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Aula 01
TJ-RO - Regime Jurídico dos Servidores
Públicos Civis - 2021 (Pós-Edital)
Autor:
Tiago Zanolla
14 de Outubro de 2021
Tiago Zanolla
Aula 01
Índice
................................................................................................................................................................1) Estatuto dos Servidores de Rondônia - Demais Formas de Provimento 3
................................................................................................................................................................2) Estatuto dos Servidores de Rondônia - Do Provimento Originário 15
................................................................................................................................................................3) Estatuto dos Servidores de Rondônia - Questões Comentadas 36
................................................................................................................................................................4) Estatuto dos Servidores de Rondônia - Questões Sem Comentários 54
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DO PROVIMENTO DERIVADO 
Da Reversão 
Digamos que Pantaleão, servidor do Tribunal de Justiça, sofreu um acidente de trabalho o qual limitou 
sua capacidade mental e física, ficando inválido para o trabalho. 
Pantaleão foi aposentado por invalidez. 
Pantaleão gastou todas suas economias em tratamentos da medicina moderna e não obteve melhoras 
significativas. 
Ao “googlar”, encontrou um tratamento experimental com medicina quântica e artes místicas na 
Conxinchina. Como já tinha tentado de tudo e não tinha melhorado, apostou nessa forma alternativa 
de tratamento. 
Após algumas semanas, Pantaleão recobrou sua capacidade mental e física. 
Ao retornar para casa, decide que “agora vai viver a vida” e cria uma conta em uma rede social chamada 
“a volta dos que não foram”. Nessa rede, Pantaleão conta sua história e posta vídeos e fotos 
diariamente da prática, agora habitual, de esportes radicais. 
Daí, um servidor da repartição de Pantaleão “descobre” essa rede social de Pantaleão e decide informar 
ao chefe imediato. 
Sabe o que acontece? Pantaleão vai ser convocado a fazer exames médicos e, se considerado apto, a 
retornar ao serviço, pois os motivos determinantes da aposentadoria são insubsistentes. O nome disso 
é REVERSÃO. 
Art. 32. Reversão é o reingresso de servidor aposentado no serviço público, quando insubsistentes os 
motivos determinantes de sua aposentadoria por invalidez, verificados em inspeção médica oficial 
ou por solicitação voluntária do aposentado, a critério da administração. 
§ 1º A reversão dar-se-á no mesmo cargo, no cargo resultante de sua transformação, ou em outro 
de igual vencimento. 
§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a 
ocorrência de vaga. 
Art. 33. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade. 
 
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Da Readaptação 
Utilizando ainda o exemplo acima, digamos que a limitação do servidor não o impossibilitou para o 
serviço público, mas para o cargo. Explico. Digamos que o servidor era Oficial de Justiça e perdeu o 
movimento das pernas, ficando assim impossibilitado para exercer o cargo de oficial, mas não outra 
função pública. 
Assim, o servidor pode ser utilizado em outra função ao invés de ser aposentado por invalidez. Isso é a 
readaptação. 
Art. 31. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades 
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em 
inspeção médica. 
A readaptação, de fato, permite o ingresso de um servidor em cargo público diferente daquele para o 
qual prestou o concurso público. 
Alguns doutrinadores classificam a readaptação como modalidade de transferência. 
Porém, diferentemente do acesso e da transferência, não há posicionamento jurisprudencial claro 
acerca da constitucionalidade (ou não). Aliás, a própria constituição autoriza a readaptação: 
Art. 37. § 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para 
exercício de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a 
limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto 
permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação e o nível de 
escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de 
origem. 
Agora, se o resultado da inspeção médica concluir pela incapacidade para o serviço público, será 
determinada a aposentadoria do readaptando. 
§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptado será aposentado. 
§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida. 
 
Da Reintegração 
Imagine que um servidor seja exonerado/demitido e após certo tempo, por algum motivo, consiga 
voltar ao trabalho. Isso é a readmissão. 
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Readmissão é o reingresso no serviço público estadual, sem ressarcimento de vencimentos e 
vantagens, do funcionário exonerado ou demitido, depois de apurado em processo, quanto ao segundo 
caso, que não subsistem os motivos que determinaram a demissão. 
Art. 34. Reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado ou no 
resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou 
judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. 
§ 1º A decisão administrativa que determinar a reintegração é sempre proferida em pedido de 
reconsideração, em recurso ou em revisão de processo. 
§ 2º Encontrando-se provido o cargo, seu eventual ocupante, é reconduzido a seu cargo de origem, 
sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade remunerada. 
 § 3º Na hipótese do cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade observado o disposto 
nos artigos 37 e 38. 
 
Da Recondução 
Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: 
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; 
II - reintegração do anterior ocupante. 
§ 2º Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, de igual 
remuneração. 
 
 
Da Disponibilidade e do Aproveitamento 
Disponibilidade é o afastamento do funcionário efetivo em virtude de extinção do cargo, ou da 
declaração de sua desnecessidade. Aproveitamento, por sua vez, é o retorno daquele em 
disponibilidade. 
Art. 37. Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, seu titular, desde que estável, fica em 
disponibilidade remunerada até seu adequado aproveitamento em outro cargo de atribuições e 
vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. 
Mas, isso também não é forma de provimento de cargo público sem a realização prévia de concurso 
público? Sim, mas desta vez, a Constituição Federal previu expressamente esta possibilidade: 
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Constituição Federal 
Art. 41. § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável 
ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até 
seu adequado aproveitamento em outro cargo. 
Então, embora sem cargo, ele ficará disponível, aguardando a Administração precisar dele, e recebendo 
por estar esperando ser aproveitado em outra função. 
A remuneração é proporcional do tempo de serviço.O termo “remuneração proporcional” é calculada 
com base no tempo necessário para aposentadoria. 
Assim, um servidor homem que, por exemplo, ganhe R$ 7,000,00 mensais e tenha trabalhado já 10 
anos (tempo de exercício), terá de proventos de disponibilidade R$ 2.000,00. O cálculo é feito com base 
nos 35 anos de contribuição necessários para aposentadoria. 
R$ 7.000,00 35 anos 10 anos 
Remuneração Tempo de contribuição total 
para aposentar 
Tempo de serviço 
Cálculo: 
R$ 7.000,00/35 = 200/ano 
R$ 200 x 10 anos = R$ 2.000,00 
A natureza da remuneração do servidor em disponibilidade é a de proventos. 
Art. 38. Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, tem preferência o de maior tempo de 
disponibilidade e, no caso de empate, o de maior tempo de serviço público. 
Art. 39. Fica sem efeito o aproveitamento e cessada a disponibilidade, se o servidor não entrar em 
exercício no prazo legal, salvo doença comprovada pelo órgão médico oficial. 
 
ANOTE: 
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FORMAS DE 
PROVIMENTO
NOMEAÇÃO
READAPTAÇÃO
REVERSÃO
REINTEGRAÇÃO
APROVEITAMENTO
RECONDUÇÃO
INGRESSO/ADMISSÃO
PROVIDO PARA OUTRO CARGO MAIS 
COMPATÍVEL
RETORNO DO APOSENTADO
RETORNO DO DEMITIDO/EXONERADO 
COM RESSARCIMENTO
RETORNO DO DISPONÍVEL
VOLTA DO INABILITADO EM ESTÁGIO 
EM OUTRO CARGO OU REINTEGRAÇÃO 
DO ANTIGO OCUPANTE
 
 
Da Vacância 
Se de um lado o provimento é o preenchimento do cargo público, a vacância é o outro lado. A palavra 
vacância quer dizer justamente o que o nome sugere: um cargo anteriormente ocupado na estrutura 
ficou vago. 
Se tiver dúvidas, lembre-se da hipótese mais curiosa de vacância do cargo: o falecimento. Que outra 
maneira de lembrar que um cargo público passou a ficar vago do que a morte de seu ocupante? 
São formas de vacância: 
Art. 40. A vacância do cargo público decorrerá de: 
I - exoneração; 
II - demissão; 
III - promoção; 
IV - readaptação; 
V - posse em outro cargo inacumulável; 
VI - falecimento; 
VII - aposentadoria; 
Perceba que readaptação e promoção são, ao mesmo tempo, forma de provimento e formas de 
vacância. 
Mister destacar que exoneração e demissão, em que pese sejam forma de desligamento das atividades, 
são coisas distintas. 
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Exoneração é forma de encerramento de vínculo com a Administração sem caráter punitivo. Já a 
demissão é desligamento como forma de punição. 
Art. 41. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á pedido do servidor ou de ofício. 
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á: 
I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório e não couber a recondução; 
II - quando o servidor não tomar posse ou deixar de entrar em exercício nos prazos legais. 
 
