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RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO 
ESCOLA DE MINAS 
Departamento de Engenharia Civil 
PROFESSOR ORIENTADOR: Espedito Felipe Teixeira de Carvalho 
ESTAGIÁRIA: Gisele Cristina Antunes Martins 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ouro Preto, MG 
2009 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO 
ESCOLA DE MINAS 
Departamento de Engenharia Civil 
PROFESSOR ORIENTADOR: Espedito Felipe Teixeira de Carvalho 
ESTAGIÁRIA: Gisele Cristina Antunes Martins 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR I 
 
 
 
 
EMPRESA: PRECAM – Prefeitura Universitária 
SETOR: Fiscalização de obras 
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 10 de julho a 18 de setembro de 2009 
TOTAL DE DIAS: 43 dias 
TOTAL DE HORAS: 171 horas 
NOME DO SUPERVISOR: Eduardo Evangelista Ferreira 
FUNÇÃO: Prefeito Universitário 
FORMAÇÃO PROFISSIONAL: Engenheiro Civil 
 
 
 
 
 
Ouro Preto, MG 
2009 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO 
ESCOLA DE MINAS 
Departamento de Engenharia Civil 
PROFESSOR ORIENTADOR: Espedito Felipe Teixeira de Carvalho 
ESTAGIÁRIA: Gisele Cristina Antunes Martins 
 
 
 
O presente trabalho consta de um Relatório de Atividade de Estágio Supervisionado de 
Engenharia Civil, realizado na prefeitura universitária, PRECAM, na cidade de Ouro 
Preto, no período de 10 de julho a 18 de setembro de 2009. 
 
 
 
 
Ouro Preto, 23 de novembro de 2009 
 
 
 
 
 
 
 
_________________________________________________ 
Gisele Cristina Antunes Martins 
Estagiária 
 
 
 
 
 
___________________________________________________ 
Prof. Espedito Felipe Teixeira de Carvalho 
Professor Orientador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. APRESENTAÇÃO ........................................................................................................... 6 
1.1. CONTROLE TECNOLÓGICO .............................................................................................. 6 
1.2. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ......................................................................................... 7 
1.2.1. PREFEITURA UNIVERSITÁRIA (PRECAM) .................................................................... 7 
1.2.2. CIVIL JÚNIOR CONSULTORIA ......................................................................................... 8 
1.2.3. LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO .................................................... 8 
2. RESUMO DAS ATIVIDADES ..................................................................................... 9 
3. OBJETIVO ..................................................................................................................... 10 
4.1. ENSAIOS EM LABORATÓRIO ............................................................................................... 11 
4.1.1. AGREGADOS – DETERMINAÇÃO DO MATERIAL FINO QUE PASSA ATRAVÉS DA 
PENEIRA 75µm, POR LAVAGEM ...................................................................................................... 11 
4.1.2. DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DO CIMENTO PORTLAND ......................... 15 
4.2. ENSAIOS EM CAMPO ............................................................................................................... 19 
4.2.1. ESCLEROMETRIA .................................................................................................................... 19 
4.2.2. DETERMINAÇÃO DA CONSISTÊNCIA DO CONCRETO PELO ABATIMENTO DO 
TRONCO DE CONE ............................................................................................................................. 27 
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................ 32 
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 33 
AGRADECIMENTOS ......................................................................................................... 34 
APÊNDICE ............................................................................................................................. 35 
APÊNDICE A ..................................................................................................................................... 36 
ANEXO .................................................................................................................................... 37 
ANEXO A ........................................................................................................................................... 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1. APRESENTAÇÃO 
 
A Atividade de Estágio Supervisionado constitui um procedimento de natureza 
pedagógica, inerente à estrutura curricular do Curso de Engenharia Civil, no âmbito de 
uma estratégia de formação profissional, visando à relação teoria-prática, em termos de 
aperfeiçoamento técnico-científico e sócio-cultural. De acordo com a Resolução 
CNE/CES 11/2002, em seu Artigo 7º: “A formação do engenheiro incluirá, como etapa 
integrante da graduação, estágios curriculares obrigatórios sob supervisão direta da 
instituição de ensino, através de relatórios técnicos e acompanhamento individualizado 
durante o período de realização da atividade. A carga horária mínima do estágio 
curricular deverá atingir 160 (cento e sessenta) horas”. 
A atividade de Estágio Supervisionado foi realizada na Prefeitura Universitária no 
período de 10 de julho a 18 de setembro de 2009, com uma carga horária semanal de 20 
horas, cumprindo 171 (cento e setenta e uma) horas, atendendo assim a carga horária 
mínima segundo a Resolução CNE/CES 11/2002, em seu Artigo 7º, apresentada acima. 
As atividades foram desenvolvidas no setor de fiscalização de obras da prefeitura 
universitária, no laboratório de materiais de construção em uma ação integrada de 
fiscalização de obras implementada pela Prefeitura Universitária (PRECAM) e a Civil 
Jr. Consultoria. 
1.1.CONTROLE TECNOLÓGICO 
 
De acordo com Fortes e Merighi (2004), o controle tecnológico visa verificar se estão 
sendo atendidas as especificações tanto do material como dos serviços e da mistura ou 
da aplicação. 
 
O serviço de controle tecnológico do concreto é essencial para garantir a qualidade da 
obra, entretanto tem sido deixado em segundo plano pelas construtoras basicamente por 
duas razões: redução de custos ou simplesmente pela crença de que o concreto usinado 
não precisa de controle. 
 
