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PROJETO DE INTERVENÇÃO ESTÁGIO III....

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GRUPO SER EDUCACIONAL
UNINASSAU
DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO - PEDAGOGIA
ANA KAROLINE DE LIMA
PROJETO DE INTERVENÇÃO 
 
MACAPARANA/PE
2021
 ANA KAROLINE DE LIMA
RESPEITO À DIVERSIDADE DE GÊNERO NO AMBIENTE ESCOLAR
Projeto apresentado ao Curso de Graduação em Pedagogia da UNINASSAU, como requisito para aprovação na disciplina de Estágio Supervisionado III.
.
 MACAPARANA/PE
 2021
1. INTRODUÇÃO 
O presente projeto busca conscientizar o público estudantil sobre a importância de respeitar as diversidades. A escola selecionada não possui boas estruturas e a comunidade não participa.
A diversidade sexual ainda é uma questão difícil de ser abordada na escola. Através de atividades lúdicas, como exibição de documentários, teatro, produção de textos e cartazes os alunos são instruídos acerca dos temas que passeiam pela Cidadania e Diversidade, incluindo a diversidade de gênero.
A Associação Americana de Psiquiatria deixou de classificar a homossexualidade como um transtorno. Anos depois, em 1975, foi a vez da Associação Americana de Psicologia adotar o mesmo procedimento ao deixar de considerar a homossexualidade como uma doença. Mas foi em 17 de maio de 1990, que a Assembleia-Geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da sua lista de doenças (CID), sendo que a data passou a ser celebrada como Dia Internacional contra a Homofobia. Por fim, no ano seguinte, a Anistia Internacional passou a considerar a discriminação contra homossexuais uma violação aos direitos humanos.
Levando em consideração ao ocorrido no caso exposto para elaboração de um projeto, foi identificado a necessidade de uma campanha de palestras para a comunidade participar e um ambiente para que esses alunos que sofram preconceitos possam se expressar a denunciar seus agressores sem sofrer represarias.
 A homossexualidade não é doença, distúrbio, ou mesmo perversão, de acordo com o conselho federal de psicologia, a resolução CFP n o 001/1999, amparada pela decisão da Organização Mundial de Saúde (OSM), que em 1990 retirou a homossexualidade da lista de doenças expostas na Classificação Internacional de Doenças (CID).
 A homossexualidade é uma das identidades de gênero e orientações sexuais compõe parte das possibilidades sexuais do humano, que também inclui a heterossexualidade. Compreendemos que a matriz da homofobia está no reflexo político da marginalização sócio-histórica dos brasileiros ao direito pleno à informação e à educação, que por sua vez se reflete na dificuldade dos pais, mães, educadores e estudantes em compreender e lidar com o desenvolvimento da sexualidade do outro.
O apoio psicológico e a segurança assegurada ao aluno que sofra de homofobia faz com que eles se sintam seguros em denunciar, bem como a apresentação de palestras, distribuição de panfletos e aprendizagens tecnológicas buscam conscientizar a população sobre o assunto em questão abordado.
Foram elaborados projetos de fácil aplicabilidade como folhetos explicativos, depoimentos e apresentações em slides será exposto a temática e caracterizado o assunto em questão. Os alunos serão inseridos por meio de informações em uma realidade que os mesmos consideram distantes, já que a escola selecionada não possui uma estrutura adequada para realização de grandes projetos. Devido a deficiência da escola, e pela falta de participação dos pais, foi pensado em algo de fácil acesso visando uma maior participação.
2. OBJETIVOS
a) OBJETIVO GERAL: auxiliar a gestão e o Conselho Escolar a elaborar as estratégias que serão tomadas pela escola na resolução de problemas que dizem respeito à identidade de gênero e orientação sexual.
b) OBJETIVOS ESPECIFICOS:
· Apresentar a comunidade, uma abordagem teórica sobre a temática sexualidade;
· Elaborar um projeto para ensino-aprendizagem utilizando ferramentas tecnológicas para a comunidade da escola;
· Apresentar uma palestra sobre homossexualidade, abordando conceitos de bullying e homofobia.
3. ARTICULAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA 
 Ao final da ditadura militar foi promulgada por Ulysses Guimarães em 1988, a Constituição Federal do primeiro governo democrático no Brasil. Em seus artigos 205 e 206 assegura que “a educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
De acordo com Brasil, o ensino será ministrado como base nos seguintes princípios: I — igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II — liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber...” Dois anos depois, em 1990, foi publicado o Estatuto da Criança e do Adolescente, que dispõe no artigo 70 que “a criança e ao adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.” (BRASIL, 1990).
As Diretrizes para uma política educacional em sexualidade foram publicadas pelo Ministério da Educação e do Desporte em 1994 (BRASIL, 1994ª). Nesse documento, a educação sexual é considerada como um dos marcos teóricos referenciais necessários para o ser humano “implementar com eficiência seu roteiro existencial, para construir a sua felicidade, vivenciar os valores da cidadania e elaborar as condições necessárias para a melhoria da qualidade de vida, direcionamento, coerência e harmonia às suas ações e propósitos”.
Apesar da ênfase na apresentação das Diretrizes quanto à natureza preventiva da educação sexual, ao definir o conceito e as finalidades da mesma, amplia-se para uma visão mais holística de que “o sexo não se restringe apenas à finalidade reprodutiva, mas é também uma fonte de prazer e uma forma de expressão de amor” e que, portanto, a educação sexual “deve ser entendida no sentido amplo e abrangente, de educação para a plenitude do exercício da sexualidade humana”. Afirma ainda que “a Educação Sexual não pode estar a serviço exclusivo de objetivos circunstanciais como, por exemplo, a profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis e a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (DST/AIDS), da gestação indesejada e dos sexismos”. Da mesma forma, “a Educação Sexual, como a educação em geral, não deve ser considerada apenas como um processo de transmissão cultural, através do qual uma geração transfere para outra suas invenções e descobertas, crenças e valores, conceitos e preconceitos sexuais”.
Em 20 de dezembro de 1996 foi sancionada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional — LDB (Lei no 9.394), cujo artigo 30 dispõe sobre os princípios da educação e entre eles destacam-se: “l – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola” e “IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância” (BRASIL, 2008b). Posteriormente foram elaborados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), para o Ensino Básico e Médio, nos quais o termo “orientação sexual” refere-se à educação sexual com a proposta de abordagem como tema transversal. Assim, como afirma o texto, o trabalho de Orientação Sexual deverá acontecer de duas formas: dentro da programação, através dos conteúdos já transversalizados nas diferentes áreas do currículo e de forma Extra programática, sempre que surgirem questões relacionadas ao tema.
O conteúdo proposto para o ensino fundamental inclui o tema da homossexualidade da quinta série em diante (BRASIL, 1997ª). Em 1997/1998, concomitantemente com os Parâmetros Curriculares Nacionais, foram publicados os cadernos de Temas Transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais para a 1 a à 4ª séries e para a 5ª à 8ª séries do Ensino Fundamental(BRASIL, 1998).
O tema transversal Orientação Sexual visa que a sexualidade e as questõesassociadas a ela sejam exploradas transversalmente em diversas áreas do currículo, na medida em que for apropriado e não apenas na disciplina de biologia, por exemplo.
Uma deficiência dos Temas Transversais é que não fixam a matéria no currículo e os atribuem vagamente a determinadas disciplinas. O resultado da falta de direcionamento é a ausência da abordagem do tema na escola. O próximo marco no desenvolvimento das políticas públicas para a educação é o Plano Nacional de Educação, aprovado pela Lei no 10.172 em 2001 (LEGISLAÇÃO, 2009).
O Plano não se detém às especificidades da educação sexual ou da educação para o respeito à diversidade, porém nos objetivos e metas para o Ensino Fundamental e para o Ensino Superior, constam considerações que muito se aproximam a questões tangentes à população LGBT. São eles, respectivamente.
