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Exercícios de Direito Civil I

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EXERCÍCIOS – DIREITO CIVIL I 
Parte Geral do Código Civil 
PROF. DANIEL R. FARIA 
 
Página 1 de 34 
 
Sumário 
I. Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro ................................................................. 1 
II. Pessoas Naturais ................................................................................................................... 3 
III. Domicílio das Pessoas Naturais ............................................................................................. 4 
IV. Pessoas Jurídicas .................................................................................................................. 6 
V. Direitos da Personalidade ...................................................................................................... 7 
VI. Dos Bens ............................................................................................................................... 8 
VII. Dos Negócios Jurídicos ......................................................................................................... 9 
GABARITO ................................................................................................................................. 15 
 
 
I. Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro 
 
1. Ano: 2018Banca: NUCEPEÓrgão: PC-PIProva: Delegado de Polícia Civil – ADAPTADA - 
Com base na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, marque a alternativa CORRETA. 
a) O período de vacatio legis de uma lei de direito material é diferente quando se trata de norma de 
direito processual. 
b) Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o 
prazo da vacatio legis começará a correr da nova publicação. 
c) Dependendo da importância da lei, o legislador deve estabelecer um período de vacatio legis 
mais extenso, de 1 (um) ano para os Códigos e Leis Complementares. 
d) Uma lei nova não modifica a anterior se for com ela incompatível ou tratar sobre a mesma 
matéria. 
e) A equidade é sempre uma forma de integração quando houver omissão da lei. 
 
2. Ano: 2018Banca: FGVÓrgão: TJ-ALProva: Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador - 
Até 07 de abril de 2017, vigorava, no Município X, a Lei 01, que estipulava em trinta dias prazo para 
interposição de recursos à própria administração municipal contra atos praticados por seus 
servidores. Na referida data, entrou em vigor a Lei 02, que alterou o referido prazo para quarenta 
dias e revogou, neste ponto, a Lei 01. Contudo, atendendo a pleito local, o Município editou a Lei 
03, de 07 de março de 2018, com o seguinte e único texto: “Art. 1º : Revoga-se Lei 02”. Quanto a 
essa situação, é correto afirmar que: 
a) no dia da publicação da Lei 03, a Lei 01 volta a vigorar; 
b) trinta dias após a publicação da Lei 03, a Lei 01 retorna a vigorar; 
c) quarenta e cinco dias após a publicação da Lei 03, a Lei 02 deixa de vigorar; 
d) no dia da publicação da Lei 03, a Lei 02 deixa de vigorar; 
e) trinta dias após a publicação da Lei 03, a Lei 02 deixa de vigorar. 
 
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Parte Geral do Código Civil 
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3. Ano: 2018Banca: IESESÓrgão: TJ-AMProva: Titular de Serviços de Notas e de Registros – 
Remoção - Conforme preconiza a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, é correto 
afirmar: 
I. Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. 
II. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país noventa dias depois de 
oficialmente publicada. 
III. Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem 
comum. 
IV. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
A sequência correta é: 
a) Apenas as assertivas I e IV estão corretas. 
b) Apenas a assertiva III está correta. 
c) As assertivas I, II, III e IV estão corretas. 
d) Apenas a assertiva II está incorreta. 
 
4. ( ) V ou F - Lei em vigor tem efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o 
direito adquirido e a coisa julgada. 
 
5. Ano: 2018Banca: VUNESPÓrgão: Prefeitura de Bauru - SPProva: Procurador Jurídico - 
Sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis, previstas na Lei Complementar no 
95, de 26 de fevereiro de 1998, bem como a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, 
assinale a alternativa correta. 
a) As leis que estabelecem período de vacância entram em vigor no primeiro dia útil subsequente 
à consumação integral do prazo. 
b) Para contagem do prazo de leis que estabelecem período de vacância, exclui-se a data de 
publicação e inclui-se o último dia do prazo. 
c) As cláusulas de revogação de lei podem ser genéricas. 
d) Nos estados estrangeiros que não tiverem tratado de reciprocidade, a obrigatoriedade da lei 
brasileira se inicia três meses depois de oficialmente publicada. Nos demais estados estrangeiros, 
em regra, a lei entra em vigor imediatamente. 
e) Em razão do princípio da vigência sincrônica, as leis começam a vigorar em todo o País quarenta 
e cinco dias depois de oficialmente publicadas, salvo disposição em contrário. 
 
6. Ano: 2018Banca: CONSULPLANÓrgão: Câmara de Belo Horizonte - MGProva: Procurador 
- “A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro estatui expressamente que quando a lei for 
omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com __________________.” Assinale a alternativa que 
NÃO completa corretamente a afirmativa anterior. 
a) analogia 
b) costumes 
c) princípios gerais do direito 
d) fins sociais a que a lei se dirige 
 
7. Ano: 2018Banca: IADESÓrgão: IGEPREV-PAProva: Técnico Previdenciário A - No ano de 
2017, houve profundas e significativas mudanças no texto da Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT), popularmente denominadas reforma trabalhista. Entre as disposições contidas na referida 
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reforma, há a previsão de que o vigor da norma dar-se-á depois de decorridos 120 dias da 
respectiva publicação oficial. Considerando essa alteração legislativa e com base na Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro, assinale a alternativa correta. 
a) As alterações em texto de lei já em vigor, como no exemplo apresentado, não são consideradas 
lei nova. 
b) A única forma possível para que lei posterior revogue a anterior é quando expressamente assim 
o declare. 
c) A disposição que prevê que o vigor da norma dar-se-á depois de decorridos 120 dias da 
respectiva publicação oficial contraria regra trazida na Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro, que impõe que todas as leis começarão a vigorar, obrigatoriamente, em todo o País, 45 
dias depois de oficialmente publicadas. 
d) A lei revogada não se restaura por ter perdido a vigência, ainda que haja previsão legal para 
tanto. 
e) Ninguém pode se escusar de cumprir as previsões legais trazidas pela reforma trabalhista 
alegando que não a conhece. 
 
8. Ano: 2018Banca: CESPEÓrgão: STJProva: Técnico Judiciário – Administrativa. Julgue o 
item a seguir, à luz da Lei de Introdução ao Código Civil — Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro. 
( ) O prazo de vacatio legis se aplica às leis, aos decretos e aos regulamentos. 
( ) O intervalo temporal entre a publicação e o início de vigência de uma lei denomina-se vacatio 
legis. 
( ) Se a lei não dispuser em sentido diverso, a sua vigência terá início noventa dias após a data 
de sua publicação. 
 
 
II. Pessoas Naturais 
 
 
9. Ano: 2018 Banca: FUMARC Órgão: PC-MG Prova: Delegado de Polícia Substituto - Amanda 
tem 15 anos de idade. Mateus, por deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a 
prática pessoal dos atos da vida civil. Tício é excepcional, sem desenvolvimento mental completo. 
De acordo com o Código Civil e o Estatuto da Pessoa com Deficiência, considera(m)-se 
absolutamente incapaz(es) de exercer, pessoalmente, os atos da vida civil: 
a) Amanda e Mateus. 
b) Amanda. 
c)Mateus e Tício. 
d) Mateus. 
 
10. Ano: 2018 Banca: NUCEPE Órgão: PC-PI Prova: Delegado de Polícia Civil - Fernando, 
atualmente, com 17 (dezessete) anos de idade, nasceu sem o movimento das pernas. Quanto a 
personalidade e capacidade de Fernando, podemos afirmar: 
a) que Fernando possui incapacidade absoluta, o que acarreta a proibição total do exercício dos 
atos da vida civil, por si só; 
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b) a personalidade jurídica e capacidade de fato de Fernando tiveram início no dia que este nasceu 
com vida; 
c) possui incapacidade relativa apenas em razão do critério etário; 
d) sendo Fernando uma pessoa moral passou a ter personalidade jurídica no dia do registro no 
cartório que confeccionou sua Certidão de Nascimento; 
e) possui incapacidade absoluta em virtude de ser pessoa com deficiência. 
 
11. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: TRT - 6ª Região (PE) Prova: Analista Judiciário - Oficial de 
Justiça Avaliador Federal - No tocante à personalidade e à capacidade, conforme previsão do 
Código Civil, é correto afirmar: 
a) A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, de maneira absoluta, 
quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura da sucessão provisória. 
b) A personalidade civil da pessoa começa com o registro de seu nascimento no Cartório 
competente. 
c) São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os ébrios habituais 
e os viciados em tóxicos. 
d) Entre outros, são incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer, aqueles 
que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade. 
e) Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência, exclusivamente na 
hipótese da extrema possibilidade de morte de quem se encontrava em perigo de vida. 
 
12. Ano: 2018 Banca: IADES Órgão: CFM Prova: Advogado - A capacidade civil da pessoa 
natural constitui a aptidão para adquirir direitos e exercer por si, ou por outrem, atos da vida civil; a 
incapacidade é uma restrição legal ao exercício desses atos. Acerca desse conceito, assinale a 
alternativa correta. 
a) São absolutamente incapazes os pródigos e eles são representados pelos respectivos pais, 
tutores e curadores. 
b) São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 
anos de idade. 
c) São absolutamente incapazes aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem 
exprimir a própria vontade. 
d) São relativamente incapazes quanto a certos atos ou à maneira de os exercer os maiores de 16 
anos de idade, e menores de 18 anos de idade e são eles representados pelos respectivos pais, 
tutores e curadores. 
e) São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os ébrios e os 
viciados em tóxico, sendo, portanto, representados pelos respectivos pais, tutores e curadores. 
 
III. Domicílio das Pessoas Naturais 
 
 
13. Ano: 2018Banca: VUNESPÓrgão: PC-SPProva: Delegado de Polícia. Domicílio da pessoa 
natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. Sobre o assunto, 
assinale a alternativa correta. 
a) O domicílio do preso é o lugar onde foi julgada a ação penal. 
b) O domicílio do servidor público é o lugar em que ele exerce permanentemente suas funções. 
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c) O domicílio do incapaz é o do local onde ele for encontrado. 
d) Se a pessoa natural não tiver residência habitual, ter-se-á por seu domicílio a última residência 
registrada em seu nome. 
e) Se a pessoa natural tiver diversas residências, onde alternadamente viva, considerar-se-á seu 
domicílio apenas o lugar onde a profissão é exercida. 
 
14. Ano: 2018 Banca: FUMARC Órgão: PC-MG Prova: Delegado de Polícia Substituto - 
Considere as seguintes afirmativas a respeito do domicílio da pessoa natural: 
I. Tem como regra geral o lugar onde a pessoa estabelece a sua residência com ânimo definitivo. 
II. Considera-se também como domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à 
profissão, o lugar onde esta é exercida. 
III. Se houver exercício da profissão em lugares diversos, o local da contratação constituirá domicílio 
para as relações que lhe corresponderem. 
IV. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar. A prova 
da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, e para 
onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a 
acompanharem. 
Estão CORRETAS apenas as afirmativas: 
a) I, II e III. 
b) I, II e IV. 
c) I, III e IV. 
d) II, III e IV. 
 
15. Ano: 2018 Banca: FUNDATEC Órgão: PC-RS Prova: Delegado de Polícia - Bloco II - 
Tratando-se do domicílio, conforme tipificado no Código Civil brasileiro, analise as seguintes 
assertivas: 
I. Se a pessoa jurídica possuir diversos estabelecimentos em lugares diferentes, será considerado 
domicílio aquele fixado por último, independentemente do local em que praticado o ato jurídico em 
análise. 
II. Corresponde ao de seu domicílio, o lugar onde for encontrada a pessoa natural que não tenha 
residência habitual. 
III. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e 
cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. 
IV. A prova da intenção de alteração de domicílio corresponde ao que declarar a pessoa a seu 
cônjuge, descendente ou ascendente, se outra coisa não houver sido dita quando da própria 
mudança, com as circunstâncias que a acompanharem. 
Quais estão corretas? 
a)Apenas I e IV. 
b)Apenas II e III. 
c)Apenas III e IV. 
d)Apenas I, II e III. 
e)Apenas I, II e IV. 
 
 
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IV. Pessoas Jurídicas 
 
 
16. Ano: 2018Banca: UEGÓrgão: PC-GOProva: Delegado de Polícia. Sobre a pessoa jurídica 
de direito privado, dispõe o Código Civil que: 
a) as disposições acerca das associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades empresárias 
e às sociedades simples. 
b) começa sua existência legal com o pedido de inscrição de seus atos constitutivos perante o 
registro respectivo. 
c) se extingue sua existência legal com a dissolução ou com a cassação, se for o caso, da 
autorização para seu funcionamento. 
d) tem proteção dos direitos de personalidade apenas quanto ao nome, desde o respectivo registro 
até a dissolução. 
e) as organizações religiosas serão regidas por lei própria, que poderá dispor sobre a organização 
e a estrutura interna. 
 
17. Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Prova: Analista 
Judiciário - Área Judiciária - Caio pretende constituir em seu nome uma empresa de comércio de 
calçados. Ana pretende constituir em seu nome uma igreja de sua religião para propagar sua fé. 
Fernanda pretende criar um partido político. Diante do intuito de cada um dos sujeitos fictícios deste 
enunciado e considerando os ditames da legislação civil, assinale a alternativa correta. 
a) O partido político de Fernanda não será classificado como pessoa jurídica de direito privado, em 
razão de os partidos políticos serem tratados apenas em legislação específica e não serem 
regulamentados pelo Código Civil de 2002. 
b) A constituição da igreja de Ana não estará sujeita ao regime das pessoas jurídicas de direito 
privado, tendo-se em vista tratar-se de instituição religiosa, que é regulamentada pelo clero, que 
goza de normativa própria para tanto. 
c) Os partidos políticos são definidos como “sui generis”, ou seja, de aspecto próprio, singular ou 
inclassificável, não se enquadrando, portanto, nem como pessoa jurídica de direito público nem 
como pessoa jurídica de direito privado. 
d) Caso a empresa de Caio possua administração coletiva, seu contrato social não pode definir o 
modo de tomada de decisões que não seja pela maioria de votospresentes. 
e) Constituída a empresa de comércio de calçados de Caio, em caso de desvio de finalidade ou em 
caso de confusão patrimonial, pode o juiz decidir que os efeitos de certas e determinadas relações 
de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa 
jurídica. 
 
18. Ano: 2017 Banca: CS-UFG Órgão: TJ-GO Prova: Juiz Leigo - O Código Civil Brasileiro de 
2002 prevê que as pessoas jurídicas podem ser de direito público interno, externo e privado. Nesse 
contexto, 
a) as associações, as sociedades, as fundações, as organizações religiosas, os partidos políticos 
e as empresas individuais de responsabilidade limitada são pessoas jurídicas de direito privado. 
b) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios, os Municípios, as autarquias, as 
associações públicas e os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público interno. 
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c) o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato 
respectivo, decai em um ano, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro. 
d) o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato 
respectivo, decai em cinco anos, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro. 
e) a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Congresso Nacional, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato 
constitutivo. 
 
 
V. Direitos da Personalidade 
 
 
19. Ano: 2018Banca: CESPEÓrgão: EMAPProva: Analista Portuário - Área Jurídica. Acerca das 
obrigações, dos direitos de personalidade e do negócio jurídico, julgue o item subsequente. 
( ) A doutrina classifica os direitos da personalidade em três grupos não exaustivos: o de direitos 
à integridade física, o de direitos à integridade intelectual e o de direitos à integridade moral. 
 
20. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: Técnico Judiciário Auxiliar. Quando de uma 
viagem a Fortaleza, ocorrida em maio de 2011, o casal Carolina e Rodrigo foram fotografados pelo 
gerente do Quiosque do Vento Ltda., de modo a registrar a presença em uma parede de fotos. No 
entanto, sem consentimento do casal, o gerente, no mês seguinte à visita deles, imprimiu a foto em 
tamanho superior ao das demais da parede de exposição e a inseriu em um grande cartaz 
publicitário afixado na parte externa do estabelecimento. Em maio do corrente ano, Carolina e 
Rodrigo retornam a Fortaleza e, para rememorar a viagem de 2011, visitam o Quiosque do Vento. 
Lá chegando, deparam-se com o enorme cartaz e exigem, de imediato, a sua retirada. Essa 
exigência de Carolina e Rodrigo é: 
a) abusiva, visto que permitiram se fotografar pelo estabelecimento; 
b) inadequada, pois nada mais podem pleitear após o decurso de tanto tempo; 
c) correta, pois não há desonra ao casal; 
d) ilícita, já que o local em que foram fotografados é público; 
e) adequada, pois o direito de personalidade é imprescritível. 
 
21. Ano: 2018 Banca: FUNDATEC Órgão: PC-RS Prova: Delegado de Polícia - Bloco II - Pela 
leitura dos enunciados normativos do Código Civil brasileiro, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Com exceção dos casos previstos em lei, o exercício dos direitos de personalidade não pode 
sofrer, voluntariamente, limitações, observada a característica da irrenunciabilidade de tais direitos. 
b) Além da possibilidade legal de realização de transplantes e exceto por determinação médica, é 
defeso o ato de disposição sobre o próprio corpo quando importar diminuição permanente da 
integridade física, ou contrariar os bons costumes. 
c) Não se pode usar o nome de outrem em propaganda comercial sem a devida autorização. 
d) Salvo se necessária à manutenção da ordem pública, a utilização da imagem de uma pessoa 
falecida poderá ser proibida, exclusivamente a requerimento de seus ascendentes ou 
descendentes, se se destinar a fins comerciais. 
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e) A intimidade da pessoa natural é inviolável, e o juiz adotará as providências para fazer cessar 
ato contrário a esta norma. 
 
22. Ano: 2017 - -Banca: CPCON Órgão: UEPB Prova: Advogado - Atente à doutrina abaixo e em 
seguida responda o que se pede. 
“Historicamente, o tratamento jurídico dedicado ao corpo humano sofreu influências religiosas, 
chegando a se compreender o corpo humano como uma dádiva divina, impossibilitando qualquer 
intervenção pelo próprio titular. Por evidente, na contemporaneidade, a autonomia privada 
(liberdade do titular) alterou essa compreensão, admitindo-se um verdadeiro direito ao corpo 
humano. O Código Civil dedicou proteção ao aspecto físico da personalidade nos arts. 13 a 15.” 
(FARIAS, Cristiano Chaves; FARIAS, Nelson Rosenvald. Curso de direito civil: parte geral e LINDB, 
volume 1. São Paulo: Atlas, 2015.) 
Com relação aos mecanismos de tutela expostos em nosso ordenamento civil e baseando-se nos 
ensinamentos doutrinários e nas decisões recentes dos tribunais superiores sobre a temática supra, 
assinale a alternativa CORRETA. 
a) O direito à integridade física concerne à proteção jurídica do corpo humano, isto é, à sua 
incolumidade corporal, incluída a tutela do corpo vivo e do corpo morto. 
b) Permite-se o ato de disposição do próprio corpo apenas nas hipóteses em que não resulte em 
diminuição temporária ou permanente da integridade física do indivíduo. 
c) Admite-se o ato de disposição de partes do corpo humano, vivo ou morto, a título gratuito ou 
oneroso, desde que não resulte em prejuízos ao titular, considerando-se a existência de uma 
finalidade terapêutica como determinante para o ato. 
d) O art. 13 do Código Civil brasileiro veda a realização do ato cirúrgico de transgenitalização, posto 
que tal procedimento violenta a garantia da dignidade da pessoa humana, constitucionalmente 
assegurada. 
e) A pessoa humana pode ser objeto de experimentações científicas desde que nas hipóteses de 
experiências com finalidade terapêutica, independentemente da existência de consentimento 
informado, nas situações expostas na legislação civil pátria, em decorrência do princípio da 
solidariedade. 
 
 
VI. Dos Bens 
 
 
23. Ano: 2018Banca: FCCÓrgão: TRT - 15ª Região (SP)Prova: Analista Judiciário - Área 
Judiciária. Em relação aos bens, 
a) consideram-se como benfeitorias mesmo os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem 
sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. 
b) os naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis somente por vontade das partes. 
c) os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal como regra abrangem as pertenças, 
salvo as exceções legais. 
d) os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
e) são consumíveis os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, 
qualidade e quantidade. 
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24. Ano: 2018Banca: VUNESPÓrgão: PC-SPProva: Delegado de Polícia. Sobre as diferentes 
classes de bens, assinale a alternativa correta. 
a) Constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma 
pessoa, tenham destinação unitária. 
b) Os bens naturalmente divisíveis só podem tornar-se indivisíveis por determinação legal. 
c) São bens imóveis o solo, o subsolo e o espaço aéreo e apenas o que se lhe incorporar 
artificialmente. 
d) Consideram-se bens móveis as energias que tenham valor econômico e o direito à sucessão 
aberta. 
e) Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de 
negócio jurídico.25. Ano: 2018 Banca: FUMARC Órgão: PC-MG Prova: Delegado de Polícia Substituto - De 
acordo com o disposto no Código Civil a respeito dos bens, é CORRETO afirmar: 
a) A lei não pode determinar a indivisibilidade do bem, pois esta característica decorre da natureza 
da coisa ou da vontade das partes. 
b) A regra de que o acessório segue o principal tem inúmeros efeitos, entre eles, a presunção 
absoluta de que o proprietário da coisa principal também seja o dono do acessório. 
c) Para os efeitos legais, considera-se bem imóvel o direito à sucessão aberta. 
d) Pertenças são obras feitas na coisa ou despesas que se teve com ela, com o fim de conservá-
la, melhorá-la ou embelezá-la. 
 
26. Ano: 2018 Banca: NUCEPE Órgão: PC-PI Prova: Delegado de Polícia Civil - Marque a 
alternativa CORRETA no que tange aos bens: 
a) Os veículos à venda em uma concessionária são considerados bens consumíveis. 
b) delegacia são considerados bens imóveis em decorrência da lei. 
c) A delegacia é considerada um bem público de uso comum do povo. 
d) As portas, janelas de um determinado imóvel, bem como as armas que se encontram em 
exposição são considerados bem móveis. 
e) O dinheiro é considerado um bem infungível. 
 
 
VII. Dos Fatos Jurídicos 
 
27. Ano: 2018Banca: CESPEÓrgão: TJ-CEProva: Juiz Substituto. Maria decidiu alugar um 
imóvel de sua propriedade para Ana, que, no momento da assinatura do contrato, tinha dezessete 
anos de idade. Nessa situação hipotética, o contrato celebrado pelas partes é 
a) nulo, uma vez que foi firmado por pessoa absolutamente incapaz, condição que pode servir de 
argumento para Ana extinguir o contrato. 
b) anulável, portanto passível de convalidação, ressalvado direito de terceiros. 
c) válido, desde que tenha sido formalizado por escritura pública, visto que tem por objeto um 
imóvel. 
d) nulo, porque Ana deveria ter sido representada por um de seus genitores. 
e) válido, ainda que Ana não possua capacidade de direito para celebrar o contrato de aluguel. 
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28. Ano: 2012 Banca: FGV Órgão: OABProva: Exame de Ordem Unificado - VI - Primeira Fase 
- A condição, o termo e o encargo são considerados elementos acidentais, facultativos ou 
acessórios do negócio jurídico, e têm o condão de modificar as consequências naturais deles 
esperadas. A esse respeito, é correto afirmar que: 
a) se considera condição a cláusula que, derivando da vontade das partes ou de terceiros, 
subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto. 
b) se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, não vigorará o negócio jurídico, não 
se podendo exercer desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido. 
c) o termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito e, salvo disposição legal ou 
convencional em contrário, computam-se os prazos, incluindo o dia do começo e excluindo o do 
vencimento. 
d) se considera não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante 
da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico. 
 