Os ensaios têm sido desenvolvidos para que através de situações artificiais, utilizando-
se amostras representativas, possa-se avaliar e prever o comportamento do material ou 
mistura, seja através de ensaios destrutivos ou não. Os resultados de ensaio devem ser 
analisados, de maneira a verificar se estão de acordo com os parâmetros estabelecidos, 
verificando sua rastreabilidade desde quando a amostra deu entrada no laboratório até a 
confecção do relatório de ensaio. O laboratório deve possuir procedimento que visem à 
melhoria contínua, além de fornecerem parâmetros para que através de mecanismos 
utilizados pela qualidade, tais como a auditoria, seja possível detectar quaisquer não 
conformidades, desenvolver-se um plano de ação corretiva e preventiva, para evitar e 
prevenir qualquer não conformidade. Para Fortes e Merighi (2004) o engenheiro civil 
convive com os ensaios de laboratórios desde os tempos acadêmicos em aulas de 
laboratório e disciplinas, tais como materiais de construção, onde é dada ênfase ao 
conhecimento dos mesmos, bem como os ensaios adequados para a avaliação do seu 
desempenho. 
 
7 
 
1.2. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA 
1.2.1. PREFEITURA UNIVERSITÁRIA (PRECAM) 
 
Realiza projetos arquitetônicos, estruturais e de fiscalização, entretanto não executa 
obras. O prefeito do campus é o Engenheiro Eduardo Evangelista Ferreira e as demaisfunções da PRECAM estão representadas no organograma da Figura 1.2.1. Localiza-se 
no campus universitário, Morro do Cruzeiro, Centro de Convergência. 
 
Figura 1.2.1: Organograma PRECAM 
O setor de fiscalização realiza a fiscalização e avaliação de empreiteiras de obras e 
serviços de forma a levantar de maneira simples e eficaz o perfil de desempenho dessas 
empresas visando aprimoramento da qualidade dos serviços executados. Tem por 
finalidade também: 
• Reduzir custos operacionais; 
• Evitar litígios envolvendo a UFOP e as empreiteiras; 
• Incentivar a qualidade da mão-de-obra; 
• Exigir maior eficácia na execução dos serviços; 
• Minimizar os impactos ao meio ambiente. 
 
8 
 
1.2.2. CIVIL JÚNIOR CONSULTORIA 
Fundada em 1996 tendo como missão proporcionar a todos os estudantes de Engenharia 
Civil da Universidade Federal de Ouro Preto uma oportunidade de crescimento humano 
e profissional. É composta e gerida apenas por alunos de graduação, tendo o aval de 
professores e consultores para a condução dos projetos. A Civil Jr. Consultoria oferece 
aos alunos uma oportunidade de contato com o mercado de trabalho, aprimoramento de 
capacidades de gestão empresarial, desenvolvimento de características de relações 
interpessoais como trabalho em grupo, liderança, contato com clientes, comunicação e 
gestão do tempo. Tem como visão “Ser reconhecida como Empresa Júnior referência na 
área de Engenharia Civil, buscando o máximo padrão de qualidade em todas as 
atividades realizadas.” 
1.2.3. LABORATÓRIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
 
Os responsáveis pelo laboratório de materiais de construção da UFOP é o professor 
Espedito Teixeira Carvalho do Departamento de Engenharia Civil e o técnico Rafael. O 
laboratório está equipado para realizar ensaios de agregados, cimento, concreto e aço. 
- Agregados: Determinação da massa unitária do agregado miúdo unido em estado 
solto, do agregado miúdo seco em estado solto, do agregado graúdo, determinação da 
composição granulométrica do agregado miúdo, do agregado graúdo, determinação do 
teor de argila em torrões no agregado miúdo, avaliação das impurezas orgânicas das 
areias, determinação do teor de material pulverulento e determinação da massa 
específica real do agregado miúdo e graúdo; 
- Cimento: Determinação da finura do cimento, da consistência normal da pasta e do 
início e fim de pega. 
- Concreto: Determinação da resistência à compressão, dosagem experimental, 
reconstituição do traço, slump, resistência (esclerômetro) 
- Aço: Resistência a tração 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
2. RESUMO DAS ATIVIDADES 
 
Entre as atividades que foram desenvolvidas durante a realização do estágio 
supervisionado estavam incluídos: 
• Serviços de coleta de amostras de materiais utilizados nas obras para ensaios 
normativos; 
• Revisão bibliográfica de normas; 
• Elaboração de relatórios dos ensaios; 
• Relatório fotográfico diário dos serviços em execução; 
• Inspeções de qualidade; 
• Preparação dos moldes para coleta de amostras em campos; 
• Capeamento dos corpos de prova para o rompimento; 
• Execução da determinação do slump; 
• Teste de resistência do concreto com o uso do esclerômetro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
3. OBJETIVO 
 
A fiscalização de obras evita que os serviços sejam mal executados sem a vistoria 
devida e/ou sejam utilizados materiais de baixa qualidade. Segundo Fortes e Merighi 
(2004) o engenheiro, principalmente o recém formado, não possui um conhecimento da 
importância do controle tecnológico e controle de qualidade das obras para um 
desempenho profissional consciente e em particular no que se refere à segurança das 
estruturas e responsabilidade civil. 
 
Realizar a atividade de estágio supervisionado na área de fiscalização contribui para a 
formação do engenheiro na área de gestão de projeto ou de uma obra com o controle de 
sua execução, executando de maneira correta, consciente e idônea. 
 
