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1 FITOSSANIDADE 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre- sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere- cendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici- pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra- vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Sumário NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................................... 2 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 2. PRAGAS AGRÍCOLAS........................................................................................... 6 2.1. FATORES QUE FAVORECEM O ATAQUE DE PRAGAS .............................. 6 2.2. MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS ........................................................ 7 3. PRINCIPAIS PRAGAS AGRÍCOLAS .................................................................... 8 3.1. LAGARTA – HELICOVERPA (HELICOVERPA ARMIGERA)....................... 8 3.2. LAGARTA-DO-CARTUCHO (SPODOPTERA FRUGIPERDA) ....................... 9 3.3. PULGÕES OU AFÍDEOS (HEMIPTERA, APHIDIDAE) ................................ 10 3.4. MOSCA BRANCA (ALEYRODIDAE) ............................................................. 12 3.5. CÓROS (LARVAS DE BESOURO) .................................................................. 13 3.6. PERCEVEJO MARROM (EUSCHISTUS HEROS) .......................................... 14 4. MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS (MIP) ...................................................... 16 5. TENDÊNCIAS FUTURAS NO CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS ........ 16 6. A FITOSSANIDADE NA DEFESA DA AGRICULTURA ................................. 17 7. FITOSSANIDADE - ARMAZENAGEM .............................................................. 17 8. FITOSSANIDADE EM PRODUTIVIDADE DE SEMENTES: COMO CUIDAR DE SUA SEMENTE ATÉ O PLANTIO? ...................................................................... 22 9. CONSUMO DE PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS NO BRASIL ...................... 24 10. PATOLOGIA DE SEM ENTES ......................................................................... 26 11. IMPORTÂNCIA DA PATOLOGIA DE SEMENTES ....................................... 27 12. TESTES DE SANIDADE DE SEMENTES ....................................................... 27 12.1. REQUISITOS BÁSICOS ................................................................................ 27 12.2. IMPORTÂNCIA .............................................................................................. 28 12.3. MÉTODOS UTILIZADOS ............................................................................. 29 12.3.1. MÉTODOS SEM INCUBAÇÃO ....................................................................... 29 12.3.2. MÉTODOS COM INCUBAÇÃO ...................................................................... 30 13. SANIDADE DAS SEMENTES PREVINE DOENÇAS .................................... 32 14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 34 4 1. INTRODUÇÃO Entretanto, foi a partir de 1950, com os constantes avanços da ciência, que a inovação passou a ser uma variável central e indispensável nas atividades agropecuárias. Prevenir e controlar pragas é a função das Organizações Nacionais de Proteção Fitossanitárias ao redor do mundo e no Brasil este trabalho cabe ao Departamento de Sanidade Vegetal. A tarefa é tão difícil quanto a extensão e diversidade da agricultura que se deseja proteger. No caso do Brasil, cujo terri- tório tem dimensões continentais, o cenário é ainda mais complexo. Não apenas em virtude da extensão, mas também da heterogeneidade das culturas planta- das no País, que influencia de maneira decisiva o desenvolvimento da agricul- tura. À medida que as tecnologias avançam, a prática agrícola fica cada vez mais complexa e, atualmente, deve ainda respeitar os preceitos de sustentabili- dade. Com o advento dos produtos fitossanitários para controle de pragas e, mais recentemente, das plantas geneticamente modificadas (GM) foi possível acompanhar essa evolução. Eles trouxeram uma praticidade sem igual ao ma- nejo de pragas em uma agricultura que se torna sistematicamente mais intensiva e profissionalizada como a dos cerrados brasileiros. A vigilância fitossanitária é uma atividade que integra ações de inteligên- cia, mapeando informações em diversos níveis a fim de simular cenários, definir riscos e ainda agir na proteção às lavouras. Esse processo deve ser conduzido de maneira integrada entre entes públicos e privados por meio de levantamentos e construção de bases de dados sólidas e confiáveis que atendam aos interes- ses de todo o setor. As estratégias agronômicas do manejo de pragas, passadas aos técnicos nas disciplinas universitárias, nem sempre refletem a rotina da agricultura. O equilíbrio e a eficiência das tecnologias podem ficar prejudicados caso a teoria e a prática não estejam em sintonia. A não observância da realidade do campo e o consequente não desenvolvimento de políticas e produtos adequados pode, 5 no curto prazo, reduzir as alternativas tecnológicas à disposição dos agricultores, ameaçando e gerando conflito entre os setores do agronegócio. Por exemplo, a ferramenta do refúgio em áreas de plantas GM que expressam proteínas inseti- cidas é uma das técnicas de manejo para preservação dessas tecnologias. Sua implementação é necessária, assim como o monitoramento de sua adoção, para a efetividade do processo de controle. A supressão das pragas do complexo de lepidópteras recebeu um impor- tante reforço com as variedades transgênicas que expressam toxinas Bt. Essa inovação trouxe praticidade e competitividade para quem planta soja, milho e algodão. Entretanto, a pressão de seleção ocasionada pelo uso contínuo e in- discriminado dessa ferramenta pode fazer com que os indivíduos que são natu- ralmente resistentes sobrevivam e se tornem maioria na população após algu- mas gerações. Por que, então, o refúgio é uma estratégia de defesa sanitária? Porque o cultivo de uma parcela da área com plantas não-Bt mantém a popula- ção de insetos suscetíveis. Por conseguinte, é o tema mais relevante para os órgãos de defesa agropecuária e perpassa conceitos técnicos de uso, eficiência e durabilidade da tecnologia, em uma relação nem sempre simples e autorregu- lada pelo próprio mercado. Fato é que todas as ferramentas de controle de pra- gas têm um mesmo fim: a defesa da agricultura. Academia, poder público e empresas estão dispostos a servir a quem mais precisa da tecnologia e das boas práticas: o agricultor. O papel do Estado se concentra na educação fitossanitária, no estimulo da discussão a partir de critérios científicos e na harmonização do discurso para um setor que não su- porta mais rupturas tecnológicas. Nossa legislação de defesa sanitária vegetal é de 1934 e está desatualizada. Para a definição de novos marcos regulatóriossobre o assunto, é necessária uma ampla discussão, cabendo ao Estado atuar na fiscalização. O manejo de pragas é um dever de todos na agricultura e uma questão que depende de um esforço conjunto que só o Estado pode coordenar por meio da Defesa Agrope- cuária, incluída na Política Fitossanitária Nacional. 