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Síntese do livro Pesquisa Social Básica (capítulo 1 e 2)

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Disciplina: Pesquisa Social Básica
Profª. Ana Carolina Machado de Oliveira
Aluna: Karine Lima Silva, Matrícula: 20009265
Síntese do livro: Pesquisa social: teoria, método e criatividade.
Autoria: Maria Cecília de Souza Minayo, Suely Ferreira Deslandes e Romeu Gomes
Teresina-PI 08 de Abril de 2020
Capítulo 1
O DESAFIO DA PESQUISA SOCIAL
1. CIÊNCIA E CIENTIFICIDADE
Numa perspectiva antropológica entende-se que sempre existiu a preocupação/curiosidade do homo sapiens em desvendar o conhecimento de sua era, inicialmente através de mitos e lendas (vivências de seus antepassados) tentaram explicar a vida e a morte, e como a sociedade era composta e se comportava no meio social em que viviam. Com o passar do tempo as religiões e as filosofias dos grandes teóricos foram grandes instrumentos para tentar explicar o porquê da existência humana, seja ela individual ou coletiva.
Cabe ressaltar que a ciência ganhou destaque na sociedade ocidental, pois está foi uma importante ferramenta com evidência de verdades em suas explicações. Esta se materializa em uma linguagem fundamentada em conceitos, métodos e técnicas para responder os mais diversos questionamentos do mundo, das relações sociais e existência das coisas. É importante compreender que a ciência também é permeada de conflitos e contradições, pois está se divide entre ciência social e ciência da natureza, vale pontuar que a cientificidade deve ser pensada como uma idéia reguladora de abstração e não como sinônimo de norma a ser seguida, em resumo, a ciência se evidencia não apenas por regras, teorias e métodos concretos, ela está em constante transformação de acordo com a realidade vivenciada, pois o conhecimento não é concreto, este está em constante formação.
O estudo em pauta se volta para a pesquisa social que se forma a partir da aproximação formando no decorrer de seu percurso critérios de orientação para a sociedade. Segundo Bruyne et al. (1995) o procedimento científico é a aquisição de um saber, um aperfeiçoamento de uma metodologia e a elaboração de uma norma. Ou seja, é um conhecimento que já existe, mais que está em constante evolução através de novos estudos, indo de encontro ou a favor dá idéia evidenciada pelo autor principal. O debate de idéia e imprescindível para a construção de novos conhecimentos.
O objeto de estudo das ciências sociais é histórico, pois cada sociedade tem suas particularidades, costumes, tradições e crenças específicos do espaço em que vivem e se organizam, o que gera contradições em relação à outras regiões do planeta. Faz-se necessário pontuar que a vivência dessas sociedades em uma mesma época histórica traz alguns traços em comum entre elas, pois ambas vivem o presente que é marcado por seus passados e tais determinações vão construir um mesmo futuro respeitando as suas subjetividades. Sendo assim, conclui-se que o objeto de estudo das ciências sociais possui uma consciência histórica, sendo que esta está intrisecamente associada ao nível de consciência histórica da sociedade.
É importante destacar que nas ciências sociais existe uma identidade entre sujeito e objeto. A pesquisa lida diretamente com o ser humano e suas relações sociais, ou seja, o ser humano é o observador que estuda as classes sociais de sua própria natureza. Outro aspecto marcante das ciências sociais é que ela é totalmente ideológica, compostas por várias teorias e idéias que atravessam a história. No entanto, as ciências físicas e biológicas participam deste processo, por meio da escolha de temas considerados relevantes para a sociedade, escolha de métodos e técnicas que certamente vão refletir de forma direta nas perspectivas econômicas e culturais.
Por fim, é preciso pontuar que o objeto de estudo das ciências sociais é essencialmente qualitativo, pois a realidade social é o principal agente de pesquisa, pois dela pode-se extrair mais que uma teoria, pensamento ou discurso. Cabe frizar que as ciências sociais possuem instrumentos capazes de fazer uma aproximação dos seres humanos em sociedade, ainda que de forma inacabada e muitas vezes vista como insatisfatória. As ciências sociais possuem instrumentos e teorias capazes de fazer uma aproxima da suntuosidade que é a vida dos seres humanos em sociedade, fazendo uso de um conjunto de abordagens das expressões humanas, nos processos, sujeito e significado das representações.