A fiscalização de obras da universidade tem como objetivo resguardar a UFOP no que 
se referem os aspectos técnicos, administrativos, de segurança do trabalho e meio 
ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
4. RELATÓRIO DESCRITIVO 
4.1. ENSAIOS EM LABORATÓRIO 
 4.1.1. AGREGADOS – DETERMINAÇÃO DO MATERIAL FINO QUE PASSA 
ATRAVÉS DA PENEIRA 75µm, POR LAVAGEM 
 
Data do inicio do ensaio: 22/07/2009 
Data do término do ensaio: 24/07/2009 
4.1.1.1 Objetivo 
Determinar por lavagem, em agregados, a quantidade de material mais fino que a 
abertura de malha de peneira de 75µm, de acordo com a norma NBR NM 46:2003. As 
partículas de argila e outros materiais que se dispersam por lavagem, assim como 
materiais solúveis em água, serão removidos do agregado durante o ensaio. O ensaio foi 
realizado a pedido da empresa Terro Mineração do estado do Espírito Santo. 
4.1.1.2 Aparelhagem e materiais 
• Balança com resolução de 0,1 g ou 0,1%; 
• Jogo de peneiras: a inferior tem abertura de malha de 75µm e a superior 
corresponde à peneira de 1,18mm; 
• Recipiente para conter a amostra com água; 
• Estufa capaz de manter a temperatura uniforme (1055)ºC; 
• Dois recipientes de vidro transparente de mesmas dimensões e forma; 
4.1.1.3 Amostragem 
• Amostra: Areia Lavada 
• Misturou-se cuidadosamente a amostra de agregados a ser ensaiada e reduziu a 
uma quantidade adequada para o ensaio de acordo com a norma NBR NM 
27:2001. Para a realização do ensaio definido pela norma, a massa da amostra de 
ensaio, seca, deve ser maior ou igual à definida pela Tabela 4.1.1; 
Tabela 4.1.1: Massa mínima de amostra de ensaio 
Dimensão máxima nominal 
(mm) 
Massa mínima (g) 
2,36 
4,75 
9,5 
19,0 
37,5 ou superior 
100 
500 
1000 
2500 
5000 
 Fonte: Adaptação da Tabela 1 da NBR NM 46: 2003 
 
12 
 
• O material fornecido pela empresa para a realização do ensaio, após ser reduzido 
a uma quantidade adequada foi dividido em duas amostras: A e B. Para a 
realização do ensaio, a massa da amostra de ensaio, seca, foi de 200 g. 
4.1.1.4 Procedimento A (lavagem com água) 
• A amostra de ensaio foi seca até massa constante (110�5)ºC. Determinou-se a 
massa com precisão de 0,1 g ou 0,1%; 
 
• Colocou-se a amostra de ensaio no recipiente e adicionou água até cobri-la; 
 
• Agitou-se a amostra para obter a completa separação de todas as partículas mais 
finas que 75µm do restante e para que o material fino fique em suspensão; 
 
• Foi vertida a água de lavagem contendo os sólidos suspensos e dissolvidos sobre 
as peneiras, Figura 4.1.1; 
 
 
Figura 4.1.1.: Amostra sendo vertida sobre as peneiras 
 
• Repetiu-se esta operação até que a água da lavagem ficasse clara; 
 
• Foi feita a comparação visual da limpidez entre a água, antes e depois da 
lavagem, Figuras 4.1.2 e 4.1.3; 
 
13 
 
 
 
Figuras 4.1.2 e 4.1.3: Comparação visual da limpidez entre a água 
 
• Retornou todo o material retido nas peneiras com um fluxo contínuo de água 
sobre a amostra lavada; 
 
• Secou-se o agregado lavado até massa constante à temperatura de (105 ± 5)ºC; 
 
• Determinou-se a massa com precisão de 0,1% mais próximo da massa da 
amostra; 
 
• Foram realizadas duas determinações para cada tipo de areia. 
4.1.1.5 Cálculos 
Calcular a quantidade de material que passa pela peneira 75µm por lavagem como 
segue: 
� �
�� ���
��
· 100 
Onde: 
m é a porcentagem de material mais fino que a peneira de 75µm por lavagem; 
mi é a massa original da amostra seca, em gramas; 
mf é a massa da amostra seca após a lavagem, em gramas. 
• Areia B 
 
1ª Determinação 
M i = 200g Mf = 184g 
%8100
200
184200
100 111 =∴⋅
−=∴⋅
−
= MM
M
MM
M
i
Fi
 
 
 
 
14 
 
2ª Determinação 
M i = 200g Mf = 182g 
%9100
200
182200
100 222 =∴⋅
−=∴⋅
−
= MM
M
MM
M
i
Fi
 
 
• Areia A 
 
1ª Determinação 
M i = 200g Mf = 189g 
%5,5100
200
189200
100 111 =∴⋅
−=∴⋅
−
= MM
M
MM
M
i
Fi 
 
2ª Determinação 
M i = 200g Mf = 193g 
%5,3100
200
193200
100 222=∴⋅
−=∴⋅
−
= MM
M
MM
M
i
Fi 
 
4.1.1.6 Resultados 
O resultado deve ser a média aritmética de duas determinações. A diferença obtida nas 
duas determinações com relação à média não deve ser maior que 0,5% para agregado 
graúdo e 1,0% para agregado miúdo. 
• Areia B 
%5,8
2
98
2
21 =∴+=∴
+
= MM
MM
M 
• Areia A 
%5,4
2
5,35,4
2
21 =∴+=∴
+
= MM
MM
M 
4.1.1.7 Discussão de resultados 
Os agregados da amostra são miúdos. A diferença obtida nas duas determinações com 
relação à média não foi superior que 1,0%. A percentagem de material mais fino que 
passa na peneira de 75µm por lavagem da amostra A foi 4,5% e da amostra B foi 8,5%. 
 
 
 
 
15 
 
4.1.2. DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DO CIMENTO PORTLAND 
 
Data do ensaio: 10/09/2009 
Cimento Holcim: CP II-E 32 
4.1.2.1 Objetivo 
Determinar a massa específica de cimento portland, por meio do frasco volumétrico de 
Le Chatelier, de acordo com a norma NBR NM 23:2000. 
4.1.2.2 Definições 
A norma NBR NM 23:2000 define massa específica sendo a massa da unidade de 
volume do material. Segundo Carvalho, a massa específica do agregado é a massa da 
unidade de volume do mesmo, excluindo deste tanto os vazios permeáveis (acessíveis) 
quanto os vazios entre os grãos (intergrãos). 
 