6 2. PRAGAS AGRÍCOLAS As Pragas agrícolas são organismos que reduzem a produção das cultu- ras, seja por atacá-las, por serem transmissores de doenças ou por reduzirem a qualidade dos produtos agrícolas. Figura 1: Pragas agrícolas insetos. Fonte: https://agropos.com.br/pragas-agricolas/ Em meio a todo o esforço para manter a plantação saudável e produtiva, as pragas agrícolas surgem como um pesadelo na rotina dos agricultores. Silen- ciosas no começo, chegam sem despertar suspeita, e quando o produtor nota a presença, muitas vezes, já se espalharam pela plantação. Conceitualmente, podemos dizer que um inseto se torna uma praga quando ele aumenta em população, ao ponto de ocasionar perturbações no de- senvolvimento da lavoura, além de, prejuízos econômicos. Impulsionados pelo cultivo de monoculturas em grandes extensões, os surtos de ataque de pragas estão cada vez mais frequentes, o que, consequen- temente, exige a adoção de estratégias para o controle. 2.1. FATORES QUE FAVORECEM O ATAQUE DE PRA- GAS 7 São os principais fatores que influencia no aparecimento de pragas nas diferentes culturas agrícolas: Descaso pelas medidas de controle. Plantio de variedades suscetíveis ao ataque das pragas; Falta de rotação de culturas nos agro ecossistemas; Plantio em regiões ou estações favoráveis ao ataque de pragas; Adoção de plantio direto (geralmente há um aumento de insetos que atacam o sistema radicular das plantas); Adubação desequilibrada (as plantas mal nutridas são mais susceptíveis ao ata- que de pragas); Uso inadequado de praguicidas (uso de dosagem, produto, época de aplicação e metodologia inadequados). 2.2. MÉTODOS DE CONTROLE DE PRAGAS Os métodos devem ser selecionados com base em parâmetros técnicos (eficácia), econômicos, que preservam o ambiente. Os principais métodos usa- dos no controle de pragas são: Métodos culturais: Emprego de práticas agrícolas normalmente utilizadas no cul- tivo das plantas objetivando o controle de pragas. O Controle biológico: Ação de inimigos naturais na manutenção da densidade das pragas em nível inferior àquele que ocorreria na ausência desses inimigos naturais. O Controle químico: Aplicação de substâncias químicas que causam mortali- dade no controle de pragas. Além do Controle mecânico: Uso de técnicas que possibilitem a eliminação direta das pragas. E o Controle físico: Consiste no uso de métodos como fogo, drenagem, inunda- ção, temperatura e radiação eletromagnética no controle de pragas. https://agropos.com.br/rotacao-de-culturas/ https://agropos.com.br/plantio-direto/ https://agropos.com.br/controle-biologico/ https://agropos.com.br/inseticidas/ 8 3. PRINCIPAIS PRAGAS AGRÍCOLAS O primeiro passo para proteger a lavoura do ataque de pragas é conhecer esses agentes. Segue abaixo uma lista dos principais inimigos dos agricultores. 3.1. LAGARTA – HELICOVERPA (HELICOVERPA ARMI- GERA) A lagarta Helicoverpa é uma praga emergente, gerando um problema imi- nente no Brasil desde 2013, quando foram relatados ataques expressivos em soja e algodão. Atualmente, está presente em todas regiões de cultivos e com potencial de danos em diversas culturas, como soja, algodão, feijão e até mesmo milho. Figura 2: Lagarta na plantação. Fonte: https://agropos.com.br/pragas-agricolas/ A identificação da lagarta no campo é dificultada devido à similaridade com outras espécies como Helicoverpa Zea e Heliothis Virescens. Danos na cultura As vias de ingresso da Helicoverpa armigera nas plantas são a parte aérea (flor, folha, gemas, fruto/vagem, estruturas reprodutivas e pontos de cresci- mento). https://agropos.com.br/lagartas-da-soja/ https://agropos.com.br/soja-no-brasil/ https://agropos.com.br/origem-do-milho/ 9 Os estágios imaturos alimentam-se em todos os estágios de desenvolvi- mento da planta, danificando todas as estruturas. As larvas atacam ramos, flores e cápsulas da semente. Controle da Praga Realizar Manejo Integrado de Pragas, utilizar cultivares geneticamente modi- ficadas expressando a toxina Bt, utilizar inseticidas biológicos e químicos, sele- tivos aos inimigos naturais. 3.2. LAGARTA-DO-CARTUCHO (SPODOPTERA FRU- GIPERDA) É considerado a principal praga da cultura do milho no Brasil, ocorrendo em todas as regiões produtoras, tanto nos cultivos de verão como nos de se- gunda safra (“safrinha”). O inseto está sempre presente a cada ano de cultivo e ataca a planta desde sua emergência até a formação de espigas. Figura 3: Lagarta do cartucho na plantação. Fonte: https://agropos.com.br/pragas-agricolas/ Danos na cultura Folhas raspadas e perfuradas, cartucho destruído e espigas danificadas. Ob- servam-se excreções das lagartas nas plantas, reduzindo a área foliar das plan- tas. Favorece o ataque de patógenos. https://agropos.com.br/manejo-integrado-de-pragas/ https://agropos.com.br/2019/04/melhoramento-genetico-de-plantas-aprenda-de-uma-vez/ https://agropos.com.br/2019/04/melhoramento-genetico-de-plantas-aprenda-de-uma-vez/ https://agropos.com.br/inseticidas/ https://agropos.com.br/origem-do-milho/ 10 As lagartas perfuram a base da planta, causando o sintoma de “coração morto”. A lagarta ataca preferencialmente o cartucho, destruindo-o, principal- mente na fase próxima do florescimento podem causar danos expressivos que se acentuam em períodos de seca. Os danos são maiores quando o ataque ocorre em plantas com 8 a 10 folhas. As plantas são cortadas rente ao solo, causando falhas. Controle da Praga O controle da lagarta-do-cartucho, quando o ataque é verificado na região da espiga, é difícil pela falta de equipamentos adequados. Muitas vezes o agricultor é obrigado a utilizar a aplicação aérea ou a aplicação via água de irrigação. Mesmo através dessas modalidades a eficiência é baixa, com a praga instalada na espiga. 