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Recursos Financeiros - humcertoalguem

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GESTÃO ADMINISTRATIVA 
TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
PROFESSOR JOSÉ CARLOS 
 
www.pontodosconcursos.com.br 
1 
Olá queridos amigos! 
 
Hoje é nosso último encontro formal (porque vocês ainda podem me 
acessar através do fórum de discussões). 
 
Espero que vocês tenham gostado das aulas, aproveitado os conceitos, as 
dicas, os exercícios, se esforçado ao máximo, enfim, que possam ter um 
excelente aproveitamento na prova e que cheguem ao tão desejado 
objetivo, que é obviamente a aprovação no concurso! 
 
Como é nosso último encontro, gostaria de começar com um pensamento: 
 
“Depois de muito meditar, cheguei à conclusão de que um ser humano que 
estabelece um propósito deve cumpri-lo, e que nada pode resistir a um 
desejo, a uma vontade, mesmo quando para sua realização seja necessária 
uma existência inteira” 
Benjamin Disraeli 
 
Vale ressaltar que se trata de material de uso pessoal, não podendo ser 
repassado a terceiros, em caráter gratuito ou oneroso, seja impresso, por 
e-mail ou qualquer outro meio de transmissão sob risco de violação do 
estabelecido na Lei n. º 9.610/1998 e no Código Penal. Desde já 
agradecemos a compreensão e estamos abertos para qualquer dúvida ou 
pendência, tanto sobre o material quanto para qualquer outro assunto 
relacionado ao concurso em questão. 
 
Aula 06 – Noções de Administração Financeira 
 
Sumário: 
 
1 . Contabilidade .............................................................................2 
2. Sistema de informações ...............................................................4 
3. Demonstrações Contábeis .............................................................6 
4. Análise econômico-financeira ......................................................19 
5. Análises Vertical e Horizontal .......................................................24 
6. Índices de Liquidez.....................................................................30 
7. Necessidade de Capital de Giro (NCG) ou Investimento Operacional em 
Giro (IOG) ....................................................................................48 
8. Orçamento Empresarial...............................................................62 
9. Questões ..................................................................................68 
10. Gabarito .................................................................................73 
11. Bibliografia..............................................................................75 
 
GESTÃO ADMINISTRATIVA 
TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
PROFESSOR JOSÉ CARLOS 
 
www.pontodosconcursos.com.br 
2 
1 . Contabilidade 
 
Contabilidade para decisões 
A Contabilidade deve conhecer como são tomadas as decisões 
e ser capaz de manter um banco de dados para atender às 
necessidades do gestor. O gestor tem na Contabilidade um rico banco 
de dados que representa o principal instrumento de informações 
econômico – financeiras sobre sua administração. É sobre a 
informação oportuna e exata fornecida pela Contabilidade, que o 
gestor deve tomar suas decisões. 
Hendriksen relata que alguns dos objetivos do estudo da 
tomada individual de decisões em um contexto contábil, incluem: 
- uma possível aplicação da capacidade da informação 
financeira de representar com precisão os eventos ou 
objetivos reais (a importância preditiva do conjunto de 
informações); 
- uma compreensão do modo pelo qual o volume, o tipo e o 
formato das informações contábeis financeiras afetam os 
julgamentos ou predições do investidor ou analista (uso como 
sinal); 
- uma compreensão da capacidade, de quem tomará uma 
decisão, de reagir adequadamente a uma percepção do 
ambiente (precisão de resposta); e 
- uma compreensão de como os indivíduos lidam com a 
complexidade na tomada de decisões e uma compreensão do 
efeito de estilos diversos de tomada de decisões sobre a 
maneira pela qual a informação é utilizada (fatores 
comportamentais) (1999, p. 150). 
 
A tomada de decisões, antes apenas baseadas nas intuições, 
recebe hoje uma quota de lógica na busca de melhor emprego para 
esses eventuais vislumbres. A complexidade do mundo moderno, a 
grande densidade de eventos, as relações endógenas e exógenas a 
que a administração está sujeita, a velocidade temporal das ações, a 
otimização das informações, as ricas relações de comunicações, o 
progresso tecnológico cada vez mais abundante, os diversos métodos 
de ações que se encontram à disposição do administrador, 
contribuem como prova irrefutável da necessidade de uma tomada de 
decisão científica e não apenas empírica, como durante muito tempo 
foi praticada. 
Atualmente, não é admissível um gestor que siga apenas suas 
“estrelas” para alcançar a eficiência desejada de suas ações, é 
GESTÃO ADMINISTRATIVA 
TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
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3 
necessário que se produzam modelos e projeções que se aproximem 
ao máximo da realidade, capazes de sustentar discussões quanto a 
que decisão tomar. Tais modelos devem ser entendidos como a soma 
basilar da intuição e da lógica. 
Hendriksen estrutura uma hierarquia de qualidades da 
informação em Contabilidade para fins de utilidade de tomada de 
decisões, conforme a Figura 1. 
Figura 1 - Hierarquia de qualidades em Contabilidade 
 
 Usuários de 
 informações 
 contábeis 
 
 
 Restrição geral 
 
 
 Qualidades específicas 
 a usuários 
 
 
 Principais 
 qualidades 
 específicas a 
 decisões 
 
 
 Elementos 
 das qualidades 
 principais 
 
 
 
 
 
 
 Qualidades secundárias 
 e interdependentes 
 
Responsáveis pela tomada de decisões e suas 
características (por exemplo, entendimento 
da informação ou conhecimento prévio) 
Benefícios > Custos 
Compreensibilidade 
Utilidade para a tomada de decisões 
Confiabilidade Relevância 
Valor 
preditivo 
Oportunidade 
Valor como 
feedback 
FidelidadVerificabilidade 
Comparabilidade Neutralidade 
Materialidade 
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4 
 Limites de reconhecimento 
 
Fonte: (Hendriksen, 1999, p. 96) 
 
2. Sistema de informações 
 
A informação, sob qualquer aspecto, é diferente de dado, pois 
este não traz consigo a capacidade de compreensão, já que é uma 
forma primária e rudimentar de apresentação de uma futura 
informação, condicionada ao processamento ou transformação. Um 
dado, quando trabalhado ou processado, gera uma informação. A 
informação é o dado que, transformado, assume a capacidade de 
subsidiar o tomador de decisões. 
A informação oportuna e na medida certa que o tomador de 
decisões necessita e pode interpretar, é a razão da eficiência de um 
bom sistema de informação. O processamento do dado em 
informação apresenta custos altos, e em alguns casos, custos mais 
elevados do que o benefício da própria informação. A informação 
prestada pelo sistema deve ser capaz de inteirar-se com o processo 
decisório da empresa. 
 