Art. 42. A exoneração do cargo em comissão dar-se-á: 
I - a juízo da autoridade competente; 
II - a pedido do próprio servidor. 
 
Art. 43. A demissão de cargo efetivo será aplicada como penalidade, observado o disposto nesta Lei 
Complementar. 
 
 
Da Movimentação 
São formas de movimentação de pessoal: 
 
É vedada a movimentação “ex-ofício” de servidor que esteja regularmente matriculado em Instituição 
de Ensino Superior de formação, aperfeiçoamento ou especialização profissional que guarde 
correspondência com as atribuições do respectivo cargo. 
Art. 46. Nos casos de extinção de órgãos ou entidades, os servidores estáveis que não puderem ser 
movimentados na forma prevista no presente Capítulo serão colocados em disponibilidade, até seu 
aproveitamento na forma prevista nesta Lei Complementar. 
Formas de 
Movimentação
remoção 
relotação 
cedência
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Da Remoção 
Remoção é o deslocamento do funcionário COM ou SEM MUDANÇA DE SEDE e processar-se-á ex-
offício ou a pedido do funcionário: 
Art. 47. Remoção é a movimentação do servidor, a pedido “ex-ofício” de um para outro órgão ou 
unidade, sem alteração de situação funcional, respeitada a existência de vagas no âmbito do 
respectivo quadro lotacional, com ou sem mudança de sede, por ato do Chefe do Poder Executivo. 
Todas as hipóteses implicam deslocamento do servidor. E como isso funciona? 
Art. 48. Dar-se-á remoção: 
I - de uma Secretaria, Autarquia ou Fundação para outra; 
II - de uma Secretaria, Autarquia ou Fundação para órgão diretamente subordinado ao Governador 
e vice-versa; 
III - de um órgão subordinado ao Governador para outro da mesma natureza. 
Bem, mas agora é importante diferenciar ex-offício (determinada pela administração), remoção a 
pedido da remoção por permuta (embora também seja a pedido). 
Art. 49. A remoção processar-se-á: 
I - por permuta, mediante requerimento conjunto dos interessados, desde que observada a 
compatibilidade de cargos, com anuência dos respectivos Secretários ou dirigentes de órgãos, 
conforme dispuser em regulamento; 
Imagine duas pessoas infelizes nos locais em que trabalham. Uma reside em Ariquemes, mas queria 
estar em Ji-Paraná. Outra reside em Ji-Paraná, mas queria estar em Ariquemes. 
A solução para isso é bastante fácil: mediante requerimento conjunto dos interessados, desde que 
observada a compatibilidade de cargos, com anuência dos respectivos Secretários ou dirigentes de 
órgãos e um passa a ocupar o lugar do outro. 
 
 II - a pedido do interessado nos seguintes casos: 
a) sendo ambos servidores, o cônjuge removido no interesse do serviço público para outra localidade, 
assegurado o aproveitamento do outro em serviço estadual na mesma localidade; 
b) para acompanhar o cônjuge que fixe residência em outra localidade, em virtude de deslocamento 
compulsório, devidamente comprovado; 
c) por motivo de tratamento de saúde do próprio servidor, do cônjuge ou dependente, desde que 
fiquem comprovadas, em caráter definitivo pelo órgão médico oficial, as razões apresentadas pelo 
servidor, independente de vaga. 
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Veja que as duas primeiras hipóteses é uma proteção à família. O Estado, acreditando você ou não, 
quer que as pessoas sejam felizes no matrimônio. Daí que possibilitam que o casal mude de lotação 
quando um dos cônjuges é levado para outra localidade. 
A última opção é justamente para que o servidor tenha tratamento adequado a sua enfermidade. 
 
E temos a opção em que a Administração determina a movimentação: 
III - no interesse do serviço público, para ajustamento de quadro de pessoal às necessidades dos 
serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade, conforme 
dispuser o regulamento. 
§ 1º Na hipótese do inciso II, deverão ser observadas, para os membros do magistério, a 
compatibilidade de área de atuação e carga horária. 
§ 2º Para os membros do magistério, a remoção processar-se-á somente entre unidades 
educacionais e entre unidades constantes da estrutura da Secretaria de Estado da Educação. 
 
Art. 50. Não haverá remoção de servidores em estágio probatório, ressalvados os casos previstos 
na alínea ‘b’ do inciso II, e no inciso III, do artigo 49. 
Parágrafo único. A remoção dos servidores quem compõem o quadro funcional da Secretaria de 
Estado da Educação – SEDUC, Secretaria de Estado de Justiça – SEJUS, Secretaria de Estado da 
Segurança, Defesa e Cidadania – SESDEC e Secretaria de Estado de Saúde – SESAU, limitar-se-á ao 
máximo a 10% (dez por cento) do total de servidores ativos do quadro lotacional. 
 
Art. 51. Quando a remoção ocorrer commudança de sede terá o servidor, o cônjuge ou companheiro 
e seus dependentes direito à transferência escolar, independente de vaga nas escolas de qualquer 
nível do Sistema Estadual de Ensino. 
 
 
Da Relotação 
Relotação é a movimentação do servidor a pedido ou “ex-ofício”, de uma unidade administrativa para 
outra dentro do mesmo órgão, por ato do titular do órgão, com ou sem alteração do domicílio ou 
residência, respeitada a existência de vagas no quadro lotacional. 
 § 1º São unidades administrativas, para efeito deste artigo, as unidades escolares, sanitárias, 
hospitalares, regionais, residenciais, as Delegacias, as representações e os órgãos colegiados. 
§ 2º Nos casos de estruturação de órgão, entidades ou unidades, bem como no da readaptação de 
trata o artigo 31, os servidores estáveis serão relotados em outras atividades afins. 
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§ 3º A relotação dar-se-á exclusivamente para o ajustamento de pessoal às necessidades de serviço. 
ATENÇÃO! 
A remoção era movimentação de servidor de um órgão para outro dentro do mesmo poder. 
A relotação, por sua vez, é a movimentação do servidor de unidade para unidade, dentro 
do mesmo órgão. 
 
Da Cedência 
Cedência é o ato através do qual o servidor é cedido para outro Estado, Poder, Município, Órgão ou 
Entidade. 
§ 1º. A cedência referida no caput deste artigo só será admitida quando se tratar de servidor estável 
efetivo do Estado de Rondônia e sempre sem ônus para o Órgão cedente, por Ato do Chefe do Poder 
Executivo, por meio de processo específico, ressalvadas as cedências que tenham contraprestação 
para os partícipes, e, nos casos de servidores estáveis ocupantes de cargo efetivo da área de saúde 
que poderão ser cedidos, por ato do Governador do Estado, aos municípios do Estado de Rondônia, 
com ônus para o Poder Executivo Estadual. 
§ 2º Ao servidor cedido para ocupar cargo em comissão, é assegurada sua vaga na lotação do órgão 
de origem. 
§ 3º O servidor em estágio probatório poderá ser cedido para ocupar cargo em comissão. 
§ 4° A cedência dos servidores quem compõem o quadro funcional da SEDUC, SEJUS, SESDEC e SESAU, 
limitar-se-á ao máximo de 10% (dez por cento) do total de servidores ativos do quadro lotacional. 
 
Em síntese: 
 
Formas de 
Movimentação
remoção Movimentação entre órgãos do mesmo Poder
relotação Movimentação dentro do mesmo órgão
cedência Movimentação entre Entes
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Da Substituição 
Haverá substituição em caso de impedimentos legais de ocupantes de cargos em comissão. 
§ 1º A substituição é automática na forma prevista no Regimento Interno. 
§ 2º O substituto fará jus à gratificação pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia, nos 
casos de afastamento ou impedimento legal do titular, superiores a 30 (trinta) dias, paga na 
proporção dos dias de efetiva substituição. 
 
 
Da Jornada de Trabalho 
O ocupante de cargo de provimento efetivo fica sujeito a 40 (quarenta) horas semanais de trabalho, 
salvo quando disposto diversamente em lei ou regulamento próprio. 
§ 1º - Os Chefes dos Poderes, Procurador Geral do Ministério Público e Presidente do Tribunal de 
Contas estabelecerão o horário para o cumprimento de jornada semanal de trabalho. 
§ 2º Além do cumprimento do estabelecido neste artigo, o exercício em comissão e função 
gratificada exige dedicação integral ao serviço por parte do comissionado, que pode ser convocado 
sempre que haja interesse da administração. 
§ 4º Os servidores que ficam a disposição de seu sindicato, como dirigentes sindicais são onerados 
pela Secretaria de origem, como também perceberão vantagens que são inerentes aos demais 
servidores. 
 