3.3. PULGÕES OU AFÍDEOS (HEMIPTERA, APHIDI- DAE) Os pulgões são insetos pequenos (1,5 a 3,0 mm), de corpo mole e piri- forme, com antenas longas. O aparelho bucal é do tipo picador-sugador e o de- senvolvimento paurometabólico. São altamente prolíficos e reproduzem-se por viviparidade e partenogênese telítoca. Figura 4: Pulgões na plantação. https://agropos.com.br/fertilidade-do-solo-e-nutricao-das-plantas/ https://agropos.com.br/lagarta-do-cartucho/ 11 Fonte: https://agropos.com.br/pragas-agricolas/ Vivem sobre a planta em colônias formadas por adultos (fêmeas) alados e ápteros e por ninfas de diferentes tamanhos. As formas de disseminação po- dem voar centenas de quilômetros com auxílio do vento. Danos na cultura Os pulgões causam declínio rápido da planta, seca dos galhos a partir das extremidades e folhas amareladas. As radicelas apodrecem, folhas e frutos ficam menores e surgem sintomas de deficiência nutricional. A extensão dos prejuízos causados pelo pulgão às plantas depende da den- sidade populacional e do estágio de desenvolvimento, vigor e suprimento de água das plantas. O inseto infesta a face inferior das folhas, mas também podem ser observa- das manchas necrosadas na face superior. Devido à intensa sucção de seiva, eles produzem um volume significativo de excrementos que cobrem as folhas inferiores, deixando-as pegajosas ou cobertas com fumagina. Controle da Praga Os pulgões são naturalmente controlados pela ação das chuvas e dos inimi- gos naturais. Na ausência desses agentes, a população pode aumentar em até10 vezes a cada semana. https://agropos.com.br/controle-biologico/ https://agropos.com.br/controle-biologico/ 12 Preventivamente, a infestação pode ser evitada por meio da aplicação de in- seticidas sistêmicos via tronco ou drench (deve-se dar preferência a esta moda- lidade de aplicação, que é mais seletiva aos inimigos naturais). A pulverização só é recomendada quando ocorrer ataque muito intenso e não houver a presença de inimigos naturais. 3.4. MOSCA BRANCA (ALEYRODIDAE) É um inseto encontrado nas principais regiões agrícolas do mundo, adap- tado especialmente às regiões de clima quente e umidade elevada. Figura 5: Mosca Branca na plantação. Fonte: https://agropos.com.br/pragas-agricolas/ É um inseto polífago, cujos hospedeiros preferenciais são: algodão, bró- colis, couve-flor, repolho, abobrinha, melão, chuchu, melancia, pepino, berinjela, fumo, pimenta, tomate, pimentão, soja, uva e algumas plantas ornamentais como o bico-de-papagaio. Danos na cultura Os danos causados pela mosca branca podem ser diretos ou indiretos. O processo alimentar do inseto se inicia com a penetração intercelular dos estiletes através de tecidos foliares do mesofilo até atingir o floema, onde ocorre a sucção de seiva elaborada, consistindo em um dano direto no vegetal. https://agropos.com.br/inseticidas/ https://agropos.com.br/inseticidas/ 13 Além disto, o inseto pode provocar fitotoxemias pelo seu processo alimentar, com alterações fisiológicas na planta. Controle da Praga Tratamento de sementes com inseticidas carbamatos sistêmicos ou sistê- mico granulado no sulco de plantio ou, ainda, pulverizar com fosforados sistêmi- cos. Uso de armadilhas de cor amarela ajudam a diminuir número de adultos na área. 3.5. CÓROS (LARVAS DE BESOURO) Corós são larvas de besouros de diversas espécies que atacam grama- dos e outras culturas em determinadas fases de desenvolvimento. O padrão de elos na ponta do abdômen destas larvas ajudam na identifi- cação, contudo, a análise dos adultos é necessária para uma identificação exata das espécies. Figura 6: Córos na plantação. Fonte: https://agropos.com.br/pragas-agricolas/ A irrigação noturna durante a época dos voos dos adultos pode atrair as fêmeas, especialmente se as áreas circunvizinhas estiverem secas. Os adultos 14 também são atraídos para as luzes à noite, o que explica altos níveis de ataque próximos a postes de iluminações ou luminárias de jardins. Danos na cultura Quando os corós se alimentam das raízes de gramíneas, estas gradualmente ficam mais fracas, amareladas, podendo até morrer, pois a lesão na raiz reduz a capacidade da grama de absorver água, nutrientes e resistir ao stress hídrico. Na sequência aparecem manchas mais escuras, espalhadas e irregulares no gramado, que aumentam de tamanho ao longo do tempo. Quando o gramado está sofrendo com uma alta infestação ele solta-se facilmente do solo. A intensidade dos danos depende da espécie e da saúde do gramado, por- tanto, um bom programa de irrigação e de fertilidade do solo, entre outras ope- rações de manutenção, ajudam a tolerar ou superar infestações moderadas. Controle da Praga Devido às restrições no uso de inseticidas em áreas urbanas, o controle bio- lógico passa se torna uma ótima opção, com a utilização de nematoides, bacté- rias, fungos e parasitoides da ordem Díptera. 3.6. PERCEVEJO MARROM (EUSCHISTUS HEROS) Os percevejos são uma praga-chave da cultura de soja vem várias regi- ões do Brasil, principalmente nas de clima quente. Predominante nas lavouras de soja no Estado de Mato Grosso, esse in- seto pode ocasionar danos irreversíveis à cultura, pois, para se alimentar, suga diretamente os grãos de soja, o que acarreta redução na produção e na quali- dade das sementes. https://agropos.com.br/fertilidade-do-solo-e-nutricao-das-plantas/ https://agropos.com.br/nematoides/ https://agropos.com.br/percevejo/ 15 Figura 7: Percevejo marrom. Fonte: https://agropos.com.br/pragas-agricolas/ Os prejuízos resultam da sucção de seiva dos ramos ou hastes e de va- gens, podendo causar prejuízos de até 30% do potencial produtivo. Também injetam toxinas, provocando a “retenção foliar”. Danos na Cultura Atingem as sementes através da introdução do aparelho bucal nos legumes, tornando-os chochos e enrugados, afetando, consequentemente, a produção e a qualidade dos grãos. Podem, ainda, abrir caminho para doenças fúngicas e causar distúrbios fisi- ológicos, como a retenção foliar da soja. Os principais sintomas são produção limitada devido a sucção de seiva dos ramos, hastes e vagens, provavelmente, devido à toxinas que injetam. Vagens marrons e murchas. Queda e apodrecimento das estruturas florais e frutos. Controle da Praga O controle desses insetos deve ser feito utilizando-se produtos em pulveriza- ção, escolhendo-se aqueles mais seletivos aos inimigos naturais e menos tóxi- cos ao homem. Utilizar produtos de carência curta, principalmente se a produção for destinada ao consumo verde. 16 4. MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS (MIP) O desafio do agronegócio brasileiro está na difusão de métodos susten- táveis para o manejo de pragas, trazendo para o dia-a-dia do produtor as inova- ções tecnológicas e, assim, manter as cadeias produtivas competitivas no mer- cado. O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é um conjunto de boas práticas agrí- colas que implica no monitoramento da população de insetos e combina métodos e estratégias de controle como cultural, biológico, físico, legislativo, mecânico e químico, visando evitar o dano econômico. Reconhecer cada tipo de inseto é muito importante para proteger aqueles que são úteis e controlar apenas os que são pragas, quando necessário. A visita semanal à lavoura para reconhecer e monitorar a quantidade de pragas agrícolas, em cada parte da planta, permite decidir sobre o controle no momento correto, evitando danos, perdas e prejuízos na produção. 