Um sistema de informações deve ser capaz de captar ou 
receber as entradas de dados, através do responsável pelo input, 
compilar e processar os dados e entregar, quando solicitado, as 
informações de forma oportuna e exata para o usuário desse sistema. 
O sistema de informações é decomposto em quantos 
subsistemas forem necessários para melhor processar o dado e 
oferecer uma informação mais detalhada possível. Como exemplo 
existem os Sistemas de Informações Gerenciais (SIG), que é o 
processo de transformação de dados em informações que são 
utilizadas na estrutura decisória da empresa, bem como 
proporcionam a sustentação administrativa para otimizar os 
resultados esperados (Oliveira, 1997, p. 39) e apresentam os 
componentes listados na Figura 2. 
 
Figura 2 - Componentes do SIG 
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5Fonte: (Oliveira, 1997, p. 140) 
 
 
 
 
Principais Objetivos de cada tipo de Usuário 
 
USUÁRIO TIPO DE INFORMAÇÃO MAIS 
IMPORTANTE 
Acionista minoritário Fluxo regular de dividendos. 
Acionista majoritário fluxo de dividendos, valor de mercado da 
ação, lucro por ação. 
Acionista preferencial Fluxo de dividendos mínimos ou fixos. 
Emprestadores em geral geração de fluxo de caixa futuros suficientes 
para receber de volta o capital mais os juros, 
com segurança. 
Entidades governamentais valor adicionado, produtividade, lucro 
tributável. 
Empregados em geral, 
como assalariados 
fluxo de caixa futuro capaz de assegurar bons 
aumentos ou manutenção de salários, com 
segurança; liquidez. 
Média e alta administração retorno sobre o ativo, retorno sobre o 
DADOS 
TRATAMENTO 
CONTROLE E 
AVALIAÇÃO 
ALTERNATIVAS 
 
 
C 
O 
O 
R 
D 
E 
N 
Ç 
à 
O 
RECURSOS 
INFORMAÇÕES 
DECISÕES 
RESULTADOS 
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6 
patrimônio líquido; situação de liquidez e 
endividamentos confortáveis. 
 
 
“UM LEITOR BEM INFORMADO É CAPAZ DE SELECIONAR A 
INFORMAÇÃO DE QUE ELE PRECISA E FAZER UMA ESCOLHA E 
DECISÃO ADEQUADAS”. 
 
Com informações e decisões adequadas, é possível contribuir 
para a maximização de valor para o acionista, desejo dos gestores da 
entidade. Esta expressão, hoje tida como politicamente correta, tem 
como uma de suas origens a publicação de Creating shareholder 
value, em 1997. A partir daí, alguns aspectos ganharam notoriedade, 
como: 
• Visão de longo prazo; 
• Dedicação dos gestores para criação de valor; 
• Desenvolvimento de ferramentas para controle do 
problema de “agência” (enfoque agente-principal, onde 
se debate até que ponto os administradores gerirão o 
negócio tomando decisões visando o melhor para a 
empresa e não para si. Por exemplo: explorando o 
produto da empresa como está hoje, é possível que ela 
sobreviva por mais cinco anos – prazo em que o 
executivo deverá se aposentar. Promovendo as 
alterações e atualizações necessárias, é possível que não 
funcione e a entidade quebre antes desse prazo, vindo a 
comprometer sua carreira. Ou então: há necessidade de 
se fazer uma viagem e é possível optar entre classe 
executiva e primeira. No primeiro caso, haverá alguma 
economia para a entidade. No segundo, haverá mais 
conforto para o viajante...); 
• Responsabilidade social. 
 
3. Demonstrações Contábeis 
As demonstrações são dividas em obrigatórias e facultativas. 
As exigidas por força de lei são: Balanço Patrimonial, Demonstração 
do Resultado do Exercício, Demonstração das Origens e Aplicações de 
Recursos, Demonstração de Lucros ou Prejuízos ou Demonstração 
das Mutações do Patrimônio Líquido. As mais comuns facultativas 
são: fluxo de caixa e orçamentos. 
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7 
O balancete é uma peça contábil não obrigatória, mas de 
muita utilidade para a verificação dos totais dos movimentos e dos 
totais dos saldos das contas envolvidas nos diversos lançamentos. 
Relaciona de forma simples e objetiva “todas” as contas 
movimentadas. 
É possível ser apresentado em diversas colunas abrangendo os 
saldos anteriores, os movimentos e os saldos finais. Exemplificaremos 
abaixo um Balancete simples de duas colunas: 
 
CONTAS SALDOS FINAIS 
 DEVEDOR CREDOR 
Capital Social 1.000 
Caixa 500 
Banco 200 
Mercadorias 800 
Fornecedores 400 
Salários 200 
Receitas de Serviços 300 
TOTAIS 1.700 1.700 
 
Após fecharmos o Balancete acima, apuramos o Resultado do 
Exercício destacando somente as contas de Resultado (Salários e 
Receitas de Serviços) e por último confeccionamos o Balanço 
Patrimonial com as outras contas constantes do Balancete (contas 
Patrimoniais) mais o Resultado do Exercício (Lucro ou Prejuízo). 
 