29. Ano: 2012 Banca: FGV Órgão: OABProva: Exame de Ordem Unificado - VI - Primeira Fase 
– Reaplicação - Considerando o instituto da lesão, é correto afirmar que 
a) a desproporção entre as prestações deve se configurar somente no curso de contrato. 
b) os efeitos da lesão podem se manifestar no curso do contrato, desde que sejam provenientes de 
desproporção entre as prestações existente no momento da celebração do contrato. 
c) a desproporção entre as prestações surge em razão de fato superveniente à celebração do 
contrato. 
d) os efeitos da lesão decorrem de um fato imprevisto. 
 
30. Ano: 2012 - Banca: FGV - Órgão: OABProva: Exame de Ordem Unificado - VIII - Primeira 
Fase - Em relação aos defeitos dos negócios jurídicos, assinale a afirmativa incorreta. 
a) A emissão de vontade livre e consciente, que corresponda efetivamente ao que almeja o 
agente, é requisito de validade dos negócios jurídicos. 
b) O erro acidental é o que recai sobre características secundárias do objeto, não sendo 
passível de levar à anulação do negócio. 
c) A simulação é causa de anulação do negócio, e só poderá ocorrer se a parte prejudicada 
demonstrar cabalmente ter sido prejudicada por essa prática. 
d) O objetivo da ação pauliana é anular o negócio praticado em fraude contra credores. 
 
31. Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: OABProva: Exame de Ordem Unificado - X - Primeira Fase - 
João, credor quirografário de Marcos em R$ 150.000,00, ingressou com Ação Pauliana, com a 
finalidade de anular ato praticado por Marcos, que o reduziu à insolvência. João alega que Marcos 
transmitiu gratuitamente para seu filho, por contrato de doação, propriedade rural avaliada em R$ 
200.000,00. Considerando a hipótese acima, assinale a afirmativa correta. 
a) Caso o pedido da Ação Pauliana seja julgado procedente e seja anulado o contrato de doação, 
o benefício da anulação aproveitará somente a João, cabendo aos demais credores, caso existam, 
ingressarem com ação individual própria. 
b) O caso narrado traz hipótese de fraude de execução, que constitui defeito no negócio jurídico 
por vício de consentimento. 
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c) Na hipótese de João receber de Marcos, já insolvente, o pagamento da dívida ainda não vencida, 
ficará João obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de 
credores, aquilo que recebeu. 
d) João tem o prazo prescricional de dois anos para pleitear a anulação do negócio jurídico 
fraudulento, contado do dia em que tomar conhecimento da doação feita por Marcos. 
 
32. Ano: 2013 - Banca: FGV - Órgão: OAB - Prova: Exame de Ordem Unificado - XI - Primeira 
Fase - O legislador estabeleceu que, salvo se o negócio jurídico impuser forma especial, o fato 
jurídico poderá ser provado por meio de testemunhas, perícia, confissão, documento e presunção. 
Partindo do tema meios de provas, e tendo o Código Civil como aporte, assinale a afirmativa correta. 
a) Na escritura pública admite-se que, caso o comparecente não saiba escrever, outra pessoa 
capaz e a seu rogo poderá assiná-la. 
b) A confissão é revogável mesmo que não decorra de coação e é anulável se resultante de erro 
de fato. 
c) A prova exclusivamente testemunhal é admitida, sem exceção, qualquer que seja o valor do 
negócio jurídico. 
d) A confissão é pessoal e, portanto, não se admite seja feita por um representante, ainda que 
respeitados os limites em que este possa vincular o representado. 
 
33. Ano: 2011 - Banca: FGV Órgão: OAB Prova: Exame de Ordem Unificado - IV - Primeira Fase 
- O negócio jurídico depende da regular manifestação de vontade do agente envolvido. Nesse 
sentido, o art. 138 do Código Civil dispõe que “são anuláveis os negócios jurídicos quando as 
declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de 
diligência normal, em face das circunstâncias do negócio”. Relativamente aos defeitos dos negócios 
jurídicos, assinale a alternativa correta. 
a) O falso motivo, por sua gravidade, viciará a declaração de vontade em todas as situações e, por 
consequência, gerará a anulação do negócio jurídico. 
b) O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de 
vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante. 
c) O erro é substancial quando concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem 
se refira a declaração de vontade, ainda que tenha influído nesta de modo superficial. 
d) O erro de cálculo gera a anulação do negócio jurídico, uma vez que restou viciada a declaração 
de vontade nele baseada. 
 
34. Ano: 2014 - Banca: FGV - Órgão: OABProva: Exame de Ordem Unificado - XIII - Primeira 
Fase - Lúcia, pessoa doente, idosa, com baixo grau deescolaridade, foi obrigada a celebrar contrato 
particular de assunção de dívida com o Banco FDC S.A., reconhecendo e confessando dívidas 
firmadas pelo seu marido, esse já falecido, e que não deixara bens ou patrimônio a inventariar. O 
gerente do banco ameaçou Lúcia de não efetuar o pagamento da pensão deixada pelo seu falecido 
marido, caso não fosse assinado o contrato de assunção de dívida. Considerando a hipótese acima 
e as regras de Direito Civil, assinale a afirmativa correta. 
a) O contrato particular de assunção de dívida assinado por Lúcia é anulável por erro substancial, 
pois Lúcia manifestou sua vontade de forma distorcida da realidade, por entendimento equivocado 
do negócio praticado 
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b) O ato negocial celebrado entre Lúcia e o Banco FDC S.A. é anulável por vício de consentimento, 
em razão de conduta dolosa praticada pelo banco, que ardilosamente falseou a realidade e forjou 
uma situação inexistente, induzindo Lúcia à prática do ato. 
c) O instrumento particular firmado entre Lúcia e o Banco FDC S.A. pode ser anulado sob 
fundamento de lesão, uma vez que Lúcia assumiu obrigação excessiva sobre premente 
necessidade. 
d) O negócio jurídico celebrado entre Lúcia e o Banco FDC S.A. é anulável pelo vício da coação, 
uma vez que a ameaça praticada pelo banco foi iminente e atual, grave, séria e determinante para 
a celebração da avença. 
 
35. Ano: 2014 - Banca: FGV Órgão: OAB Prova: Exame de Ordem Unificado - XIV - Primeira 
Fase - Maria Clara, então com dezoito anos, animada com a conquista da carteira de habilitação, 
decide retirar suas economias da poupança para adquirir um automóvel. Por saber que estava no 
início da sua carreira de motorista, resolveu comprar um carro usado e pesquisou nos jornais até 
encontrar um modelo adequado. Durante a visita de Maria Clara para verificar o estado de 
conservação do carro, o proprietário, ao perceber que Maria Clara não era conhecedora de 
automóveis, informou que o preço que constava no jornal não era o que ele estava pedindo, pois o 
carro havia sofrido manutenção recentemente, além de melhorias que faziam com que o preço 
fosse aumentado em setenta por cento. Com esse aumento, o valor do carro passou a ser maior 
do que um modelo novo, zero quilômetro. Contudo, após as explicações do proprietário, Maria Clara 
fechou o negócio. Sobre a situação apresentada no enunciado, assinale a opção correta. 
a) Maria Clara sofreu coação para fechar o negócio, diante da insistência do antigo proprietário e, 
por isso, pode ser proposta a anulação do negócio jurídico no prazo máximo de três anos. 
b) O negócio efetuado por Maria Clara não poderá ser anulado porque decorreu de manifestação 
de vontade por parte da adquirente. Dessa forma, como não se trata de relação de consumo, Maria 
Clara não possui essa garantia. 
c) O pai de Maria Clara, inconformado com a situação, pretende anular o negócio efetuado pela 
filha, porém, como já se passaram três anos, isso não será mais possível, pois já decaiu seu direito. 
d) O negócio jurídico efetuado por Maria Clara pode ser anulado; porém, se o antigo proprietário 
concordar com a diminuição no preço, o vício no contrato estará sanado. 
 