5. TENDÊNCIAS FUTURAS NO CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS Durante vários anos, o manejo integrado de pragas e doenças de uma lavoura era baseado majoritariamente na utilização de defensivos químicos com aplicações orientadas por um calendário regular. Com os avanços na área de defesa vegetal, dependemos cada vez me- nos da aplicação de fungicidas, inseticidas e herbicidas para a produção de ali- mentos. Atualmente, o manejo adequado baseia-se em diversas medidas, dentre estas a resistência genética, o controle por meio de outros organismos (controle biológico), sistemas de previsão, plantas transgênicas, dentre outros. A experiência tem mostrado que o manejo integrado de pragas e doenças é de fundamental importância para a produção de alimentos. Embora novas pragas devam ser introduzidas no país nos próximos anos, as perspectivas são boas: o manejo caminha para uma realidade cada vez mais https://agropos.com.br/agronegocio-no-brasil/ https://agropos.com.br/manejo-integrado-de-pragas/ https://agropos.com.br/2019/04/melhoramento-genetico-de-plantas-aprenda-de-uma-vez/ https://agropos.com.br/biotecnologia-na-agricultura/ 17 sustentável e eficiente, mantendo o Brasil em sua posição privilegiada de potên- cia agrícola mundial. 6. A FITOSSANIDADE NA DEFESA DA AGRICULTURA Os conhecimentos adquiridos até o momento nas área de fitopatologia, entomologia, plantas daninhas e os avanços tecnológicos existentes para a pro- teção de plantas têm sido muito importante para o desenvolvimento pleno das culturas e, consequentemente, para o aumento da produtividade. Alguns dos avanços tecnológicos embarcados nos produtos agrícolas são a biotecnologia molecular, sequenciamento de genes, modernas tecnolo- gias como a utilização de Bt, raças diferentes da mesma espécie/gênero e novas moléculas de produtosquímicos. O equilíbrio e a eficiência dessas tecnologias podem ser prejudicados se os cuidados necessários para a sua utilização não forem levados em considera- ção. Podemos citar como exemplo, a utilização das áreas de refúgio em lavouras com a tecnologia Bt, que é uma técnica de manejo para a preservação desta tecnologia. 7. FITOSSANIDADE – ARMAZENAGEM Perdas de grãos por pragas em armazéns, presença de fragmentos de insetos nos subprodutos alimentares, deterioração da massa de grãos, contami- nação fúngicas, presença de micotoxinas, efeitos na saúde humana e animal, dificuldades para exportação de produtos e subprodutos brasileiros por potencial de risco, etc. Estes são somente alguns dos problemas que a má armazenagem traz para a sociedade brasileira. Dois tipos de perdas são identificados como potencialmente danosos na armazenagem de grãos no Brasil. As perdas quan- titativas e as qualitativas, sendo esta última a mais danosa por ser, de certa forma, difícil de perceber e, acima de tudo, de conscientizar. 18 Perdas quantitativas — As perdas médias brasileiras, estimadas pela FAO e pelo Ministério da Agricultura, indicam que perdemos, aproximadamente, 10% do to- tal produzido anualmente. Isto representa uma grande quantidade de grãos des- perdiçados após a colheita. Perdas qualitativas — Estas perdas são até de maior importância, uma vez que comprometem o uso de todo o grão produzido, ou o classificam para outro uso de menor valor agregado. O trigo, por exemplo, é desclassificado, para panifica- ção, se for encontrado um inseto vivo em lote de grãos, conforme instrução nor- mativa do Ministério da Agricultura. Os moinhos não aceitam lotes de trigo com insetos, pois fatalmente comprometem a qualidade da farinha que, certamente, terá fragmentos de insetos indesejáveis na indústria de panificação e outros sub- produtos do trigo. A presença de insetos nos grãos abre caminho para a instalação de fun- gos produtores de micotoxinas nocivas aos animais e ao homem. Estas, hoje, são barreiras para a exportação de subprodutos brasileiros que têm os grãos armazenados como base. Vários outros fatores relativos à qualidade do grão são afetados quando se deixam insetos colonizarem está massa de grãos. O conhe- cimento do hábito alimentar de cada praga constitui elemento importante para definir o manejo a ser implementado na massa de grãos. Segundo esse hábito, as pragas podem ser classificadas em primárias ou secundárias. Figura 8: Grãos deteriorados por pragas no armazenamento. Fonte: https://edcentaurus.com.br/agranja/edicao/735/materia/2685 A presença de insetos nos grãos abre caminho para a instalação de fun- gos produtores de micotoxinas nocivas aos animais e ao homem. 19 Pragas primárias — São aquelas que atacam grãos inteiros e sadios e, depen- dendo da parte do grão que atacam, podem ser denominadas pragas primárias internas ou externas. As primárias internas perfuram os grãos e neles penetram para completar seu desenvolvimento. Alimentam-se de todo o interior do grão e possibilitam a instalação de outros agentes de deterioração dos grãos. Exemplos dessas são as espécies Rhyzopertha dominica, Sitophilus oryzae e S. zeamais. As pragas primárias externas destroem a parte exterior do grão (casca) e, pos- teriormente, alimentam-se da parte interna sem, no entanto, se desenvolverem no interior do grão. Há destruição do grão apenas para fins de alimentação. Exemplo desta praga é a traça Plodia interpunctella. Pragas secundárias — São aquelas que não conseguem atacar grãos inteiros, pois requerem que os grãos estejam danificados ou quebrados para deles se alimentarem. Essas ocorrem na massa de grãos quando estes estão trincados, quebrados ou mesmo danificados por pragas primárias. Multiplicam-se rapida- mente e causam prejuízos elevados. Como exemplo, as espécies Cryptolestes ferrugineus, Oryzaephilus surinamensis e Tribolium castaneum. A descrição, a biologia e os danos de cada espécie-praga devem ser co- nhecidos, para que seja adotada a melhor estratégia para evitar os respectivos prejuízos. Existem dois importantes grupos de pragas que atacam os grãos ar- mazenados, que são besouros e traças. Entre os besouros encontram-se as es- pécies: R. dominica (F.), Sitophilus oryzae (L.), S. zeamais (Motschulsky), C. ferrugineus (Stephens), O. surinamensis (L.) e T. castaneum (Herbst). As espé- cies de traças mais importantes são Sitotroga cerealella (Olivier), P. interpunc- tella (Hübner), Ephestia kuehniella (Zeller), e Ephestia elutella (Hübner). Entre essas pragas, R. dominica, S. oryzae e S. zeamais são as mais preocupantes economicamente e justificam a maior parte do controle químico praticado nas unidades armazenadoras. Além dessas pragas, há roedores e pássaros causa- dores de perdas, principalmente qualitativas, pela sujeira que deixam no produto final, que também devem ser considerados no manejo integrado. Medidas de controle — As medidas de controle das pragas devem seguir o Ma- nejo Integrado de Pragas de Grãos Armazenados, que preconiza várias etapas 20 para atingir o sucesso de eliminação das pragas no produto armazenado. A in- tegração dos métodos de controle das pragas é essencial para que o produto armazenado esteja sempre isento de pragas. Os diferentes métodos disponíveis para o armazenador brasileiro, método preventivo químico, método preventivo físico e método curativo, devem ser integrados para evitar ou no mínimo poster- gar o principal problema advindo de seu uso que é a resistência genética das pragas aos inseticidas empregados. Para se obter êxito no manejo integrado de pragas, deve-se observar prin- cipalmente: a) Medidas de limpeza e higienização da unidade armazenadora: o uso ade- quado destas medidas definirão o maior sucesso da meta preconizada. A utiliza- ção de simples equipamentos de limpeza como, por exemplo, vassouras, esco- vas e aspiradores de pó nas moegas, túneis, passarelas, secadores, fitas trans- portadoras, eixos sem-fim, máquinas de limpeza, elevadores, etc., nas instala- ções da unidade armazenadora, representa os maiores ganhos deste processo. A eliminação total dos focos de infestação dentro da unidade, como resíduos de grãos, poeiras, sobras de classificação, sobras de grãos, etc., permitirá o arma- zenamento sadio. Após essa limpeza, o tratamento periódico da estrutura arma- zenadora com inseticidas protetores de longa duração é uma necessidade para evitar reinfestação de insetos nestes armazéns. Como exemplo de pragas que se desenvolvem devido às condições higi- ênicas inadequadas, pode-se citar os psocópteros. Nos últimos anos, na Região Sul, os psocópteros têm ocorrido em grande quantidade após o tratamento cu- rativo e preventivo dos grãos armazenados, evidenciando a possibilidade de re- sistência química ao gás fosfina e aos inseticidas piretroides e fosforados usados nas unidades armazenadoras de grãos. É uma praga que merece muita atenção dos armazenadores, da indústria de transformação de grãos e da produção de alimentos, uma vez que a presença da praga nos produtos causa contaminação de alimentos, irritação e estresse dos animais. 21 b) Proteção do grão com inseticidas: após limpos e secos, os grãos que fica- rem armazenados por períodos longos podem ser tratados preventivamente com inseticidas protetores, de origem química ou natural, para garantir a eliminação de qualquer praga que venha a infestar o produto armazenado. O tratamento com inseticidas protetores de grãos deve ser realizado no momento de abastecer o armazém e pode ser feito na forma de pulverização na correia transportadora ou em outros pontos de movimentação de grãos, com emprego dos inseticidas químicos líquidos, ou pelo polvilhamento com o inseticida natural na formulação pó seco. Este último é um inseticida proveniente de algas diatomáceasfossiliza- das, que é extraído e moído em um pó seco de baixa granulometria. Age no inseto por contato, causando a morte por dessecação, não sendo tóxico e não alterando as características alimentares dos grãos. É importante que haja uma perfeita mistura do inseticida com a massa de grãos. Também pode ser usada a pulverização ou polvilhamento para proteção de grãos armazenados em sacaria, na dose registrada e recomendada. No caso de inseticidas químicos, para proteção de grãos às pragas S. oryzae e S. zea- mais, recomenda-se o uso de inseticidas organofosforados (pirimiphosmethyl ou fenitrothion), uma vez que estes inseticidas são específicos para essas espécies- praga. Já para a praga R. dominica, o inseticida indicado é um piretroide (bi- fenthrin ou deltamethrin). c) Tratamento curativo: sempre que houver a presença das pragas nos grãos, deve-se fazer o expurgo, usando o produto fosfina, ou outro gás disponível para este tratamento que elimina todas as fases da vida das pragas. Esse processo deve ser feito em armazéns, em silos de concreto, em câmaras de expurgo, em porões de navios ou em vagões, sempre com vedação total, observando- se o período mínimo de exposição de sete dias para controle de todas as fases das pragas e a dose indicada do produto. d) Monitoramento da massa de grãos: uma vez armazenados, os grãos devem ser monitorados durante todo o período em que permanecer estocado. O acom- panhamento de pragas que ocorrem na massa de grãos armazenados é de fun- damental importância, pois permite detectar o início da infestação que poderá 22 alterar a qualidade final do grão. Esse monitoramento tem por base um sistema eficiente de amostragem de pragas, independentemente do método empregado, e a medição das variáveis, temperatura e umidade do grão, que influem na con- servação do grão armazenado. Este registra o início da infestação e direciona a tomada de decisão por parte do armazenador, a fim de garantir a qualidade do grão. 8. FITOSSANIDADE EM PRODUTIVIDADE DE SEMEN- TES: COMO CUIDAR DE SUA SEMENTE ATÉ O PLAN- TIO? Figura 9: Semente saudável. Fonte: https://www.grupocultivar.com.br/artigos/como-cuidar-de-sua-semente-ate-o- plantio A semente é um dos pilares do processo produtivo e sua qualidade está diretamente ligada à produtividade. O sucesso de uma lavoura depende de di- versos fatores, mas sem dúvida, destaca-se a utilização de sementes de alta qualidade, que permitem ao produtor o acesso aos avanços genéticos para mai- ores potenciais produtivos. Entretanto, como devem ser tratadas as sementes? Quais os cuidados básicos que produtores devem tomar durante processos como a colheita e o beneficiamento? Destacamos aqui algumas tarefas e cuidados que ajudarão a https://www.grupocultivar.com.br/ativemanager/uploads/galeria/1172b-Semente_Fertil--qua.jpg 23 preservar sua semente até o momento da semeadura para reduzir perdas de germinação e/ou vigor. Primeiramente, a colheita pode ser antecipada sendo que o produtor deve monitorar a umidade das sementes (até 18% desde que cuidados com danos mecânicos sejam tomados) além de realizar a secagem no máximo de 24 horas após a operação. Recomenda-se fazer pelo menos três coletas ao dia para ve- rificar possíveis danos mecânicos por meio do teste do hipoclorito, e determinar o número de sementes quebradas pelo método do copo medidor. Vale lembrar que lotes com mais de 3% de bandinhas (quando estão que- bradas),10% de sementes trincadas e 9% de sementes verdes são impróprias para uso. No beneficiamento, o primeiro passo é conferir a umidade das sementes na recepção e quando acima de 12% deve-se fazer a secagem e depois realizar novo teste de hipoclorito e do copo medidor. Dentro da moega da recepção deve-se conferir a altura de queda e, se possível, utilizar amortecedores para evitar danos. É essencial controlar a velo- cidade da máquina de pré-limpeza, para retirar impurezas, e dos elevado- res/transportadores além de evitar a utilização de rosca sem fim como transpor- tadores – principal fonte de danos mecânicos e contaminação. Na secagem, não ultrapassar 40ºC na massa de sementes devendo ser realizada até que as sementes cheguem ao ponto de equilíbrio higroscópico com o ar. É preciso atenção pois a secagem muito rápida pode causar irregularidades na umidade e quando insuficiente pode prejudicar as próximas etapas, reduzindo o tempo de armazenamento. Para continuar as operações de beneficiamento, as sementes precisam ser resfriadas. Durante a limpeza, deve-se regular e a velocidade de oscilação e 24 inclinação das peneiras, bem como dos classificadores. Uma dica importante é passar as sementes na mesa densimétrica, após a classificação por peneiras para aumentar a eficiência desta operação. O tratamento de sementes, quando utilizado, deve ser realizado com equi- pamento adequado para evitar danos mecânicos e aumento excessivo da umi- dade. Após o tratamento, caso as sementes sejam armazenadas deve-se verifi- car a necessidade de secagem complementar. Por ter um grande conteúdo de óleo, as sementes de soja estão mais sujeitas a deterioração. Por fim, o armazenamento tem que ser feito, de prefe- rência, em condições de temperaturas mais amenas, seja por refrigeração do ambiente ou utilização de silos com isolantes térmicos. 