas internações, altas e óbitos. Densidade de incidência Pessoas-tempo (pessoas-ano; pessoas-mês) em risco para o evento Depende do SEGUIMENTO COMPLETO de CADA indivíduo. “Vida real” → manejo mais eficiente dos dados: noção do tempo em risco para todos os participantes. Número de casos novos de uma doença em determinado local e período Tempo que a população em risco do local que contribuiu para o período total de seguimento Casos por pessoa-tempo de observação DI = 1º Reorganize-disponha as informações, mas organizadas no momento zero. x x x x B x x x x x x A 3 4 50 anos1 2 Calcule a Taxa de Densidade de Incidência das doenças A e B nas duas populações. 5 anos 2 anos 1 ano 5 anos 4 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 1,5 anos 1 ano 5 anos 5 anos 4 anos 4,5 ano 5 anos 4 anos 5 anos 5 anos 5 anos 5 anos 3,5 anos 2 anos 5 anos T = 44,5 anos T = 53 anos Risco em 5 anos = 5/44,5 = 0,11 casos novos pessoas- anos de observação Risco em 5 anos = 5/53 = 0,09 casos novos pessoas- anos de observação Taxa de ataque primário ▪ É utilizada quando se investiga um surto de uma determinada doença em um local onde há uma população bem definida: ✓ Residência, creche, escola, quartel, colônia de férias; pessoas que participaram de um determinado evento, como almoço, casamento, etc. OBS: Este cálculo não tem constante variável, ou seja, o resultado sempre será expresso em porcentagem! Taxa de ataque secundário ▪ Casos novos entre os contatos de casos conhecidos. ▪ Emprega o conceito de “caso-índice” (caso primário): ✓ Primeiro caso notificado oficialmente. Nº de casos surgidos a partir do contato com o caso-índice Nº total de contatos (subtrair casos primários ou casos-índices) TAXA DE ATAQUE SECUNDÁRIO = x 100 Qual é a taxa de ataque? Numerador: casos de hepatite A entre crianças que frequentam a creche: 07 Taxa de ataque: Denominador: número de crianças que frequentam a creche: 70 Qual é a taxa de ataque secundária? Numerador: casos de hepatite A entre contatos domiciliares das crianças que desenvolveram hepatite A: 05 Taxa de ataque secundário: Denominador: nº de pessoas sob risco de desenvolver hepatite A entre os contatos domiciliares (nº de membros das famílias, excluídas as crianças que já apresentavam hepatite A): 25 Bibliografia • ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia & Saúde: fundamentos, métodos, aplicações / Naomar de Almeida Filho, Mauricio Lima Barreto. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. • Beaglehole, R.; Bonita, R.; Kjellstrom, T. Epidemiologia Básica 2ª ed.. São Paulo: Santos, 2003. • FLETCHER RH, Fletcher SW, Fletcher GS. Epidemiologia Clínica - elementos essenciais. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. • GORDIS L. Epidemiology. 5. ed. Philadelphia, PA: Elsevier Saunders; 2014. • MEDRONHO, R.A.; Bloch, K.V.; Luiz, R.R.;Werneck, G. L. Epidemiologia. 2 ed.São Paulo: Atheneu.2008. 790p. • MERCHAN-HAMANN, E.; TAUIL, P. L.; COSTA, M. P. Terminologia das medidas e indicadores em epidemiologia: subsídios para uma possível padronização da nomenclatura. Inf. Epidemiol. Sus, Brasília , v. 9, n. 4, p. 276-284, 2000. • PEREIRA MG. Epidemiologia – Teoria e Prática. 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. • ROUQUAYROL, M. Z. Epidemiologia & Saúde. 8a. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2018, 752p. Material elaborado por: Prof. Dr. Marcel Reis Queiroz Prof. Dr. Cleiton Fiorio PPEPIS 2 - UNINOVE INDICADORES DE MORBIDADE: PARTE 1 - MEDIDAS EM SAÚDE PREVALÊNCIA Encontraram dificuldade nessas definições? Na real: infelizmente os epidemiologistas não chegaram a um consenso sobre os termos utilizados, podendo haver algumas divergências. O mais importante é compreender as aplicações, mais do que uma discussão teórica sobre o uso correto dos “nomes” Aqui apresentaremos os usos mais comuns, na bibliografia brasileira (Bonita, 2010) Epidemiologia Ciência que estuda o processo saúde-doença na comunidade, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades e dos agravos à saúde coletiva, sugerindo medidas específicas de prevenção, de controle ou de erradicação O que é um INDICADOR DE SAÚDE? • Termo amplo, utilizado para medidas ajustadas pela sociedade