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FILOSOFIA, ÉTICA E DESENVOLVIMENTO HUMANO ÉTICA EM SÓCRATES, PLATÃO E ARISTÓTELES

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FILOSOFIA, ÉTICA E DESENVOLVIMENTO HUMANO 
ÉTICA EM SÓCRATES, PLATÃO E ARISTÓTELES
Autoria: Laiz Fraga Dantas
No conteúdo anterior conversamos sobre a filosofia de Sócrates, Platão e Aristóteles. Agora
trataremos dos mesmos autores, mas focaremos especificamente na teoria ética de cada um deles.
Aprendemos no nosso encontro passado que Sócrates oferece a atitude filosófica através de sua
maiêutica. O filósofo seria aquele que não aceita as definições do senso comum e questiona aquilo
que parece óbvio para a maioria e, utilizando a razão e a argumentação, consegue alcançar
definições mais profundas das coisas. Platão utiliza esse método em seus diálogos e, a partir deles,
cria sua teoria das ideias que define a realidade como dividida em dois mundos: o mundo das ideias
e o mundo dos sentidos. Assim, Platão funda a metafísica. Aristóteles, por sua vez, aperfeiçoa a
metafísica definindo com mais clareza seu objeto de estudo. Segundo Aristóteles, a metafísica é a
ciência que estuda as causas primeiras, a substância. Assim, ela é a ciência primeira, a mais geral e a
que define os conceitos mais basilares e, por isso, é a pré-condição de todos os outros
conhecimento. Agora que já temos uma ideia do pensamento em geral de cada um desses filósofos,
podemos entender a teoria ética que cada um deles oferece. Estão curiosos?
1. A ÉTICA EM SÓCRATES
Aprendemos em nossa introdução ao pensamento de Sócrates aprendemos um pouco sobre
como ele fazia sua filosofia, através de diálogos, e como esses diálogos funcionavam através da
maiêutica. Sócrates funda a atitude filosófica e permanece um modelo de pensador até os dias de
hoje. Além disso, Sócrates é o primeiro pensador que, na história do pensamento grego, vai deslocar
o foco da natureza (presente na filosofia dos pré-socráticos) para o homem. Depois de Sócrates o se
torna o objeto do pensamento filosófico e assim ele abre as portas para o surgimento da metafísica e
o desenvolvimento posterior de todo pensamento filosófico. Por isso Sócrates é um marco da
transição do mito, o pensamento naturalista, ao surgimento da Filosofia. 
No campo da ética, um conceito muito importante para o pensamento de Aristóteles é a ideia
de virtude. Virtude é a tradução que se oferece a palavra grega areté. Por virtude Sócrates
compreende o que pode tornar uma coisa melhor naquilo que ela é. É o modo de ser que provoca o
aperfeiçoamento da alma, guiando-a para seu melhor potencial. Em outras palavras, a virtude é a
empenho em tornar-se a melhor versão de si mesmo. Para Sócrates, essa atividade leva o ser a se
tornar aquilo que ele deve ser, ou seja, a realizar sua essência. A virtude do homem consiste em
fazer a alma ser como sua natureza determina, ou seja, boa e perfeita. E isso se faz via
conhecimento. O conhecimento leva à virtude. É preciso dedicar-se ao autoconhecimento para
entender qual sua essência e assim poder dedicar-se a realizá-la. O distanciamento do
conhecimento, ou seja, a ignorância, é o que leva ao vício, o contrário da virtude, para Sócrates. O
homem que não se dedica a pensar e compreender a si mesmo vive distante de sua própria essência
e não pode aperfeiçoá-la. Dedica-se apenas aos prazeres imediatos, sem preocupar-se em aprender
sobre si mesmo e conhecer sua alma. Assim, os valores, para Sócrates, não estão ligados a coisas
exteriores como prazer, fama, dinheiro, poder, beleza e vigor do corpo físico. A virtude está ligada a
dedicação aos valores da alma. 