9. CONSUMO DE PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS NO BRASIL Detalhe fundamental: os produtos fitossanitários somente devem ser usa- dos quando necessários, dentro de programas de manejo integrado de pragas agrícolas (plantas daninhas, fungos, nematoides, insetos, ácaros etc.). A agricul- tura, no Brasil, é praticada, em sua maioria, em ambientes tropicais, onde a ocor- rência e severidade das pragas é maior que em regiões temperadas, devido ao inverno rigoroso, que reduz, naturalmente, as pragas e seus danos. O Brasil é o único país do mundo que adotou um termo novo para designar as substâncias utilizadas na proteção de plantas: agrotóxico. O termo, em si, já cria, na socie- dade, uma certa aversão, além do razoável, a estes produtos. Nos outros países são chamados de agroquímicos, protetores de plantas, pesticidas, praguicidas etc. No Mercosul tenta-se padronizar o termo produto fitossanitário. Finalmente, foi aprovado, recentemente, no Congresso Nacional a eliminação do termo agro- tóxico da legislação brasileira. 25 No mundo todo se utiliza produtos fitossanitários. De acordo com dados do SINDIVEG, do Brasil, e da Consultoria Internacional Phillips McDougall, em 2015 as vendas destes produtos no Brasil corresponderam a 18,5% em relação ao total mundial. A América Latina consumiu 28% dos defensivos. O Brasil é um dos maiores produtores agrícolas do mundo, com quase 300 milhões de hecta- res ocupados com culturas anuais, semi-perenes e perenes, florestas plantadas e pastagens. Todas, desde um canteiro de salsinha, até amplas áreas com soja, milho e cana, estão sujeitas a diversas pragas, que exigem manejo e, frequen- temente, a aplicação de defensivos. Os produtos fitossanitários são adquiridos pelos agricultores como produ- tos comerciais ou formulados. Os recipientes contém os produtos técnicos (in- gredientes ativos, biologicamente efetivos, e eventuais impurezas) e aditivos, como solventes, espalhantes, adesivos etc. normalmente chamados de "inertes". Em média, 44,5% do produto comercial é ingrediente ativo. Assim, se a quanti- dade de produtos comerciais de defensivos utilizados no Brasil em 2015 foi de 887,6 mil toneladas, a quantidade de ingredientes ativos (i.a.) foi de 395,6 mil toneladas. Há várias maneiras de se expressar o consumo dos produtos fitossa- nitários. Simplesmente o total consumido, ou mesmo o total por hectare cultivado não é a mais correta. Basta lembrar que, enquanto o crescimento do uso de defensivos no Brasil foi de 14% nos últimos cinco anos, a produçãode grãos aumentou 40% no mesmo período. Ou seja, menor quantidade utilizada por to- nelada de grãos. Ou ainda, estamos fazendo melhor a cada ano. Considerando apenas a área de grãos, café, cana, frutas e hortaliças, que consomem 96,8% dos defensivos, o consumo foi de 4,99 kg i.a./ha. Entretanto, considerando as áreas com florestas plantadas e pastagens cultivadas, o consumo foi de 2,3 kg de i.a./ha. Os dados disponíveis de consumo de produtos fitossanitários no mundo mostram valores bastante variáveis, em kg de i. a./ha: Holanda, 20,8; Japão, 17,5; Bélgica, 12,0; Franca, 6,0; Inglaterra, 5,8. Considerando apenas a produção de grãos no Brasil, com produtividade média de 3.500 kg/ha, o consumo foi de 1,4 g de i.a./kg de grão. Como os pro- 26 dutos fitossanitários sofrem degradação após serem aplicados e devem obede- cer ao período de carência (tempo entre última aplicação e colheita), a quanti- dade de resíduos nos alimentos é, em média, muito baixa. Isto tem sido confir- mado nas análises de resíduos (LMR: Limite Máximo de Resíduo) de programas públicos e privados de monitoramento da qualidade dos alimentos realizados no Brasil. 10. PATOLOGIA DE SEM ENTES Apesar de relatos anteriores sobre a associação de patógenos com se- mentes, foi em 1755 que a Patologia de Sementes teve seu início quando TilIet, na França, provou que semente de trigo transmite a cárie (Ti//etia caries). Pos- teriormente, outros estudos foram conduzidos por Prevost em 1807, Jensen em 1887, Frank em 1888 e Hiltner em 1917. Entretanto, foi somente em 1927 que o ramo da ciência denominado Patologia de Sementes passou a ser internacional- mente reconhecido, quando a ISTA (Iriternational Seed Testing Association) criou o comitê de Fitopatologia. Lucie Doyer (Holanda) foi a primeira coordena- dora desse comitê até a sua morte, em 1949. Nas Américas, a Patologia de Sementes tem recebido pouco reconheci- mento, especialmente nos Estados Unidos onde a mesma é tida como subdisci- plina da Fitopatologia, apesar das relevantes contribuições no campo da epide- miologia e do controle de importantes patógenos transmitidos por sementes, como o vírus do mosaico da alface (LMV). Só recentemente, a Patologia de Se- mentes passou a receber maior atenção, particularmente nos programas de con- trole de qualidade das indústrias de sementes. No Brasil, a Patologia de Sementes começou a se estruturar em meados da década de 70, com a realização do Primeiro Workshop Latino-Americano de Patologia de Sementes, em Londrina, PR, em 1977. Em 1981, Wetzel et al. pu- blicaram uma extensa bibliografia em patologia de sementes no Brasil, onde fo- ram levantados 416 artigos relativos à essa especialidade. 27 Porém, foi com a criação do COPASEM (Comitê de Patologia de Semen- tes) da ABRATES (Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes), em 20 de março de 1984, que a Patologia de Sementes se implantou no País. Esse comitê, segundo Soave & Wetzel (1987), além de organizar simpósios e cursos de treinamento, assessorou o Ministério da Agricultura e da Reforma Agrária na elaboração das normas para o credenciamento de laboratórios para análise de sementes para executar os testes de sanidade, conforme a Portaria ng 28 de.7 de março de 1988. Com a publicação do livro "Patologia de Sementes", em 1987, pela ABRATES/COPASEM e a Fundação Cargill, implantou-se, definitivamente, o marco histórico para a Patologia de Sementes no Brasil. 11. IMPORTÂNCIA DA PATOLOGIA DE SEMENTES Aproximadamente 90% das culturas utilizadas para alimentação são pro- pagadas por sementes. Dentre essas, nove são consideradas de importância primordial: soja, trigo, arroz, milho, feijão, amendoim, sorgo, cevada e beterraba açucareira. Todas podem ser afetadas por patógenos devastadores transmitidos através da semente (Neergaard 1979). Assim, o teste de sanidade de semente pode ser considerado como "medicina preventiva', tanto nos programas de qua- rentena quanto no sistema de produção de semente melhorada. Mas para que os testes de sanidade de sementes se tornem eficientes, devem predizer, com relativa precisão, o comportamento dos principais patógenos associados às se- mentes. 