Art. 56. A jornada de trabalho dos professores poderá ser de 20 horas e 40 horas semanais, conforme 
dispuserem os respectivos regulamentos. 
Parágrafo único. A jornada de trabalho dos ocupantes de cargos de provimento efetivo, mencionada 
no “caput” deste artigo poderá, atender aos critérios da conveniência e oportunidade, ser reduzida 
de 40 para 20 horas semanais, a pedido do funcionário e com a consequente redução proporcional 
da sua remuneração. 
 
Art. 56-A. A jornada de trabalho dos profissionais da área da saúde, com profissão regulamentada, 
poderá ser compreendida pela cumulação de dois vínculos, desde que não haja incompatibilidade de 
horário e não ultrapasse 80 (oitenta) horas semanais, bem como trabalhem em regime de plantão 
em pelo menos um dos vínculos. 
§ 1º Serão aceitos os vínculos públicos que assim se constituírem: 
a) um vínculo federal e outro estadual ou, 
b) dois vínculos estaduais ou, 
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c) um vínculo estadual e outro municipal. 
 
§ 2º O regime de plantão, que poderá ser desenvolvido nas estratégias de atenção primária, 
secundária e terciária, especificado no caput poderá ser cumprido das seguintes formas: 
a) plantão de 6 (seis) horas corridas; 
b) plantão de 12 (doze) horas corridas; e 
c) plantão de 24 (vinte e quatro) horas corridas. 
 
§ 3º Consideram-se, para efeito desta Lei, todos os profissionais de saúde de níveis auxiliar, técnico 
e superior, com profissões e conselhos profissionais devidamente regulamentados por Lei Federal. 
 
Art. 57 Ao servidor matriculado em estabelecimento de Ensino Superior será concedido, sempre que 
possível, horário especial de trabalho que possibilite a frequência normal às aulas, mediante, 
comprovação mensal por parte do interessado do horário das aulas, quando inexistir curso correlato 
em horário distinto ao do cumprimento de sua jornada de trabalho. 
§ 1º O horário especial de que trata este artigo somente será concedido quando o servidor não 
possuir curso superior. 
§ 2º Para os integrantes do Grupo Magistério, o benefício deste artigo poderá ser concedido, 
também, aos servidores possuidores de curso de Licenciatura Curta, para complementação de 
estudos até o nível de Licenciatura Plena. 
§ 3º Durante o período de férias escolares o servidor fica obrigado a cumprir jornada integral de 
trabalho. 
 
Art. 58. Executa-se da limitação estabelecida no artigo 55, a Jornada de Trabalho do Piloto, para a 
qual será observada a Portaria do Ministério da Aeronáutica nº 3016, de 05 de fevereiro de 1988. 
 
Da Frequência e do Horário 
A frequência do servidor será computada pelo registro diário de ponto ou outro mecanismo de controle 
estabelecido em regulamento. 
§ 1º Ponto é o registro que assinala o comparecimento do servidor ao trabalho e pelo qual se verifica 
diariamente, a sua entrada e saída. 
§ 2º Os registros de ponto deverão conter todos os elementos necessários à apuração da freqüência. 
Art. 60. É vedado dispensar o servidor do registro de ponto, abonar faltas ou reduzir a jornada de 
trabalho, salvo nos casos expressamente previstos em lei ou regulamento. 
Parágrafo único. A infração do disposto no “caput” deste artigo determinará a responsabilidade da 
autoridade que tiver expedido a ordem, ou a que tiver cometido sem prejuízo da sanção disciplinar. 
 
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Art. 61. O servidor que não comparecer ao serviço por motivo de doença ou força maior, deverá 
comunicar à chefia imediata. 
§ 1º As faltas do serviço por motivo de doença são justificadas para fins disciplinares, de anotação 
no assentamento individual e pagamento, desde que a impossibilidade do comparecimento seja 
abonada pela chefiaimediata, mediante atestado médico expedido pelo órgão oficial, até 24 (vinte 
e quatro) horas após o comparecimento. 
§ 2º As faltas ao serviço por doença em pessoa da família, através de atestado médico oficial são 
justificadas na forma e para fins estabelecidos no parágrafo anterior. 
Art. 62. As faltas ao serviço por motivo particular não são justificadas para qualquer efeito, 
computando-se como ausência. 
 
Do Treinamento 
Aos poderes constituídos, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado, dentro da política 
de valorização profissional, compete planejar, organizar, promover e executar cursos, estágios e 
treinamento para capacitação dos Recursos Humanos. 
Parágrafo único. A Fundação Escola de Serviço Público de Rondônia, elaborará, até o dia 31 (trinta 
e um) de julho de cada ano o plano anual de treinamento do exercício seguinte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DO PROVIMENTO 
Os cargos públicos têm uma porta de entrada. Você não vira funcionário público apenas por desejo e 
meditação. Existe um ritual mágico pelo qual você deve passar para que deixe de ser um mero mortal 
e ascenda à condição de servidor :P. 
Nos séculos passados, bastaria ser amigo do Governador que ele assinaria uma portaria e o nomearia 
para um cargo público. Não mais (com algumas exceções). 
O ritual ao qual eu aludi se chama “investidura”, que desde a nossa querida Constituição Federal de 
1988, ocorre preferencialmente por concurso público (a razão de todos nós estarmos aqui). 
 
A admissão ao serviço estadual dependerá sempre de aprovação prévia em 
concurso público, exceto para o provimento de cargos em comissão. 
 
Você, em sendo funcionário público, seja efetivo, seja comissionado, só está ali porque uma autoridade 
competente e superior a você praticou um ato (mais precisamente um ato administrativo) capaz de 
transformá-lo em servidor. 
E só a partir da prática desse ato administrativo (que se sujeita a todas as regras dos atos 
administrativos em geral, com observância à competência, finalidade, forma, motivo e objeto). Este ato 
administrativo é justamente o ato de provimento do cargo que o habilita a investir-se em um cargo 
público. 
Esse ato deve emanar de uma autoridade competente. No caso, compete ao chefe de cada Poder: 
Art. 9º O provimento de cargo público far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada 
Poder, do Ministério Público e do Tribunal de Contas. 
 
Pois bem, é sobre cada uma dessas formas de provimento que falaremos em breve. Mas, se você já 
tiver estudado Direito Administrativo, você acabou de ver dois dos requisitos do ato administrativo de 
provimento de cargos públicos: autoridade competente e a forma pela qual o ato pode se manifestar. 
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O estatuto não menciona, mas é o chefe máximo da instituição. Por exemplo, no Judiciário, cabe ao 
Presidente do TJ. No Executivo, ao governador. No legislativo, o presidente da Assembleia. Destaco 
ainda que essa atividade pode ser delegada. 
Mas, o que vem a ser provimento? 
Provimento é o ato de preenchimento de cargo ou função pública vago, atribuindo-lhe um titular. 
Podemos classificar o provimento em ORIGINÁRIO (autônomo) e DERIVADO. 
 Originária – Ocorre quando não há relação jurídica entre o ente da administração e o servidor. 
É o ingresso no serviço público. A única forma de provimento originário é a NOMEAÇÃO. 
 
 Derivada – Ocorre quando já existe vínculo jurídico anterior. Utilizada para a movimentação na 
carreira do servidor. 
 
o Derivada Horizontal - não há ascensão ou rebaixamento; 
o Derivada Vertical - há ascensão ou rebaixamento; 
 
FORMAS DE 
PROVIMENTO
NOMEAÇÃO
READAPTAÇÃO
REVERSÃO
REINTEGRAÇÃO
APROVEITAMENTO
RECONDUÇÃO
PROMOÇÃO
 
Outro ponto importante: No nascimento da Constituição Federal, quase todos os estatutos previam as 
formas de provimento "acesso" e "transferência". 
 ACESSO - permitia ao servidor investir-se diretamente na classe inicial de outro cargo; 
 TRANSFERÊNCIA - permitia o ingresso em cargo público diverso daquele para o qual se prestou 
concurso público. 
 