4.1.2.3. Reagentes 
De acordo com a norma NBR NM 23:2000 deve-se utilizar um líquido que não reaja 
quimicamente com o material e que tenha densidade igual ou superior a 0,731 g/cm³ a 
15°C, e inferior à dos materiais a serem ensaiadas. Para a realização desse ensaio 
utilizou-se querosene. 
4.1.2.3 Aparelhagem 
• Frasco volumétrico de Le Chatelier: de vidro de borossilicato com capacidade de 
aproximadamente 250 cm³ até a marca zero da escala. A escala tem uma 
graduação que permite leituras com resolução de 0,05 cm³; 
 
• Balança: para determinar a massa com resolução de 0,01 g; 
 
• Recipiente: para conter a quantidade de material cuja massa será determinada; 
 
• Funis: o funil utilizado para auxiliar o lançamento do líquido no frasco 
volumétrico possui gargalo longo, de maneira que sua extremidade fique situada 
no alargamento do colo do frasco e o funil utilizado para auxiliar o lançamento 
do material em ensaio deve ter colo curto, de maneira que o líquido deslocado 
não atinja sua extremidade inferior; 
 
• Termômetro: com resolução melhor ou igual a 0,5°C; 
 
• Banho termorregular: com altura suficiente para conter os frascos volumétricos 
submersos até a marca de 24 cm³. A temperatura do banho não pode variar mais 
que 0,5°C durante o ensaio. 
 
16 
 
4.1.2.4 Preparação da amostra 
De acordo com a norma NBR NM 23:2000 a amostra deve ser ensaiada da forma que 
foi recebida e deve permanecer na sala de ensaios com antecedência tal que permita a 
estabilização de sua temperatura com o ambiente. 
4.1.2.5 Procedimento 
Encheu-se o frasco com auxílio do funil de haste longa, com a querosene, até o nível 
compreendido entre as marcas correspondentes a zero e 1 cm³, Figura 4.1.4. Secou o 
interior do frasco acima do nível do líquido. Colocou o frasco no banho de água em 
posição vertical e permaneceu submerso durante no mínimo 30 min, dentro da estufa, 
para equalização das temperaturas dos líquidos do frasco e do banho, Figura 4.1.5. A 
temperatura da água deve ser constante dentro dos limites estabelecidos e 
aproximadamente igual à do ambiente. A temperatura do ambiente e da água no dia da 
realização do ensaio era de 20°C. 
 
 Figura 4.1.4: Frasco volumétrico 
 “Le Chatelier” com auxílio do funil 
 Figura 4.1.5: Banho termorregular 
 
Registrou-se a primeira leitura (V1) com aproximação de 0,1 cm³. Tomou-se 60 g do 
material em ensaio, com aproximação de 0,01 g, Figura 4.1.6 que provocou o 
deslocamento do líquido no intervalo compreendido entre as marcas de 18 cm³ e 24 
cm³, da escala graduada do frasco de “Le Chatelier”. 
Introduziu-se o material em pequenas porções no frasco, com o auxílio do funil de haste 
curta atentando para que não ocorresse aderência de material nas paredes internas do 
frasco, acima do nível do líquido, Figura 4.1.7. Tampa-se o frasco e agita-se em posição 
inclinada, ou suavemente em círculos horizontais, até que não subam borbulhas de ar 
para a superfície do líquido. Registra-se a leitura final (V2) com aproximação de 0,1 
cm³. 
 
17 
 
 
Figura 4.1.6: Preparação da amostra Figura 4.1.76: Material sendo 
introduzindo no frasco com o auxílio do 
funil 
 
4.1.2.6 Cálculos 
A massa específica do material foi calculada pela fórmula seguinte: 
 �
�
�
 
Onde: 
ρ é a massa específica do material ensaiado, em gramas por centímetro cúbicos; 
m é a massa do material ensaiado, em gramas; 
V é o volume deslocado pela massa do material ensaiado (V2 – V1), em centímetro 
cúbicos; 
Foram realizadas duas determinações para o cálculo da massa específica do cimento 
ensaiado. 
• 1ª Determinação 
V1 = 0,1 cm³ ; V2 = 20,3 cm³ 
� � �� � �
 � � � 20,3 � 0,1 � � � 20,2��
� 
 �
60�
20,2��³
� 
 � 2,970�/��³ 
 
 
 
18 
 
• 2ª Determinação 
V1 = 0,1 cm³ ; V2 = 20,2 cm³ 
� � �� � �
 � � � 20,2 � 0,1 � � � 20,1��
� 
 �
60�
20,1��³
� 
 � 2,98�/��³ 
4.1.2.7 Resultados 
O resultado deve ser a média aritmética de duas determinações que não diferem entre si 
em mais que 0,01 g/cm³. 
∆
 � 
� � 

 � ∆
 � 2,98 � 2,97 � ∆
 � 0,01�/��³ 
∆ρ é igual a 0,01 g/cm³, portanto os resultados estão de acordo com a exigência da 
norma NM 23:2000. 
 �

 � 
�
2
� 
 �
2,97 � 2,98
2
� 
 � 2,975�/��³ 
4.1.2.7 Discussão de Resultados 
De acordo com a norma NM 23:2000 o resultado deve ser expresso com duas casas 
decimais, portanto a massa especifica do cimento CPII-E 32 calculada em laboratório 
foi de 2,98 g/cm³. Carvalho adota em sua apostila de Materiais de Construção I, o valor 
de 3,00 g/cm³ para a massa específica do cimento. Portanto o valor encontrado no 
ensaio realizado no laboratório está coerente. 
Os valores de massa específica possuem certa variação da composição de cimento. 
Quando há maior teor de clínquer, o valor da massa específica aumenta, acontecendo o 
inverso para maiores teores de escória. Assim, os cimentos CPI e CPV teriam os 
maiores valores de massa específica, podendo chegar até 3,15 g/cm³ e ficando 
levemente abaixo de 3,00 quando se trata de CPII e CPIII. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 4.2. ENSAIOS EM CAMPO 
 4.2.1. ESCLEROMETRIA 
 