para auxiliar na tomada de decisão. • Capacidade de revelar um determinado aspecto da situação de saúde-doença; • Requer acompanhamento; • Possibilita alertar qual o momento e local para desencadear uma ação. • Sensível a execução/ausência/ efetividade de ações ; Aplicação dos indicadores em saúde • Mensurar doença (e saúde) de formas diferentes; • Mensurar a qualidade da assistência; • Tomada de decisões; • Comparações: • indivíduos/ grupos; • países, estados, regiões, municípios; • gênero, raça; • experiências / exposições diferentes; Principais indicadores em saúde • Positivos: bem estar, qualidade de vida; • Negativos: mortalidade, morbidade; • Outros: fecundidade, natalidade; • Nutrição / crescimento e desenvolvimento Indiretos e Diretos (dietéticas, clínicas, laboratoriais); • Aspectos demográficos (esperança de vida); • Condições socioeconômicas; • Saúde ambiental (saneamento, moradia); • Serviços de saúde (insumos, processo, resultados); Dados absolutos Resultado da contagem de um determinado evento. Valor ou número bruto. Exemplos: • N° de crianças nascidas no Brasil em 2006: 2.944.928. • Nº de óbitos totais em 2010: 1.034.418 • Cautela: não inclui necessariamente características como o tempo, local e pessoas evolvidas; portanto não é apropriado considerar quando se pretende analisar/comparar populações diferentes. Comparando….. Considerem que o nº de óbitos totais seja de 1.034.418 e calcule a proporção de óbitos com base na população estimada: Brasil (estimativa 2021) • 213.300.000 habitantes Suiça (estimativa 2021) • 8.795.605 habitantes; Brasil (estimativa 2021) • 213.300.000 habitantes Suiça (estimativa 2021) • 8.795.605 habitantes; 213.300.000 ---------100% 1.034.418 -------------x % 213.300.000 x = 1.034.418 . 100 213.300.000 x = 103.441.800 X = 0,48% 8.795.605 --------- 100% 1.034.418 -------------x % 8.795.605 x = 1.034.418 . 100 8.795.605 x = 103.441.800 X = 11,7 % Comparando….. Considerem que o nº de óbitos totais seja de 1.034.418 e calcule a proporção de óbitos com base na população estimada: Dados relativos São medidas de frequência de um grupo de eventos com relação à frequência de outro grupo de eventos. Uma medida síntese da relação entre duas contagens (nº absolutos), normalmente obtido pela divisão de dois números, com o objetivo de comparação. Podem ser da mesma natureza Podem ser de naturezas diferentes Dados relativos São medidas de frequência de um grupo de eventos com relação à frequência de outro grupo de eventos. Uma medida síntese da relação entre duas contagens (nº absolutos), normalmente obtido pela divisão de dois números, com o objetivo de comparação. Podem ser da mesma natureza 1.000.000 óbitos gerais (dado absoluto) 200.000.000 pessoas (dado absoluto) Contagem de dados de natureza igual (pessoas/pessoas) Dados relativos São medidas de frequência de um grupo de eventos com relação à frequência de outro grupo de eventos. Uma medida síntese da relação entre duas contagens (nº absolutos), normalmente obtido pela divisão de dois números, com o objetivo de comparação. nº de leitos hospitalares nº habitantes Podem ser de naturezas diferentes Contagem de dados de natureza diferente (leitos hospitalares/pessoas) Exemplos O número de mortos na cidade X em 2018 foi 100 pessoas. • Mas quantas pessoas vivem na cidade X? • Se a cidade possui 1000 habitantes, morreram 10% • Se a cidade possui 10 000 habitantes, morreram 1% • Se a cidade possui 10 000 000 habitantes, morreu 0,01% Na cidade X há 400 homens. Na cidade X há 800 mulheres • Qual a relação entre homens e mulheres na cidade X? Representação absoluta ou relativa? Pensando juntos...... No município X, no ano de 2019, a proporção de óbitos entre homens e mulheres, foi de 1,33. Para cada 100 óbitos de mulheres, morreram 133 homens. Considerando que o número de óbitos em mulheres foi de 10. 