2. A PESQUISA QUALITATIVA 
A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo de significados, trata de aspirações, crenças, valores culturais e atitudes que o individuo formula durante sua vida, podendo ser reduzidos a mera operacionalização dos processos variáveis. A relação entre qualitativo-quantitativo está intrisecamente ligada, haja vista que o qualitativo corresponde à intuição, exploração e subjetivismo e o quantitativo está associado ao espaço científico, sendo este objetivo e expresso em dados numéricos.
A diferença entre qualitativo-quantitativo é de natureza. Enquanto cientistas sociais que trabalham com estatística apreendem dos fenômenos apenas a região "visível, ecológica, morfológica e concreta", a abordagem qualitativa aprofunda-se no mundo dos significados das ações e relações humanas, um lado não perceptível e não captável em equações, médias e estatísticas. 
Os fundamentos da pesquisa quantitativa nas ciências sociais são os próprios princípios clássicos utilizados nas ciências da natureza: 
· O mundo social opera de acordo com leis causais; 
· O alicerce da ciência é a observação sensorial; 
· A realidade consiste em estruturas e instituições identificáveis enquanto dados brutos por um lado e crenças e valores por outro. Estas duas ordens se correlacionam para fornecer generalizações e regularidades; 
· O que é real são os dados brutos os valores e crenças são dados subjetivos que só podem ser compreendidos através dos primeiros; 
· A defesa do método quantitativo enquanto suficiente para explicarmos a realidade social está a questão da objetividade. 
3. O CICLO DA PESQUISA 
Diferentemente da arte e da poesia que se concebem na inspiração, a pesquisa é um labor artesanal, se realiza fundamentalmente por uma linguagem fundada em conceitos, proposições, métodos e técnicas, linguagem esta que se constrói com um ritmo próprio e particular. O ciclo da pesquisa é um processo de trabalho que começa com um problema ou uma pergunta e termina com um produto provisório capaz de dar origem a novas interrogações, ou seja é um processo que sempre estará em construção, pois ao longo dos anos sempre existirá novas indagações a respeito de tudo que cerca a sociedade e as relações sociais. O processo começa com o que denominamos fase exploratória da pesquisa, tempo dedicado a formular interrogações sobre o objeto, as teorias pertinentes, a metodologia apropriada e as questões operacionais para levar o trabalho de campo e executar uma pesquisa científica. É um processo desenvolvido em etapas, sendo a primeira delas a construção teórica desse projeto de investigação, em seguida temos um recorte do objeto de pesquisa com suas peculiaridades. Essa etapa traz consigo as entrevistas, observações, levantamento de material em documentos, bibliográfico ou acervo exposto e etc. Ela realiza um momento de se relacionar teoria e prática de fundamental importância para a pesquisa exploratória, de confirmação ou refutação de hipóteses e construção de teorias. Por fim, temos que elaborar o tratamento do material recolhido no campo, conhecida como análise dos dados coletados. Vale ressaltar que uma pesquisa nunca se fecha, pois toda pesquisa produz elementos que vão servir como base para futuras novas pesquisas, toda nova pesquisa deve ser vista como uma nova contribuição para o objeto estudado.
Pois a pesquisa é como um ciclo que se solidifica não em etapas exatas, mas em planos que se complementam, além de servir como uma delimitação do trabalho no tempo, através de um cronogramae com a visão de um produto provisório integrando a historicidade do processo social e da construção teórica.
Capítulo II 
A CONSTRUÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
1. PROJETO CIENTÍFICO: ONDE SE INSERE NO PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO? 
Quando tratamos da pesquisa qualitativa, freqüentemente as atividades que compõem a fase exploratória, além de antecederem à construção do projeto, também a sucedem. Cabe ressaltar que este processo de construção de um projeto científico é uma etapa de fase exploratória , pois muitas vezes, é necessário uma aproximação maior com o campo de observação para melhor delinearmos outras questões, tais como os instrumentos de investigação e o grupo de pesquisa. A fase exploratória de uma pesquisa é, sem dúvida, um de seus momentos mais importantes, pois pode ser considerada uma pesquisa exploratória um projeto que compreende várias fases da construção de uma trajetória de investigação, como segue listado abaixo: 
· A escolha do tópico de investigação; 
· A delimitação do problema; 
· A definição do objeto e dos objetivos; 
· A construção do marco teórico conceitual;
· A escolha dos instrumentos de coleta de dados; 
· E por fim, a exploração de campo. 
É importante que o pesquisador programe e organize num cronograma a fase final desta etapa. O pesquisador deve ter disciplina, fazer uso de seu senso crítico, estabelecer um diálogo reflexivo entre a teoria e o objeto encontrado no campo. 