12. TESTES DE SANIDADE DE SEMENTES 12.1. REQUISITOS BÁSICOS O teste de sanidade deve fornecer informações confiáveis acerca da qua- lidade sanitária da semente destinada à semeadura ou aos serviços de quaren- tena. Os resultados, além de serem reproduzíveis, devem estar disponíveis em 28 curto espaço de tempo, mantendo, dentro de limites aceitáveis, os custos da mão de obra e dos equipamentos. OBJETIVOS DOS TESTES DE SANIDADE Os testes de sanidade têm como objetivo determinar a condição sanitária da amostra de sementes e, por inferência, a qualidade do lote, fornecendo infor- mações para: • O serviço de quarentena; • Os esquemas de certificação de sementes; • A avaliação do valor cultural; • A determinação da necessidade do tratamento de sementes; • A avaliação da eficiência do tratamento de sementes; • Os testes de qualidade dos grãos armazenados (fungos de armazena- gem); e • A avaliação da resistência de cultivares. 12.2. IMPORTÂNCIA O inóculo presente na semente poderá resultar em aumento progressivo de uma dada doença no campo, podendo reduzir o valor comercial da cultura. Além disso, semente infectadas podem introduzir patógenos importantes como Peronospora tabacina (mofo azul do tabaco), Plasmopara halstedü (míldio do girassol), Diaporthe phaseo/ortim f. sp. meridiona/is (cancro da haste da soja), dentre outros, em áreas antes livres dessas doenças. Os dois últimos são exem- plos típicos do que ocorreu no Brasil. O míldio do girassol foi introduzido, via 29 semente, no início da década de 80 (Ferreira et ai. 1983) e, em 1989, o agente causal do cancro da haste foi detectado na região de Ponta Grossa (PF1). Hoje, a doença está alastrada por quase todas as regiões produtoras de soja do País e tem causado enormes prejuízos aos produtores (Yorinori 1990). Os testes de sanidade de sementes também podem esclarecer as cau- sas da baixa germinação, comum em amostras com elevados índices de infec- ção. Um exemplo típico dessa situação é fornecido pelo DIACOM (diagnóstico completo) que esclarece a baixa germinação de sementes de soja nos testes de germinação em laboratório, quando estas estão com altos índices de Phomopsis spp. (Henning & França Neto 1980, 1984). 12.3. MÉTODOS UTILIZADOS A escolha de determinado método, entre os vários existentes, depende do tipo de patógeno envolvido, das condições disponíveis e dos propósitos do teste (Neergaard 1979). A ISTA, através do seu Handbook on Seed Hea/th Tes- ting, tem publicado metodologias para diferentes patógenos, em diversas cultu- ras. Além disso, excelente fonte de referência em português é o livro "Patologia de Sementes" editado por Soave & Wetzel e publicado, em 1987, pela ABRA- TES/ COPASEM, com apoio da Fundação Cargili. 12.3.1. MÉTODOS SEM INCUBAÇÃO a) Inspeção direta: as sementes são examinadas a seco para determinar impurezas (material inerte, esclerócios, galhas, insetos), sintomas típicos de de- terminadas doenças [mancha café (VMCS) e mancha púrpura (Cercospora kiku- chi;)], deformações e sinais de infecção tais como picnídios, crosta de oósporos, etc. A inspeção à seco pode, algumas vezes, ser efetuada sob luz ultravioleta onde alguns organismos produzem fluorescência característica. Ascochyta pisi causa fluorescência verde-amarelada em ervilha (Pisum sativum); Pseudomo- 30 nas syringae pv. phaseolicola e Xanthomorzas campestris pv. phaseo/i produ- zem fluorescência azul-esbranquiçada, em feijão branco ou de cor creme (Phaseo/us vulgaris); e, Septoria riodorum produz fluorescência esverdeada, em sementes de trigo (Triticum aestivum). b) Sementes imersas em água ou lactofenol:método usado para facilitar a identificação de Septoria nodorum, em trigo (picnídios exudam esporos) e dos nematóides Aphe/enchoides besseyi e Diti/enchus angustus, em arroz. c) Exame da suspensão após a lavagem das sementes: uma quantidade de semente é agitada por determinado período de tempo em uma quantidade de água que poderá conter detergente ou dispersante. A centrifugação é opcional. Os esporos são contados em hemacitômetro. O uso de espectofotômetro para a determinação dos esporos em suspensão, após a calibração, é muito mais fácil e rápido do que o do hemacitômetro. O exame, após a lavagem da semente, é um método muito usado para determinar a quantidade de esporos de carvão (Usti/ago spp.) em cereais, porém pode ser usado para outros fungos. O método é rápido e barato, pois não necessita de equipamento especial nem de incuba- ção. As principais limitações são: 1) só pode ser usado para esporos que aderem fracamente na parte externa da semente; 2) o teste de viabilidade de esporos é necessário; e 3) a sensibilidade do teste deixa a desejar. d) Exame depois de lavaciem e sedimentação: método usado somente para se- mentes de trevo, leucena e cebola, para detectar Ditylenchus dipsaci. As princi- pais limitações do teste são a baixa sensibilidade e a mão de obra. e) Método de contagem de embrião: usado, principalmente, para o carvão voa- dor da cevada e do trigo. Uma das limitações deste teste é que a presença do fungo no embrião nem sempre resulta em infecção nas plântulas. Cultivares re- sistentes podem apresentar este tipo de reação. Além disso, poucos patógenos podem ser detectados por este método. 12.3.2. MÉTODOS COM INCUBAÇÃO 31 Estes testes empregam a incubação das sementes sob condições contro- ladas, para permitir o crescimento e a esporulação dos fungos, permitindo a sua identificação, ao nível de espécie. a) Método do papel de filtro (teste de blotter: este método apresenta uma série de vantagens e algumas desvantagens. Dentre as vantagens destacam-se: 1) a combinação dos princípios in vivo e in vitro que, segundo Neergaard (1979), é uma das maravilhas do teste, uma vez que ele permite "a observação dos fungos que se desenvolvem no hospedeiro in situ, sem perturbação, numa condição natural de crescimento"; 2) basicamente, o método do papel de filtro é uma com- binação da câmara úmida, da fitopatologia, com o teste de germinação, da tec- nologia de sementes; e 3) o teste pode ser empregado para todos os tipos de sementes. Como desvantagens, este método apresenta: 1) fungos de cresci- mento rápido podem encobrir os de desenvolvimento mais lento; 2) o teste não detecta patógenos importantes como Peronospora manshurica, P/asmopara ti- alstedii e outros parasitas obrigatórios; e 3) a contaminação com saprófitas (Rhi- zopus spp., Mucor sp., Trichoderma spp., Cladosporium spp., entre outros) pode dificultar a análise. Nessas amostras, a desinfestação superficial das sementes com solução de hipoclorito de sódio a 1,05% (O-boa à 20%) facilita a leitura. O método do papel de filtro pode ser empregado com algumas variações como: a) Adição do (0,1% a 0,2%) na água utilizada para umedecer o papei, visando inibir a germinação das sementes de dicotiledôneas para facilitar a leitura; e, b) o congelamento rápido, introduzido por Limonard, em 