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Tais formas de provimento são consideradas atualmente inconstitucionais, justamente por permitirem 
o ingresso na classe inicial de determinado cargo sem a realização de concurso público. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 37. II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso 
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou 
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado 
em lei de livre nomeação e exoneração; 
Ou seja, o ingresso em cargo efetivo só é possível mediante concurso. 
O STF também já se manifestou: 
SÚMULA VINCULANTE N.º 43: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao 
servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em 
cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. 
E não fosse o bastante, veja parte da ementa do julgamento do Recurso Extraordinário 167.635/PA, do 
Ministro Relator Maurício Correa: 
“1.1. O critério aferível por concurso público de provas ou de provas e títulos é, no atual sistema 
constitucional, indispensável para o cargo isolado ou de carreira. Para o isolado, em qualquer 
hipótese; para o de carreira, só se fará na classe inicial e pelo concurso público de provas ou de 
provas e títulos, não o sendo, porém, para os cargos subsequentes que nela se escalonam até o seu 
final, pois, para estes, a investidura se dará pela forma de provimento, que é a “promoção”. 1.2. 
Estão banidas, pois, as formas de investidura antes admitidas –ascensão e transferência, que são 
formas de ingresso em carreira diversa daquela 
 
Excetuando-se a nomeação, todas as demais formas de movimentação da Lei são de provimento 
derivado ou o reingresso (quando o servidor desligado retorna ao serviço). O artigo 11 enumera quais 
são essas formas: 
Art. 11. São formas de provimento de cargo público: 
I - nomeação; 
II - promoção; 
III - readaptação; 
IV - reintegração; 
V - aproveitamento; 
VI - reintegração; 
VII - recondução; 
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Você notou que a redação do item IV e VI são a mesma? O que aconteceu é basicamente um erro de 
digitação. Um dos itens (não dá para saber qual) se refere a REVERSÃO prevista no art. 32. 
Portanto, temos as seguintes formas de provimento: 
 
Pois bem! O provimento tem várias etapas. Já quero adiantar que NÃO VAMOS SEGUIR a sequência dos 
artigos, mas uma que seja mais lógica e intuitiva. 
Antes disso, já anota o conceito de cada item: 
Nomeação 
É o ingresso no serviço público. Nomeação é a única forma de provimento 
originário e pode ser tanto para os cargos efetivos como para os comissionados. 
Readaptação 
Investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis 
com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada 
em inspeção médica. 
Reintegração 
Reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado ou no 
resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão 
administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. 
Reversão 
Reingresso de servidor aposentado no serviço público, quando insubsistentesos 
motivos determinantes de sua aposentadoria por invalidez, verificados em 
inspeção médica oficial ou por solicitação voluntária do aposentado, a critério da 
administração. 
Aproveitamento Retorno do servidor em disponibilidade. 
Recondução Retorno do servidor estável ao cargo por ele anteriormente ocupado. 
Promoção Progressão na carreira 
 
Topa uma questão antes de avançarmos? 
(FUNDATEC/2018/AL-RS) Nos termos da Lei, são formas de provimento: 
A) Nomeação e Indicação. 
B) Readaptação e Promoção. 
C) Recondução e Ascensão. 
D) Reintegração e Indicação. 
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E) Reversão e Reaproveitamento. 
Comentários 
São formas de provimento: 
Art. 11. São formas de provimento de cargo público: 
I - nomeação; 
II - promoção; 
III - readaptação; 
IV - reintegração; 
V - aproveitamento; 
VI - reintegração; 
VII - recondução; 
Está correta a letra C 
GABARITO – Letra C 
 
(MPE-RS/2012) Entre as formas de provimento de cargo público, é correto citar 
A) a nomeação, a adaptação e a conversão. 
B) a indicação, a aprovação e a reintegração. 
C) o aproveitamento, a indicação e a condução. 
D) a aprovação, a indicação e a nomeação. 
E) a readaptação, o aproveitamento e a recondução. 
Comentários 
São formas de provimento: 
Art. 11. São formas de provimento de cargo público: 
I - nomeação; 
II - promoção; 
III - readaptação; 
IV - reintegração; 
V - aproveitamento; 
VI - reintegração; 
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VII - recondução; 
Está correta a letra E. 
GABARITO – Letra E 
 
 
Do Concurso 
O concurso público é o mandamento constitucional para o provimento de cargos públicos efetivos. 
Constituição Federal 
Art. 37. II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso 
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou 
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado 
em lei de livre nomeação e exoneração; 
O nosso estatuto não poderia prever de forma diferente: 
Art. 12. A primeira investidura em cargo de provimento efetivo dependerá de prévia habilitação em 
concurso público, obedecida a ordem de classificação e prazo de validade. 
A investidura em cargo público nem sempre depende da aprovação prévia em concurso público de 
provas ou de provas e títulos. A exceção fica por conta das nomeações para cargos em comissão 
declarados em lei de livre nomeação e exoneração. 
Em síntese, o servidor EFETIVO é aquele que ingressa mediante concurso público e após 3 anos de 
efetivo exercício e ter sido aprovado na avaliação de desempenho, adquire estabilidade. 
Os cargos em comissão são aqueles que não precisam de concurso e são preenchidos por indicação da 
autoridade. São os de livre nomeação e exoneração. 
NOMEAÇÃO
CARÁTER EFETIVO
EM COMISSÃO
DECORRENTES DE CONCURSO 
PÚBLICO
DECLARADOS EM LEI DE LIVRE 
NOMEAÇÃO E EXONERAÇÃO
 
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Pois bem, o concurso público é o meio idôneo de escolher o melhor candidato aferindo a capacidade 
técnica, física e psicológicas dos interessados. Tem como fundamento o sistema de mérito. 
O concurso poderá ser de PROVAS ou de PROVAS + TÍTULOS. 
Art. 13. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas 
conforme dispuseram a lei e o regulamento do respectivo Plano de Carreira. 
 
É interessante NÃO CONFUNDIR também o termo “prova” com o termo "fases". A prova poder ter uma 
única fase com provas objetivas ou várias, com prova objetiva, discursiva, teste físico etc. 
 
Algumas notas sobre a prova de títulos: 
 A prova de títulos é FACULTATIVA e, quando houver, será realizada como etapa posterior à 
prova escrita e somente apresentarão os títulos os candidatos aprovados nas etapas anteriores, 
ressalvada disposição diversa em lei. 
 A prova de títulos NÃO TEM CARÁTER ELIMINATÓRIO. Nesse caso, o efeito é tão somente 
CLASSIFICATÓRIO (pode adicionar pontos). 
 Não pode haver concurso baseado unicamente em pontuação de títulos. 
 A extensão da pontuação de títulos deve ser ponderada (ex. não pode ter concurso em que as 
provas sejam 20 pontos e os títulos 80). 
VALIDADE DO CONCURSO 
Vamos falar da validade do concurso: 
A Carta Magna, prevê o seguinte: 
Art. 37. III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por 
igual período; 
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O nosso estatuto não poderia dispor de forma diferente: 
Art. 14. O concurso público tem validade de até 02 (dois) anos podendo ser prorrogado uma única 
vez, por igual período. 
§ 1º As condições de realização do concurso serão fixadas em edital, publicado no Diário Oficial do 
Estado e divulgado pelos veículos de comunicação. 
 
O prazo de validade começa a correr a partir da homologação do resultado final (ou simplesmente 
homologação do concurso). 
EXEMPLO: Edital publicado em 10/03/2020 teve a aplicação das provas em 02/06/2020. Após 
apreciação dos recursos, em 05/08/2020 o concurso foi homologado. O edital previa validade de 1 ano. 
Tal concurso terá validade até 05/08/2021, podendo ser prorrogado uma única vez por mais um ano. 
PUBLICAÇÃO DO 
EDITAL
APLICAÇÃO DAS 
PROVAS
HOMOLOGAÇÃO DO 
CONCURSO
10/03/20 02/06/20 05/08/20
PROF
. TIAG
O ZA
NOL
LA
INÍCIO VALIDADE
 
Destaco que o certame só poderá ser prorrogado uma única vez, por igual período, caso haja previsão 
no edital do concurso público. Não havendo previsão de prorrogação, não é possível a prorrogação. 
O término do prazo de validade importa a caducidade do procedimento, vale dizer, perde este 
sua eficácia jurídica (CARVALHO FILHO, 2013). 
 
Pontos de atenção: 
NOVO CONCURSO DURANTE A VALIDADE DE OUTRO - Segundo a Constituição Federal, é possível novo 
concurso durante validade do anterior. 
Art. 37. IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em 
concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos 
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; 
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Portanto, tem precedência de nomeação os aprovados no concurso anterior. 
Só tem um probleminha: Nosso estatuto veda essa prática: 
§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com 
prazo de validade não expirado. 
 
