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SUS: HISTÓRIA, PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS E ORGANIZACIONAIS

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Sistema Único de Saúde do Brasil:
HISTÓRIA E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS E
ORGANIZACIONAIS.
Em setembro de 1986, instalou-se a
Comissão da Reforma Sanitária
propondo um novo sistema de saúde
num prazo de 180 dias: unificado e
descentralizado em nível municipal, de
modo a garantir acesso e atendimento
pleno à população.
As diretrizes da Reforma Sanitária:
● Conceito ampliado de saúde
● Reconhecimento da saúde
como direito de todos e dever
do estado
● Criação do Sistema Único de
Saúde (SUS)
● Participação popular (controle
social) • Constituição e
ampliação do orçamento social
(CNS, 1987).
Com quase um ano de instalação da
referida Comissão, em 13 de julho de
1987, o Presidente da República
autorizou a unificação do sistema com
a implantação do SUDS – Sistema
Unificado e Descentralizado da Saúde;
descentralização, integração,
universalização, equalização,
regionalização e hierarquização.
Com isso, se deu o processo de
“estadualização”, ou seja, a assinatura
do convênio SUDS entre a Secretaria
Estadual, o INAMPS e o Ministério da
Saúde, em 1987, representou um
marco no processo de
descentralização das atribuições e
recursos do nível federal para o
governo estadual na área da saúde. O
referido convênio previa a
universalização do atendimento em
toda a rede pública, independente do
usuário ser ou não segurado e
reconhecia a Secretaria Estadual
como direção do sistema de saúde do
Estado.
Dava ainda à Comissão
Interinstitucional de Saúde a atribuição
de promover a integração entre as
diversas instituições e estabelecia a
obrigatoriedade de criação do
Conselho Estadual de Saúde.
O convênio SUDS determinava ainda
a transferência das atribuições
referentes à contratação e controle de
serviços privados, anteriormente ao
encargo do INAMPS, para a
Secretaria Estadual, bem como a
cessão das unidades e servidores
daquela instituição.
Com o surgimento da Nova
Constituição Brasileira, em 05 de
outubro de 1988, a saúde é defendida
oficialmente como direito de todos e
dever do Estado, garantida mediante
políticas sociais e econômicas que
visam a redução de risco de doença e
de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e
serviços para sua promoção, proteção
e recuperação.
Mas a assistência à saúde é livre à
iniciativa privada. Durante o período
compreendido entre 1987 e 1990,
grandes transformações no setor
saúde da Secretaria Estadual do
Ceará particularmente, foram
evidenciadas, destacando-se três
importantes movimentos que cabe
analisar: o desenvolvimento do
processo de descentralização da
saúde, através da municipalização; a
implantação do programa de agentes
de saúde como estratégia para
ampliar o acesso aos cuidados
elementares de saúde; e o processo
dito de “estadualização”, através do
qual a Secretaria Estadual assumiu
progressivamente o exercício das
funções de órgão gestor do SUS no
Estado.
O que é o SUS?
O SUS – Sistema Único de Saúde foi
instituído pela Constituição de 1988.
Faz parte de um sistema mais amplo:
o sistema de Seguridade Social.
De acordo com o Art. 194 da
Constituição, a Seguridade Social
“compreende um conjunto integrado
de ações de iniciativa dos poderes
públicos e da sociedade destinado a
assegurar os direitos relativos à
saúde, à previdência e à assistência
social.” O Art. 198 determina que “as
ações e serviços de saúde integram
uma rede regionalizada e
hierarquizada e constituem um
sistema único, organizado de acordo
com as seguintes diretrizes: I –
descentralização, com direção única
em cada esfera do governo; II –
atendimento integral, com prioridade
para as atividades preventivas, sem
prejuízo dos serviços assistenciais; III
– participação da comunidade.”
No SUS, as ações e serviços de
saúde integram uma rede
regionalizada e hierarquizada,
segundo a complexidade da atenção.
Isto significa que a rede de serviços de
saúde deve ser organizada em
espaços geográficos definidos – o
Distrito, o Município, o Estado – nos
quais devem existir todos os serviços
de saúde necessários ao atendimento
da população da área – postos e
centros de saúde, laboratórios,
hospitais gerais, hospitais
especializados – de modo a assegurar
o acesso a todos os níveis de atenção.
Essas ações e serviços são de
responsabilidade do Município, do
Estado e da União. Cada uma dessas
instâncias de governo têm funções
específicas e complementares no
sistema. É isso que significa a
descentralização, todos os níveis têm
responsabilidade.