D R Ex Simplificada PATRIMÔNIO DEPOIS DO FATO 
Receita de serviços 300 ATIVO PASSIVO 
(-) salários (200) Caixa 
500 
PE 
= Lucro do Exercício 100 Banco 200 Fornecedores 
400 
 Mercadorias 800 PL 
 Capital 
1.000 
 Lucros Ac. 
100 
 Total 
1.500 
Total 
1.500 
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8 
Demonstração do Resultado do Exercício 
A DREx é apresentada de forma a evidenciar as contas de 
Resultado e suas deduções de forma dinâmica e vertical. Tem como 
objetivo demonstrar o resultado do exercício e os elementos que o 
formaram. Vejamos abaixo uma representação gráfica desse 
demonstrativo: 
 
1. Receita Operacional Bruta 
2. (-) Deduções – devoluções, abatimentos, descontos incondicionais ou 
comerciais concedidos, ICMS, IPI, PIS, COFINS 
 
3. Receita Operacional Líquida 
4. Custo das Mercadorias Vendidas 
5. = Resultado Operacional Bruto, Lucro ou Prejuízo Bruto 
6. (-) Despesas Operacionais – com vendas, administrativas, Resultado 
Financeiro Líquido ((+) Despesas Financeiras (-) Receitas Financeiras), 
outras 
 
7. Outras Receitas Operacionais 
8.= Resultado Operacional Líquido, Lucro ou Prejuízo Líquido 
9. (±) Resultado não Operacional, Receitas não operacionais – Despesas não 
operacionais 
 
10. = Resultado do Exercício Antes da Contribuição Social 
11. (-) Contribuição Social sobre Lucro Líquido 
12. = Resultado do Exercício Antes do Imposto de Renda, LAIR 
13. (-) Provisão para o IR 
14. = Resultado do Exercício depois do IR 
15. (-) Participações e Contribuições – Debêntures, Empregados, 
Administradores, Partes Beneficiárias e as Contribuições para Fundos de 
Assistência ou Previdência de Empregados) 
 
16. = Resultado Líquido do Exercício 
17. Resultado por Ação ou Quota do Capital Social 
 
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Balanço Patrimonial 
 
O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil estática, 
ou seja, nos mostra a situação das contas Patrimoniais num dado 
momento, também chamado de data de corte, por exemplo a data do 
encerramento do exercício financeiro. 
O Balanço Patrimonial compreende os seguintes grupos de 
contas: 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO 
Para ser Ativo é necessário preencher os 
quatro requisitos: 1. Bens ou Direitos; 2. De 
propriedade da empresa; 3. Mensurável 
monetariamente; 4. Representar benefícios 
presentes ou futuros. 
São as contas representativas de 
obrigação com terceiros, que quando de 
seu vencimento, serão reclamadas. São 
também mensuráveis monetariamente. 
Grupos: Grupos: 
- CIRCULANTE - CIRCULANTE 
São os Bens e os Direitos com 
vencimento até o término do exercício 
seguinte, ou ainda, com vencimento até 12 
meses da data do último Balanço. 
São as Obrigações com vencimento 
até o término do exercício seguinte, ou 
ainda, com vencimento até 12 meses da 
data do último Balanço. 
- REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
São os Direitos com vencimento após o 
término do exercício seguinte, ou ainda, com 
vencimento posterior a 12 meses da data do 
último Balanço. 
Considera-se também como Longo 
Prazo, as transações de empréstimos a 
Acionistas, Diretores, e outras pessoas a fins, 
independente do prazo de vencimento, desde 
que os empréstimos não façam parte das 
operações principais da empresa. 
- EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 
São as Obrigações com vencimento 
após o término do exercício seguinte, ou 
ainda, com vencimento posterior a 12 
meses da data do último Balanço. 
Considera-se também como Longo 
Prazo, as transações de empréstimos de 
Acionistas, Diretores, e outras pessoas a 
fins, independente do prazo de vencimento. 
- PERMANENTE 
Bens e direitos de caráter fixo. Divide-se 
em: Investimentos, Imobilizado e Diferido. 
- RESULTADO DE EXERCÍCIOS 
FUTUROS 
São as Receitas recebidas antes da 
prestaçãodo serviço, desde que sejam 
líquidas e certas. 
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
São as obrigações para com os Sócios. 
Tem como principais contas: Capital, 
Reservas de Capital, Reserva de 
Reavaliação, Reservas de Lucros, Lucro ou 
Prejuízos Acumulados e Ações em 
Tesouraria. 
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• O Ativo é classificado da seguinte forma: 
1- Ativo Circulante - contempla os investimentos circulantes, 
ou seja: 
a) Disponibilidades - Caixa, Bancos, Aplicação em títulos 
vinculados ao mercado aberto (de liquidez imediata); 
b) Créditos - são os direitos sobre os clientes e outros 
devedores, por operações realizadas a prazo: contas a receber, 
duplicatas a receber, clientes, etc.; 
c) Estoques - Mercadorias, matérias-primas, etc.; 
d) Despesas antecipadas - são bens e direitos realizáveis no 
curso do exercício seguinte - até 12 meses (curto prazo); Despesas 
de Seguros antecipadas. 
 
2- Ativo Realizável a Longo Prazo 
a) São os direitos realizáveis após o término do exercício 
seguinte, ou direitos derivados de adiantamentos, empréstimos e 
vendas a administradores, sociedades coligadas e controladas. 
Exemplo: Duplicatas a Receber (quando não classificada no 
Ativo Circulante); 
b) Adiantamentos ou empréstimos a sócios/administradores, 
desde que não seja atividade principal da empresa. 
 
 
3- Ativo Permanente - são as aplicações de recursos em 
elementos que se destinem ao uso por prazo indeterminado ou que a 
empresa não tenha a intenção de alienar e ainda, as aplicações em 
despesas que serão apropriadas aos resultados de mais de um 
exercício social (Despesas de Organização): 
a) Investimentos - as participações societárias de caráter 
permanente; as aplicações em terrenos para futura expansão da 
empresa; as obras de arte; 
b) Imobilizado - também conhecido como “Imobilizações 
Técnicas”, se constitui de elementos de uso permanente, destinados 
à consecução dos objetivos sociais da empresa. 
Exemplos: Tangíveis = Imóveis, Móveis, Máquinas, Veículos, 
etc. 
 Intangíveis = Marcas e Patentes, Direitos de uso 
de linhas telefônicas, Fundo de Comércio; 
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11 
c) Diferido - neste grupo classificamos as Despesas que 
contribuirão para a formação dos resultados de mais de um exercício 
social; os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período 
que anteceder o início das operações sociais. 
Exemplos: Despesas com organização da empresa, os gastos 
com pesquisas e desenvolvimento de produtos, as despesas com 
benfeitorias em propriedades de terceiros (desde que não 
indenizáveis), o gasto com formação e aperfeiçoamento de mão-de-
obra. 
 