O esclerômetro foi criado em 1948 pelo Engenheiro suíço Ernest Schmidt. O 
esclerômetro, Figuras 4.2.1 e 4.2.2. mede a dureza superficial do concreto e a 
correlaciona com a resistência à compressão desse concreto. É muito usado em obras 
em execução, para avaliar a resistência de concretos cujos corpos de prova padrão 
deram resultado abaixo do esperado. Também é usado para estimar a resistência do 
concreto de obras antigas. 
 
 
 
 
 
 
Figura 4.2.1: Esclerômetro Figura 4.2.2: Esclerômetro sendo 
utilizado 
No Quadro 4.2.1 encontra-se o esquema simplificado do esclerômetro. 
Quadro 4.2.1: Esquema simplificado do funcionamento do esclerômetro 
 
Ação realizada pelo operador Ilustração do funcionamento do esclerômetro 
Posição Inicial 
 
Operador comprime o esclerômetro 
e traciona a mola 
 
Operador libera a massa para o 
impacto 
 
Após o impacto a massa repica e 
retorna 
 
Fonte: Adaptação do esquema disponível nas notas de aulas do prof. Eduardo Thomaz 
 
20 
 
 4.2.2.1. Calibração do Esclerômetro 
 
Para a calibração do esclerômetro realizado no laboratório foram moldados 20 corpos de 
prova no dia 30 de julho. Utilizou-se traço 1:4,0 (Tabela 1 do Anexo A, desenvolvida 
pelo Prof. Espedito Carvalho com a disposição da tabela original de Caldas Branco), 
cimento ARI da Holcim. 
 
Os ensaios nos corpos de prova foram realizados nas idades de 1, 3, 7, 14 e 28 dias. 
Para propiciar um apoio que não interferisse no resultado do esclerômetro o corpo de 
prova foi prensado na prensa hidraúlica por uma força de 2 tf e devidamente protegido 
por uma camisa metálica que ajudassea prender o corpo de prova, como pode ser 
observado na Figura 4.2.3. Na base inferior do corpo de prova foi preparada a área de 
ensaio, foram marcados nove quadrados com aproximadamente 90 mm x 90 mm e foi 
efetuado um impacto no centro de cada quadrado, Figura 4.2.4. 
 
 
Figura 4.2.3: Corpo de prova fixado na prensa hidráulica 
 
Figura 4.2.4: Esclerômetro sendo aplicado no corpo de prova 
 
Após ser aplicado o esclerômetro na posição de 0°, os corpos de prova foram rompidos 
com o uso da prensa hidráulica, Figuras 4.2.5 e 4.2.6. 
 
21 
 
 
Figura 4.2.5: Rompimento de corpo de prova 
 
 
Figura 4.2.6: Rompimento de corpo de prova 
 
A Tabela 4.2.1 apresenta a média dos índices esclerométricos e da tensão de ruptura dos 
corpos de prova. A Figura 4.2.7 apresenta a curva do índice esclerométrico x tensão de 
ruptura da qual se obteve a linha de tendência e a equação da curva. 
 
Tabela 4.2.1: Média dos índices esclerométrico e da tensão de ruptura 
Idade (dias) Índice Esclerométrico Tensão de Ruptura (MPa) 
1 13,14 8,8 
3 18,62 22,85 
7 21,3 29,5 
14 21,8 36,8 
28 23,89 41,39 
 
 
22 
 
 
Figura 4.2.7: Curva da relação do índice esclerométrico e da tensão de ruptura 
 
Percebe-se que a linha de tendência é crescente, uma vez que, o valor de a na equação 
da reta resultante é positivo. As tensões de ruptura apresentam uma correlação de 
R²=0,9764 (97,64 %) em relação a 1 (100%). Um número significativo, pois está bem 
próximo de 1, denotando forte correlação entre as variáveis. 
 4.2.2.2. Teste com o uso do Esclerômetro 
Laje cogumelo ou lisa são placas estruturais moldadas “in loco” apoiadas diretamente 
sobre os pilares, portanto não há vigas de apoio, são também conhecidas como lajes 
puncionadas. Sua armadura é basicamente radial, concentrando maiores taxas de 
armadura próxima as regiões puncionadas, ou melhor, regiões sobre os apoios. 
(Bittencourt e Assis) 
Na construção da praça de alimentação foi construída uma laje cogumelo, Figura 4.2.8, 
que deveria ter uma resistência do concreto de 30 MPa, com 28 dias. A concretagem, 
Figura 4.2.9, ocorreu no dia 16 de junho de 2009, foi utilizado concreto usinado da 
empresa Betonita, da cidade de Itabirito e foram moldados 10 corpos de prova (10x20) 
para serem rompidos com 7, 21 e 28 dias, sendo 2 corpos de prova de cada caminhão. O 
resultado dos rompimentos encontra-se na Tabela 4.2.2 e a curva do crescimento da 
resistência do concreto (fck) em relação aos dias encontra-se na Figura 4.2.10. 
y = 0,093x2 - 0,377x - 2,439
R² = 0,976
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
10 15 20 25
T
en
sã
o 
de
 R
up
tu
ra
 (
M
P
a)
Índice Esclerômetro
 