A grande diferença entre o SUS e o
Sistema anteriormente constituído é
que, a partir de sua implantação, a
maior parte das responsabilidades de
prover ações e prestar serviços passa
a ser do Município. O Município, por
ser a instância de governo mais
próxima dos cidadãos, tem mais
condições de conhecer as
necessidades da população e, por
essa razão, poderá oferecer serviços
mais adequados para atendê-las.
Além disso, é mais fácil para a
população acompanhar, controlar e
fiscalizar as ações, bem como
participar de processos decisórios
relativos à formulação das políticas e
programação das ações, quando as
responsabilidades de decisão estão
sob o gestor local.
A participação da comunidade e o
controle social são outros requisitos do
SUS. Em todos os níveis do governo a
população tem o direito – e o dever –
de participar das decisões, propor
linhas de ação e os programas que
considera mais importantes, controlar
a qualidade e o modo como são
desenvolvidas e fiscalizadas a
aplicação dos recursos públicos.
Os princípios fundamentais do SUS:
● Universalidade;
● Eqüidade, que é diferente de
igualdade. Todas as pessoas
têm direito ao atendimento às
suas necessidades. Mas, as
pessoas são diferentes, vivem
em condições desiguais e suas
necessidades são diversas. Se
o SUS oferece exatamente o
mesmo atendimento para todas
as pessoas, da mesma
maneira, em todos os lugares,
estaria provavelmente
oferecendo coisas
desnecessárias para alguns,
deixando de atender às
necessidades de outros,
mantendo as desigualdades.
● Integridade;
Este princípio se assenta na
compreensão de que as pessoas têm
o direito de serem atendidas no
conjunto de suas necessidades, e que
os serviços de saúde devem estar
organizados de modo a oferecer todas
as ações requisitadas por essa
atenção integral. Deve desenvolver
ações sobre o ambiente e sobre os
indivíduos, destinadas à promoção,
proteção e recuperação da saúde,
bem como à reabilitação. OBS: Hoje
temos, DIREITO A INFORMAÇÃO:
Outorga, por lei, ao cidadão o direito
ao domínio das informações sobre sua
saúde individual e acerca dos riscos e
condicionantes que afetam sua saúde
coletiva. Responsáveis: profissionais
e gestores. E AUTONOMIA
Preservação da autonomia das
pessoas; Defesa de sua integridade
física e moral; Princípio da BIOÉTICA;
Implica que o copo e a mente
pertencem a um sujeito que decide por
si. Implica informação, consentimento.
Informar não implica decidir pela
pessoa.
PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS:
Acessibilidade
Hierarquização
Resolutividade
Descentralização
Participação popular
ATORES: Movimentos sociais e
Intelectuais.
- Regionalização e
Hierarquização – organizam o
sistema por região e
hierarquização, de forma que
sejam complementares com o
controle social.
Regionalização: distribuição
racionalizada e equânime dos
recursos assistenciais do
território. A regionalização da
Saúde do Ceará está
representada por 22
microrregiões de saúde e 3
macrorregiões de saúde.
Integração das redes
assistenciais, levando em conta
a distribuição da população,
visando: acesso, continuidade e
economia.
Hierarquização: Estratégias de
organização dos serviços:
● • Níveis de atenção:
● Atenção primária (básica)
(Saúde da Família)
● Atenção secundária
(Microrregiões de saúde)
● Atenção terciária.
(macrorregiões de saúde)
Descentralização;
Resolutividade:
● Capacidade de resolução dos
serviços em todos os níveis de
assistência: primário,
secundário e terciário.
● Independe do grau de
complexidade do problema;
● A resolutividade significa que
cada nível de assistência deve
cumprir o seu papel diante do
problema de saúde.
● Contrapõea
DESARTICULAÇÃO entre os
serviços de assistência.
Participação Social:
● Tomar parte do processo de
decisão;
● Apontar problemas;
● Eleger prioridades;
● Definir modelos;
● Avaliar.
Vale ressaltar a importância da
participação e o controle social – a
concepção de gestão pública do SUS
é essencialmente democrática.
Nenhum gestor é senhor absoluto da
decisão.
Ele deve ouvir a população e
submeter suas ações ao controle da
sociedade Conselhos e Conferências.
Comando único (não considerado um
princípio por todos): em cada território.
Um hospital privado pode não fazer
opção em não atender pelo SUS, mas
segue as regras do SUS pelo
comando único.

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