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Biologia óssea aplicada à Implantodontia - Cor de Odonto

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I M P L A N T O D O N T I A
BIOLOGIA ÓSSEA
A P L I C A D A À I M P L A N T O D O N T I A
⤷ Implante imóvel quando testado clinicamente;
⤷ Ausência de área radiolúcida peri-implantar;
⤷ Perda óssea vertical menor que 0,2 mm
anualmente após o 1º ano em função;
⤷ Ausência de dor, infecções, neuropatias,
parestesia ou violação do canal mandibular;
⤷ Taxa de sobrevida superior a 85% após 5
anos, e superior a 80% após 10 anos.
Critérios para o sucesso do implante
10
DESCOMPLICANDO A
A união anatômica e fisiológica do osso remodelado e a face do implante foi denominada de
osseointegração, sendo o reparo ósseo dependente de componentes celulares sanguíneos, suporte
nutricional e estímulos adequados, além de células mesenquimais e fatores de crescimento. A inclusão
de um implante dentário causa injurias ao tecido ósseo, incentivando a migração de células
sanguíneas que buscam reparar o dano, neste viés, é vital que o metal seja biocompatível. Este
processo pode ser subdividido em três fases distintas, mas que se sobrepõem em algum momento,
sendo elas a osteocondução, formação óssea e a remodelação óssea.
Osteocondução
Caracterizado pelo recrutamento e a migração de células osteogênicas para a superfície de um
implante. Neste caso, há a presença de coagulo sanguíneo, fazendo com que a angiogênese preceda
a osteogênese, uma vez que sem a angiogênese, as células osteogênicas não seriam levadas para os
sítios de reparo e remodelação.
⤷ Coágulo sanguíneo;
⤷ Angiogênese;
⤷ À medida que as células perivasculares (osteogênicas) migram para a superfície do implante
durante o processo de osteocondução, elas se diferenciam para tornarem-se secretoriamente
ativas e depositar matriz óssea na superfície do implante;
Sucesso do 
implante
Implante Qualidade óssea Técnica cirúrgica
Condições de 
carga
Osseointegração
Osseointegração
Formação e adesão óssea
O tecido ósseo é composto por uma matriz
extracelular mineralizada de colágeno e contém
osteócitos em sua estrutura. No entanto, os
osteoblastos, antes de sua completa diferenciação,
elaboram uma matriz extracelular mineralizada que
não contém colágeno, denominada “linha
cementante”.
⤷ A linha cementante mineralizada e sem
colágeno ocupa o espaço constantemente
criado entre o osso (antigo) e o neoformado;
⤷ As células osteogênicas inicialmente
secretam proteínas não colagenosas no
espaço extracelular;
⤷ Antes de serem mineralizadas, as proteínas
espalham-se por irregularidades e retenções
da superfície depositada;
⤷ Uma vez mineralizada, a linha cementante
ficará fortemente aderida a superfície.
11
Biologia óssea aplicada a implantodontia
Remodelação óssea (Ancoragem óssea)
Tendo em vista que a osseointegração
pode ser descrita como sendo a
ancoragem funcional de um implante no
tecido ósseo, esta representa a resistência
de um implante endo-ósseo contra
remoção. Devemos imaginar espaços
vazios de qualquer tamanho e forma na
superfície do implante, no interior desses
espaços será depositado tecido ósseo eu
irá proporcionar uma resistência a
remoção. De forma hipotética, um
implante contendo grandes espaços na
sua superfície, que possibilitariam o
crescimento ósseo em seu interior, a
resistência contra a remoção desse
implante (ancoragem) seria maior que a
de um implante sem os mesmos poros.
Implantes
A ancoragem pode ser diferenciada da adesão uma vez que a adesão refere-se a interface direta
entre o tecido ósseo e a superfície do implante, ocorrendo apenas na interface verdadeira do osso com a
superfície do implante, enquanto a ancoragem óssea, sob uma carga funcional, é determinada pelas
características da superfície do implante, as quais delimitam a interface funcional.
O desenho da superfície do implante pode provocar um
grande impacto no processo de reparação peri-implantar
e na ancoragem óssea funcional. Superfícies de implantes
rugosas geralmente demonstram um aumento na
deposição óssea em comparação com superfícies polidas
ou menos complexas.
Titânio
Apresenta instabilidade, energia de superfície,
biocompatibilidade, maleabilidade.
• Titânio comercialmente puro (TCP) – grau 1 a 4 –
maleabilidade;
• Liga titânio – alumínio- vanádio (Ti-6AI-4V) -
resistência mecânica;
• TCP X Ti-6AI-4V – espessura da camada de
óxidos.
Superfície
• Usinada;
• Jateada por óxido de titânio ou de alumínio;
• Ataque ácido.
Superfície bioativa
• Nanotecnologia;
• Hidroxiapatita, flúor, estrôncio;
• Unitite, SLActive, Acqua.
Desenho
• Cilíndrico (sem roscas);
• Parafuso (com roscas).
Diâmetro x comprimento
• Diâmetro – dissipação de tensões;
• Comprimento – estabilidade primária.
Superfície usinada do implante obtida em MEV. 
Superfície jateada com óxido de alumínio do implante 
obtida em MEV. 