36. Ano: 2018 Banca: UFPR Órgão: COREN-PR Prova: UFPR - 2018 - COREN-PR – Advogado 
- Acerca da prescrição e da decadência, assinale a alternativa correta. 
a) A prescrição é ato personalíssimo, de modo que se iniciada contra uma pessoa, não continua a 
correr contra o seu sucessor. 
b) A prescrição não corre contra os ausentes do País em serviço público da União e dos Estados, 
exceto dos Municípios. 
c) Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, correrá a prescrição 
da ação cível independentemente da sentença definitiva criminal. 
d) Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a 
obrigação for indivisível. 
e) Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de 
jurisdição, bem como o juiz declarar de ofício. 
 
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37. Ano: 2018 Banca: CONSULPLAN Órgão: TJ-MG Prova: CONSULPLAN - 2018 - TJ-MG - 
Titular de Serviços de Notas e de Registros – Remoção - Nos termos do Código Civil em vigência, 
a validade dos negócios jurídicos 
a) não exige agente capaz 
b) independe, via de regra, de sua forma. 
c) somente se verifica se a manifestação de vontade for formal. 
d) de regra se verifica se a manifestação de vontade for feita por escrito. 
 
38. Ano: 2018 Banca: CONSULPLAN Órgão: TJ-MG Prova: CONSULPLAN - 2018 - TJ-MG - 
Titular de Serviços de Notas e de Registros – Remoção - Nos negócios jurídicos em geral, o dolo 
acidental 
a) gera a nulidade do negócio jurídico. 
b) gera a inexistência do negócio jurídico. 
c) gera a anulabilidade do negócio jurídico. 
d) apenas obriga à satisfação das perdas e danos. 
 
39. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SEFAZ-GO Prova: FCC - 2018 - SEFAZ-GO - Auditor-Fiscal 
da Receita Estadual - Em relação à invalidade do negócio jurídico, 
a) é anulável o negócio jurídico quando o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito. 
b) a anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; só os 
interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de 
solidariedade ou indivisibilidade. 
c) o negócio jurídico nulo pode ser confirmado e ratificado, embora não convalesça pelo decurso 
do tempo. 
d) é de dois anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado 
da prática do ato pelo causador da anulabilidade. 
e) é nulo o negócio jurídico simulado e meramente anulável o negócio dissimulado, se válido for na 
substância e na forma. 
 
40. Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RJ Prova: VUNESP - 2018 - TJ-RJ - Juiz Leigo - 
Sobre a interrupção da prescrição, assinale a alternativa correta. 
a) Apenas a parte que aproveita a prescrição pode interrompê-la. 
b) A interrupção da prescrição por um dos credores solidários não aproveita aos outros; assim como 
a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros. 
c) A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á por qualquer ato 
inequívoco, desde que judicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor. 
d) A prescrição em favor da Fazenda Pública recomeça a correr, por dois anos e meio, a partir do 
ato interruptivo, mas não fica reduzida aquém de cinco anos, embora o titular do direito a interrompa 
durante a primeira metade do prazo. 
e) A interrupção da prescrição pode ocorrer mais de uma vez, desde que seja por ato judicial que 
constitua em mora o devedor. 
 
41. Ano: 2018 Banca: FEPESE Órgão: Prefeitura de Rio das Antas - SC Prova: FEPESE - 2018 
- Prefeitura de Rio das Antas - SC – Advogado - A respeito das normas legais atinentes à prescrição 
e à decadência, conforme previsto no Código Civil brasileiro, é correto afirmar: 
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a) Os prazos prescricionais podem ser alterados por interesse e conveniência das partes. 
b) É vedado ao juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei. 
c) Prescreve em cinco anos a pretensão de reparação civil. 
d) A prescrição não corre contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou 
dos Municípios. 
e) A interrupção da decadência, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á por qualquer ato 
judicial que constitua em mora o devedor. 
 
42. Ano: 2018 Banca: TRF - 3ª REGIÃO Órgão: TRF - 3ª REGIÃO Prova: TRF - 3ª REGIÃO - 
2018 - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto - Haverá simulação a gerar invalidade do negócio 
jurídico quando: 
a) Aquele que recebeu documento assinado com texto não escrito no todo ou em parte formá-loou 
completa-lo por si ou por meio de outrem, violando o pacto feito com o signatário. 
b) A parte alterar documento mediante a supressão ou interpolação unilateral de texto. 
c) O negócio aparentar conferir direitos a pessoas diversas às quais efetivamente eles se conferem. 
d) O ato envolver a transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida quando já insolvente o 
devedor; ou a tal condição reduzido pelos referidos atos. 
 
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GABARITO 
 
1. B 
 
A) Errado. O período de vacatio legis é o lapso temporal entre a publicação e o começo da vigência 
da lei, de sorte que o legislador apenas estabeleceu em seu artigo 1º que, salvo disposição 
contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente 
publicada, independentemente de ser norma de direito material ou norma de direito processual. 
 
B) Certo. Art. 1º § 3o da LINDB: Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu 
texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da 
nova publicação. 
 
C) Errado. A LINDB não faz qualquer diferenciação quanto à importância das leis. Por outro lado, é 
importante lembrar que a Lei Complementar 95, de 1998, assevera em seu artigo 8º que A vigência 
da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se 
tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua publicação" para 
as leis de pequena repercussão.§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que 
estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do 
prazo, entrando em vigor no dia subseqüente à sua consumação integral. § 2º As leis que 
estabeleçam período de vacância deverão utilizar a cláusula ‘esta lei entra em vigor após decorridos 
(o número de) dias de sua publicação oficial’. 
 
D) Errado. A LINDB, em seu artigo Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor 
até que outra a modifique ou revogue. § 1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente 
o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que 
tratava a lei anterior. 
 
E) Errado. O artigo 4º ensina que quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Esse rol é preferencial e taxativo. 
 
2. C 
 
LINDB 
Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias 
depois de oficialmente publicada. 
§ 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido 
a vigência. 
 
3. D 
 
I - Art. 3• Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. 
II - Art. 1• Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias 
depois de oficialmente publicada. 
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III - Art. 5• Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências 
do bem comum. 
IV - At. 1•, § 4• - As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
 
4. V 
 
Art. 6. A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito 
adquirido e a coisa julgada. 
 
5. E 
 
A LC n º 95/98 regulamenta o parágrafo único do artigo 59 da CF, dispõe sobre a elaboração, a 
redação, a alteração e a consolidação das leis, bem como estabelece normas para a consolidação 
dos atos normativos que menciona. 
 
 
 
A- ASSERTIVA INCORRETA- A lei nada fala soobre a necessidade de ser dia útil. 
Art. 8º § 1º, LC 95/98. A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período 
de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em 
vigor no dia subseqüente à sua consumação integral. 
 
B - ASSERTIVA INCORRETA - Incluem-se na contagem tanto o dia da publicação quanto o último 
dia do prazo. 
Art. 8º § 1º, LC 95/98. A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período 
de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em 
vigor no dia subseqüente à sua consumação integral. 
 
C - ASSERTIVA INCORRETA - Não se colocam cláusulas de revogação genéricas, como 
"revogam-se quaisquer dispositivos existentes em sentido contrário". 
Art. 9º, LC 95/98. A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições 
legais revogadas. 
 
D- ASSERTIVA INCORRETA - A regra é que a vacatio seja de 3 meses. 
Art. 1º,§ 1º, LINDB. Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, 
se inicia três meses depois de oficialmente publicada 
 
E - ASSERTIVA CORRETA - GABARITO. Segundo o princípio da vigência sincrônica a 
obrigatoriedade da lei é simultânea, porque entra em vigor a um só tempo em todo o país, ou seja, 
quarenta e cinco dias após sua publicação, caso não haja data estipulada para o início da vigência. 
Art. 1º, LINDB. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco 
dias depois de oficialmente publicada. 
 