23 
 
 
Figura 4.2.8: Armaduras da laje 
 
 
Figura 4.2.9: Concretagem da laje 
 
Tabela 4.2.2: Resultado dos rompimentos dos corpos de prova 
OBRA: PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO EMPRESA RESPONSÁVEL: AGIL 
Nº CP 
LAB. 
Nº CP 
Campo 
DATA ROMPIMENTO 
OBSERVAÇÕES Moldagem Rompimento Idade Carga Tensão 
1 1 16/jun 23/jun 7 10100 12,8 10X20_Laje cogumelo 30 Mpa 
2 3 16/jun 23/jun 7 9200 11,7 10X20_Laje cogumelo 30 Mpa 
3 5 16/jun 23/jun 7 9400 11,9 10X20_Laje cogumelo 30 Mpa 
4 7 16/jun 23/jun 7 10200 12,9 10X20_Laje cogumelo 30 Mpa 
5 9 16/jun 23/jun 7 6400 8,1 10X20_Laje cogumelo 30 Mpa 
6 2 16/jun 14/jul 28 15470 19,7 10X20_Laje cogumelo 30 Mpa 
7 4 16/jun 7/jul 21 15400 19,6 10X20_Laje cogumelo 30 Mpa 
8 6 16/jun 14/jul 28 16491 21 10X20_Laje cogumelo 30 Mpa 
9 8 16/jun 7/jul 21 14400 18,3 10X20_Laje cogumelo 30 Mpa 
10 10 16/jun 14/jul 28 12329 15,7 10X20_Laje cogumelo 30 Mpa 
 
 
24 
 
 
Figura 4.2.10: Evolução temporal da resistência do concreto em corpos de prova 
 
Observa-se pela Figura 4.2.10 que a resistência do concreto não alcançou a resistência 
de 30 MPa. A média dos valores de resistência obtida com os rompimentos dos corpos 
de prova para 28 dias foi de 18,8 MPa. Sendo o resultado abaixo do esperado utilizou-se 
o esclerômetro para avaliar a resistência do concreto da laje cogumelo, três meses 
depois da concretagem. 
O teste foi realizado no dia 15 de setembro de 2009, em 14 pontos, nas laterais da laje, 
com uma distância de 3 metros entre eles. Em cada ponto foi desenhado um reticulado 
de 90 x 90 mm, Figura 4.2.11 e aplicado nove impactos com distância entre eles de 30 
mm com o esclerômetro na posição de 0°, Figura 4.2.12. 
 
 
Figura 4.2.11: Preparação da área em que será aplicado o 
impacto. 
 
25 
 
 
Figura 4.2.12: Aplicação do esclerômetro na posição de 0° 
 
Os valores dos índices esclerométricos encontrados em cada ponto e a sua respectiva 
média estão na Tabela 4.2.3. 
Tabela 4.2.3: Índices esclerométricos 
Ponto 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Média 
1° 16 17 18 18 18 19 18 16 16 17,33 
2° 18 21 17 19 22 17 22,5 18 17 19,06 
3° 18 17,5 19 20 21,5 19 19 19 19 19,11 
4° 19 22 22 29 19 22 19,5 20 20 21,39 
5° 18 22 22 24 25 23 21,5 21 22 22,06 
6° 20 18 18 17 19 18 22 22 27 20,11 
7° 20 21 18 19 20 20 20 20 18 19,56 
8° 16,5 17 18 16 16 19 15 18 18 17,06 
9° 18 16 18 18 18 22 16 16 18 17,78 
10° 18 18 19 18 17 20 16 18 18 18,00 
11° 19 18 21,5 18 18 18 16 16 19 18,17 
12° 18 16 19 18 17,5 17,5 20 14 16 17,33 
13° 17,5 18 17,5 20 18 18 18 18 18 18,11 
14° 18 18 18 18 17 19 19 20 18,5 18,39 
MÉDIA 18,82 
 
Cálculo da resistência do concreto (fcmj) em MPa: �� é"�# � 18,82 
Sendo j a idade em dias do concreto. 
Com a substituição do valor do IEmédio na equação do 2° grau obtida após a calibração 
do esclerômetro em laboratório, temos que: 
$ � 0,0935%� � 0,3775% � 2,4395 � 
 $ � 0,0935 · 18,82� � 0,3775 · 18,82 � 2,4395 
 
26 
 
Portanto, $ � 23,57'(). Sendo assim a resistência do concreto da laje cogumelo com 
j = 101 dias é fcmj = 23,57 MPa. 
 4.2.2.3. Discussão dos resultados 
A média dos valores da resistência do concreto obtido com a ruptura dos corpos de 
prova foi 18,8 MPa, na idade de 28 dias. Com o uso do esclerômetro obteve-se uma 
resistência de 23,57 MPa , após 101 dias da concretagem. 
Sendo assim, o instrumento mostrou-se adequado à medida indireta da resistência, e 
comprova que os resultados obtidos com o rompimento de corpo de prova estão 
coerentes com os obtidos com o uso do esclerômetro, levando em consideração a 
diferença na idade em que foram realizados e sendo a curva da relação resistência x 
idade (dias) crescente, isto é, quanto mais dias após a concretagem maior a resistência 
do concreto. 
Os resultados obtidos com o rompimento dos corpos de prova e com o esclerômetro 
foram abaixo do especificado em projeto, ou seja, estavam abaixo de 30 MPa com 28 
dias. Para uma avaliação final do concreto da estrutura sugere-se extrair testemunhos 
com ø = 5 cm ou 7,5 cm. 
 
