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º Linfonodos Os linfonodos recebem a linfa trazida pelos ductos coletores das várias regiões do organismo. A linfa alcança o sistema circulatório pelos troncos linfáticos e pelo ducto torácico. Os linfonodos organizam-se em grupos superficiais e profundos: Superficiais: estão localizados no tecido celular subcutâneo. Profundos: situam-se abaixo da fáscia dos músculos e dentro das várias cavidades do corpo. Exame clínico dos linfonodos O exame físico geral inclui a investigação sistemática dos linfonodos superficiais. Os linfonodos profundos requerem propedêutica armada para o exame. Grupo ganglionar da cabeça e do pescoço: os linfonodos da cabeça e do pescoço são aproximadamente 300 e correspondem a 30% do total dos linfonodos do corpo humano. Dividem- se segundo uma referência topográfica. Desse modo, são classificados em seis níveis anatômicos, dentro dos triângulos anatômicos do pescoço: Nível I: áreas correspondentes aos trígonos submandibulares (IB) e submentonianos (IA); situadas entre mandíbula, músculos digastricos e osso hioide; Nível II: corresponde ao terço superior, situando-se entre o estilo-hioide e a bifurcação da artéria carótida (está última correspondendo à projeção do osso hioide). Inclui: linfonodos jugulares altos (jugulocarotídeos), jugulodigástricos e linfonodos posteriores próximos ao XI par craniano; Nível III: localiza-se abaixo da bifurcação (clinicamente corresponde à projeção do hioide), separado inferiormente no ponto onde o músculo omo-hióideo cruza a veia jugular interna (externamente visualizado como a borda inferior da cartilagem cricoide). Contém os linfonodos jugulares médios; Nível IV: compreende os linfonodos jugulares inferiores, os escalenos e os supraclaviculares, que estão abaixo do terço inferior do músculo esternocleidomastóideo, até́ a clavícula; Nível V: linfonodos ao longo do nervo acessório, contidos no trígono cervical posterior; Nível VI: situam-se entre as duas carótidas, com o osso hioide superiormente e a fúrcula inferiormente. Inclui os linfonodos paratraqueais e pré-traqueais, peritireoidianos e pré-cricoides. Grupo ganglionar das axilas: os linfonodos da cadeia axilar compreendem as seguintes cadeias: Linfonodos laterais; º Linfonodos posteriores; Linfonodos centrais. Grupo ganglionar das virilhas (inguinais): o grupo de linfonodos das virilhas ou região inguinal compreende duas cadeias: Superficiais Profundos Semiotécnica: O exame dos linfonodos se faz por meio da inspeção e da palpação. A palpação é realizada com as polpas digitais e a face ventral dos dedos médio, indicador e polegar; no caso da extremidade cervical, ajusta-se a cabeça em uma posição que relaxe os músculos do pescoço, fletindo-se ligeiramente o pescoço e inclinando levemente a cabeça para o lado que se deseja examinar. Os linfonodos cervicais são mais facilmente palpáveis com o examinador posicionado atrás do paciente. Os linfonodos da cadeia jugular são mais bem examinados apreendendo-se o músculo esternocleidomastóideo entre o polegar e os dedos indicador e médio de uma mão. Com o término do exame utiliza-se as polpas digitais da mão direita para palpar os linfonodos do nível I. Para o exame dos grupos ganglionares do nível V, com a mão esquerda, segura a cabeça do paciente, em rotação, utilizando as polpas digitais da mão direita e executam-se movimentos circulares. É preciso estar atento a localização e a forma do linfonodo durante o exame, pois, podem causar alguma confusão especialmente as parótidas e as salivares. Linfonodos axilares, retropeitorais e epitrocleanos. Para palpação dos linfonodos axilares, retropeitorais e epitrocleanos, o examinador deve estar na frente do paciente. A fossa axilar será examinada com a mão heteróloga, em posição de garra. Deve executar deslizamentos suave com a pele contra o gradil º costal da região axilar e infra-axilar, na região anterior, medial e posterior a fossa axilar. Os retropeitorais a mão fica em posição de pinça, faz-se compressão e deslizamento. Os epitrocleanos se faz em continuação à palpação dos linfonodos axilares e retropeitorais. Manter o braço do paciente em flexão, segurando o antebraço com a mão heteróloga do examinador. Com a mão contrária, em posição de pinça, faz a compressão e o deslizamento da goteira epitrocleana. Geralmente apenas um linfonodo é palpável. Os linfonodos inguinais ou crurais, é feita com os dedos do examinador em extensão, deslizando suavemente, em movimentos circulares ou lineares. O paciente deve estar deitado. Os linfonodos poplíteos, é realizada com paciente em decúbito ventral, com a perna semifletida. Os dedos do examinador ficam estendidos ou em garra. Esses linfonodos são raramente palpáveis. Investigação semiológica Localização Tamanho ou volume: descrever o diâmetro e o centímetro do linfonodo. Normalmente eles variam de 0,5 a 2,5 cm de diâmetro. São individualizados, móveis e indolores. Coalescência: junção de dois ou mais linfonodos, formando uma massa de limites imprecisos. É determinada por processo capsular dos linfonodos acometidos, que os une firmemente por fibrose inflamatória ou neoplásica, demonstrando certa duração na evolução do processo. Consistência: o linfonodo pode estar endurecido ou amolecido, com flutuação ou não. Mobilidade: com palpação deslizante ou, se possível, fixando-o entre o polegar e o indicador, procura-se deslocar o linfonodo, podendo ser móvel ou estar aderido aos planos profundos. Sensibilidade: o linfonodo pode estar doloroso ou não. Alteração da pele: observar a existência de sinais flogísticos (edema, calor, rubor e dor), a presença de fistulização, descrevendo o tipo de secreção que sai pela fístula. O tecido linfático apresenta hipertrofia na infância, sendo normal encontrarmos linfonodos cervical e submandibular palpáveis, de pequeno tamanho em crianças. Já em adultos, encontra-se com frequência linfonodo palpável em região inguinal, axilar, cervical ou submandibular, de pequeno tamanho, secundários a processos inflamatórios. Os linfonodos podem decorrer de: Processo infeccioso Invasão carcinomatosa Doença hemopoética primária Área de drenagem CERVICAIS: Linfonodos cervicais anteriores: drenam laringe, língua, orofaringe, pescoço anterior. Linfonodos cervicais posteriores: drenam couro cabeludo, pescoço, pele do tórax na região superior. Linfonodos supraclaviculares: drenam o trato gastrintestinal, trato geniturinário, pulmão. Linfonodos pré-auriculares: drenam pele e couro cabeludo. Linfonodos submandibulares: drenam cavidade oral. AXILARES: Linfonodos infraclaviculares: drenam mama e braço. º Linfonodos epitrocleanos: drenam forame ulnar, mãos. Linfonodos axilares: drenam mama, extremidade superior da parede torácica. INGUINAIS: Linfonodos grupo vertical: drenam abdome inferior, genitália externa (pele), canal anal, terço inferior da vagina, membros inferiores.
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