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ABORDAGEM DO PACIENTE COM LINFONODOMEGALIAS

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1 Maria Clara Cavalcante 
Abordagem da pessoa com linfonodomegalias 
Introdução: 
Início do sistema linfático: Espaço intersticial, em 
formações lacunares, drenando parte do produto 
oriundo da atividade celular para estruturas 
vasculares – os capilares linfáticos. 
Os capilares linfáticos se anastomosam, tornando-se 
mais calibrosos, até se constituírem em vasos 
linfáticos aferentes do linfonodo. 
O sistema linfático transporta a linfa, que é um líquido 
claro que contém células imunes (linfócitos). 
• Os linfócitos protegem o nosso organismo 
contra antígenos estranhos. 
Os linfonodos recebem a linfa trazida pelos ductos 
coletores, essa linfa alcança o sistema circulatório 
pelos troncos linfáticos e ducto torácico. 
Os linfonodos são organizados em grupos superficiais 
e profundos. 
➔ Superficiais: Localizados no tecido celular 
subcutâneo 
Podem ser vistos no exame físico 
➔ Profundos: Abaixo da fáscia dos músculos e 
dentro das cavidades do corpo 
Vistos apenas nos exames de imagem 
Raramente são palpáveis, exceto quando estão 
hipertrofiados (adenomegalias), formando blocos 
ganglionares 
As manifestações clínicas que acometem o sistema 
linfático estão relacionadas com o organismo como 
um todo. 
 
 
RESUMO: 
Capilares linfáticos se “juntam” e formam os vasos 
linfáticos, que são mais calibrosos. 
Esses vasos linfáticos irão transportar a linfa, que é 
uma substância de cor clara que contém os linfócitos, 
que são células imunes. Estes linfócitos têm a função 
de proteger o nosso organismo. 
Os linfonodos irão receber a linfa que é trazida pelos 
ductos coletores e ela irá alcançar todo o sistema 
circulatório pelos troncos linfáticos e ducto torácico. 
 
Exame dos linfonodos: 
No exame físico é possível a investigação dos 
linfonodos superficiais, pois os profundos só são vistos 
com exames de imagem 
Assim sendo, o exame dos linfonodos se faz pela 
inspeção e palpação 
➔ Grupo ganglionar da cabeça e pescoço: 6 
São os linfonodos cervicais 
São aproximadamente 300 e correspondem a 30% do 
total de linfonodos do corpo humano 
Dividem-se de acordo com a sua localização: 
• Occiptal 
• Pré-auricular 
• Retroauricular 
• Parotídea 
• Faciais 
• Bucais 
 
Vasos linfáticos transportam 
a linfa
Linfonodos recebem a linfa 
repleta de linfonodos
Linfa é espalhada por todo 
o sistema 
 
2 Maria Clara Cavalcante 
 
➔ Grupo ganglionar dos membros superiores: 2 
• Linfonodos axilares 
• Linfonodos epitrocleanos 
 
➔ Grupo ganglionar dos membros inferiores: 2 
• Linfonodos das virilhas – inguinais 
• Linfonodos poplíteos 
 
➔ Grupo ganglionar do tórax: 1 
➔ Grupo ganglionar do abdome: 1 
GRUPOS DOS LINFONODOS 
Grupo ganglionar da 
cabeça e pescoço 
 
• Occiptal 
• Pré-auricular 
• Retroauricular 
• Parotídea 
• Faciais 
• Bucal 
 
Grupo ganglionar dos 
membros superiores 
 
• Linfonodos 
axilares 
• Linfonodos 
epitrocleanos 
 
Grupo ganglionar dos 
membros inferiores 
 
• Linfonodos das 
virilhas 
• Linfonodos 
poplíteos 
 
Grupo ganglionar do 
tórax 
 
 
Grupo ganglionar do 
abdome 
 
 
 
Semiotécnica: 
O exame dos linfonodos se faz por meio da inspeção e 
palpação, em que um método complementa o outro. 
Inspeção: 
• Deve ser feita onde há uma boa iluminação 
• Abrangendo homogeneamente a região 
examinada, que deve estar despida 
• O lado contralateral sempre deve ser 
comparado – comparar os dois lados 
 