6. D 
 
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LINDB 
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os 
princípios gerais de direito. 
 
7. E 
 
LINDB 
Letra A: Errada 
Art. 1º, § 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
Letra B: Errada 
Art. 2º, § 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com 
ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 
Letra C: Errada 
Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias 
depois de oficialmente publicada. 
Letra D: Errada 
Art. 2º, § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora 
perdido a vigência. 
Letra E: CORRETA 
Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. 
 
8. F V F 
 
As normas administrativas (portarias, decretos, regulamentos, resoluções) entram, em regra, em 
vigor na data de sua publicação, não se aplicando a Vacatio LEGIS. 
Período entre a publicação e início da vigência se denomina Vacatio Legis que, em regra, é de 45 
dias para aplicação no Brasil. 
 
 
9. B 
 
Código Civil 
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 
16 anos. 
 
10. C 
a) INCORRETA. Art. 3º. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida 
civil os menores de 16 (dezesseis) anos. 
b) INCORRETA. Personalidade jurídica é adquirida com o nascimento com vida (Art. 2º CC), mas 
a capacidade de fato, em regra se adquire com maioridade. 
c) CORRETO. Art. 4º. São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: I - 
os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
d) INCORRETA. A personalidade Jurídica é adquirida com o nascimento com vida (Art. 2º CC) 
e) INCORRETA. Art. 3º. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida 
civil os menores de 16 (dezesseis) anos. 
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11. D 
 
A - ERRADA 
Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, 
nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. 
B - ERRADA 
Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, 
desde a concepção, os direitos do nascituro. 
C - ERRADA 
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
D - CORRETA 
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ouà maneira de os exercer: 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 
E- ERRADA 
Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: 
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; 
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos 
após o término da guerra. 
 
12. B 
 
Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores 
de 16 (dezesseis) anos. 
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 
IV - os pródigos. 
 
13. B 
 
a) O domicílio do preso é o lugar onde foi julgada a ação penal. 
ERRADO. 
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. 
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor 
público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo 
da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; 
o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença. 
 
b) O domicílio do servidor público é o lugar em que ele exerce permanentemente suas funções. 
CORRETO. 
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. 
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Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor 
público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo 
da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; 
o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença. 
 
c) O domicílio do incapaz é o do local onde ele for encontrado. 
ERRADO. 
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. 
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor 
público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo 
da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; 
o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença. 
 
d) Se a pessoa natural não tiver residência habitual, ter-se-á por seu domicílio a última residência 
registrada em seu nome. 
ERRADO. 
Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde 
for encontrada. 
 
e) Se a pessoa natural tiver diversas residências, onde alternadamente viva, considerar-se-á seu 
domicílio apenas o lugar onde a profissão é exercida. 
ERRADO. 
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, 
considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. 
 
14. B 
 
GABARITO: B 
I - Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo 
definitivo. 
II - Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o 
lugar onde esta é exercida. 
III - Art. 72. Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles 
constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem. 
IV - Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar. 
Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos 
lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as 
circunstâncias que a acompanharem. 
 
15. B 
 
I - INCORRETA 
Art. 75, §1º Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um 
deles será considerado domicílio para os atos nele praticados. 
II - CORRETA 
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Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde 
for encontrada. 
III - CORRETA 
Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e 
cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. 
IV - INCORRETA 
Art. 74, parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades 
dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com 
as circunstâncias que a acompanharem. 
 
16. A 
 
GABARITO: LETRA A 
"Art. 44, § 2º do CC: As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às 
sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código." 
LETRA B: 
"Art. 45 do CC: Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição 
do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou 
aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato 
constitutivo." 
LETRA C: 
"Art. 51 do CC: Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu 
funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua." 
LETRA D: 
"Art. 52 do CC: Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da 
personalidade." 
LETRA E: 
"Art. 44, § 1º do CC: São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento 
das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro 
dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. " 
 
17. E 
 
a) ERRADO. 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) 
b) ERRADO. 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) 
c) ERRADO. 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) 
d) ERRADO. 
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de 
votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso. 
EXERCÍCIOS – DIREITO CIVIL I 
Parte Geral do Código Civil 
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e) CERTO. 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou 
pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público 
quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa 
jurídica. 
 
18. A 
 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) 
V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 
2011) 
 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de 
direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no 
registro. 
 
19. V 
 
STOLZE,Pablo. 
Consideramos conveniente classificar os direitos da personalidade com base na tricotomia 
corpo/mente/espírito. Assim, sem pretender esgotá-los, classificamos os direitos da personalidade 
de acordo com a proteção à: 
a) vida e integridade física (corpo vivo, cadáver, voz); 
b) integridade psíquica e criações intelectuais (liberdade, criações intelectuais, privacidade, 
segredo); 
c) integridade moral (honra, imagem, identidade pessoal). 
 
20. E 
 
Código Civil 
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar 
perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da 
ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou 
a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo 
EXERCÍCIOS – DIREITO CIVIL I 
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da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se 
destinarem a fins comerciais. 
 
Flávio Tartuce: Os direitos da personalidade são tidos como intransmissíveis, irrenunciáveis, 
extrapatrimonais e vitalícios, eis que comuns à própria existência da pessoa. Tratam-se ainda de 
direitos subjetivos, inerentes à pessoa (inatos), tidos como absolutos, indisponíveis, imprescritíveis 
e impenhoráveis. 
 
21. D 
A - CORRETA 
Art. 11: Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis 
e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. 
B - CORRETA 
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar 
diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. 
Parágrafo unico. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma 
estabelecida em lei especial 
C - CORRETA 
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial. 
D - INCORRETA 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da 
ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou 
a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo 
da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se 
destinarem a fins comerciais. 
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa 
proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes. 
Importante não confundir com o art 12 do CC, quanto à violação a direito da personalidade - pode 
pleitear reparação o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o 
quarto grau. 
E - CORRETA 
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, 
adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. 
 
22. A 
 
a) Na doutrina e Rubens Limongi França, se divide os direitos da personalidade em 3 grandes 
grupos: direito à integridade física (vida e ao corpo VIVO ou MORTO); direito à integridade 
intelectual (liberdade de pensamento e direitos do autor) e, por fim, o direito à integridade moral 
(liberdade política, honra, recato, segredo, imagem e à identidade pessoal, familiar e social). 
b) Art. 13 do CC: A exceção é a EXIGÊNCIA MÉDICA, será admitido para fins de TRANSPLANTE 
- ou seja, há o direito de disposição de partes separadas do próprio corpo em vida para fins de 
transplante. 
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c) Art. 14, CC: é possível, com objetivo CIENTÍFICO ou AUTRUÍSTICO (doação de órgãos), a 
disposição GRATUITA (onerosa não) do próprio corpo, no todo ou em parte, PARA DEPOIS DA 
MORTE, podendo essa disposição ser revogada a qq momento. 
d) Enunciado 276 das Jornadas prevê que o art. 13, AO PERMITIR A DISPOSIÇÃO DO PRÓPRIO 
CORPO POR EXIGÊNCIA MÉDICA, AUTORIZA AS CIRURGIAS DE TRANSGENITALIZAÇÃO 
(...). 
e) Art. 15 - consentimento informado - o processo de consentimento pressupoe o compartilhamento 
efetivo de informações e a corresponsabilidade na tomada de decisão. Vejam o En. 533: o paciente 
plenamente capaz poderá deliberar sobre TODOS os aspectos concernentes a tratamento médico 
que possa lhe causar risco de vida, seja IMEDIATO ou MEDIATO, SALVO as situações de 
emergência ou no curso de procedimentos médicos cirúrgicos que não possam ser interrompidos. 
 