• O Passivo é classificado: 
 
4- Passivo Circulante - As obrigações assumidas pela 
empresa para a realização de suas operações e as obrigações 
assumidas por financiamentos obtidos. Esta inclusão no Circulante, 
dependerá do prazo de exigibilidade, onde serão classificadas as 
obrigações de prazo do curso do exercício social. Exemplos: 
Fornecedores, Salários a pagar, Impostos a recolher, empréstimos a 
pagar; 
 
5- Passivo Exigível a Longo Prazo - toda a obrigação que, 
devido a seu longo prazo, não foi classificada no Passivo Circulante, 
pois é de longo prazo; 
 
6- Resultado de Exercícios Futuros - representado por 
receita líquida “não ganha ou não efetivada”, em função do regime de 
competência do exercício. Exemplo: Receitas de Aluguéis 
antecipadas; 
 
7- Patrimônio Líquido (ou Situação Líquida) - também 
chamada de Capital próprio. Subdivisão do Patrimônio Líquido: 
a) Capital Realizado - o capital que compreende a diferença 
entre o capital subscrito (montante do capital emitido pela empresa, 
cujos acionistas assumiram o compromisso de integralizar; é o capital 
efetivo da empresa, constante de estatuto ou contrato social) e o 
capital a realizar, representando o montante efetivamente apostado 
na empresa pelos sócios ou acionistas; 
 
b) Reservas de Capital - representa os ganhos obtidos pela 
empresa, não decorrentes de suas operações normais, principais ou 
eventuais. São Reservas de Capital: 
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12 
b.1- Ágio recebido na emissão de ações; 
b.2- Os prêmios recebidos pela empresa na emissão de 
debêntures; 
b.3- O produto da alienação de partes beneficiárias ou de 
bônus de subscrições; 
b.4- As doações e 
b.5- As subvenções para investimento. 
O resultado de Correção Monetária do Capital realizado, 
enquanto não capitalizado, também era registrado na Reserva de 
Capital; 
. 
c) Reservas de Reavaliação - constituídas como contrapartidas 
dos aumentos de valor de componentes do Ativo Imobilizado da 
empresa; representa a complementação, até o valor de mercado, 
pela diferença entre este valor e o do custo contábil do bem. 
A Lei das Sociedades Anônimas(S/A) e o regulamento do Imposto de 
Renda admitem a modificação do valor contábil do ativo permanente, 
nas seguintes hipóteses: 
a) para diminuir: mediante depreciação, amortização, exaustão 
acumuladas ou provisão para perdas prováveis na realização de 
investimento; 
b) para aumentar: mediante a reavaliação. 
Exemplo: 
Máquinas: Valor do mercado-------500.000,00 
 (-) custo contábil ---------- (280.000,00) 
 (=) Reavaliação------------220.000,00 
 
d) Reservas de Lucros - constituídas pela apropriação dos 
lucros gerados em cada exercício social. Subdividem-se em: 
d.1 - Reserva Legal - constituída conforme a lei societária, por 
valor correspondente a 5% (cinco por cento) do lucro líquido do 
exercício, antes de qualquer outra destinação e seu montante não 
excederá: 
• a 20% (vinte por cento) do capital social corrigido 
monetariamente; 
• a 30% (trinta por cento) do capital social, quando o saldo 
dessa reserva for somado ao montante das reservas de capital. 
Esta reserva somente poderá ser usada para aumento do 
capital ou absorção de prejuízos; 
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d.2 - Reserva Estatutária - constituída conforme o Estatuto da 
empresa; 
d.3 - Reserva para Contingências - tem por finalidade 
compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente da 
perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado. 
Exemplo: empresas de atividades agrícolas. 
e) Lucros ou Prejuízos Acumulados - são os resultados 
acumulados da empresa. 
 
 
Constituição de reservas: a modificação ocorrerá apenas na 
composição dos elementos do patrimônio líquido, não afetando, 
portanto, o seu valor total. 
Contabilização: 
 Lucros ou Prejuízos acumulados 
 a reservas de lucros 
 
Reversão: quando tais reservas deixarem de ter fundamento, por já 
terem sido realizados os motivos para os quais foram constituídas, os 
seus valores, corrigidos monetariamente, deverão retornar para a 
conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados. 
Contabilização: 
 Reservas de Lucros 
 a lucros ou prejuízos acumulados 
 
 
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos 
A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos 
evidencia a variação do Capital Circulante Líquido e serve para 
mostrar o resultado financeiro de médio e longo prazo. Apresenta, de 
forma ordenada, os financiamentos e os investimentos ocorridos na 
empresa. 
Descrição das origens e aplicação: 
 Das origens: das próprias operações; dos acionistas; e de 
terceiros. 
 Das aplicações: inversões permanentes derivadas de 
aquisição de bens do ativo imobilizado, aquisição de novos 
investimentos permanentes em outras sociedades, aplicação de 
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recursos no ativo diferido; pagamento de empréstimo a longo prazo; 
e remuneração de acionistas. 
 
Evidencia, também, o Capital Circulante Líquido (CCL) 
que é a diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo 
Circulante. 
 
AC – PC = CCL 
 
A DOAR é evidenciada analiticamente, identificando as 
Origens e Aplicações de Recursos nos seguintes subgrupos: 
• Origens das operações – Lucro do período (ajustado pelas receitas 
e despesas que não afetam o CCL, como receita de equivalência 
patrimonial e despesa de depreciação, por exemplo); 
• Origens de terceiros – aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo, 
que corresponde aos financiamentos captados pela entidade; 
• Origens dos sócios – compreendendo os aportes de recursos 
realizados pelos sócios/acionistas; 
• Aplicações de inversão em Investimentos – o aumento do Ativo 
Permanente Investimentos; 
• Aplicações de inversão em Imobilizado – o aumento do Ativo 
Permanente Imobilizado; 
• Aplicações de inversão em Diferido – o aumento do Ativo 
Permanente Diferido; 
• Aplicações de inversão em ativo de Longo Prazo – o aumento do 
Ativo Realizável a Longo Prazo; 
 
A diferença entre o total das origens de recursos e o total das 
aplicações de recursos, em um determinado período, representa a 
variação sofrida pelo CCL naquele mesmo período. 
 