Caso sejam extraídos testemunhos da estrutura, como já se passou três meses da 
concretagem, de acordo com a ABECE - Associação Brasileira de Engenharia e 
Consultoria Estrutural- o fck,est deverá ser corrigido para 28 dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
4.2.2. DETERMINAÇÃO DA CONSISTÊNCIA DO CONCRETO PELO 
ABATIMENTO DO TRONCO DE CONE 
 
4.2.2.1. Objetivo 
Usado para determinar a consistência do concreto fresco através da medida de seu 
assentamento, de acordo com a norma NBR NM 67: 1998. 
4.2.2.2. Aparelhagem 
• Molde: Molde para o corpo de prova de ensaio, Figura 4.2.13, feito de metal não 
facilmente atacável pela pasta de cimento, com espessura igual ou superior a 1,5 
mm. O molde tem a forma de um tronco de cone oco, com as seguintes 
dimensões internas: 
- diâmetro da base inferior: 200 mm ± 2 mm; 
- diâmetro da base superior: 100 mm ± 2 mm; 
- altura: 300 mm ± 2 mm. 
O molde é provido, em sua parte superior, de duas alças, posicionadas a dois 
terços de sua altura, e tem aletas em sua parte inferior para mantê-lo estável; 
 
• Haste de compactação: De seção circular, reta, feita de aço, com diâmetro de 16 
mm, comprimento de 600 mm e extremidades arrendodadas; 
 
• Placa de base: Para apoio do molde deve ser metálica, plana quadrada ou 
retangular, comlados de dimensão não inferior a 500 mm e espessura igual ou 
superior a 3 mm. 
 
Figura 4.2.13: Molde e placa de base para a realização do ensaio 
 
4.2.2.3 Procedimento 
• Umedece-se o molde e a placa de base e coloca-se o molde sobre a placa de 
base. Durante o preenchimento do molde com o concreto de ensaio, o operador 
deve se posicionar com os pés sobre suas aletas, de forma a mantê-lo estável, 
 
28 
 
Figura 4.2.14. Enche-se rapidamente o molde com o concreto coletado, em três 
camadas, cada uma com aproximadamente um terço de altura do molde 
compactado; 
 
• Compactam-se cada camada com 25 golpes da haste de socamento, Figura 
4.2.15. Distribuem-se uniformemente os golpes sobre a seção de cada camada; 
 
• Limpa-se a placa de base e retira-se o molde de concreto, levantando-o 
cuidadosamente na direção vertical, Figura 4.2.16. A operação de retirar o molde 
deve ser realizada em 5 s a 10 s, com um movimento constante para cima, sem 
submeter o concreto a movimentação de torção lateral; 
 
• Imediatamente após a retirada do molde, mede-se o abatimento do concreto, 
Figura 4.2.17, determinando a diferença entre a altura do molde e a altura do 
eixo do corpo de prova, que corresponde à altura média do corpo de prova 
desmoldado. 
 
 
 
Figura 4.2.14: Preenchimento do molde Figura 4.2.15:Compactação das 
camadas 
 
29 
 
 
Figura 4.2.16: Retirada do molde Figura 4.2.17: Medida do abatimento 
 
As Figuras 4.2.14, 4.2.15, 4.2.16, 4.2.17 são do procedimento para a determinação do 
abatimento do tronco de cone realizado na concretagem da laje da ampliação do prédio 
da Escola de Minas. 
4.2.2.4 Expressão dos resultados 
O abatimento do corpo de prova durante o ensaio deve ser expresso em milímetros, 
arredondando aos 5 mm mais próximos. 
4.2.2.5 Resultados 
Foi acompanhada a realização da determinação da consistência pelo abatimento do 
tronco de cone, ou seja, determinação do slump, em duas obras. 
• Concretagem da laje do 1° Pavimento da ampliação dos blocos da Escola de 
Minas 
Data: 02 de setembro de 2009 
Condição climática: Sol 
Empresa: Ágil 
O concreto utilizado foi usinado preparado pela empresa Lafarge. Realizou-se a 
determinação do slump nos cinco caminhões da empresa que levaram o concreto, Figura 
4.2.18. Foi determinado em projeto uma resistência de 20 MPa para o concreto e slump 
de 90 ± 10 mm. O controle dos rompimentos dos corpos de prova encontra-se na Tabela 
1 do Apêndice A. 
 
30 
 
 
Figura 4.2.18: Bombeamento do concreto 
 
A determinação do slump foi realizada de acordo com a norma NBR NM 67. O 
concreto estava com aparência fluida. Os abatimentos obtidos foram de 100, 135, 120, 
140 e 200 mm. Na Tabela 4.2.4 encontram-se a tensão de ruptura média dos corpos de 
prova e o slump realizados com o concreto de cada caminhão. 
Tabela 4.2.4: Valores de slump e tensão de ruptura de cada caminhão 
Slump (mm) Tensão de Ruptura (MPa) 
100 19,83 
135 17,51 
120 18,14 
140 18,79 
200 17,90 
 
Análise dos resultados: O único resultado do teste de slump que apresentou dentro da 
faixa de erro foi o abatimento de 100 mm, observa-se que apresentou a tensão de 
ruptura mais próxima de 20MPa que foi a resistência do concreto determinada em 
projeto para a laje. Os demais resultados apresentaram valores altos de slump e 
completamente inadequados, sem aditivos. 
• Concretagem da laje do Centro de Saúde (Empresa EmpreEnge) 
Data: 18 de setembro de 2009 
Condição climática: Sol 
Empresa: EmpreEnge 
O concreto foi preparado in loco utilizando cimento Liz CP II E 32, traço 1:4 0 (Tabela 
1 do Anexo A, desenvolvida pelo Prof. Espedito Carvalho com a disposição da tabela 
original de Caldas Branco), para obter uma resistência de 20 MPa para o concreto, 
Figura 4.2.19. Os operários preparam a massada com duas padiolas de areia e duas 
padiolas de brita, um saco de cimento e uma lata de água, Figura 4.2.20. 
 