A maior qualidade da razão humana, para Sócrates, é o autodomínio (enkrateia). O
autodomínio possibilita que dominemos as paixões e saibamos dosar os desejos, a ambição e a ira,
de modo a não sermos comandados por eles. O caminho para alcançar o autodomínio está em
conseguir comanda os impulsos mais irracionais, que nos aproximam dos animais, através daquilo
que há de mais humano, a razão. A alma deve ser quem comanda o corpo. Essa é a base da virtude e
para Sócrates todos deveríamos perseguir esse objetivo em nossas vidas. Para Sócrates, esse
domínio racional sobre a nossa porção ‘animal’ é o que determina a liberdade. O homem livre é
aquele que age por si mesmo, guiado pelo uso da razão, dedicando-se a si mesmo e escolhendo
racionalmente como aplicar seus desejos, sua força, sua ambição. Esse homem é livre precisamente
porque não vive arrebatado por paixões e desejos. As paixões e desejos levam o homem ao
cumprimento daquilo que sacia esses impulsos independente da reflexão sobre se essas práticas
serão ou não benéficas. Assim, o homem que vive guiado pelo vício (e não pela virtude) não
comanda a si mesmo. O homem que está voltado à razão pode ser livre, enquanto o que está preso
aos vícios é escravo de seus instintos. 
 A ética de Sócrates é a ética do autoconhecimento. Virtuoso é aquele homem capaz de
vencer seus inimigos interiores. A felicidade (eudaimonia) é alcançada através do ordenamento da
alma, nunca por coisas exteriores a ela, pois a alma é a essência do ser. Assim, felicidade é bem
diferente de apenas ter prazeres. A busca desenfreada pelos prazeres provocam desordem ao corpo e
à alma e a felicidade é justamente a harmonia da alma. Mas então, porque deveríamos procurar a
virtude e deixar de lado as vantagens que a realização de nossos instintos, desejos e prazeres, pode
nos oferecer? Para Sócrates, a virtude, ou a procura pela virtude é um bem em si mesmo. Apenas
por tornar-se virtuoso o homem já recebe as recompensas que a harmonia e conhecimento da alma
podem oferecer. Ela não é um meio para alcançar um prazer passageiro. A virtude é a fonte que nos
proporciona a felicidade e somente através dela alcançamos a realização de nossa essência. Basta
empenhar-se. Sócrates nos mostra que os homens são aqueles que podem escolher (ou não) alcançar
sua felicidade. 
A Ética de Sócrates
Alma
Consciência, razão e
conhecimento
Autodomínio
Domínio das paixões
pela razão. 
Ordenamento da
Alma
Busca pela harmonia
Virtude
(virtude da alma, o que a
torna perfeita)
a prática da ciência e da
metafísica Liberdade
Libertação da parte racional,
a parte superior da alma.
Felicidade
Realização da essência
3. A ÉTICA EM PLATÃO
Como vimos no livro texto passado, Platão define a existência de um mundo das ideias que é
composto por toda espécie de conceitos que representam as ideias de todas as coisas que existem.
Além dos seres sensíveis, as ideias também representavam os valores estéticos, morais, os entes
matemáticos. Existindo, assim, diferentes tipos de ideias. Esse conjunto de ideias que o mundo das
ideias possui, para Platão, está organizado segundo uma hierarquia, sendo alguns tipos de ideais
inferiores e outras superiores. A ideia que ocupa o lugar mais alto nessa hierarquia e que causa todas
as outras (sem ser causada por nenhuma delas) é, para Platão a ideia de Bem. A ideia de bem
constitui o fundamente de todas as ideias que podemos conhecer. No processo de escalada do
filósofo de dentro da caverna para fora que representa seu processo de aperfeiçoamento racional e
acensão da alma chamado por Platão de dialética, tem como resultado final o conhecimento dessa
que é a ideia mais elevada, o bem. Assim, ao alcançar o lugar mais elevado e distante dos sentidos e
abstrato, o homem alcança também o conhecimento de como agir de maneira justa e correta na
medida em que toma conhecimento do Bem. Podemos concluir, então, que o Bem é o fundamento
da ética para Platão. Ao conhecer o Bem o homem conhece também a verdade, a justiça. Platão
escreve em A República que a ideia de bem ilumina a justiça. 
A ideia de bem e, por consequência, a noção de justiça para Platão e o debate da ética está
diretamente ligado ao conhecimento da alma. Como aprendemos na nossa conversa anterior, Platão
considera que a alma é dividida em três partes, cada uma com uma função distinta. Relembrando,a
parte concupiscente, responsável pelos apetites, a busca pela comida e bebida, pelos prazeres, ou
seja, tudo ligado ao corpo e sua conservação e para geração de outros corpos. A parte irascível,
responsável pela defesa da honra e age energicamente contra tudo que ameaçar a segurança do
corpo lhe causando dor e sofrimento. Irascível está relacionado à ira, a capacidade de lutar para
defender-se. E, por fim, a parte racional, a faculdade do conhecimento, é a função superior da alma.
Após definir as partes da alma, Platão pergunta se é possível um homem ser virtuoso, ou seja,
praticar o bem, se for comandado pela parte concupiscente ou irascível da alma. Vejamos como
Platão resolve essa questão.