000, quantos homens morreram? Indicadores Dados Relativos: Índices Caráter multidimensional, integrando, numa medida, vários aspectos de uma determinada situação de saúde-doença 1. Divisão que representa a relação entre entidades de distinta natureza Ex.: 2. Escalas (de pontos, Score) representa a soma de unidades de diversa magnitude em diversas dimensões, algumas das quais podem ser qualitativas: Ex.: Índice de Apgar (avaliação de vitalidade de recém nascidos) Escala de Glasgow (avaliação clínica e prognóstica do coma neurológico) Dados de naturezas diferentes Indicadores Dados Relativos: Proporções Todas as unidades do numerador estão contidas em um denominador mais amplo, isto é, o numerador é um subconjunto do denominador. “Divisão de uma parte para o todo” Ex: • Mortalidade proporcional por causa; • Mortalidade proporcional por sexo; • Mortalidade proporcional por faixa etária; • Proporção de RN de baixo peso; dados de natureza igual (pessoas/pessoas) dados de natureza igual (partos/partos) Indicadores Dados Relativos: Razões Tecnicamente, uma razão é uma divisão. Mas o uso deste termo na epidemiologia expressa a relação entre duas magnitudes da mesma dimensão e natureza, em que o numerador corresponde a uma categoria que exclui o denominador Ex: o numerador necessariamente não faz parte do denominador Indicadores Dados absolutos Dados relativos Índices Proporções Razões Coeficientes Taxas COEFICIENTE Termo usado para designar os fenômenos observados; COEFICIENTE • Termo usado para designar os fenômenos observados; • Todo coeficiente de risco pode ser usado para cálculos de estimativas e projeções das ocorrências respectivas. • Nessa função, é renomeado como taxa de risco ou taxa para cálculo da ocorrência correspondente. TAXA • Termo usado para designar as medidas auxiliares nos cálculos de estimativas e projeções de fenômenos dos quais não se tem registros confiáveis; • Ex: o coeficiente de natalidade de pop. A, ao ser utilizado para cálculo de estimativa de natalidade de pop. B, é chamado de taxa de natalidade. • Obs.: algumas literaturas atribuem o nome “taxa” ao coeficiente quando utilizado em outra população, ou com uma população padronizada, multiplicando o coeficiente por uma potência de 10 (por 100, 1.000, 10.000 ou 100.000) possibilitando a melhor interpretação e compreensão dos dados TAXA Ex.: coeficiente e taxa de mortalidade • População A (ano 2019): 200.000.000 habitantes • Óbitos ao ano: 1.000.000 • População B (ano 2020): 210.000.000 habitantes Considerando o coeficiente de mortalidade para 2019, calcule qual seria o número de óbitos (taxa) em 2020? O número de óbitos em 2020 na pop B, calculado a partir do coeficiente de 2019 (da pop A) representa a taxa de mortalidade geral, é uma projeção. Coeficiente Em síntese......Medidas em saúde • A gestão de saúde se processa em três atividades básicas: avaliação, planejamento e execução de ações. • Avaliação - medidas primárias de vida e saúde: medidas elementares, absolutas, incidências e prevalências: Nascimentos – indicadores de natalidade Agravos – indicadores de morbidade Óbitos – indicadores de mortalidade Indicadores de Morbidade Prevalência Prevalência Casos existentes + casos novos • Medida de ocorrência (frequência) de casos, existentes em um dado momento, em uma dada população. • Envolve, portanto, tanto casos novos quanto antigos; • Pode ser expressa em % ou casos/1.000, 10.000, 100.000 • Mede a magnitude de uma doença / condição / exposição na população. • São valiosos para o planejamento em função do conhecimento do número de doentes existentes na comunidade Tipos de prevalência Incidência • Frequência com que surgem novos casos de uma doença, num intervalo de tempo. • São considerados os casos novos de pessoas que não tinham apresentado a doença até o início do período de tempo considerado. • Assim, o numerador são CASOS NOVOS no período. Número de novos casos em relação à população susceptível; Incidência MAS INCIDÊNCIA É! PREVALÊNCIA NÃO É RISCO ........ Fatores que alteram a prevalência • Introdução de fatores que prolongam a vida dos pacientes sem curá-los; • Aumento da incidência (casos novos); • Aprimoramento das técnicas de diagnóstico; • Correntes migratórias originárias de áreas que apresentam níveis endêmicos mais elevados. • Introdução de fatores que diminuam a vida dos pacientes; • Taxa elevada de letalidade da doença; • Diminuição da incidência (casos novos); • Introdução de fatores que permitam o aumento da proporção de curas de uma doença; • Correntes migratórias originárias de áreas que apresentam níveis endêmicos mais baixos Bibliografia • ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia & Saúde: fundamentos, métodos, aplicações / Naomar de Almeida Filho, Mauricio Lima Barreto. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. • Beaglehole, R.; Bonita, R.; Kjellstrom, T. Epidemiologia Básica 2ª ed.. São Paulo: Santos, 2003. • FLETCHER RH, Fletcher SW, Fletcher GS. Epidemiologia Clínica - elementos essenciais. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. • GORDIS L. Epidemiology. 5. ed. Philadelphia, PA: Elsevier Saunders; 2014. • MEDRONHO, R.A.; Bloch, K.V.; Luiz, R.R.;Werneck, G. L. Epidemiologia. 2 ed.São Paulo: Atheneu.2008. 790p. • MERCHAN-HAMANN, E.; TAUIL, P. L.; COSTA, M. P. Terminologia das medidas e indicadores em epidemiologia: subsídios para uma possível padronização da nomenclatura. Inf. Epidemiol. Sus, Brasília , v. 9, n. 4, p. 276-284, 2000. • PEREIRA MG. Epidemiologia – Teoria e Prática. 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. • ROUQUAYROL, M. Z. Epidemiologia & Saúde. 8a. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2018, 752p. Prof. Dr. Marcel Reis Queiroz Prof. Dr. Cleiton Fiorio Prof.Ms. Jenifer S. de Souza Prof. Ms. Glaucia G. M. Argachoff PPEPIS 2 UNINOVE Indicadores de mortalidade Créditos material cedido: Profa. Dra. Adriana Cezaretto│ Prof. Dr. Cleiton Fiorio│Prof. Dr. Marcel Reis Queiroz Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) • O Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) foi criado pelo DATASUS para a obtenção regular de dados sobre mortalidade no país. A partir da criação do SIM foi possível a captação de dados sobre mortalidade, de forma abrangente, para subsidiar as diversas esferas de gestão na saúde pública. Com base nessas informações é possível realizar análises de situação, planejamento e avaliação das ações e programas na área. • Benefícios: • Produção de estatísticas de mortalidade; • Construção dos principais indicadores de saúde; • Análises estatísticas, epidemiológicas e sócio-demográficas. • Fonte de dados: declaração de óbito Declaração de óbito Lei dos Registros Públicos (Lei 6.015, de 31.12.1973) • Art. 77: Nenhum sepultamento será feito sem certidão, do oficial do registro do lugar do falecimento, extraída após a lavratura do assento de óbito, em vista do atestado de médico, se houver no lugar, ou, em caso contrário, de duas pessoas qualificadas que tiverem presenciado ou verificado a morte. Código Penal • Art. 302: Dar o médico, no exercício de sua profissão, atestado falso. Pena: detenção de 1 mês a 1 ano. Parágrafo único: Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa Declaração de óbito Portaria nº 116, de 11 de fevereiro de 2009, Ministério da Saúde/ Secretaria de Vigilância em Saúde • Art. 10º Deve ser utilizado o formulário da Declaração de Óbito (DO), constante no Anexo I desta Portaria, ou novos modelos que venham a ser distribuídos pelo Ministério da Saúde, como documento padrão de uso obrigatório em todo o território nacional, para a coleta dos dados sobre óbitos e considerado como o documento hábil para os fins do Art. 77, da Lei nº. 6.015/1973 para a lavratura da Certidão de Óbito, pelos Cartórios do Registro Civil. Declaração de óbito Resolução nº 1.779, de 11 de novembro de 2005, do Conselho Federal de Medicina (Publicada no DOU., 05 dez 2005, Seção I, p. 121) • Art. 1º: O preenchimento dos dados constantes na Declaração de Óbito é da responsabilidade do médico que atestou a morte. Declaração de óbito Possíveis problemas que afetam a qualidade da informação • Erro no preenchimento da “causa básica” na Declaração de Óbito • Erro de diagnóstico por insuficiência de recursos tecnológicos ou por deficiência de pessoal • Desconhecimento do modo de preencher a declaração de óbito • Questões burocráticas • Atenção dada ao preconceito familiar em relação a doenças estigmatizantes • Divergência de nomenclatura utilizada para a causa da morte • Fraude Declaração de óbito Declaração de óbito Fonte: Brasil (2009) Declaração de óbito Fonte: Brasil (2009) Declaração de óbito Fonte: Brasil (2009) Declaração de óbito Fonte: Brasil (2009) Declaração de óbito PRO-AIM Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade • O PRO-AIM foi criado em 1989 com o intuito de facilitar e descentralizar o acesso às informações sobre mortalidade no Município de São Paulo, serviço coordenado pela Secretaria de Saúde do Município de São Paulo. • Atualmente, o PRO-AIM é o gestor municipal do SIM, sendo responsável pelo envio e alimentação das informações, manutenção do sistema, acesso aos usuários e distribuição dos impressos de Declarações de Óbito. https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/epidemiologia_e_informacao/mortalidade/index.php?p=29586 PRO-AIM • Programa de Cartas, onde os médicos atestantes são chamados para esclarecer as causas de morte nos casos de atestados com descrições incompletas; • Investigação junto ao IML nos casos de óbitos cuja causa é externa ( homicídios, suicídios e acidentes); • Obtenção dos laudos no SVO para complementação das informações nos casos de atestados emitidos pela aquela instituição; • Executar técnicas de relacionamento entre bancos, como por exemplo da CET e SINASC para os casos de morte em acidentes de trânsito e morte em menores de 1 ano, respectivamente; • Elaborar e oferecer palestras e divulga materiais e o aplicativo Atesta DO para os médicos com o objetivo de orientar e esclarecer dúvidas sobre o correto preenchimento da Declaração de Óbito; • Elaborar informações para auxiliar Comitês de Mortalidade Materno e Infantil; • Notificar óbitos aos serviços de vigilância epidemiológica e de saúde do trabalhador; • Participar de grupos de trabalho coordenados pela Secretária do Estado de Saúde e do Ministério da Saúde. https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/epidemiologia_e_informacao/mortalidade/index.php?p=29586 Indicadores de Mortalidade • Taxa de Mortalidade geral • Taxa de mortalidade específica • por causa, sexo e faixa etária • Mortalidade proporcional (%) • por causa, sexo, local e faixa etária • Razão de mortalidade proporcional (Indicador de Swaroop-Uemura); • Taxa de Letalidade; • Taxa de Mortalidade materna; • Mortalidade infantil • Mortalidade neonatal • Mortalidade neonatal precoce • Mortalidade neonatal tardia • Mortalidade pós-neonatal • Mortalidade perinatal • Natimortalidade • Mortalidade em menores de cinco anos de idade Fontes de dados • Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) • Sistema de informações de nascidos vivos (SINASC) • Sistema de informações de agravos de notificação (SINAN) • Censos e estimativas populacionais Taxa de mortalidade geral • Número de óbitos em um período em um local específico, dividido pela população média deste local, no mesmo período. • Representa o risco ou probabilidade que qualquer pessoa na população morrer ou de morrer. Normalmente expresso por 1000 habitantes (padrão). • Não é a mais indicada para comparar populações diferentes Taxa de mortalidade geral TAXA BRUTA DE MORTALIDADE (por 1.000 habitantes) BRASIL E REGIÕES, 2000 e 2016. Taxa de mortalidade específica por causa • Permite conhecer “de que morrem” as pessoas. • Estima o risco de morte por uma determinada doença/agravo ou grupo de doenças/agravos e dimensiona sua magnitude como problema de saúde pública. ATENÇÃO: As estatísticas de mortalidade por causas NÃO abrangem todas as doenças que acometem a população. Taxa de mortalidade específica por sexo Taxa de mortalidade específica por faixa etária Mortalidade proporcional (%) por causa • Permite conhecer a proporção do total de óbitos provocados por uma determinada doença/agravo ou grupo de doenças/agravos Obs.: Para o cálculo recomenda-se excluir do denominador os óbitos por causas mal definidas. Não indica risco Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM Mortalidade proporcional por sexo Mortalidade proporcional por faixa etária Índice de Swaroop & Uemura razão de motalidade proporcional (RMP): • Proporção de óbitos (%) em > 50 anos de idade em relação ao total de óbitos. • Quanto mais elevado este índice, melhores são as condições de saúde e outras condições sociais e econômicas. Índice de Swaroop & Uemura razão de motalidade proporcional (RMP): • 1º nível (RMP ≥ 75,0%): países ou regiões onde 75% ou mais da população morre com 50 anos ou mais de idade, típico de países desenvolvidos. • 