1966, apresenta vanta- gens para sementes de forrageiras e cereais, facilitando a leitura e favorecendo o desenvolvimento de certos fungos [Fusaritim, Drechs/era (He/minthosporium), Septoria e Phoma, entre outros]. Porém, para a soja, o congelamento rápido é inadequado pois torna a leitura difícil devido à intensa proliferação de bactérias saprófitas. Mais detalhes sobre o método do papel de filtro serão fornecidos no item 5, que trata do teste de sanidade para sementes de soja. 32 b) Método da placa com agar: neste teste, as sementes são desinfestadas su- perficialmente numa solução de hipoclorito de sódio à 1,05%, por período de tempo que pode variar de um a 10 minutos, dependendo da cultura. Posterior- mente, as sementes são colocadas em placas de Petri contendo meio de cultura. Existem diversos meios de cultura, porém os mais utilizados são o BDA (batata dextrose agar) com sua variação acidica (ABDA) e o extrato de malte agar (MEA). Outro meio de cultura muito utilizado para fungos de armazenamento (Aspergi/lus spp. e Penicillium spp.) é o extrato de malte sai (NaCl 18%) e água (MSA). Esses organismos, por serem halofílicos, crescem em meio salino que pode inibir o desenvolvimento dos outros fungos, facilitando assim a leitura. Outras modificações do teste de agar são usadas, tornando os meios "se- letivos" para determinados organismos. A adição de 2% de PCNB (penta cloro nitro benzeno) aõ BDA é aconselhável para restringir o desenvolvimento do mi- célio de Macrophomina phaseo fina, tornando, assim, mais fácil a sua quantifi- cação. O método de Magano (Neergaard 1979) é utilizado para Phoma betae, em sementes de beterraba. De modo geral, o método de agar é utilizado quando o teste em papel de filtro não oferece condições adequadas para o crescimento e a esporulação de determinados patógenos ou quando estes produzem colônias características no meio de cultura, sendo, deste modo, identificados macroscopicamente, sem a necessidade do preparo de lâminas. Algumas desvantagens desses testes incluem os custos dos equipamen- tos e dos meios de cultura, além de serem mais trabalhosos e requererem labo- ratórios melhor equipados. Uma outra desvantagem é o fato de que os fungos de crescimento rápido encobrem os de desenvolvimento mais lento, tornando difícil a sua identificação, à semelhança do método do papel de filtro. 13. SANIDADE DAS SEMENTES PREVINE DOEN- ÇAS 33 As sementes de alta qualidade são insumo de grande importância que têm, nos últimos anos, contribuído significativamente para aumentar o rendi- mento das principais culturas agrícolas no Brasil. São fundamentais para garantir a boa qualidade sanitária e o manejo sustentável dos cultivos, pois, como é sa- bido, as doenças podem reduzir rendimentos em cerca de 15%. Dois aspectos que relacionam sementes e manejo de doenças devem ser ressaltados: o pri- meiro é que as sementes podem transportar patógenos, disseminando-os nas lavouras, constituindo-se no inóculo inicial de doenças que reduzem o estande, debilitam as plantas e causam epidemias; o segundo aspecto diz respeito ao fato de as sementes serem estruturas apropriadas para submeter-se à ação de subs- tâncias ou processos adequados a preservar ou aprimorar seu desempenho (tra- tamento de sementes). A utilização das sementes sadias e/ou adequadamente tratadas é uma medida eficiente de exclusão do inóculo inicial (X0). No entanto, o êxito da me- dida seria maior se houvesse uma legislação que obrigasse a avaliação da qua- lidade sanitária das sementes, antes da sua comercialização (Kimati e Bergamin Filho, 1995). Para tanto, há necessidade de que sejam estabelecidos níveis de tolerância para os principais patógenos. Nesse sentido, o Grupo Técnico Perma- nente em Sanidade de Sementes (GTPSS), estabelecido em 2000 pelo Ministé- rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), elaborou a Portaria n. 3, de 5/01/2004, que define como sendo as seguintes as “pragas não-quarentená- rias regulamentadas do algodão”: Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides (ramulose), Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum (mancha angular), Fu- sarium oxysporum f. sp. vasinfectum (murcha) e Sclerotinia sclerotiorum (mofo branco), todas com padrão zero. Os procedimentos para detecção dessas pragas baseiam-se no método do papel de filtro, com variações, para os fungos, no método do meio semi-sele- tivo e/ou na inspeção de campo, para a mancha angular. Há necessidade de que esses padrões sejam oficializados e de que o teste de sanidade de sementespasse a ser exigido para todos os lotes de sementes comercializados. Embora a sanidade das sementes seja determinada pelo manejo no campo de produção, existe a possibilidade de que seu tratamento seja feito após a colheita. Existem 34 atualmente 12 ingredientes ativos e 20 fungicidas comerciais registrados para o tratamento das sementes de algodoeiro no Brasil, tendo como alvos os patóge- nos a elas associados e patógenos que sobrevivem no solo. 14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS KIMATI, H.; BERGAMIN FILHO, A. Princípios gerais de controle. In: BER- GAMIN FILHO, A.; KIMATI, H.; AMORIM, L. (Eds.). Manual de fitopatologia, prin- cípios e conceitos. 3. ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 1995. v. 1, cap. 32, p. 692-709. MENTEN, J. O. M.; RUGAI, A.; ARAÚJO, A. E.; FERREIRA LIMA, L. C. S.; ZUPPI, M.; MORAES, M. H. D. Utilização de sementes sadias e adequada- mente tratadas no manejo de doenças do algodoeiro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ALGODÃO; 5., Salvador, BA; Anais... Campina Grande: Em- brapa Algodão, Fundeagro, 2005. CD-ROM. ALMEIDA, A.M.R. Noções de sorologia aplicadas à Fitovirologia. Londrina: EMBRAPA-CNPS0, 1995. 105p. (EMBRAPA-CNPSo. Documentos, 87). BRASIL. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária. Departamento Nacional de Defesa Vegetal. Reci- ras rara Análise de Sementes. Brasília, 1992. 365p. FERREIRA, L.P.; LEHMAN, 1*5.; ALMEIDA, A.M.R. Doenças da soja no Brasil. Londrina: EMBRAPA-CNPSo, 1979. 41p. (EMBRAPA-CNPS0. Circular Técnica, 1). FERREIRA, L.P.; HENNING, A.A.; FRANÇA NETO, J.B.; SOHUK, E.; LEMOS, E.C.; AZEVEDO, J.A.D. Ocorrência do míldio (Plasmopora halstedii) em gi- rassol no Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SEMENTES, 3., 1983, Campinas. Resumos... Brasília: ABRATES, 1983. p.93. 35 FRANÇA NETO, J.B.; COSTA, N.P.; HENNING, A.A.; ALMEIDA, A.M.R.; BAR- RETO, J.N. Efeito da aplicação de fungicidas foliares, sobre a maturação fisiolágica de sementes de soja. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE PESQUISA DE SOJA, 2., 1984, Campinas. Resumos... Londrina: EMBRAPA-CNPSo. 1984a. p.136. FRANÇA NETO, J.B.; COSTA, N.P.; HENNING, A.A.; ZUFFO, N.L.; BARRETO, J.N.; PEREIRA, L.A.G. Efeito da época de semeadura sobre a qualidade da semente de soja no Mato Grosso do Sul. Campo Grande: EMPAER, 1984b. p.9. (EMPAER. Pesquisa em Andamento, 3). 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