23. D 
 
Letra A, incorreta. Art. 97, CC: Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos 
sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. 
Letra B, incorreta. Art. 88, CC: Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por 
determinação da lei ou por vontade das partes. 
Letra C, incorreta. Art. 94, CC: Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não 
abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das 
circunstâncias do caso. 
Letra D, correta, nos exatos termos (transcrição literal do art. 84, CC). 
Letra E, incorreta. Art. 86, CC: São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição 
imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação (a 
alternativa fornece o conceito de bem fungível, previsto no art. 85, CC). 
 
24. E 
 
Letra A, incorreta. Art. 91, CC: Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, 
de uma pessoa, dotadas de valor econômico. 
Letra B, incorreta. Art. 88, CC: Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por 
determinação da lei ou por vontade das partes. 
Letra C, incorreta. Art. 79, CC: São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou 
artificialmente. 
Letra D, incorreta. Art. 83, CC: Consideram-se móveis para os efeitos legais: I. as energias que 
tenham valor econômico. Art. 80, CC: Consideram-se imóveis para os efeitos legais: II. o direito à 
sucessão aberta. 
Letra E, correta. Art. 95, CC: Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos 
podem ser objeto de negócio jurídico. 
 
25. C 
 
a) Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou 
por vontade das partes. 
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b) A regra de que o acessório segue o principal tem inúmeros efeitos, entre eles, a presunção 
absoluta de que o proprietário da coisa principal também seja o dono do acessório. (a presunção é 
relativa) 
c) Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
II - o direito à sucessão aberta. 
d) Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo 
duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. 
 
26. A 
 
A) CORRETO. Art. 86. CC 
B) ERRADO. As delegacias são considerados bem imóvel por sua natureza (Art. 79, CC) 
C) ERRADO. Art. 99, CC. As delegacias são bens de uso especial. 
D) ERRADO, Art. 81, CC. As armas são consideradas pertenças, na forma do artigo Art. 93. 
E) ERRADO, Art. 85. 
 
27. B 
 
A) nulo, uma vez que foi firmado por pessoa absolutamente incapaz, condição que pode servir de 
argumento para Ana extinguir o contrato. 
Errada. Se o contrato tivesse sido celebrado por absolutamente incapaz, efetivamente seria nulo 
(art. 166, I, CCB). Ocorre que Ana possuía dezessete anos de idade, sendo relativamente incapaz, 
de sorte que o contrato é anulável (art. 171, I, do CCB), e não nulo. Lado outro, não pode Ana, 
menor de idade, alegar a própria menoridade para se eximir de cumprir o contrato (art. 180, CCB), 
como decorrência do brocardo nemo turpitudinem suam audire potest. 
B) anulável, portanto passível de convalidação, ressalvado direito de terceiros.Correta. O negócio é anulável (art. 171, I, CCB) e passível de convalidação, resguardando-se, 
sempre, direitos de terceiros (art. 172, CCB). 
C) válido, desde que tenha sido formalizado por escritura pública, visto que tem por objeto um 
imóvel. 
Errada. O contrato não é válido, mas anulável. Por outro lado, ainda que a locação tenha por objeto 
bem imóvel, o contrato não será realizado por escritura pública. A escritura pública somente é 
exigida, não havendo disposição legal em contrário, para negócios jurídicos relativos a direitos reais 
incidentes sobre imóveis com valor superior a 30 vezes o maior salário mínimo vigente no país (art. 
108, CCB). A locação, por ser direito pessoal, não depende de escritura pública – embora seja de 
bom tom registrar o contrato para que seja oponível a eventual terceiro adquirente do imóvel. 
D) nulo, porque Ana deveria ter sido representada por um de seus genitores. 
Errada. O negócio é anulável (art. 171, I, CCB), o menor relativamente incapaz é assistido, e não 
representado (art. 1.690, CCB), e a assistência não necessariamente será realizada pelos 
genitores. A representação e assistência é realizada preferencialmente pelos genitores, mas pode 
ser realizada por tutores ou curadores especiais (art. 71, CPC). 
E) válido, ainda que Ana não possua capacidade de direito para celebrar o contrato de aluguel. 
Errada. O negócio é anulável, não sendo válido, embora possa ser plenamente eficaz. 
 
28. D 
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RESPOSTA: LETRA D 
Alternativa “a”: Segundo o CC: 
Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, 
subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto. 
Diante de tal definição, nota-se que a alternativa “a” está incorreta porque atribui a possibilidade de 
terceiro fixar condição. Entretanto, a condição deriva exclusivamente da vontade das partes. 
 
Alternativa “b”: 
Sobre a definição de condição resolutiva, dispõe o CC: 
Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, 
podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido. 
A alternativa “b” está, portanto, incorreta. As condições resolutivas são aquelas que, enquanto não 
se verificarem, não trazem qualquer conseqüência para o negócio jurídico, vigorando este 
plenamente enquanto não ocorrer a condição. A alternativa está incorreta porque prevê que o 
negócio jurídico não vigora enquanto a condição não se realizar. 
 
Alternativa “c”: Sobre o termo inicial, o CC prevê: 
Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito. 
Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos, excluído o 
dia do começo, e incluído o do vencimento. 
 
§ 1o Se o dia do vencimento cair em feriado, considerar-se-á prorrogado o prazo até o seguinte dia 
útil. 
§ 2o Meado considera-se, em qualquer mês, o seu décimo quinto dia. 
§ 3o Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do de início, ou no imediato, se 
faltar exata correspondência. 
§ 4o Os prazos fixados por hora contar-se-ão de minuto a minuto. 
 
De acordo com a redação dos artigos acima mencionados, observa-se que a alternativa “c” está 
incorreta, pois salvo disposição em contrário exclui-se o dia do começo e inclui-se o dia do 
vencimento e não o contrário. 
 
Alternativa “d”: 
Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo 
determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico. 
Reflete exatamente o teor do CC, razão pela qual é a alternativa correta. 
 
29. B 
 
RESPOSTA: LETRA B 
 
Código Civil: 
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se 
obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. 
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§ 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi 
celebrado o negócio jurídico. 
§ 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte 
favorecida concordar com a redução do proveito. 
 
A) a desproporção entre as prestações deve se configurar somente no curso de contrato. 
A desproporção entre as prestações deve ser apreciada no momento da celebração do contrato. 
Incorreta letra “A”. 
 
B) os efeitos da lesão podem se manifestar no curso do contrato, desde que sejam provenientes 
de desproporção entre as prestações existente no momento da celebração do contrato. 
 
Os efeitos da lesão podem se manifestar no curso do contrato, porém, a desproporção entre as 
prestações deve ser apreciada no momento da celebração do contrato. 
 
Correta letra “B”. Gabarito da questão. 
 
C) a desproporção entre as prestações surge em razão de fato superveniente à celebração do 
contrato. 
 
A desproporção entre as prestações surge no momento da celebração do contrato e não 
posteriormente. 
Incorreta letra “C”. 
 
D) os efeitos da lesão decorrem de um fato imprevisto. 
Os efeitos da lesão decorrem da desproporção entre as prestações do contrato, configurados no 
momento da celebração contratual. 
Incorreta letra “D”. 
 
30. C 
 
RESPOSTA: LETRA C 
 
Alternativa “a”: A emissão de vontade livre e consciente é requisito de validade dos negócios 
jurídicos. 
 
Com efeito, os elementos de validade do negócio jurídico estão previsos expressamente no art. 
104, do CC. É relevante ressaltar que não há, dentre eles, a previsão da emissão de vontade livre 
e consciente. Contudo, é certo que somente poderá emitir manifestação de vontade livre e 
consciente o agente que é capaz, que possui condições de manifestar adequadamente sua 
vontade. Daí porque considera-se que a vontade livre e consciente está no plano de validade do 
negócio jurídico. 
 
Observe-se que no plano de existência dos negócios jurídicos estão previstos os seguintes 
elementos: partes, vontade, objeto e forma. A validade está, porém, num patamar acima, exigindo 
EXERCÍCIOS – DIREITO CIVIL I 
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partes capazes, vontade livre e consciente, objeto lícito, possível, determinado ou determinável e 
forma prescrita ou não defesa em lei. 
 