Sendo entendido por variação do CCL a diferença entre o CCL 
do final do período e o CCL no início do período. 
Δ CCL = CCL31/12/X0 – CCL01/01/X0 
Δ CCL = (AC31/12/X0 – PC31/12/X0) – (AC01/01/X0 – PC01/01/X0) 
Considerando que a DOAR tem por objetivo evidenciar a 
alteração sofrida pelo CCL, nem todos os fatos são contemplados pela 
DOAR, como por exemplo, aqueles que envolvem: 
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• exclusivamente contas de Ativo Circulante – compra de 
mercadoria à vista, pois reduz o saldo de Disponibilidades (AC) 
e aumenta, simultaneamente, o saldo de Estoques (AC); 
• exclusivamente contas de Passivo Circulante – reclassificação 
de Fornecedores a Pagar erroneamente contabilizados em 
Salários a Pagar, pois reduz o saldo de Salários a Pagar (PC) e 
aumenta, simultaneamente, o saldo de Fornecedores a Pagar 
(PC); 
• simultaneamente contas de Ativo Circulante e Passivo 
Circulante – compra de mercadoria a prazo, pois aumenta o 
saldo de Estoques (AC) e aumenta, simultaneamente, o saldo 
de Fornecedores a Pagar (PC); bem como o pagamento da 
dívida contraída, que reduz o saldo de Disponibilidades (AC) e 
reduz, simultaneamente, o saldo de Fornecedores a Pagar (PC). 
 
Portanto, podemos afirmar, resumidamente, que a DOAR 
busca evidenciar os fatos que implicam na migração de recursos 
conforme o esquema abaixo: 
 
 
AC 
 
 
 
 
PC 
 
 
RLP + AP 
 
 
 
 
ELP + REF + PL 
 
AC = 
RLP = 
AP = 
PC = 
ELP = 
REF = 
PL = 
Ativo Circulante 
Ativo Realizável a Longo 
Prazo 
Ativo Permanente 
Passivo Circulante 
Passivo Exigível a Longo 
Prazo 
Resultado de Exercícios 
Futuros 
3 
2 1 
4 
5 
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Patrimônio Líquido 
Para melhor entender o esquema acima, numeramos as setas, e 
apresentamos dois exemplos de cada situação: 
Seta 1 
• Aquisição de máquinas à vista, aumentando o Imobilizado (AP), 
mediante redução das Disponibilidades (AC), acarretando em 
diminuição do CCL; 
• Transferência de um direito do longo para o curto prazo, em 
virtude do passar do tempo, mediante redução do RLP e 
aumento do AC, acarretando em aumento do CCL. 
Seta 2 
• Transferência de uma obrigação do longo para o curto prazo, 
em virtude do passar do tempo, mediante redução do ELP e 
aumento do PC, acarretando em diminuição do CCL; 
• Aumento do Capital Social (PL) mediante compensação de uma 
dívida de curto prazo que a entidade tinha com seus sócios 
(Conta corrente com sócios – PC), acarretando em aumento do 
CCL. 
 
Seta 3 
• Pagamento de uma obrigação de longo prazo, mediante 
redução do ELP e do AC, acarretando em diminuição do CCL; 
• Aumento do Capital Social (PL) em dinheiro (Disponibilidades – 
AC), acarretando em aumento do CCL. 
Seta 4 
• Aquisição de máquinas a prazo, aumentando o Imobilizado (AP) 
e Contas a Pagar (PC), acarretando em diminuição do CCL; 
• Quitação de uma dívida de curto prazo (PC), mediante 
compensação de um direito realizável a longo prazo (RLP), 
acarretando em aumento do CCL. 
Seta 5 – Representa um fluxo virtual de disponibilidades, não gera 
aumento nem redução do CCL, mas é apresentado na DOAR para 
melhor evidenciar os fatos ocorridos com a entidade. 
• Aumento do Capital Social (PL) mediante dação em pagamento 
de uma máquina (Imobilizado – AP); 
• Quitação de uma dívida de longo prazo (ELP), mediante 
compensação de um direito realizável a longo prazo (RLP). 
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Forma de Apresentação: 
TÍTULO VALOR 
I - ORIGENS DOS RECURSOS 
 Onde são discriminados as origens, por natureza, e apurado o valor total 
dos recursos obtidos no exercício. 
Das operações 
Lucro líquido do exercício 
+ Depreciação, amortização e Exaustão 
+/- Correção Monetária 
+/- variação Cambial 
+/- Participação (equivalência patrimonial) 
Dos acionistas 
Integralização do Capital em dinheiro 
De terceiros 
Aumento do passivo exigível a longo prazo 
Redução do ativo realizável a longo prazo 
Alienação dos investimentos e itens do imobilizado 
 
II - APLICAÇÕES DE RECURSOS 
São relacionadas as aplicações, por natureza e valor. 
Dividendos distribuídos 
Aquisição de ativo imobilizado 
Aumento do ativo realizável a longo prazo, dos investimentos e do ativo 
diferido 
Redução do passivo exigível a longo prazo 
 
III - AUMENTO OU REDUÇÃO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 
Representa a diferença entre o total das origens e o total das aplicações. 
 
IV - SALDO INICIAL E FINAL DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 
Evidenciados o ativo e o passivo circulantes do início e do fim do exercício 
e respectivo aumento ou redução. 
 