- Manter e consolidar o programa de avaliação do livro didático criado pelo Ministério de Educação, estabelecendo entre seus critérios a adequada abordagem das questões de gênero e etnia e a eliminação de textos discriminatórios ou que reproduzam estereótipos acerca do papel da mulher, do negro e do índio.
- Incluir diretrizes curriculares dos cursos de formação de docentes temas relacionados às problemáticas tratadas nos temas transversais, especialmente no que se referem à abordagem tais como: gênero, educação sexual, ética (justiça, diálogo, respeito mútuo, solidariedade e tolerância), pluralidade cultural, meio ambiente, saúde e temas locais.
Em 2008 aconteceu a Conferência Nacional de Educação Básica; dentro do eixo temático de Inclusão e Diversidade na Educação Básica foram aprovadas as seguintes deliberações: (BRASIL, 2008d).
 Quanto a diversidade sexual, as políticas de inclusão e a diversidade na educação básica deverão primeiro realizar constantemente a análise de livros didáticos e paradidáticos utilizados nas escolas conteúdos e imagens para evitar as discriminações de gênero e de diversidade sexual e, quando isso for constatado, retirá-los de circulação; assim como desenvolver e ampliar programas de formação inicial e continuada em sexualidade e diversidade, visando a superar preconceitos, discriminação, violência sexista e homofóbica no ambiente escolar, e assegurar que a escola seja um espaço pedagógico, livre e seguro para todos/todas, garantindo a inclusão e a qualidade de vida; também deve rever e implementar diretrizes, legislação e medidas administrativas para os sistemas de ensino promoverem cultura do reconhecimento da diversidade de gênero, identidade e gênero e orientação sexual no cotidiano escolar; precisa ainda garantir que a produção de todo e qualquer matérial didático pedagógico incorpore a categoria “genero” como instrumento de análise, e que não se utilize de linguagem sexista, licenciaturas discriminatória; e por último, inserir os estudos de gênero e diversidade sexual no currículo das licenciaturas.
Em relação às conferências de temáticas sociais, em 2008 foi realizada a 1 a Conferência Nacional LGBT, precedida de conferências em todas as 27 unidades da federação e também em mais de cem municípios. A Conferência aprovou 559 deliberações divididas entre 10 áreas de competência do governo federal, sendo 60 na área da educação. Foi criada uma Comissão Técnica Interministerial que durante o restante de 2008 e o início de 2009 sistematizou as deliberações da Conferência e as transformou no Plano Nacional de
Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT, lançado em 2009 (BRASIL, 2009ª). O Plano é composto por diretrizes, eixos estratégicos, estratégias e ações, com definição de órgãos responsáveis e prazos para a realização das ações. Em relação à educação, as diretrizes são:
 5.13. Inserção da temática LGBT no sistema de educação básica e
 superior, sob abordagem que promova o respeito e o reconhecimento
 da diversidade da orientação sexual e identidade de gênero;
 5.15. Garantia, a estudantes LGBT, do acesso e da permanência em
 todos os níveis e modalidades de ensino, sem qualquer discriminação
 por motivos de orientação sexual e identidade de gênero;
 5.23. Intersetorialidade e transversalidade na proposição e
 implementação das políticas públicas: o combate à homofobia requer
 ações integradas entre as áreas da educação, saúde e segurança,
 dentre outras;
Como afirma Borrillo (2010), a forma como a sociedade e o Estado lidam com homossexuais, o respeito e proteção que lhes garantem, assim como às mulheres, minorias religiosas, aos indivíduos independentemente da cor da pele, das opiniões políticas é um extraordinário indicador do nível de civilização.