Segundo Platão(no livro IV de A República), a justiça exige que o superior comande o
superior. Como sabemos, a parte superior da alma para Platão é a parte racional. Logo, o homem só
pode ser virtuoso se souber governar com a razão os apetites e a ira. Mas qual é exatamente o
motivo dessa conclusão? Podemos aprofundar ainda mais essa resposta. Para Platão, os desejos e a
ira, impulsos irracionais e passionais, podem fazer obscurecer o uso da razão. O vício e o apego aos
prazeres dos sentidos e do corpo nos levariam à ignorância enquanto o exercício da razão nos
levaria a virtude. Assim, podemos concluir, uma vida ética e virtuosa, para Platão, depende do
desenvolvimento da parte racional da alma. A tarefa ética da parte racional é exatamente governar
as outras partes, promovendo harmonia de modo que elas não degenerem-se em vícios. Ao submeter
a parte concupiscente à razão alcançamos a virtude da temperança, ou seja, da moderação
(sophrosyne). Essa virtude consiste em não ceder aos prazeres e impor medida aos desejos através
da razão. Ao submeter a parte irascível da alma à razão, saberemos decidir o que é bom e mal para a
subsistência do corpo, evitando lutas e conflitos desnecessários. A virtude que daí decorre é a honra
e coragem. Assim, um homem é virtuoso quando vive uma vida justa que é aquela em que cada
parte da alma exerce sua função de maneira virtuosa através da direção e domínio da parte superior
da alma, a razão. O homem virtuoso é o oposto do homem que escolhe uma vida baseada nos
vícios, deixando de governar as partes inferiores de sua alma acabam governados por elas. 
A ética em Platão é pensada também através da ideia de virtude, como em Sócrates. Aliás,
essa é uma marca importante da ética grega. Os gregos pensavam o Bem e a vida feliz através da
realização da essência do ser. E a virtude grega tem relação direta com um processo de
aperfeiçoamento. Esse processo se dá através da educação. Platão chama esse processo de
“dialética” e ilustra ele através do rompimento das correntes na caverna e a escalada para fora da
caverna, que proporciona o conhecimento do mundo de forma mais ampla. Essa educação volta-se à
alma, ou seja, à razão. O desenvolvimento da razão é o que leva à virtude e a felicidade.
As partes da Alma
1
Racional
Ciência
Pensamento
Governar as outras partes da alma
Virtude: Felicidade
2
 Irascível
Honra
Força
Vício: Ira
Virtude: Coragem
3
Concupiscente 
Apetites
Prazeres
Impulsos
Vício: desmesura
Virtude: temperança
3. ÉTICA EM ARISTÓTELES
Na nossa introdução a filosofia de Aristóteles aprendemos que ele realiza uma classificação
dos tipos de ciência e define o objeto da metafísica. Relembrando nossa leitura anterior, Aristóteles
define a ciência em três grupos: as ciências teoréticas (a física e a metafísica), as ciências práticas (a
política e a ética) e as ciências poiéticas (a técnica). Trataremos agora da ciência prática, segundo a
filosofia de Aristóteles, e vamos descobrir como funciona a ética para esse filósofo. 
As ciências práticas dizem respeito à conduta do homem e a qual finalidade essa conduta
quer alcançar, tanto em sentido individual como também coletivo. Pensar qual o fim que se destina
a conduta do homem através do ponto de vista do indivíduo é o objeto de pesquisa da ética, sob o
ponto de vista da sociedade temos o objeto de pesquisa da política. Para Aristóteles todas as ações
humanas destinam-se a um fim (ou seja, a uma finalidade, a intenção de realizar algo). O fim último
das ações humanas (ou seja, a finalidade mais fundamental dentre todas) é, para ele, a felicidade.
Alcançar o Bem supremo, que chamamos de felicidade, é ao que se destina todas as nossas ações.
Mesmo as ações que não alcançamos sucesso e que depois percebemos que se trataram de erros. Até
essas ações, quando pensamos em realizá-las, estávamos em busca da felicidade, por mais que
tenhamos falhado em alcançá-la, ela era o nosso objetivo. Porém, podemos questionar, o que é
mesmo a felicidade que Aristóteles considera que buscamos com nossas ações? Aristóteles responde
que para alguns, a felicidade está ligada a realização dos prazeres, para outros é a honra que (no
vocabulário antigo significa algo como sucesso para nós atualmente), ainda, para outras pessoas a
felicidade é ter riquezas. Aristóteles, seguindo a ética de Sócrates e de Platão, considera que a
felicidade se realiza através da capacidade de utilizar a razão e a dedicação a aperfeiçoar-se cada
vez mais. Ele considera também que a alma é aquilo que define nosso ser. Apesar de Aristóteles,
com um senso mais materialista mais aguçado do que Platão, reconhecer a utilidade dos bens
materiais e da satisfação dos prazeres, considera que devemos nos dedicar a alma e, mais
precisamente, a parte mais nobre da alma, a razão. 