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Comparações entre a DOAR e a DFC 
Voltados para a avaliação da situação financeira das empresas, a 
DOAR e o DFC são modelos difundidos em muitos países, em especial 
naqueles em que seus mercados de capitais são bastante 
desenvolvidos. Essas ferramentas conceitualmente apresentam 
diferenças, conforme citação reproduzida por Tibúrcio Silva, Oliveira 
dos Santos e Sadoyoshi Ogawa: 
 
A principal diferença entre estas duas demonstrações refere-se ao 
fato da DOAR ser “elaborada com base no conceito de capital 
circulante líquido, dentro do regime de competência, apresentando, 
portanto, a disponibilidade de médio prazo (enquanto que a ) (...) 
Demonstração do Fluxo de Caixa baseia-se no conceito de 
disponibilidade imediata, dentro do regime de caixa 
(recebimentos/pagamentos) puro.”1 
 
 Quanto às vantagens e desvantagens de cada uma, 
passamos a mostrar no quadro abaixo as considerações 
desses mesmos autores: 
 
DOAR DFC 
Vantagens Desvantagens Vantagens Desvantagens 
Fornece 
informações que 
não constam em 
outras 
demonstrações. 
Depende do 
conceito de 
fundos utilizado. 
Utiliza conceitos 
mais concretos. 
Apresenta menor 
volume de 
informações que a 
DOAR. 
Possibilita um 
melhor 
conhecimento da 
política de 
investimento e de 
financiamento da 
empresa. 
Não atende a 
setores 
específicos, o 
resultado é 
afetado pelo 
método de 
avaliação de 
ativos não 
monetários, 
apresenta as 
modificações 
internas no CCL 
de forma residual. 
Utilizado para 
prever problemas 
de insolvência, e 
portanto, para 
avaliar o risco, o 
caixa e os 
dividendos 
futuros. 
Ainda não existe 
consenso sobreo 
conceito de caixa 
a utilizar: caixa e 
bancos, ou caixa, 
bancos e títulos 
de curto prazo. 
 
1 FIPECAFI & Arthur Andersen. Normas e práticas contábeis no Brasil. São Paulo, Atlas, 1990, 
p.84. in SILVA, César Augusto Tibúrcio, SANTOS, Jocineiro Oliveira dos, OGAWA, Jorge 
Sadayoshi. Caderno de Estudos FIPECAFI/FEA-USP. nº 9, out/93 : Fluxo de Caixa e DOAR, p.57 
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Ajuda a mostrar a 
compatibilidade 
entre a posição 
financeira e a 
distribuição de 
lucros. 
Maior dificuldade 
de interpretação 
pelos usuários. 
Maior facilidade 
de entendimento 
dos fluxos dos 
recursos 
financeiros, pelos 
usuários. 
Mais sujeito a 
manipulações, em 
função de ser 
focado no caixa e 
equivalentes. 
Mais abrangente 
que o Fluxo de 
Caixa, representa 
as mutações da 
posição financeira 
como um todo. 
Carece de maiores 
pesquisas 
acadêmicas. 
Tendência 
mundial em 
adotá-lo no lugar 
da DOAR. 
Possibilidade de 
ser apresentado 
de duas formas: 
direto e indireto. 
 
 
Muito se tem discutido acerca da utilização de uma ou outra 
demonstração. Ainda há muito a ser estudado, principalmente no 
tocante à capacidade de interpretação do usuário desses 
demonstrativos, bem como quanto à influência que a informação 
possa ter sobre a formação dos preços dos papéis de uma 
companhia. 
 
4. Análise econômico-financeira 
 
Para a realização da análise econômico-financeira de uma 
empresa o analista utiliza, pelo menos, os seguintes itens: 
• Balanço Patrimonial (BP); 
• Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); 
• informações complementares; 
• montante das compras no período a que se referem os 
demonstrativos; 
• DOAR, DMPL e as notas explicativas, quando houver. 
 
Os Demonstrativos Financeiros devem conter a assinatura do 
contador e do responsável pela empresa. 
Após a análise prévia das informações fornecidas, os dados 
deverão ser ratificados ou retificados mediante verificação in loco, 
ajustando-os à realidade da empresa, se necessário. 
 
A análise de balanços baseia-se no raciocínio científico. O 
processo de tomada de decisões para a análise segue o seguinte 
fluxo: 
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ETAPAS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lembre-se: 
 
Ter lucro, independe de ter dinheiro. Daí as expressões: 
econômico x financeiro. O primeiro representa fatos que não 
envolvem necessariamente dinheiro, mas valor monetário. Por 
exemplo: uma doação de um bem imobilizado. Financeiro, representa 
os fatos que envolvem dinheiro, refere-se a variação de Caixa. 
 
Comparativo de significados de econômico e financeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resultado econômico é sinônimo de lucro (ou prejuízo). O 
lucro aumenta o Patrimônio Líquido, mas não as disponibilidades de 
dinheiro. Uma empresa pode estar em excelente situação econômica 
com imóveis, equipamentos, investimentos em outras empresas, mas 
sem dinheiro para pagar suas dívidas. Algumas receitas e despesas 
Análise
Escolha de 
indicadores 
Comparação com 
padrões 
Diagnóstico ou 
conclusões 
Decisões
1 2 3 4 
ECONÔMICO
FINANCEIRO 
AMPLO RESTRITO
ESTATICAMENTE 
DINAMICAMENTE 
Patrimônio Líquido
Lucro Líquido
Capital Circulante 
Líquido 
Variação do Capital 
Circulante Líquido 
Saldo de Caixa
Variação do Saldo de 
Caixa 
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não têm nenhum reflexo em dinheiro no exercício – como, por 
exemplo, a depreciação - , mas nem por isso deixam de ser lançadas 
na Demonstração de Resultado. 
Por essa razão, a análise de uma empresa deve tomar tanto a 
Demonstração de Resultado – que evidencia o lucro ou prejuízo – 
como uma entre duas demonstrações de natureza financeira 
possíveis: Demonstração do Fluxo de Caixa ou Demonstração das 
Origens e Aplicações de Recursos. 
 
Outro aspecto importante a ser destacado em relação aos 
aspectos econômico e financeiro diz respeito aos regimes utilizados 
na contabilidade, denominados “de competência” e “de caixa”. Como 
regra geral, o regime de competência é obrigatório nas empresas, o 
que significa afirmar que os fatos contábeis (qualquer transação que 
afete o conjunto de bens e direitos de uma entidade) devem ser 
registrados à medida em que ocorrem, independentemente de 
implicar em entrada ou saída de dinheiro. Ou seja, são registradas as 
operações à vista e a prazo. No regime de caixa, são lançadas na 
contabilidade apenas os fatos que geram alteração no disponível, ou 
seja, unicamente as operações à vista. 
 
AJUSTES 
 
De posse das Demonstrações Financeiras e informações 
complementares, recomenda-se que sejam procedidos ajustes com 
vistas a padronizar os demonstrativos para análise, entre os quais 
destacam-se os seguintes: 
 
Duplicatas Descontadas - retirar do Ativo Circulante e alocar 
no Passivo Circulante. O Desconto de Duplicatas é um empréstimo 
para capital de giro. A reclassificação possibilita analisar mais 
adequadamente as fontes de recursos que a empresa vem utilizando. 
 