 
Palpação: 
• Realizada com as polpas digitais e a face 
ventral dos dedos médio, indicador e 
polegar. 
Dedos envolvidos: Médio, indicador e polegar 
No caso da extremidade cervical, ajustar a cabeça do 
paciente em uma posição que relaxe os músculos do 
pescoço, inclinando a cabeça para o lado que se 
deseja examinar. 
Como melhor palpar ? 
➔ Linfonodos cervicais: Mais fáceis de palpar 
com o examinador atrás do paciente 
 
➔ Linfonodos da cadeia jugular: São mais bem 
examinados apreendendo o músculo 
esternocleidomastóideo entre o polegar e os 
dedos indicador e médio de uma das mãos – 
afastar o músculo 
 
➔ Linfonodos nível I: Polpas digitais da mão 
direita 
 
➔ Linfonodos nível V: Mão esquerda segurando 
a cabeça e usando as polpas digitais da mão 
direita em movimentos circulares 
 
➔ Linfonodos da cadeia bucal, parotídea, pré-
auricular, retroauricular e occiptal: Feita por 
compressão bidigital, usando a polpa dos 
dedos indicador e médio em movimentos 
giratórios. 
 
Ao fazer o exame dos linfonodos da cabeça e pescoço 
é necessário estar atento às outras estruturas dessa 
região, como as glândulas salivares parótidas e 
submandibulares. 
 
 
3 Maria Clara Cavalcante 
 
Os linfonodos profundos raramente são palpáveis, 
exceto quando estão hipertrofiados 
(adenomegalias), formando blocos ganglionares. 
Podem ser avaliados pelos exames de imagem. 
Os linfonodos hipertrofiados são comuns em crianças 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINFONODOS 
CERVICAIS 
Examinador atrás do 
paciente 
 
LINFONODOS DA 
CADEIRA JUGULAR 
Afastando o músculo 
esternocleidomastóideo 
com o polegar, 
indicador e médio de 
uma das mãos 
 
LINFONODOS NÍVEL I Polpas digitais da mão 
direita 
 
LINFONODOS NÍVEL V Mão esquerda 
segurando a cabeça e 
usando as polpas da 
mão direita em 
movimentos circulares 
 
LINFONODOS DA 
CADEIRA BUCAL, 
PAROTÍDEA, PRÉ-
AURICULAR, 
RETROAURICULAR E 
OCCIPTAL 
 
Compressão bigitial 
com os dedos indicador 
e médio em 
movimentos circulares 
LINFONODOS AXILARES, 
RETROPEITORAIS 
EPITROCLEANOS 
Segurar o membro 
superior do lado a ser 
examinado 
 
LINFONODOS 
RETROPEITORAIS 
Examinador na frente 
do paciente e com a 
mão em pinça 
 
LINFONODOS 
EPITROCLEANOS 
Continuação dos 
axilares, em posição de 
pinça ainda e procede-
se à compressão e ao 
deslizamento da goteira 
epitrocleana 
 
LINFONODOS 
POPLÍTEOS 
Paciente em decúbito 
ventral e com a perna 
semirefletida. 
Examinador mantém os 
dedos estendidos ou 
em garra 
 
4 Maria Clara Cavalcante 
 
 
 
 
 
GRUPO GANGLIONAR 
 
ÁREA DE DRENAGEM MAIS COMUM CAUSAS 
Nível I: 
• Linfonodos submentuais 
• Linfonodos submandibulares 
 
Cavidade oral 
Lábios 
Glândula submandibular 
Glândula sublingual 
Seios paranasais e face 
 
Infecções orais do trato respiratório alto, 
infecções bacterianas, infecções por 
toxoplasmose, infeccões dentárias e 
periodontais, mononucleose,leucemias e 
linfomas 
Nível II: 
• Linfonodos jugulares altos 
• Linfonodos jugulodigástricos 
• Linfonodos posteriores próximo 
ao XI par craniano 
 