As consequências da homofobia são muito prejudiciais para adolescentes LGBT e inclui tristeza, baixa autoestima, isolamento, violência, abandono escolar até o suicídio. Especialmente travestis e transexuais não podem continuar na escola por ser a escola um ambiente hostil para eles/as
As escolas tratam a educação sexual de forma restrita, em geral, nas disciplinas de Ciências, Biologia e Educação Física, associando muitas vezes o sexo às doenças, gravidez, algo a ser feito após o casamento, e principalmente centrado na heterossexualidade. Dessa forma negam outras formas de orientação sexual, principalmente aquela em que sujeitos possam ter como objeto amoroso e de desejo, alguém do mesmo sexo e assim contribui e pretende garantir o padrão heterossexual:
Não há dúvidas de que o que está sendo proposto, objetiva e explicitamente, pela instituição escolar, é a constituição de sujeitos masculinos e femininos heterossexuais — nos padrões da sociedade em que a escola se inscreve. Mas, a própria ênfase no caráter heterossexual poderia nos levar a questionar a sua pretendida “naturalidade”. Ora, se a identidade heterossexual fosse, efetivamente, natural (e, em contrapartida, a identidade homossexual fosse ilegítima, artificial, não natural), por que haveria a necessidade de tanto empenho para garanti-la? Por que “vigiar” para que os alunos e alunas não “resvalem” para uma identidade “desviante”? Por outro lado, se admitimos que todas as formas de sexualidade são construídas, que todas são legítimas mas também frágeis, talvez possamos compreender melhor o fato de que diferentes sujeitos, homens e mulheres, viviam de vários modos seus prazeres e desejos. 
4. METODOLOGIA
Esse projeto será desenvolvido em uma escola de rede de ensino publica, situada no município de Macaparana. A escola oferece apenas o ensino fundamental II, sendo assim, a maioria dos alunos possui entre 11 e 14 anos de idade.
 A escola selecionada não possui uma boa estrutura adequada para realização de grandes projetos no interior da mesma, por isso, serão elaborados projetos que possam ser aplicados na área externa, nesse caso, será também realizado em dias específicos palestras de acolhimento, de ensino-aprendizagem sobre homofobia e sobre bullying.
Através de apresentações, folhetos explicativos, depoimentos e apresentações em slides será exposto a temática e caracterizado o assunto em questão. Os alunos serão inseridos por meio de informações em uma realidade que os mesmos consideram distantes. A homofobia.
5. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
E Será exposto aos demais professores a temática, fundamentação teórica e acima de tudo serão ouvidos, serão abertos os canais da comunicação para que eles coloquem seus pontos de vista e também se posicionem a respeito da homofobia.
 Deverá ser reservado um mural na escola onde será disponibilizado textos, artigos, depoimentos, cartazes, pesquisas sobre a homossexualidade e homofobia escolar, a intenção é manter o debate e subsidiar a atuação dos professores nas salas de aula.
 Além disso, apresentaremos um calendário com datas de diversas palestras que serão apresentas na semana do combate à homofobia. Serão váriasapresentações onde toda a comunidade e todos os alunos serão convidados a participar.
 Podendo ainda disponibilizar uma caixa de questões para que as pessoas coloquem perguntas de forma anônimas para serem respondidas pelos palestrantes, ou até mesmo depoimentos de como se sentem, do que desejam e do que esperam dos colegas de escola.
 Será apresentado a temática sobre homofobia, sexualidade e educação sexual. Serão impressos diversos panfletos que serão apresentados aos pais e alunos com toda a teórica do tema abordado.
 A principal causa da existência do bullying homossexual é o preconceito que, ainda está enraizado em grande parte da nossa sociedade e que é praticamente passado de pai pra filho, junto com o que ainda resta da "cultura" de sociedade patriarcal, uma pedagogia da sexualidade. Assim, a criança que é criada de forma a ser contra a homossexualidade ou a qualquer tipo de diferença pode, por acreditar que isso é o certo, influenciar outros a fazerem parte das agressões.