Empréstimos a Interligadas - quando aparecerem no Ativo 
Circulante deverão ser reclassificados para Realizável a Longo Prazo. 
Esses valores até podem retomar à empresa no curto prazo. No 
entanto, como os devedores exercem influência decisiva sobre a 
credora, normalmente esses empréstimos não têm data para serem 
liquidados. Aliás, a própria Lei 6.404/76 determina que os negócios 
realizados com partes relacionadas (empresas interligadas, diretores, 
sócios etc.), quando não fazem parte das atividades normais da 
empresa, devem ser classificados no Longo Prazo. 
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Empréstimos de Diretores e/ou Interligadas - quando aparecer 
no Passivo Exigível a Longo Prazo, deverá ser reclassificada para o 
Passivo Circulante. Este caso é o oposto do anterior. Valores que a 
empresa toma das pessoas ou empresas ligadas, a título de 
empréstimo, podem ser exigidos a qualquer momento. Por isso, 
conservadoramente, usa-se lançá-los no Passivo Circulante. 
 
Deduções do Patrimônio Líquido - são as contrapartidas dos 
valores deduzidos do Ativo por representarem valores não realizáveis 
ou de realização duvidosa. 
 
Obs.: A cada valor consignado em Deduções do PL, 
corresponde a exclusão de parcela equivalente no Ativo. 
 
Principais deduções do PL: 
 
• Bens Obsoletos: bens que ainda constam na contabilidade da 
empresa mas não possuem valor de venda ou condições de 
utilização; 
• Débitos de Diretores, Cotistas e Solidários: normalmente esses 
valores constituem retiradas feitas pelos sócios, não contabilizadas 
como despesa; 
• Débitos de empresa do mesmo grupo econômico, quando a 
situação assim o recomendar. Não se incluem neste item os 
débitos por fornecimento de mercadorias ou serviços (atividade 
normal da empresa). A dedução somente deve ser feita quando os 
débitos forem considerados de realização duvidosa; 
• Depósitos Judiciais: valores depositados em juízo enquanto a 
empresa discute uma dívida fiscal, trabalhista ou outras; 
• Excesso na reavaliação de bens do imobilizado: quando for 
identificado que a empresa reavaliou seus bens em níveis 
superiores ao seu real valor de mercado; 
• Provisão para Devedores Duvidosos (no caso de inexistência ou se 
insuficiente): esse valor representa a estimativa de créditos 
vencíveis no exercício seguinte que não serão recebidos. 
• Outros Valores de difícil realização ou incobráveis: outros valores 
registrados no Balanço que efetivamente não representem bens ou 
direitos realizáveis (ex.: cheques sem fundos, duplicatas 
incobráveis, estoques invendáveis). 
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RECLASSIFICAÇÃO DO BALANÇO 
 
Além dos ajustes anteriores, as contas do Ativo e Passivo 
Circulantes são classificadas em dois grupos: Financeiro e Cíclico. 
O Ativo Circulante Financeiro engloba as contas que 
representam dinheiro e aplicações financeiras em títulos e em ouro. 
O Passivo Circulante Financeiro engloba as contas 
representativas de dívidas a curto prazo que não fazem parte das 
atividades diárias da empresa. Normalmente estão sujeitas a juros 
(empréstimos bancários, duplicatas descontadas, impostos 
renegociados, imposto de renda a recolher etc.). 
O Ativo Circulante Cíclico compreende as aplicações de 
recursos em contas que estejam relacionadas com a atividade de 
compra, transformação e venda. Está relacionado com o ciclo 
operacional da empresa (clientes/duplicatas a receber, estoques, 
adiantamento a fornecedores etc.). 
O Passivo Circulante Cíclico compreende as contas que 
identificam os financiadores normais da atividade da empresa, 
constituindo fontes espontâneas de recursos (fornecedores, salários e 
encargos a pagar, impostos sobre vendas a recolher etc.). 
 
BALANÇO 
TRADICIONAL 
 BALANÇO 
RECLASSIFICADO 
 
PC 
 ACF 
Caixa, Bancos, 
AplicFinanceiras 
 
PCF 
AC 
 
PELP 
 
ACC 
Estoques, 
Clientes, 
Adiantamentos 
 
 
PCC 
Fornecedores, 
Impostos 
s/Vendas 
a Recolher 
Salários a Pagar 
PELP 
 
ARLP 
 
REF 
ARLP 
REF 
 
AP 
 
 
PL 
 
AP 
PL 
 
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24 
 
AC= 
ARL= 
AP= 
PC= 
PELP= 
REF= 
PL= 
Ativo Circulante 
Ativo Realizável a Longo Prazo 
Ativo Permanente 
Passivo Circulante 
Passivo Exigível a Longo Prazo 
Resultado de Exercícios 
Futuros 
Patrimônio Líquido 
 ACF= 
ACC = 
ARLP= 
PCF = 
PCC = 
REF= 
PL = 
Ativo Circulante Financeiro 
Ativo Circulante Cíclico 
Ativo Realizável a Longo Prazo 
Passivo Circulante Financeiro 
Passivo Circulante Cíclico 
Resultado de Exercícios Futuros 
Patrimônio Liquido 
 
5. Análises Vertical e Horizontal 
 
Análise Vertical 
 
Trata-se de metodologia de análise que mostra a participação 
percentual de cada um dos itens das demonstrações financeiras em 
relação ao somatório de seu grupo. 
Com esse instrumento podemos visualizar de modo objetivo e 
direto a representatividade de cada componente das demonstrações, 
identificando aqueles que mais contribuem para a formação do 
conjunto objeto da análise. 
A análise vertical é de grande importância, principalmente 
quando aplicada à Demonstração de Resultado do Exercício, porque 
possibilita detectar a composição percentual das receitas e despesas, 
evidenciando aquelas que mais influenciaram na formação do lucro 
ou prejuízo. 
 