31 
 
Dimensão das padiolas utilizadas para a preparação do concreto: 
_ Areia: 43 x 35 (cm), altura: 24 cm 
_ Brita: 42 x 35 (cm), altura: 27 cm 
_ Água: 23 x 23 (cm), altura: 35 cm, a lata utilizada não estava em perfeito estado. 
O volume total da laje concreto é de 12 m³. Foram realizadas duas determinações de 
slump. A determinação do slump foi realizada de acordo com a norma NBR NM 67. O 
concreto estava com aparência fluida. Os abatimentos obtidos foram de 170 mm e 220 
mm. O controle dos rompimentos dos corpos de prova encontra-se na Tabela 2 do 
Apêndice A. Na Tabela 4.2.5 encontram-se a tensão de ruptura média dos corpos de 
prova e o slump realizados com o concreto de cada caminhão. 
Tabela 4.2.5: Valores de slump e tensão de ruptura 
Slump (mm) Tensão de Ruptura (MPa) 
170 20,50 
220 14,84 
 
Análise dos resultados: Os resultados do teste de slump apresentaram valores altos e 
completamente inadequados, sem aditivos. 
 
 
Figura 4.2.19: Preparação in loco do concreto 
 
Figura 4.2.20: Preparação das padiolas de areia e brita 
 
32 
 
5. CONCLUSÃO 
 
A formação de um engenheiro num mundo caminhando para a globalização total como 
o Brasil, a passos largos, pressupõe a formação de um indivíduo capaz de ser 
competitivo no mercado de trabalho, entretanto, sente-se na prática a escassez de 
formandos com competência para gerenciar um projeto ou uma obra no tocante à 
qualidade da mesma. 
 
A realização da atividade de estágio supervisionado no setor de fiscalização possibilita a 
oportunidade de conscientização sobre a importância de realizar um controle 
tecnológico, pois se comparado aos problemas que pode evitar possui um custo 
relativamente baixo. 
 
A instalação de uma ação integrada de fiscalização de obras implementada pela 
Prefeitura Universitária (PRECAM) e a Civil Jr. Consultoria mostrou-se uma iniciativa 
proveitosa para ambas as partes. Considerando o número elevado de obras executadas 
simultaneamente pela UFOP, o trabalho de controle da qualidade dos materiais 
empregados nas mesmas fica muito difícil, pois a equipe da PRECAM é reduzida e não 
consegue vistoriar em detalhes os materiais e metodologias executivas empregadas. 
Com o apoio da equipe da Civil Jr. obteve-se um controle maior da utilização de 
material de baixa qualidade por parte das contratadas. Para a equipe da Civil Jr. que se 
compunha de alunos dos últimos períodos do curso de graduação de engenharia civil da 
UFOP foi uma grande oportunidade de se familiarizar com as atividades e problemas 
encontrados em um canteiro de obras, além de vivenciar na prática diversas etapas de 
execução de uma obra, contribuindo assim para a formação acadêmica de cada 
estagiário. 
O conhecimento da importância da fiscalização de obras e do controle tecnológico 
contribuirá para o desempenho profissional consciente, principalmente no que se refere 
à segurança das estruturas e responsabilidade civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
REFERÊNCIAS 
 
ABNT. NBR NM 46: Agregados – Determinação do material fino que passa 
através da peneira 75 µm, por lavagem. Rio de Janeiro, 2003. 
 
ABNT. NBR NM 23: Cimento portland e outros materiais em pó – Determinação 
da massa específica. Rio de Janeiro, 2001. 
 
ABNT. NBR NM 67: Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do 
tronco de cone. Rio de Janeiro, 1998. 
 
ABNT. NBR 7584: Concreto endurecido – Avaliação da dureza superficial pelo 
esclerômetro de reflexão. Rio de Janeiro, 1995. 
 
ABNT. NBR NM 27: Agregados – Redução da amostra de campo para ensaios de 
laboratório. Rio de Janeiro, 2001. 
 
BARBOSA, M.M. et.al. Manual do Setor de Fiscalização da Prefeitura 
Universitária do Campus. Ouro Preto. 
 
BITTERNCOURT, T.N; ASSIS, W.S. Disponível em: 
<http://www.lmc.ep.usp.br/pesquisas/TecEdu/flash/Lajes-tipos.html.>. Acesso em: 09 
nov. 2009. 
CARVALHO, E.F.T. Apostila da disciplina: Materiais de Construção I. Ed. 2009. 
Estruturas de Concreto Conformidade da Resistência do Concreto. ABECE - 
Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural. São Paulo. 2009. 
 
FORTES, R.M;MERIGHI, J.V. Controle Tecnológico e Controle de Qualidade – um 
alerta sobre sua importância. In: Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia, 12, 
2004. COBENGE: anais... Brasília, DF, 2004. 
 
THOMAZ, E.C.S. Notas de aula: Esclerômetro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Quero registrar os meus agradecimentos à equipe da PRECAM pela oportunidade 
oferecida, ao Rafael, técnico do laboratório, pela colaboração na realização dos ensaios 
e aos demais estagiários pela amizade. Agradeço também ao professor Jaime Martins 
por aceitar o meu convite como avaliador desse relatório e ao professor Gilberto 
Fernandes pelo esforço e trabalho para ministrar a disciplina de estágio curricular. Sou 
profundamente grata ao professor Espedito Carvalho pela orientação, sugestões, 
revisões e aprendizado durante a realização do estágio e da elaboração do texto. 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
APÊNDICE A – Controle de Rompimentos de Corpos de Prova 
Tabela 1: Controle de rompimento dos corpos de prova da concretagem da laje da 
ampliação do prédio da Escola de Minas 
 
Tabela 2: Controle de rompimento dos corpos de prova da concretagem da laje da 
ampliação do Centro de Saúde. 
 
 
 
 
37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
ANEXO A - Tabela tipo “Caldas Branco” 
 
Fonte: Apostila do Prof. Espedito Felipe Teixeira de Carvalho

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