CANDIDATO APROVADO DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS - Para o STF, candidato aprovado em 
concurso público dentro do número de vagas previsto no edital possui direito subjetivo à nomeação. 
Quando se afirma que a Administração Pública tem a obrigação de nomear os aprovados dentro do 
número de vagas previsto no edital, deve-se levar em consideração a possibilidade de situações 
excepcionalíssimas que justifiquem soluções diferenciadas , devidamente motivadas de acordo com 
o interesse público. Não se pode ignorar que determinadas situações excepcionais podem exigir a 
recusa da Administração Pública de nomear novos servidores. Para justificar o excepcionalíssimo 
não cumprimento do dever de nomeação por parte da Administração Pública, é necessário que a 
situação justificadora seja dotada das seguintes características: 
a) Superveniência: os eventuais fatos ensejadoresde uma situação excepcional devem ser 
necessariamente posteriores à publicação do edital do certame público; 
b) Imprevisibilidade: a situação deve ser determinada por circunstâncias extraordinárias, 
imprevisíveis à época da publicação do edital; 
c) Gravidade: os acontecimentos extraordinários e imprevisíveis devem ser extremamente graves, 
implicando onerosidade excessiva, dificuldade ou mesmo impossibilidade de cumprimento efetivo 
das regras do edital; 
d) Necessidade: a solução drástica e excepcional de não cumprimento do dever de nomeação deve 
ser extremamente necessária, de forma que a Administração somente pode adotar tal medida 
quando absolutamente não existirem outros meios menos gravosos para lidar com a situação 
excepcional e imprevisível. 
De toda forma, a recusa de nomear candidato aprovado dentro do número de vagas deve ser 
devidamente motivada e, dessa forma, passível de controle pelo Poder Judiciário [RE 598.099]. 
Inclusive, a alteração do número de vagas de concurso no decorrer do processo seletivo, impedindo a 
nomeação de candidato aprovado dentro do número de vagas anteriormente previsto, viola os 
princípios da segurança jurídica e da confiança (STF). 
 
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Entendeu ainda a suprema corte que, por si só, o surgimento de novas vagas ou a abertura de novo 
concurso não gera o direito público subjetivo à nomeação de candidatos já aprovados que aguardam 
nomeação, embora fora do número de vagas previsto em edital. 
O surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo 
de validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos 
aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e 
imotivada por parte da administração, caracterizada por comportamento tácito ou expresso do 
Poder Público capaz de revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o 
período de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. Assim, o direito 
subjetivo à nomeação do candidato aprovado em concurso público exsurge nas seguintes hipóteses: 
I – Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital; 
II – Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação; 
III – Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame 
anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da 
administração nos termos acima. 
RE 837.311 
A desistência de candidatos melhor classificados em concurso público convola a mera 
expectativa em direito líquido e certo, garantindo a nomeação dos candidatos que passarem 
a constar dentro do número de vagas previstas no edital. 
 
APROVADOS EM CADASTRO RESERVA - Candidato aprovado em concurso público para formação de 
cadastro reserva é mero detentor de expectativa de direito à nomeação. 
 
NOMEAÇÃO DE CANDIDATOS - Como regra, somente candidatos aprovados dentro do número de 
vagas ofertadas no edital tem direito à nomeação. Todavia, o STJ firmou tese que o classificado fora do 
número de vagas previstas no edital, tem direito subjetivo à nomeação se o candidato imediatamente 
anterior na ordem de classificação, aprovado dentro do número de vagas e convocado, tiver 
manifestado a sua desistência. 
1. Apenas o candidato aprovado dentro do número de vagas ofertadas no edital do certame tem, 
em regra, direito público subjetivo à nomeação, conforme decidido no RE 598.099/MS, relator o 
Em. Ministro Gilmar Mendes, em julgamento com repercussão geral. 
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2. No entanto, o candidato originalmente excedente que, em razão da inaptidão de outros 
concorrentes mais bem classificados, ou de eventuais desistências, reclassifica-se e passa a figura 
nesse rol de vagas ofertadas, ostenta igualmente o direito à nomeação. 
 
POSSE APÓS A VALIDADE DO CONCURSO - A expiração final da validade não impede a investidura de 
servidor nomeado antes desse momento ou mesmo pleiteado junto ao judiciário o reconhecimento da 
nomeação. 
 
DO PROVIMENTO EM ÓRGÃO DIVERSO DO PODER EXECUTIVO 
Assim dispõe o estatuto: 
§ 3° O edital poderá prever o aproveitamento de aprovados em concurso público para provimento 
em órgão diverso do Poder Executivo do Estado de Rondônia, para atender ao interesse público, 
desde que atendidos, cumulativamente, os seguintes requisitos: 
I – inexistência de concurso público válido com candidatos aprovados para os cargos em que se 
pretende aproveitar; 
II – igual denominação, descrição, atribuições, competências, direitos e deveres do cargo; 
III – iguais requisitos de habilitação acadêmica e profissional; 
IV – lotação na mesma localidade de opção de edital; 
V – observância a ordem de classificação; 
VI – situação excepcional do órgão requisitante; 
VII – autorização do órgão que elaborou o concurso; 
VIII – remuneração e estrutura de carreiras análogas; e 
IX – opção expressa do candidato. 
§ 4° Realizado o aproveitamento do candidato na condição do § 3º, não poderá ocorrer o retorno ou 
ingresso no cargo ao qual concorreu no concurso público. 
O parágrafo terceiro dispõe que, DENTRO DO PODER EXECUTIVO, havendo concurso para um órgão, 
pode o aprovado ser aproveitado em outro. Assim, se você faz concurso para a Secretaria do Meio 
Ambiente, pode ser aproveitado na Secretaria de Segurança, por exemplo. 
 
DOS REQUISITOS BÁSICOS 
A mera aprovação em concurso não é, por si só, suficiente para a investidura em cargo público. 
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Os requisitos do artigo abaixo enumeram uma série de requisitos básico. 
Art. 8º São requisitos básicos para investidura em cargo público: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o gozo dos direitos políticos; 
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de dezoito anos; 
VI - aptidão física e mental, comprovada em inspeção médica; 
VII - habilitação em concurso público, salvo quando se tratar de cargos para os quais a lei assim não 
o exija. 
Mas não para por aí. Outros podem ser requisitados pelo edital, inclusive questões relativas a 
habilitação profissional. 
§ 1º Para o provimento de cargo de natureza técnica exigir-se-á a respectiva habilitação 
profissional. 
§ 2º As pessoas portadoras de deficiência física é assegurado o direito de se inscrever em concurso 
público para provimento de cargos, cujas atribuições sejam compatíveis com sua deficiência e o 
disposto no Art. 7º, inciso XXXI, da Constituição Federal. 
 
Por fim, obtendo êxito na etapa da prova, o candidato aprovado será submetido ainda a exames 
médicos: 
Art. 13-A. Os exames médicos ou laboratoriais exigidos em concurso públicos deverão ser prestados 
pela rede de serviço público de saúde. 
Parágrafo único. Os exames de que trata o caput do presente artigo, deverão ser entregues ao 
interessado em tempo hábil para a investidura ou posse nos termos do edital do respectivo concurso 
público. 
 
Não sendo aprovado, não poderá o candidato tomar posse. 
Art. 18. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial. 
Parágrafo único. Só poderá ser empossado o candidato que for julgado apto física e mentalmente 
para o exercício do cargo. 
 
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Da Nomeação,da Posse e do Exercício 
Art. 15. A nomeação é a forma originária de provimento dos cargos públicos. 
NOMEAÇÃO é “ato administrativo que materializa o provimento originário” (CARVALHO, 2013). Em 
outras palavras, é o ato que atribui um cargo público a alguém (é a publicação de seu nome no Diário 
de Justiça para que tome posse). 
A nomeação far-se-á: 
NOMEAÇÃO
CARÁTER EFETIVO CARGOS DE CARREIRA
CARÁTER 
TEMPORÁRIO
PARA OS CARGOS EM COMISSÃO, DE LIVRE 
PROVIMENTO E EXONERAÇÃO
PARA SUBSTITUIÇÃO DE CARGOS EM COMISSÃO
 
Ah! não posso deixar de destacar que a nomeação para o cargo de carreira ou cargo isolado de 
provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público, obedecidos a ordem de 
classificação e o prazo de sua validade. 
Nomeado, é hora de tomar posse. 
POSSE é o ato que completa a investidura em cargo público. 
Art. 10. A investidura em cargo público ocorre com a posse. 
Art. 12. A primeira investidura em cargo de provimento efetivo dependerá de prévia habilitação em 
concurso público, obedecida a ordem de classificação e prazo de validade. 
É a aceitação expressa das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo público, com 
o compromisso de bem servir, formalizada com a assinatura do termo pela autoridade competente e 
pelo compromissando. 
Art. 17. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual o servidor se comprometerá 
a cumprir fielmente os deveres do cargo. 
Tudo isso é muito rápido! 
A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de nomeação, prorrogável 
por mais de 30 (trinta) dias, a requerimento do interessado. 
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Ah! E é claro: Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação! 
Uma particularidade do estatuto é que se o nomeado estiver de licença ou afastamento por qualquer 
outro motivo legal (doente, por exemplo), o prazo pode ser prorrogado enquanto durar o impedimento, 
ou seja, pode ser prorrogado indefinidamente. 
§ 2º Em se tratando de servidor em licença ou afastamento por qualquer outro motivo legal, o prazo 
será contado do término do impedimento. 
Outro ponto bacana é que se você estiver temporariamente impossibilitado de tomar posse, o estatuto 
autoriza que seja feito via procuração. 
§ 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica. 
 