Couro cabeludo 
Pele 
Nasofaringe 
Faringe 
Parótida 
Laringe supraglótica 
 
 
Infecções no couro cabeludo, infecções por 
micobactérias. Neoplasias da pele, linfomas, 
carcinoma escamoso da cabeça e do 
pescoço 
Nível III: 
• Linfonodos jugulares médios 
 
Tireoide, laringe, gengiva maxilar, porção 
posterior do palato, raiz e borda lateral da 
língua, soalho bucal, glândulas 
submandibulares e sublinguais, região 
anterior do pescoço, esôfago, mamas, 
pulmão e tireoide 
 
 
Infecções virais do trato respiratório alto, 
infecções dentárias, toxoplasmose, 
citomegalovirose, rubéola, monocucleose. 
Neoplasias da cabeçae do pescoço, 
leucemias e linfomas 
Nível IV: 
• Linfonodos jugulares inferiores 
 
 
• Linfonodos supraclaviculares 
 
• Linfonodos escalenos 
 
Nível V: 
• Linfonodos ao longo do nervo 
acessório 
 
Couro cabeludo, parte superior do tórax, 
nasofaringe e faringe, esôfago, tireoide, 
pulmão, mamas 
Infecções no couro cabeludo, infecções da 
pele. Neoplasias da pele, linfomas, 
carcinoma escamoso da cabeça e do 
pescoço 
Nível VI: 
• Linfonodos paratraqueais 
• Linfonodos pré-traqueais 
• Linfonodos peritireoidianos 
• Linfonodos pré-cricoides 
 
Trato gastrintestinal, trato geniturinário, 
pulmão, laringe e tireoide 
 
Neoplasias intra-abdominais, torácicas, 
doenças da laringe, da tireoide, infecções 
fúngicase micobacteriose 
Linfonodos Occiptais 
 
Drenam a parte posterior do couro 
cabeludo 
 
Infecções do couro cabeludo, rubéola e 
linfomas 
 
5 Maria Clara Cavalcante 
Linfonodos pré-auriculares e parotídeos 
 
Porção superior à face, região temporal, 
glândulas parótidas, parte posterior das 
bochechas e parte do couro cabeludo 
 
Infecções da orelha externa e ATM; 
infecções das glândulas parótidas. 
Carcinoma escamoso do lábio, linfomas 
Linfonodos Retroauriculares 
 
Metade posterolateral do couro cabeludo Infecções 
Linfonodos bucais 
 
Zona intermediária da face Infecções 
Linfonodos infraclaviculares 
 
Mamas e parte superior do braço Linfoma não-Hodgkin 
Neoplasias de mama 
 
Linfonodos axilares 
 
Mama, braço e parede torácica Infecções da pele, doença da arranhadura 
do gato, sarcoidose, sífilis, brucelose, 
leishmaniose, hanseníase, neoplasia de 
mamas 
Linfonodos epitrocleanos Forame ulnar e mão Infecções de pele, hanseníase, linfoma, 
neoplasias de pele 
Linfonodos Inguinais Genitália, períneo, ânus, órgãos genitais 
internos e membros inferiores 
 
Infecções cutâneas, doenças sexualmente 
transmissíveis, sarcoma de Kaposi 
Linfonodos poplíteos Perna e pés Infecções 
Características semiológicas: 
Em condições normais, os linfonodos são: 
• Individualizados 
• Móveis 
• Indolores 
• Consistência borrachosa 
 