Aristóteles considera que a alma do homem é primordialmente a razão, mas não somente a
razão. Assim, existem outros elementos na alma humana que se opõem a razão mas que, mesmo
assim, compõem a essência do ser. Os apetites e desejos também são parte da alma e saber dominá-
los com a razão representa a virtude. A virtude, para Aristóteles, se exerce através do hábito. Ou
seja, a partir da repetição de uma série de ações. E esse hábito consiste em utilizar a razão para
moderar os muitos apetites e desejos, que tendem sempre para o excesso ou a falta, e a intervenção
da razão deve impôr a justa medida. A justa medida é o caminho do meio, é a medida que
configura-se como meio termo entre dois excessos opostos. Por exemplo, entre comer demasiado
praticando gula, ou submeter-se a um regime de privação de alimentação, o caminho do meio é
alimentar-se de maneira comedida. Ou o meio termo entre exercer a ira e tentar dominar e submeter
todos a suas próprias vontades, ou o oposto, manter-se passivo e tímido, o meio termo seria a
coragem, para Aristóteles, que implicaria saber quando e como agir de modo a alcançar seus
desejos. E encontrar esse caminho do meio significa a vitória da razão em relação aos extintos.
Àquele que decide comer de maneira comedida submete seu apetite ao exame racional para assim
determinar qual a medida correta. Esse é um ato de escolha. É esse limite que a razão pode nos
oferecer. Nada em excesso, seja para a abundância ou para a escassez, traz felicidade. 
Assim como Platão, Aristóteles também vai denominar as partes da alma. Como falamos
acima, a razão é uma delas, a parte intelectiva da alma. Mencionamos também os desejos, prazeres
e apetites, essa é a parte sensitiva da alma. E a última é a parte vegetativa da alma. A virtude da
alma racional é chamada por Aristóteles de dianética. Ele considera que a alma racional é
subdividida em dois aspectos: a dedicação às coisas imutáveis e a dedicação àquilo que é imutável e
universal. Como vimos, a essência do ser é aquilo que é imutável e universal. A dedicação a essas
questões leva a sapiência (sophia). Enquanto a dedicação as coisas mutáveis, ou seja, a realidade
sensível gera a sabedoria (phrónesis). O homem sábio é aquele que sabe dirigir bem sua vida
prática, deliberar o que é correto e incorreto. Já a sapiência representaa capacidade de conhecer
realidades que estão além do homem e se dá através da prática das ciências teoréticas, sobretudo da
metafísica. Ao se dedicar a metafísica o homem desenvolve a habilidade de voltar-se para um tipo
de atividade contemplativa, ou seja, observadora, abstrata. Assim, o homem aproxima-se do divino
e, desse modo, pode alcançar felicidade. Existe uma relação entre a vida contemplativa e a
aproximação com os deuses. Aristóteles escreve que a atividade contemplativa é a atividade própria
dos deuses que gozam da mais completa bem-aventurança e felicidade. O homem possui uma
centelha divina em sua alma, que apresenta-se como a capacidade de utilizar a razão e dedicar-se às
ciências teoréticas. Por isso, para ele, aos animais não cabe a ideia de felicidade ou infelicidade pois
a eles falta a capacidade de raciocinar, que o homem compartilha com Deus. Assim, quando o
homem exercita essa parte da sua alma se aproxima da felicidade e bem-aventurança gozada pelos
deuses. Sendo, assim, o caminho da virtude. Quanto mais dedicar-se à contemplação, mais próximo
estará da felicidade. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
 Nicola. Dicionário de Filosofia. Tradução de Alfredo Bosi. 2. ed. São Paulo: Mestre Jou, 1982.
 CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática, 2003. 
CHAUI, Marilena. Introdução da história da filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2002. 
SOUZA, José Cavalcante de (Org). Os pré-socráticos: Fragmentos, Doxografia e Comentários. 
Trad. José Cavalcanti de Souza et al. São Paulo: Nova Cultural, 1996. (Coleção os Pensadores). 
REALE, Giovanni, ANTISERI, Dário. História da Filosofia: Antiguidade e Idade Média. São Paulo:
Paulus, 1990.

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