 Assim que a violência verbal tem início, ela vai se agravando pouco a pouco e começa a se refletir no comportamento do estudante, que pode se tornar mais retraído, ficar menos sociável e mais triste, apresentar medo, além de alguns sintomas que podem ser notados em casa, como mudança de comportamento, pesadelos e medo ou aversão à escola. As vítimas também são mais propensas realizar automutilação, cometer suicídio e iniciar atividades perigosas à sua saúde, além de influenciar gravemente no desempenho escolar e aumentar a taxa de evasão. Outro ponto agravante do bullying homossexual é o silêncio da vítima, principalmente em casa. Isso acontece porque muitos estudantes ainda não se assumiram pra família ou talvez não possam contar com o apoio da família, que normalmente deveria protegê-los.
 Disponibilizaremos uma caixa de denúncias para que os alunos possam relatar qualquer tipo de homofobia para que possamos trabalhar com assuntos específicos com pais e alunos.
 Após as temáticas aplicadas nas palestras, serão apresentados diversos vídeos com depoimentos, incluindo essa comunidade no contexto tecnológico e apresentando a realidade em que vivemos.
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Ao educar os estudantes para viverem em sociedade, como agentes críticos, instrumentalizando-os com conhecimentos e habilidades necessárias para fazerem leituras autônomas da realidade, a escola contribui para a construção de uma sociedade mais democrática e solidária.
 Dessa forma, é de fundamental importância que, ao propiciar de forma sistemática o acesso ao saber historicamente acumulado e necessário à compreensão da prática social na qual o estudante se insere, a escola o faça trazendo para a sala de aula as questões do cotidiano de forma a desvelar o currículo oculto, expresso nas necessidades biopsicossocioculturais que emergem nas relações de ensino-aprendizagem e que não são previstas no currículo formal, com a finalidade de aprimorar a capacidade de diálogo, de análise, de tomada de decisões, a elaboração de propostas de ações coletivas.
 Pensar, opinar, escutar pontos de vistas diferentes, comparar posturas, posições e soluções são maneiras de desenvolver o pensamento crítico e os valores importantes para um ambiente democrático.
 E neste contexto que defendemos a discussão dos temas propostos no Projeto. O estabelecimento de relações recíprocas de respeito, cooperação e solidariedade exigem o esforço coletivo da comunidade escolar.
 A escola é um espaço de reprodução dos valores da sociedade na qual está inserida. É na escola que as crianças e adolescentes demonstram o que aprenderam quando estão fora dela, ao passo que também levam para além dos muros escolares o que nela aprenderam. Professores e alunos podem aprender a ser intolerantes e preconceituosos, como também podem exercer atitudes democráticas e a inclusão, construindo nova realidade social, marcada pela cooperação mútua e solidária, pela defesa da paz social.
 Deste modo, cabe destacar que historicamente a questão da violência no contexto educacional extrapola as relações entre os membros do corpo discente e se manifesta em diferentes perspectivas: na relação professor-aluno, professor-direção, direção-funcionários, funcionários-professores, dentre outras que conjugam os diversos atores sociais citados, nos exercícios de seus papéis profissionais.
 Desse modo, entende—se que o presente projeto de intervenção se faria interessante e totalmente aplicável no contexto escolar para a situação exposta no problema de aplicação.
 
6. REFERÊNCIAS 
BORRILLO, D. Homofobia: história e crítica de um preconceito. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010.
BRASIL. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto do criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, ano CXLXVIII, n o 135,16 jul. 1990. Seção 1, p. 1. Disponível em: Acesso em 18 out. 2010.
_____.Ministério da Educação e do Desporte. Secretaria de Projetos Educacionais Especiais. Diretrizes para uma política educacional em sexualidade. Brasília: MEC/SEPESPE, 1994ª. 44 p.
 _____.Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: pluralidade cultural, orientação sexual. Brasília: MEC/SEF, 1997ª.
____. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do Ensino fundamental. Temas Transversais. Brasília: Ministério da Educação, 1998.
 ____. Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Ministério da Educação. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos. Brasília, 2003.
____.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Saúde e prevenção nas escolas — atitude para curtir a vida: diretrizes para a implementação do projeto. Brasília, Ministério da Saúde, 2006c.

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