Maior contato ósseo sobre o implante de superfície 
tratada.
Tratada Usinada
12
Biologia óssea aplicada a implantodontia
Qualidade óssea
O tecido ósseo é formado principalmente de colágeno do tipo I e hidroxiapatita, e quando maduro
(lamelar), pode ser classificado quanto a sua organização estrutural: cortical (compacto) e trabecular ou
medular (esponjoso). A qualidade óssea pode ser afetada por alterações morfológicas (colagenases),
processos infecciosos agudos disseminados e sítios infectados.
O osso do tipo 2 é considerado o ideal para a colocação de implantes, devido a espessura
considerável do osso cortical que permite uma boa estabilidade primária e o osso trabecular que possui
maior vascularização, comparado ao tipo 1.
• D1 (cortical denso): osso compacto homogéneo;
• D2 (cortical poroso): osso com uma camada fina
de osso compacto à volta de um núcleo de osso
trabecular denso;
• D3 (trabeculado grosso): osso com uma camada
fina de osso cortical à volta de osso trabecular
denso, com resistência favorável;
• D4 (trabeculado fino): osso com uma camada
fina de osso cortical, com um núcleo de osso
trabecular de baixa densidade.
A qualidade óssea é fator de risco para implantes curtos, a densidade oferece travamento mecânico
além de permitir distribuição e transmissão de tensões da prótese para a interface osso/implante. Quanto
menos denso, menos osso estará em contato com o implante. Para diminuir o stress deve-se aliviar a força
oclusal sobre a prótese ou aumentar a área de superfície de contato do implante com o osso.
Volume
• A – abundante;
• B – suficiente;
• C – comprometido;
• D e E – insuficiente.
Vantagens
⤷ Altamente mineralizado;
⤷ Maior resistência a cargas intensas;
⤷ Maior % contato osso-implante (80%);
⤷ Estabilidade primária;
⤷ Favorece o uso de implantes curtos.
Desvantagens
⤷ Altura geralmente limitada;
⤷ Proporção coroa/implante desfavorável;
⤷ Menor vascularização;
⤷ Regeneração prejudicada;
⤷ Preparo mais difícil do leito;
⤷ Superaquecimento;
⤷ Maior risco de falha cirúrgica.
Osso D1 – Cortical denso
Vantagens
⤷ Excelente cicatrização;
⤷ Previsibilidade;
⤷ Suprimento sanguíneo intraósseo;
⤷ Fixação rígida inicial.
Desvantagens
⤷ Não possui.
Osso D2 – Cortical poroso
Classificação do tecido ósseo.
Localização dos tipos de tecido ósseo em maxila e mandíbula. Volume de tecido ósseo.
13
Biologia óssea aplicada a implantodontia
Vantagens
⤷ Mínima osteotomia no preparo do leito;
⤷ Suprimento sanguíneo excelente;
⤷ Cicatrização rápida;
⤷ Alto índice de sobrevida.
Desvantagens
⤷ Necessita de abordagem mais delicada;
⤷ Dificuldade na inserção do implante;
⤷ Pouco contato osso-implante (50%).
Osso D3 – Trabeculado grosso
Vantagens
⤷ Não possui;
Desvantagens
⤷ Inexistência da crista do rebordo cortical;
⤷ Menor fixação rígida inicial;
⤷ Menor contato osso-implante (25%);
⤷ Necessidade de implantes adicionais;
⤷ Necessita de maior tempo de cicatrização;
⤷ Não permite uso de cantiléver.
Osso D4 – Trabeculado fino
Técnica cirúrgica
A cirurgia para a instalação de implantes deve ser a mais conservadora e menos traumática possível,
com ausência de inflamações agudas. O calor gerado pela fresagem na preparação do tecido ósseo
pode produzir certo grau de necrose.
⤷ Limiar de temperatura óssea por minuto– 44 a 47°C;
⤷ Utilizar fresas em bom estado de corte e conservação, pressão, forma da fresa, velocidade e torque
do motos cirúrgico corretamente programados, tempo de fresagem, qualidade do osso e a irrigação
adequada;
⤷ Motor isento de óleo, fresas com bom poder de corte, máximo de 1800 rpm e irrigação;
⤷ Sequencia gradual de fresas sob movimentos intermitentes.
Condições de carga
Técnica de 2 tempos cirúrgicos
⤷ Reabertura em 4 meses (mandíbula);
⤷ Reabertura em 6 meses (maxila).
Técnica de 1 tempo cirúrgico
⤷ Cicatrizador.
Carga imediata – até 1 semana
⤷ Estabilidade primária ;
⤷ Torque de inserção;
⤷ Metabolismo ósseo;
⤷ Desenho da prótese provisória;
⤷ Padrão oclusal.
Esplintagem / Ferulização
⤷ União de 2 ou mais implantes;
⤷ Redução de cargas mastigatórias;
⤷ Presença de fatores predisponentes à falha
do implante;
⤷ Efeito mais notável em HE.
Cantiléver
⤷ Extensão de próteses;
⤷ Ausência/deficiência de osso;
⤷ Amplia forças laterais;
⤷ Hábitos parafuncionais, excesso de
comprimento e o design incorreto podem
levar a falhas. Extensão de cantiléver.
Carga imediata em implante.

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