2º nível (RMP entre 50,0% e 74,9%): países com certo desenvolvimento econômico e regular organização dos serviços de saúde. • 3º nível (RMP entre 25,0% e 49,9%): países em estágio atrasado de desenvolvimento das questões econômicas e de saúde. • 4º nível (RMP < 25,0%): Baixo índice de desenvolvimento, ou subdesenvolvido Índice de Swaroop & Uemura razão de motalidade proporcional (RMP): Índice de Swaroop & Uemura razão de motalidade proporcional (RMP): Curvas de mortalidade proporcional Curvas de Nelson de Moraes Representação gráfica dos vários índices de mortalidade proporcional, segundogrupos etários definidos. Curvas de mortalidade proporcional Curvas de Nelson de Moraes Tipo I – Nível de Saúde Muito Baixo Predomínio de adultos jovens (20 a 49 anos), embora a % de óbitos de menores de 1 ano também seja elevada. Curvas de mortalidade proporcional Curvas de Nelson de Moraes Tipo II – Nível de Saúde Baixo Predomínio de óbitos nas faixas infantil e pré-escolar. Curvas de mortalidade proporcional Curvas de Nelson de Moraes Tipo III – Nível de Saúde Regular Aumento da % de óbitos de indivíduos de 50 anos ou mais. Diminuição da % de óbitos infantis. Curvas de mortalidade proporcional Curvas de Nelson de Moraes Tipo IV – Nível de Saúde Elevado Predomínio quase absoluto da % de óbitos de pessoas com idade avançada. Curvas de mortalidade proporcional Curvas de Nelson de Moraes Taxa de Letalidade Tem a capacidade de medir o risco de uma doença levar à morte, ou seja, a proporção esperada de pessoas que morrem ao contrair determinada doença. SUPER OBSERVAÇÃO Número de óbitos pela causa População total Total de óbitos Número de doentes Taxa de mortalidade específica por causa Mortalidade proporcional por causa LetalidadeIndicador: Mesmo numerador: Denominador diferente: Ex.: Calcule usando os dados brasileiros, para o cenário de 2020 e a Covid-19 Mortalidade materna e infantil Taxa de mortalidade materna • Morte materna é definida como a morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independente da causa: • Causas obstétricas diretas: relacionadas à complicações da gestação, parto ou puerpério, em virtude de intervenções, omissões, tratamentos incorretos ou de uma cadeia de eventos resultantes de qualquer dessas causas. • Causas obstétricas indiretas: doenças anteriores à gestação ou que se desenvolveram durante a gestação mas sem relação com ela, mas agravadas pelo efeito fisiológico da gestação • Causas não obstétricas: acidentais e incidentais não relacionadas com a gestação. Não entram no cálculo de mortalidade materna. Obs: há também a morte materna tardia: entre 42 dias e um ano após o término da gestação Taxa de mortalidade materna • Importante indicador da qualidade da atenção à saúde da população, influenciado pela condição de pobreza e pela manifestação das iniquidades sociais • Reflete o grau de desenvolvimento econômico e social de cada localidade. • Subnotificação das causas e sub-registros. • Fator de ajuste de Ruy Laurenti de 1,4 (Laurenti et al, 2004) Mortalidade materna no Brasil, estado de São Paulo e município de São Bernardo do Campo, por 100 mil nascidos vivos, entre 2007 e 2016 Fator de reajuste de *1,4 Fonte: Sistema de Informações de Mortalidade e Sistema de Informações de Nascidos Vivos(Medronho, 2009) Mortalidade infantil O coeficiente de mortalidade infantil mede o risco de morte para crianças menores de 1 ano. Alguns conceitos Período fetal < 22 semanas Período fetal ≥22 semanas Nascimento Período neonatal precoce 0 a 6 dias Período neonatal tardio 7 a 27 dias Período pós- neonatal 28 dias a um ano Mortalidade perinatal Mortalidade neonatal precoce Mortalidade neonatal tardia Mortalidade pós-neonatal Mortalidade infantil Natimortalidade natimorto Mortalidade neonatal neomorto O que a mortalidade infantil indica? Perinatal e neonatal • Causas endógenas • Causas assistenciais • pré-natal inadequado • nascimento em condições inadequadas Pós-neonatal • Causas exógenas: • Infecções respiratórias e intestinais • Falhas no sistema de proteção e promoção à saúde infantil: • Promoção do Aleitamento materno (proteção à lactante, orientação) • Alimentação infantil • Vacinação • Acompanhamento da família • Saneamento básico Fórmulas Bibliografia ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia & Saúde: fundamentos, métodos, aplicações / Naomar de Almeida Filho, Mauricio Lima Barreto. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. Brasil. Ministério da Saúde. A declaração de óbito : documento necessário e importante / Ministério da Saúde, Conselho Federal de Medicina, Centro Brasileiro de Classificação de Doenças. – 3. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. 38 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) ISBN 978-85-334-1614-7. Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2015/agosto/14/Declaracao-de-Obito-WEB.pdf LAURENTI, Ruy; JORGE, Maria Helena Prado de Mello; GOTLIEB, Sabina Léa Davidson. A mortalidade materna nas capitais brasileiras: algumas características e estimativa de um fator de ajuste. Rev. bras. epidemiol., São Paulo , v. 7, n. 4, p. 449-460, Dec. 2004 . Available from <https://doi.org/10.1590/S1415-790X2004000400008> PEREIRA, M. G. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016 ROUQUAYROL, M. Z. Epidemiologia & Saúde. 8a. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2018, 752p. DATASUS: Departamento de Informática do SUS: http://datasus.saude.gov.br/ PPEPIS 2 - UNINOVE Profa. Yane Nazário Profa. Ms. Jenifer S. de Souza Profa. Ms. Glaucia Greice Martins Argachoff CONHECIMENTOS, HABILIDADES E ATITUDES. Conhecimento Habilidades Atitudes Compreender a importância do Pacto pela Vida no fortalecimento da Atenção Básica Analisar o Pacto pela Saúde, com ênfase no Pacto pela Vida explorando os compromissos sanitários associando às ações da prática clínica. Aplicar através de dinâmicas o papel do médico neste referencial de gestão política pública de saúde. Contextualização histórica dentro da linha do tempo do SUS O inicio do SUS se deu nos anos 70 e 80, quando diversos grupos se engajaram no movimento sanitário, com o objetivo de pensar um sistema público para solucionar os problemas encontrados no atendimento da população defendendo o direito universal à saúde. A 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada entre 17 e 21 de março de 1986, foi um dos momentos mais importantes na definição do Sistema Único de Saúde (SUS). O SUS foi criado em 1988 pela Constituição Federal Brasileira, que determina que é dever do Estado garantir saúde a toda a população brasileira. Já em 1990, o Congresso Nacional aprovou a Lei Orgânica da Saúde, que detalha o funcionamento do sistema e instituiu os preceitos que seguem até hoje. http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/legislacao Observada a necessidade da qualificação do SUS....... Surge o PACTO PELA SAÚDE “.....sua implantação e implementação evoluíram muito, especialmente em relação aos processos de descentralização e municipalização das ações e serviços de saúde. O processo de descentralização ampliou o contato do Sistema com a realidade social, política e administrativa do país e com suas especificidades regionais, tornando-se mais complexo e colocando os gestores a frente de desafios que busquem superar a fragmentação das políticas e programas de saúde através da organização de uma rede regionalizada e hierarquizada de ações e serviços e da qualificação da gestão.......” Respeita diversidade operativa, As diferenças loco-regionais; Reforça organização das regiões sanitárias; Institui mecanismos de co-gestão e planejamento regional; Financiamento tripartite em blocos Fortalece espaços de controle social; Qualifica o acesso da população a atenção integral; PORTARIA Nº 399, 22 DE FEVEREIRO DE 2006 Divulga o Pacto pela Saúde 2006 Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto PORTARIA Nº 399, 22 DE FEVEREIRO DE 2006 PACTO PELA SAÚDE Instituído em 2006, resultado de muitas discussões, quando o CONASS, solicitou ao Ministério da Saúde - MS revisão dos processos normativos do SUS Fortalecimento da gestão solidária entre município, estado e país; Atender necessidades e demandas (as normativas do SUS deveriam contemplar a diversidade do Brasil) MS, 2007 MS CONASS CONASEMS Ministério da Saúde. Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de
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