➔ LOCALIZAÇÃO: 
É necessário saber além da localização com referência 
aos agrupamentos ganglionares, mas a própria cadeia 
ganglionar nas quais os linfonodos estão 
comprometidos. 
O reconhecimento do linfonodo permite a dedução 
das áreas drenadas ou órgãos afetados. 
➔ TAMANHO E VOLUME: 
Diâmetro em cm 
Variam de 0,5 – 2,5 cm de diâmetro 
Linfonodos palpáveis são normais em adultos e neste 
caso são bem individualizados, móveis e indolores 
➔ COALESCÊNCIA: 
Junção de dois ou mais linfonodos, formando massa 
de limites imprecisos 
Determinada por processos inflamatórios ou 
neoplásicos da cápsula dos linfonodos acometidos, 
que os une firmemente – indica duração na evolução 
da doença 
➔ CONSITÊNCIA: 
Endurecido ou amolecido, com flutuação ou não 
Endurecido – Própria de processos neoplásicos ou 
inflamatórios com fibrose. 
Moles com flutuação - Processo inflamatório e/ou 
infeccioso com formação purulenta 
➔ MOBILIDADE: 
Procurar deslocar o linfonodo, para saber se é móvel 
ou aderido aos planos profundos 
➔ SENSIBILIDADE: 
Doloroso ou não 
Geralmente adenopatias infecciosas bacterianas são 
dolorosas 
São pouco dolorosos nos processos infecciosos 
crônicos e, em geral, indolores nas infecções virais e 
processos parasitários. 
Linfonodos metastáticos, além de consistência 
pétrea, são indolores 
Linfonodos leucêmicos ou linfomatosos são indolores 
ou levemente doloridos 
 
 
 
6 Maria Clara Cavalcante 
➔ ALTERAÇÕES DA PELE: 
Presença de sinais fisiológicos (edema, calor, rubor, dor) e de fistulização, descrevendo o tipo de secreção que flui 
pela fístula 
SENSIBILIDADE: 
 
LINFONODOS INDOLORES 
LINFONODOS 
INDOLORES/LEVEMENTE 
DOLOROSOS 
 
LINFONODOS DOLOROSOS 
 
• Infecções virais 
• Processos parasitários 
• Linfonodos metásticos 
• Processos infecciosos 
crônicos (pouco dolorosos) 
• Linfonodos leucêmicos 
• Linfonodos linfomatosos 
 
• Adenopatias infecciosas 
bacterianas 
 
 
 
LINFONODOS HIPERTROFIADOS: Comum em crianças 
O encontro de linfonodos hipertrofiados – adenomegalia – merece uma investigação criteriosa, pois podem aparecer 
em doenças banais ou graves e só o exame minuncioso dos linfonodos e do paciente poderá destinguir, levando 
sempre em conta a idade do paciente. 
O tecido linfático apresenta uma hipertrofia na infância, sendo normal encontrarmos linfonodos cervicais e 
submandibulares palpáveis, de pequeno tamanho, em crianças. 
Em adultos, encontra-se alfum linfonodo palpável em região inguinal, axilar, cervical ou submandibular, secundários 
a processos inflamatórios. 
 
 
 
7 Maria Clara Cavalcante 
 
 
QUESTÕES MONITORIA DE MEDICINA DA UNINTA 
1) As cadeias de linfonodos cervicais que devem ser 
palpadas no exame físico são: pré-auricular, 
retroauricular, cervical anterior, cervical 
posterior, axilares e poplíteos: 
a) Verdadeiro 
b) Falso 
2) É característica presente no linfonodo sugestiva 
de malignidade: 
a) Dolorosos 
b) Limites precisos 
c) Imóvel 
d) Fibroelástico 
 
3) Linfonodomegalia acontece por uma resposta 
inflamatória ou hiperplásica do tecido linfoide 
causado por processos infecciosos, neoplásicos, 
autoimunes e alérgicos. 
a) Verdadeiro 
b) Falso 
4) Sobre a AVALIAÇÃO DOS LINFONODOS CERVICAIS, 
marque a alternativa CORRETA: 
A. O exame físico geral inclui a investigação sistemática 
dos linfonodos profundos. 
B. O nível VI de classificação anatômica corresponde às 
áreas dos trígonos submandibulares e 
submentonianos. 
C. O nível I de classificação anatômica compreende 
aqueles contidos no trígono cervical posterior. 
D. Linfonodos duros, fixos e/ou coalescentes sugerem 
neoplasia 
5) . O exame dos linfonodos se faz por meio da inspeção e 
palpação. 
A) Verdadeiro 
B) Falso 
Gabarito: 
1) F 
2) C 
3) A 
4) D 
5) A 
 
8 Maria Clara Cavalcante

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