Mais uma peculiaridade da posse: 
§ 5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens que constituam seu patrimônio, na 
forma da Constituição do Estado, prova de quitação com a Fazenda Pública e Certidão Negativa do 
Tribunal de Contas e declarará o exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública. 
Na prática, você receberá um formulário e o preencherá com o seu patrimônio atual (o meu mesmo 
era zero, rs) 
 
Bem, vimos anteriormente que a nomeação deve ser feita pela autoridade competente. 
Art. 9º O provimento de cargo público far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada 
Poder, do Ministério Público e do Tribunal de Contas. 
 
Quanto a posse, que dependerá das seguintes autoridades: 
Art. 19. São competentes para dar posse: 
I - O Governador do Estado, os Presidentes da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Justiça, do 
Tribunal de Contas e Procurador Geral do Ministério Público às autoridades que lhes sejam 
diretamente subordinadas; 
II - Os Secretário de Estado, aos dirigentes das entidades, cargos comissionados, funções de 
confiança vinculadas às respectivas pastas; 
III - O Secretário de Estado da Administração aos demais funcionários do Poder Executivo, exceto ao 
servidor pertencente ao Grupo de Polícia Civil, cuja posse será dada pelo Diretor Geral da Polícia 
Civil. 
 
 
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Caso nomeado atenda o chamado e não tome posse, será declarado sem efeito o ato do provimento. 
Art. 19. § 6º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer nos prazos previstos 
no § 1º deste artigo e § 1º do artigo 20. 
 
Empossado, é hora de iniciar as atividades. 
EXERCÍCIO é o efetivo desempenho das funções do cargo pelo servidor, que deverá ocorrer em 30 dias 
contados da posse ou do ato que lhe determinar o provimento (nos casos de provimento derivado). 
E o que acontece caso o servidor, agora empossado, não entre em exercício. 
Bem, nos termos da redação do Art. 19, § 6º, temos a ideia de que o ato de provimento seria declarado 
sem efeito. Bem, quase isso. Olha a redação abaixo: 
Art. 20. § 2º Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício no prazo previsto no 
parágrafo anterior. 
 
NÃO CONFUNDA: 
Ato Prazo Prorrogação Efeitos do não cumprimento 
Posse 30 dias + 30 dias Ato sem efeito 
Exercício 30 dias Não 
Ato de provimento sem efeito + 
Exoneração 
 
Continuando: 
§ 3º Cabe à autoridade competente do órgão ou entidade para onde for designado o servidor, dar-
lhe exercício. 
Art. 21. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no 
assentamento individual do servidor. 
Chegando na repartição, alguém tem que dizer o que você vai fazer. Geralmente é o chefe do setor. 
 
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Art. 22. A progressão não interrompe o tempo de exercício, que é contado do novo posicionamento 
na carreira a partir da data da publicação do ato que promover o servidor. 
Contemplai o futuro da sua carreira: 
Art. 293 - A progressão do servidor na carreira dar-se-á de 02 (dois) em 02 (dois) anos de efetivo 
exercício, de acordo com os critérios definidos no Plano de Carreira, Cargos e Salários do Pessoal Civil 
da Administração Direta do Poder Executivo, Autarquias e Fundações e seus regulamentos. 
Essa é a progressão na carreira que falamos na aula anterior. Deixaremos esse assunto para o momento 
oportuno, ok? 
 
Art. 23. O servidor movimentado para outra localidade, terá até 30 (trinta) dias de prazo para entrar 
em exercício a partir da publicação do ato. 
Parágrafo único. Na hipótese de o servidor encontrar-se afastado legalmente, o prazo a que se refere 
este artigo será contado a partir do término do afastamento. 
É o que chamamos de tempo de trânsito. 
O servidor que for posto para trabalhar em outra localidade tem ATÉ 30 dias para entrar em exercício 
na nova localidade. Veja que o prazo é de até 30 dias. Assim, fica por conta do ato que o movimentar 
definir o prazo. 
 
Art. 24. No âmbito da Administração Direta do Poder Executivo, Autarquias e Fundações, nenhum 
servidor poderá ter exercício em quadro diferente daquele em que for lotado. 
O artigo 24 é um claro exemplo de vedação da transferência. Ele veda que um servidor integrante de 
um quadro seja posto em outro. 
 
AFASTAMENTOS 
Além das hipóteses legalmente admitidas, o servidor pode ser autorizado a afastar-se do exercício, com 
prazo certo de duração e sem perda de direitos, para a realização do serviço, missão ou estudo, fora de 
sua sede funcional para representar o Município, o Estado ou País em competições desportivas oficiais. 
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§ 2º O Servidor beneficiado com afastamento para freqüentar curso não poderá gozar licença para 
tratar de interesse particular, antes de decorrido período igual ao afastamento, ressalvada a 
hipótese de ressarcimento das despesas havidas com o referido curso. 
Estudaremos o item com mais profundidade no art. 138. 
Ainda: 
Art. 26. Preso preventivamente, denunciado por crimecomum, denunciado por crime funcional ou 
condenado por crime inafiançável, em processo no qual não haja pronúncia, o servidor fica afastado 
do exercício de seu cargo até decisão final transitada em julgado. 
Parágrafo único - No caso de condenação, não sendo esta de natureza que determine a demissão do 
servidor, continua o afastamento até o cumprimento total da pena, observado o disposto no artigo 
273 deste Estatuto. 
 
Da Lotação 
Lotação é a força de trabalho, qualitativa e quantitativa necessária ao desenvolvimento das atividades 
normais e específicas de cada Poder, Órgão ou Entidade. 
Parágrafo único. A lotação de cada Poder, Órgão ou Entidade será fixada em lei. 
 
Do Estágio Probatório 
Além da remuneração, a estabilidade é um dos maiores atrativos do serviço público. 
Para adquiri-la, o servidor passa por um período chamado de estágio probatório. 
O Estágio Probatório é o período de exercício em que o funcionário, nomeado por concurso, 
deverá comprovar que satisfaz os requisitos necessários à sua permanência no Serviço 
Público. 
Estabilidade não se ganha. A Estabilidade precisa ser conquistada. Para fazer jus a tal graça, o servidor 
nomeado para cargo efetivo fica sujeito a um período de estágio probatório de 3 (três) anos de efetivo 
exercício no cargo para o qual prestou concurso público, com o objetivo de apurar os requisitos 
necessários à confirmação no cargo para o qual foi nomeado. 
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Art. 28. O Servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo fica sujeito a um período de estágio 
probatório de 02 (dois) anos, com o objetivo de avaliar seu desempenho visando a sua confirmação 
ou não no cargo para o qual foi nomeado. 
Art. 29. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo 
adquire estabilidade no serviço público ao completar 02 (dois) anos de efetivo exercício. 
Fui eu que risquei propositalmente dois anos acima. Isso, pois, conforme mandamento constitucional, 
o estágio probatório é de 3 anos. 
Constituição Federal 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de 
provimento efetivo em virtude de concurso público 
Essa avaliação considerará os seguintes requisitos: 
REQUISITOS ESTÁGIO 
PROBATÓRIO
ASSIDUIDADE
PONTUALIDADE
DISCIPLINA
CAPACIDADE DE INICIATIVA
PRODUTIVIDADE
RESPONSABILIDADE
 
 
A verificação dos requisitos é efetuada por comissão permanente, onde houver, ou por uma comissão 
composta no mínimo de 03 (três) membros, que será designada pelo titular do Órgão onde o servidor 
nomeado vier a ter exercício e far-se-á mediante apuração semestral em Ficha Individual de 
Acompanhamento de Desempenho. 
§ 3º Nas comissões de que trata o parágrafo anterior participará, obrigatoriamente, o chefe 
imediato do servidor, quando da avaliação do estágio probatório. 
ATENÇÃO! A aprovação na avaliação de desempenho é requisito para aquisição da estabilidade. 
Portanto, 
 
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Não sou eu quem diz isso, mas a própria Constituição Federal: 
Art. 41. § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de 
desempenho por comissão instituída para essa finalidade. 
 