Portanto, a alternativa está correta. 
 
Alternativa “b”: O erro acidental não leva à anulação do negócio jurídico, pois recai sobre 
características secundárias do objeto. O erro que leva à anulação do negócio jurídico, segundo o 
CC, é o erro substancial. 
 
Alternativa “c”: O negócio jurídico simulado é nulo e não anulável, consoante a redação do CC: 
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na 
substância e na forma. 
 
Portanto, a alternativa “c” está incorreta e deverá ser assinalada, conforme o pedido da questão. 
 
Alternativa “d”: A ação pauliana ou revocatória deve ser proposta pelos credores quirografários 
contra o devedor insolvente, podendo também ser proposta contra a pessoa que celebrou o negócio 
jurídico com o fraudador ou terceiros adquirentes, que hajam procedido de má-fé. Ela objetiva 
anular o negócio jurídico praticado com fraude contra credores. Portanto, a alternativa está correta. 
 
31. C 
 
RESPOSTA: LETRA C 
 
Alternativa “A”: Segundo o CC: 
Art. 165. Anulados os negócios fraudulentos, a vantagem resultante reverterá em proveito do acervo 
sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores. 
Parágrafo único. Se esses negócios tinham por único objeto atribuir direitos preferenciais, mediante 
hipoteca, penhor ou anticrese, sua invalidade importará somente na anulação da preferência 
ajustada. 
Vê-se, portanto, consoante a redação do artigo, que no caso de anulação do negócio fraudulento, 
a vantagem resultando beneficiará todos os credores e não somente aquele que ingressou com a 
ação. Por estarazão, a alternativa está incorreta. 
 
Alternativa “B”: O negócio narrado na questão é hipótese de fraude contra credores e não fraude à 
execução. 
 
Alternativa “C”: está correta. É exatamente o que dispõe o CC: 
Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda 
não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o 
concurso de credores, aquilo que recebeu. 
 
Alternativa “D”: De acordo com o CC: 
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, 
contado: 
EXERCÍCIOS – DIREITO CIVIL I 
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I - no caso de coação, do dia em que ela cessar; 
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o 
negócio jurídico; 
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade. 
Considerando o teor do artigo 178, o primeiro erro da alternativa consiste em dizer que o prazo para 
pleitear a anulação é prescricional. O prazo é decadencial. Além disso, não é de dois, mas de quatro 
anos contados do dia em que se realizou o negócio jurídico e não do dia em que o prejudicado 
tomar conhecimento dele. 
 
32. A 
 
RESPOSTA: LETRA A 
 
Alternativa “a”: O CC dispõe que a escritura pública admite, caso o comparecente não saiba 
escrever, que outra pessoa capaz, a seu rogo, assine o documento. Vejamos: 
Art. 215. § 2o Se algum comparecente não puder ou não souber escrever, outra pessoa capaz 
assinará por ele, a seu rogo. 
A alternativa está correta. 
 
Alternativa “b”: O CC dispõe que: 
Art. 214. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coação. 
Portanto, a alternativa “b” está incorreta, já que a confissão é irrevogável e não revogável como 
constou da alternativa. Além disso, ela é anulável se decorrer tanto de erro de fato quanto de 
coação. 
 
Alternativa “c”: De acordo com a redação do CC: 
Art. 227. Salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal só se admite nos negócios 
jurídicos cujo valor não ultrapasse o décuplo do maior salário mínimo vigente no País ao tempo em 
que foram celebrados. 
Parágrafo único. Qualquer que seja o valor do negócio jurídico, a prova testemunhal é admissível 
como subsidiária ou complementar da prova por escrito. 
Portanto, a prova exclusivamente testemunhal só é admitida nos negócios jurídicos que não 
ultrapassam o décuplo do maior salário mínimo vigente no país. No caso de qualquer valor, a prova 
testemunha é admissível como subsidiária ou complementar das provas por escrito. Por esta razão, 
a alternativa está incorreta. 
 
Alternativa “d”: Consoante o CC: 
Art. 213. Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é capaz de dispor do direito a que 
se referem os fatos confessados. 
Parágrafo único. Se feita a confissão por um representante, somente é eficaz nos limites em que 
este pode vincular o representado. 
 
A confissão, de acordo com o ordenamento jurídico pátrio, pode ser feita por intermédio de 
representante. Entretanto, ela somente é eficaz nos limites em que o representante por vincular o 
EXERCÍCIOS – DIREITO CIVIL I 
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representado. A alternativa “d” está incorreta, pois considera que em hipótese alguma a confissão 
pode ser feita por representante, o que não corresponde à previsão legal. 
 
33. B 
 
RESPOSTA: LETRA B 
 
a) O falso motivo, por sua gravidade, viciará a declaração de vontade em todas as situações e, por 
consequência, gerará a anulação do negócio jurídico. 
Errada: Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão 
determinante. 
b) O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de 
vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante. 
Correta: É exatamente a redação do CC: 
Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a 
manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real 
do manifestante. 
c) O erro é substancial quando concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem 
se refira a declaração de vontade, ainda que tenha influído nesta de modo superficial. 
Errada: Art. 139. O erro é substancial quando: 
I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades 
a ele essenciais; 
II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de 
vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante; 
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do 
negócio jurídico. 
d) O erro de cálculo gera a anulação do negócio jurídico, uma vez que restou viciada a declaração 
de vontade nele baseada. 
Errada: Art. 143. O erro de cálculo apenas autoriza a retificação da declaração de vontade. 
 
34. D 
 
RESPOSTA: LETRA D 
 
Alternativa “a”: O contrato particular assinado por Lúcia não é anulável por erro substancial. Isso 
porque, Lúcia não incorreu em nenhuma das hipóteses legais de erro substancial. Vejamos, de 
acordo com o CC, o erro é substancial: 
Art. 139. O erro é substancial quando: 
I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades 
a ele essenciais; 
II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de 
vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante; 
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do 
negócio jurídico. 
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Vejam que nenhuma das hipóteses acima se enquadra na situação descrita pela questão, pois 
Lúcia foi obrigada a celebrar um contrato e não o fez espontaneamente mas incidindo em erro. Por 
esta razão a alternativa “a” está incorreta. 
Alternativa “b”: Também não é o caso de dolo, consoante exposto na alternativa “b”. isso porque, 
conforme já ressaltado acima, o banco obrigou Lúcia a assinar o contrato e não criou uma situação 
que falseou a realidade e induziu Lúcia a praticar o ato. Assim, não sendo o caso de dolo, a 
alternativa está incorreta. 
Alternativa “c”: Nesta alternativa diz-se que o caso foi de lesão, porque Lúcia teria assumido 
obrigação excessiva sob premente necessidade. Entretanto, este também não é o caso da questão, 
pois Lúcia não estava em situação de premente necessidade. Na verdade, como já ressaltado 
anteriormente, ela foi obrigada a assinar o contrato de assunção de dívida sob pena de não receber 
o pagamento da pensão deixada pelo seu falecido marido. Não se trata, outrossim, de assumir 
prestação desproporcional ao valor da prestação oposta, como é o caso da lesão. Dessa forma, a 
alternativa “c” está incorreta. 
Alternativa “d”: Finalmente, a alternativa correta. Isso porque, de acordo com tal alternativa, o 
negócio celebrado por Lúcia é anulável pelo vício da coação. Realmente, a ameaça do banco de 
não efetuar o pagamento da pensão deixada pelo marido de Lúcia foi atual, grave, séria e 
determinante para que ela se sentisse obrigada a assinar o contrato de assunção de dívida. 
Vejamos a redação do CC a respeito da coação: 
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado 
temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens. 
Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com 
base nas circunstâncias, decidirá se houve coação. 
Art. 152. No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o 
temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela. 
Vejam que a ameaça do banco trazia dano iminente e considerável

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