2. A CONSTRUÇÃO DO PROJETO 
Construir um projeto significa definir uma cartografia de escolhas para abordar a realidade sempre começando por um a pergunta problema que será respondida ao longo da pesquisa (o que pesquisar, como, por quê). Ao elaborarmos um projeto científico, estaremos lidando, ao mesmo tempo, com pelo menos três dimensões importantes que são interligadas. A dimensão técnica isto é, como definir um objeto, como abordá-lo e como escolher os instrumentos mais adequados para a investigação. A dimensão ideo1ógica se relaciona às escolhas do pesquisador. A dimensão científica de um projeto de pesquisa articula estas duas dimensões anteriores. A pesquisa científica ultrapassa o senso comum (que por si é uma reconstrução da realidade) através do método científico. O método científico permite que a realidade social seja reconstruída enquanto um objeto do conhecimento, através de um processo de categorização (possuidor de características específicas) que une dialeticamente o teórico e o empírico. Outro papel importante é esclarecer para o próprio investigador os rumos do estudo (o que pesquisar, como, por quanto tempo etc.). Além disso, um pesquisador necessita comunicar seus propósitos de pesquisa para que seja aceita na comunidade científica e para obter financiamentos. O "meio de comunicação" reconhecido no mundo científico é o projeto de pesquisa. Através deste, outros especialistas poderão tecer comentários e críticas, contribuindo para um melhor encaminhamento da pesquisa. É importante lembrarmos que a pesquisa científica engloba sempre uma instância coletiva de reflexão. 
O projeto de pesquisa deve, fundamentalmente, responder as seguintes perguntas: o que pesquisar? (Definição do problema, hipóteses, base teórica e conceitual); . por que pesquisar? (Justificativa da escolha do problema); . para que pesquisar? (Propósitos do estudo, seus objetivos); . como pesquisar? (Metodologia); · quando pesquisar? (Cronograma de execução); . com que recursos? (Orçamento); . pesquisado por quem? (Equipe de trabalho, pesquisadores, coordenadores, orientadores).
O projeto de pesquisa deve esclarecer sobre os vários elementos que irão compor a investigação. Os elementos constitutivos de um projeto de pesquisa A. Definição do tema e escolha do problema ou Definição do objeto O tema de uma pesquisa indica uma área de interesse a ser investigada. Trata-se de uma delimitação ainda bastante ampla e direcionada para um estudo específico em um dado espaço, num dado lugar em um dado tempo. 
É importante que o pesquisa escolha um tema pertinente que merece ser estudado/pesquisado, que esta dada pesquisa venha agregar conhecimento na sociedade e comunidade profissional daquele tipo de pesquisa. Deve ser um tema original, relevante, interessante, e que esteja dentro das limitações de compreensão do pesquisador. O mesmo levantará hipóteses que vão ser confirmadas ou negadas durante a pesquisa. As hipóteses são elaboradas a partir de fontes diversas, tais como a observação, resultados de outras pesquisas, teorias ou mesmo intuição. 
A justificativa trata-se da relevância, do por que tal pesquisa deve ser realizada. Quais motivos a justificam? Que contribuições para a compreensão, intervenção ou solução para o problema trará a realização de tal pesquisa? A forma de justificar em pesquisa que produz maior impacto é aquela que articula a relevância intelectual e prática do problema investigado à experiência do investigador. Os objetivos buscam responder ao que é pretendido com a pesquisa, que metas almejamos alcançar ao término da investigação. É fundamental que estes objetivos sejam possíveis de serem atingidos. Geralmente se formula um objetivo geral, e três objetivos específicos com dimensões mais amplas, articulando-o a outros objetivos mais direcionados. 
A metodologia Geralmente é uma parte complexa e deve requerer maior cuidado do pesquisador. Mais que uma descrição formal dos métodos e técnicas a serem utilizados, indica as opções e a leitura operacional que o pesquisador fez do quadro teórico. A pesquisa qualitativa não se baseia no critério numérico para garantir sua representatividade. 
Para finalizar baixo segue as principais etapas de um projeto de pesquisa:
1. O tema;
2. A delimitação do problema;
3. Objetivos (Geral e Específico); 
4. Justificativa; 
5. Hipóteses; 
6. Metodologia; 
7. Cronograma; 
8. Orçamento; 
9. Bibliografia; 
10. Anexos.

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