Assim, o estágio probatório não será dispensado, em nenhuma hipótese, para fins de aquisição de 
estabilidade. 
O estágio probatório será sempre relacionado com o cargo ocupado. 
Na hipótese de nomeação para outro cargo de provimento efetivo, o prazo de estágio 
probatório e da avaliação especial reiniciará com a respectiva assunção. 
 
E o que acontece se o funcionário não preencher os requisitos? Ele será exonerado. 
§ 4º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao 
cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no artigo 35. 
§ 5º O servidor em estágio probatório poderá ser cedido para ocupar cargo em comissão, podendo 
ficar suspensa sua avaliação pelo tempo de cedência, a critério do órgão cedente. 
 
E aqui reside a diferença fundamental entre servidor em estágio e servidor estável. 
Art. 30. O servidor estável somente é afastado do serviço público, com conseqüente perda do cargo, 
em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de resultado do processo administrativo 
disciplinar, no qual lhe tenha sido assegurada ampla defesa. 
 
Mas vamos dar uma olhada também no regramento constitucional: 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de 
provimento efetivo em virtude de concurso público. 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
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III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, 
assegurada ampla defesa. 
E a quarta possibilidade de exoneração de servidor estável prevista na Constituição está lá embaixo, 
quase esquecida, no artigo 169, parágrafo 4º: 
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. 
[...] 
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar 
o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável 
poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a 
atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. 
A rigor, a estabilidade é a garantia de que você, enquanto servidor público, agirá sempre no interesse 
da instituição ou do Estado, e não de seus superiores hierárquicos. 
Imagine se você pudesse ser demitido a qualquer momento. O que você não seria capaz de fazer pelo 
seu chefe, ainda que a solicitação seja de legalidade duvidosa? 
Por esta razão a legislação garante ao funcionário que ele não perderá seu cargo, exceto nas hipóteses 
ali previstas. 
O Inciso III do art. 41 não foi regulamentado até hoje (avaliação periódica) e o parágrafo 4º do artigo 
169 é uma previsão que, até a presente data, não se tem notícia de que tenha sido utilizada. 
Todavia, cada vez que você liga a TV no noticiário e escuta falar de um servidor público demitido do 
cargo, esteja certo: a demissão só ocorreu por meio de uma sentença judicial transitada em julgado ou 
de uma decisão em processo administrativo disciplinar. 
Enquanto o servidor estável pode ser demitido, o “estagiário” pode ser exonerado. E qual a diferença? 
 Demissão – Quebra do vínculo estatutário determinado como medida punitiva. 
 Exoneração – Fim do vínculo estatutário, sem o caráter punitivo, podendo ser determinada pela 
Administração (ex ofício) ou por iniciativa do servidor. 
E a exoneração é justamente o que acontece com o servidor em estágio que não cumprir os requisitos 
do estágio probatório. 
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FUNDAÇÕES
AVALIAÇÃO DE 
DESEMPENHO
NOMEAÇÃO POSSE EXERCÍCIO ESTABILIDADE
CHAMAMENTO 
PARA POSSE
ACEITAÇÃO DAS 
ATRIBUIÇÕES E DEVERES
DESEMPENHO DAS 
ATRIBUIÇÕES
GARANTIA PARA 
DESEMPENHAR A 
FUNÇÃO
30 DIAS
PRORROGÁVEL IGUAL PERÍODO
03 ANOS DE EFETIVO 
EXERCÍCIO
ESTÁGIO PROBATÓRIO
PROF
. TIAG
O ZA
NOL
LA
SE NÃO TOMAR POSSE 
NO PRAZO O ATO É 
TORNADOSEM EFEITO
SE NÃO ENTRAR EM EXERCÍCIO 
OCORRE A EXONERAÇÃO + 
ATO SEM EFEITO
EM CASO DE LICENÇA OU 
AFASTAMENTO LEGAL O PRAZO 
PODE SER PRORROGADO
 
 
 
 
 
(CESPE/2013/Oficial de Controle Externo) A posse de servidor público no cargo para o qual tenha sido 
nomeado pode ocorrer mediante procuração específica. 
Comentários: Posse é a aceitação expressa do cargo, formalizada com a assinatura do termo, podendo 
ocorrer mediante procuração específica. 
ALTERNATIVA CERTA. 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (FGV/2018-AL-RO/Analista Legislativo) As opções a seguir apresentam requisitos básicos para 
a investidura em cargo público no Estado de Rondônia, exceto uma. Assinale-a. 
A) Estar em pleno gozo de seus direitos políticos. 
B) Estar quites com suas obrigações eleitorais. 
C) Ter idade mínima de 21 anos. 
D) Estar quites com suas obrigações militares. 
E) Ter nacionalidade brasileira. 
Comentários 
De acordo com a Lei complementar nº 68, de 09 de dezembro de 1992 (Estatuto e Regime Jurídico 
Único dos Servidores Públicos Civis do Estado de Rondônia), a idade mínima para investidura em cargo 
público é de 21 anos, conforme previsto no art. 8º: 
Art. 8º São requisitos básicos para investidura em cargo público: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o gozo dos direitos políticos; 
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de dezoito anos; 
VI - aptidão física e mental, comprovada em inspeção médica; 
VII - habilitação em concurso público, salvo quando se tratar de cargos para os quais a lei assim não 
o exija. 
GABARITO: Letra C. 
2. (FGV/2018/AL-RO - Consultor Legislativo) Leia o fragmento a seguir. 
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É a força de trabalho qualitativa e quantitativa necessária ao desenvolvimento das atividades de cada 
Poder, Órgão ou Entidade. 
O fragmento trata 
A) do exercício funcional. 
B) da lotação. 
C) do estágio probatório. 
D) da reversão. 
E) da nomeação. 
Comentários 
De acordo com a Lei complementar nº 68, de 09 de dezembro de 1992 (Estatuto e Regime Jurídico 
Único dos Servidores Públicos Civis do Estado de Rondônia), o fragmento trata de lotação, conforme 
exposto no art. 27: 
Art. 27. Lotação é a força de trabalho, qualitativa e quantitativa necessária ao desenvolvimento das 
atividades normais e específicas de cada Poder, Órgão ou Entidade. 
GABARITO: Letra B. 
 
3. (FUNRIO/2018/CGE-RO) A Lei Complementar nº 68, de 9 de dezembro de 1992, e suas 
alterações posteriores, estabelece o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado de 
Rondônia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais. As cinco próximas questões referem-
se a essa lei. 
Em relação à posse, as seguintes afirmativas estão corretas, EXCETO: 
A) A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual o servidor se comprometerá a cumprir 
fielmente os deveres do cargo. 
B) A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de nomeação, 
prorrogável por mais de 30 (trinta) dias, a requerimento do interessado. 
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C) Em se tratando de servidor em licença ou afastamento por qualquer outro motivo legal, o prazo será 
contado do término do impedimento. 
D) A posse não poderá se dar mediante procuração específica. 
E) Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação. 
Comentários 
De acordo com a Lei complementar nº 68, de 09 de dezembro de 1992 (Estatuto e Regime Jurídico 
Único dos Servidores Públicos Civis do Estado de Rondônia), vamos analisar uma a uma. 
ALTERNATIVA A - CORRETA. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual o servidor 
se comprometerá a cumprir fielmente os deveres do cargo. 
Art. 17. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual o servidor se 
comprometerá a cumprir fielmente os deveres do cargo. 
[...] 
ALTERNATIVA B - CORRETA. A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação do 
ato de nomeação, prorrogável por mais de 30 (trinta) dias, a requerimento do interessado. 
Art. 17. [...] 
§ 1º A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de nomeação, 
prorrogável por mais de 30 (trinta) dias, a requerimento do interessado. 
[...] 
ALTERNATIVA C - CORRETA. Em se tratando de servidor em licença ou afastamento por qualquer outro 
motivo legal, o prazo será contado do término do impedimento. 
Art. 17. [...] 
§ 2º Em se tratando de servidor em licença ou afastamento por qualquer outro motivo legal, o prazo 
será contado do término do impedimento. 
[...] 
ALTERNATIVA D - INCORRETA. A posse não poderá se dar mediante procuração específica. 
Art. 17. [...] 
§ 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica. 
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ALTERNATIVA E - CORRETA. Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação. 
Art. 17. [...] 
§ 4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação. 
GABARITO: Letra D. 
 
4. (FUNRIO/2018/CGE-RO) A Lei Complementar nº 68, de 9 de dezembro de 1992, e suas 
alterações posteriores, estabelece o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado de 
Rondônia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais. As cinco próximas questões referem-
se a essa lei. 
Constitui o “conjunto de atribuições e responsabilidades de natureza permanente cometida ou 
cometíveis a servidor público, com denominação própria, quantidade certa, prevista em lei e 
pagamento pelos cofres públicos, de provimento em caráter efetivo ou em comissão”: 
A) função pública. 
B) serviço público. 
C) cargo público. 
D) servidão pública. 
E) nomeação. 
Comentários 
De acordo com a Lei complementar nº 68, de 09 de dezembro de 1992 (Estatuto e Regime Jurídico 
Único dos Servidores Públicos Civis do Estado de Rondônia), trata-se de Cargo Público, conforme 
menciona o art. 4º: 
Art. 4º Cargo Público é o conjunto de atribuições e responsabilidades de natureza permanente 
cometida ou cometíveis a servidor público, com denominação própria, quantidade certa, prevista em 
lei e pagamento pelos cofres públicos, de provimento em caráter efetivo ou em comissão. 
GABARITO: Letra C. 
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5. (FUNRIO/2018/CGE-RO) A próxima questão baseia-se no Regime Jurídico dos Servidores 
Públicos Civil do Estado de Rondônia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais. 
Avalie se, de acordo com o Art. 44, são formas de movimentação de pessoal: 
I. remoção. 
II. relotação. 
III. cedência. 
Está(ão) correto(s) o(s) item(ns): 
A) I, apenas. 
B) I e II, apenas. 
C) II e III, apenas. 
D) I e III, apenas. 
E) I, II e III. 
Comentários 
De acordo com a Lei complementar nº 68, de 09 de dezembro de 1992 (Estatuto e Regime Jurídico 
Único dos Servidores Públicos Civis do Estado de Rondônia), vamos dar uma olhada no art. 44: 
Art. 44. São formas de movimentação de pessoal: 
I - remoção; 
II - relotação; 
III - cedência. 
GABARITO: Letra E. 
 
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6. (FUNRIO/2018/CGE-RO) A próxima questãobaseia-se no Regime Jurídico dos Servidores 
Públicos Civil do Estado de Rondônia, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais. 
O reingresso de servidor aposentado no serviço público, quando insubsistentes os motivos 
determinantes de sua aposentadoria por invalidez, verificados em inspeção médica oficial ou por 
solicitação voluntária do aposentado, a critério da administração configura: 
A) reversão. 
B) readaptação. 
C) reintegração. 
D) recondução. 
E) recolocação. 
Comentários 
De acordo com a Lei complementar nº 68, de 09 de dezembro de 1992 (Estatuto e Regime Jurídico 
Único dos Servidores Públicos Civis do Estado de Rondônia), vamos dar uma olhada no art. 32: 
Art. 32. Reversão é o reingresso de servidor aposentado no serviço público, quando insubsistentes os 
motivos determinantes de sua aposentadoria por invalidez, verificados em inspeção médica oficial 
ou por solicitação voluntária do aposentado, a critério da administração. 
GABARITO: Letra A. 
 
7. (FUNRIO/2017/SESAU-RO) De acordo com o Art. 69, além do vencimento, poderão ser pagas 
ao servidor as seguintes vantagens, EXCETO: 
A) indenizações. 
B) auxílios. 
C) prêmios. 
D) adicionais 
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E) gratificações. 
Comentários 
De acordo com a Lei complementar nº 68, de 09 de dezembro de 1992 (Estatuto e Regime Jurídico 
Único dos Servidores Públicos Civis do Estado de Rondônia), vamos dar uma olhada no art. 69: 
Art. 69. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: 
I - indenizações; 
II - auxílios; 
III - adicionais; 
IV - gratificações. 
§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito. 
§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e 
condições previstos em lei. 
GABARITO: Letra C. 
 
8. (FUNRIO/2017/SESAU-RO) Avalie se as afirmativas a seguir, acerca da readaptação, são falsas 
(F) ou verdadeiras (V): 
( ) Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis 
com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. 
( ) Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptado será aposentado. 
( ) A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida. 
As afirmativas são respectivamente: 
A) F, F e F. 
B) F, V e V. 
C) V, V e F. 
D) V, V e V. 
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E) V, F e V. 
Comentários 
De acordo com a Lei complementar nº 68, de 09 de dezembro de 1992 (Estatuto e Regime Jurídico 
Único dos Servidores Públicos Civis do Estado de Rondônia), vamos analisar uma a uma: 
(V) Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis 
com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. 
Art. 31. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades 
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em 
inspeção médica. 
[...] 
(V) Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptado será aposentado. 
Art. 31. [...] 
§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptado será aposentado. 
(V) A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida. 
Art. 31. [...] 
§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida. 
GABARITO: Letra D. 
 
9. (FUNRIO/2017/SESAU-RO) “O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo 
de provimento efetivo adquire estabilidade no serviço público ao completar ___ de ____ exercício.” 
As lacunas ficam corretamente preenchidas por: 
A) 1 ano / efetivo. 
B) 2 anos / efetivo. 
C) 3 anos / efetivo 
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D) 1 ano / temporâneo. 
E) 2 anos / temporâneo. 
Comentários 
O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo adquire 
estabilidade no serviço público ao completar 03 anos de efetivo exercício. 
GABARITO: Letra C 
 
10. (FUNRIO/2017/SESAU-RO) Avalie se são requisitos básicos a serem apurados no estágio 
probatório, entre outros: 
I. pontualidade. 
II. disciplina. 
III. capacidade de iniciativa. 
IV. produtividade. 
Estão corretos: 
A) I e III, apenas. 
B) II e IV, apenas. 
C) II, III e IV, apenas. 
D) I, II e IV, apenas. 
E) I, II, III e IV. 
Comentários 
De acordo com a Lei complementar nº 68, de 09 de dezembro de 1992 (Estatuto e Regime Jurídico 
Único dos Servidores Públicos Civis do Estado de Rondônia), vamos dar uma olhada no art. 28, §1º: 
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 Art. 28. O Servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo fica sujeito a um período de estágio 
probatório de 02 (dois) anos, com o objetivo de avaliar seu desempenho visando a sua confirmação 
ou não no cargo para o qual foi nomeado. 
§ 1º São requisitos básicos a serem apurados no estágio probatório: 
I - assiduidade; 
II - pontualidade; 
III - disciplina; 
IV - capacidade de iniciativa; 
V - produtividade; 
VI - responsabilidade. 
GABARITO: Letra E. 
 
11. (FGV/2015/TJ-RO) Fábio, Analista Judiciário estável do Poder Judiciário do Estado de 
Rondônia, durante suas férias, sofreu grave acidente automobilístico que lhe causou traumatismo 
craniano, com lesão cerebral. Apesar de não ter ficado incapaz para o serviço público, Fábio está com 
limitação em sua capacidade mental, conforme verificado em inspeção médica. Com base nas formas 
de provimento de cargo público previstas na Lei Complementar nº 68/1992, o servidor será: 
A) exonerado, porque o acidente não ocorreu no efetivo exercício ou em razão da função pública; 
B) demitido, porque o acidente não ocorreu no efetivo exercício ou em razão da função pública; 
C) reintegrado, após receber alta médica, no mesmo cargo anteriormente ocupado, com ressarcimento 
de todas as vantagens; 
D) reconduzido em cargo de escolaridade e remuneração similares ou superiores às de seu cargo 
anterior; 
E) readaptado em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que sofreu. 
Comentários 
De acordo com a Lei complementar nº 68, de 09 de dezembro de 1992 (Estatuto e Regime Jurídico 
Único dos Servidores Públicos Civis do Estado de Rondônia), como Fábio está com limitação em sua 
capacidade mental ele deverá ser readaptado em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis 
com a limitação que sofreu, conforme exposto no art. 31: 
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Art. 31. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades 
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em 
inspeção médica. 
GABARITO: Letra E. 
 
12. (FGV/2015/TJ-RO) José ingressou, pela primeira vez, no serviço público, após aprovação em 
concurso público. Foi regularmente nomeado e tomou posse no cargo efetivo de Analista Judiciário. 
Ocorre que, findo o estágio probatório, observadas as formalidades legais, José não foi aprovado na 
avaliação especial de desempenho, por não preencher os requisitos básicos exigidos, em especial a 
pontualidade e a produtividade. Dessa forma, de acordo com a Lei Complementar nº

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