Empresa Exemplo S.A. 
Balanço Patrimonial ( $ mil ) 
 19 X 1 % 
ATIVO 9.600 100,00 
Ativo Circulante 5.000 52,08 
Caixa e Bancos 500 5,21 
Clientes 3.500 36,46 
Estoque 1.000 10,42 
Ativo Realizável a Longo Prazo 1.600 16,67 
Cliente Longo Prazo 1.600 16,67 
Ativo permanente 3.000 31,25 
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25 
Imobilizado 3.000 31,25 
PASSIVO 9.600 100,00 
Passivo Circulante 2.000 20,83 
Empréstimos 500 5,21 
Fornecedores 1.000 10,42 
Salários a Pagar 300 3,13 
Impostos a Recolher 200 2,08 
Passivo Exigível a Longo Prazo 3.500 36,46 
Financiamentos 3.500 36,46 
Patrimônio Líquido 4.100 42,71 
Capital Social 3.000 31,25 
Reservas 1.100 11,46 
 
Demonstração do Resultado do Exercício 
 ( $ mil ) % 
Receita Operacional Bruta 16.200 100,00 
( - ) Impostos sobre Faturamento 3.100 -19,14 
( = ) Receita Operacional Líquida 13.100 80,86 
( - ) Custo das Mercadorias Vendidas 5.700 -35,19 
( = ) Lucro Operacional Bruto 7.400 45,68 
( - ) Despesas Comerciais 2.100 -12,96 
( - ) Despesas Administrativas 1.100 -6,79 
( - ) Despesas Gerais 600 -3,70 
( - - ) Outras REC./Desp Operacionais +250 1,54 
( - ) Despesas Financeiras 1.450 -8,95 
( + ) Receitas Financeiras 50 0,31 
( +/- ) Resultado da Correção Monetária -220 -1,36 
( = ) Lucro Operacional Líquido 2.230 13,77 
( +/- ) REC. / Desp. Não Operacionais -280 -1,73 
( = ) Lucro Antes do IR 1.950 12,04 
( - ) Provisão IR e Contribuição Social 690 4,26 
( = ) Lucro Líquido do Exercício 1.260 7,78 
 
No Balanço, verificamos o percentual que representa cada 
conta, ou grupo de contas, em relação ao Ativo ou Passivo total. Da 
mesma forma, na DRE faz-se a comparação de cada conta de custo, 
despesa ou subtotal com a Receita Operacional Bruta. 
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Assim, podemos avaliar a relevância de cada conta ou grupo 
em relação aos valores totais da empresa. 
Com base nos demonstrativos da empresa Exemplo S.A. 
podemos responder às seguintes questões, entre outras: 
• quais as contas mais significativas do Ativo? Clientes 
(36,46%) e Imobilizado (31,25%); 
• quais as contas mais significativas do Passivo? 
Financiamentos L.P. (36,46%), Capital Social (31,25%); 
• qual o percentual de custo embutido no faturamento da 
empresa? 35,19%; 
• quanto representam as despesas administrativas no 
faturamento da empresa? 6,79%. 
 
 
Análise Horizontal 
 
A análise horizontal é efetuada tomando-se por base dois ou 
mais exercícios financeiros - todos expressos em moeda constante e 
em valores monetários da mesma data - com a finalidade de observar 
a evolução ou involução dos seus componentes. Cumpre ressaltar que 
é na análise horizontal que podemos observar o comportamento dos 
diversos itens do patrimônio e, principalmente, dos índices, 
permitindo a análise de tendência. 
 
 
EMPRESA EXEMPLO S.A. 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 19 X 1 % 19 X 2 % 19 X 3 % 
ATIVO 9.600 100 10.100 105 11.300 118 
Ativo Circulante 5.000 100 4.200 84 4.500 90 
Caixa e Bancos 500 100 700 140 400 80 
Clientes 3.500 100 1.500 43 2.600 74 
Estoques 1.000 100 2.000 200 1.500 150 
Ativo Realizável a 
Longo Prazo 
1.600 100 800 50 400 25 
Clientes Longo Prazo 1.600 100 800 50 400 25 
Ativo Permanente 3.000 100 5.100 170 6.400 213 
Imobilizado 3.000 100 5.100 170 6.400 213 
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PASSIVO 9.600 100 10.100 105 11.300 117 
Passivo Circulante 2.000 100 1.800 90 2.000 100 
Empréstimos 500 100 600 120 400 80 
Fornecedores 1.000 100 700 70 1.100 110 
Salários a Pagar 300 100 300 100 400 133 
Impostos a Recolher 200 100 200 100 100 50 
Passivo Exigível a 
Longo Prazo 
3.500 100 2.900 -83 2.100 60 
Financiamentos 3.500 100 2.900 83 2.100 60 
Patrimônio Líquido 4.100 100 5.400 132 7.200 175 
 
 
 
DRE ( $ mil ) 19 x 1 % 19 x 2 % 19 x 3 % 
Receita Operac. Bruta 16.200 100 18.300 112 26.400 163 
( - ) Imposto sobre 
Faturamento 
3.100 100 3.500 112 5.200 168 
( = ) Receita 
Operacional Líquida 
13.100 100 14.800 112 21.200 162 
( - ) Custo Mercadorias 
Vendidas 
5.700 100 6.100 107 7.800 137 
( = ) Lucro Operacional 
Bruto 
7.400 100 8.700 117 13.400 181 
( - ) Despesas 
Comerciais 
2.100 100 2.600 123 3.960 189 
( - ) Despesas 
Administrativas 
1.100 100 1.100 100 1.200 109 
( - ) Despesas Gerais 600 100 700 116 800 114 
( + ) Outras Receita 
Operacionais 
250 100 50 20 200 80 
( - ) Despesas 
Financeiras 
1.450 100 1.150 79 1.100 76 
( + ) Receitas 
Financeiras 
50 100 80 160 70 140 
( +/- ) Resultado da 
Correção Monetária 
(220) 100 (140) 63 (80) 36 
 
( = ) Lucro Operacional 
Líquido 
2.230 100 3.140 140 6.530 293 
( +/- ) REC. / Desp. 
Não Operacionais 
(280) 100 100 -35 (1.200) 429 
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( = ) Lucro Antes do IR 1.950 100 3.240 166 5.330 273 
( - ) Provisão para IR e 
Contribuição Social 
690 100 1.130 163 1.860 270 
( = ) Lucro Líquido do 
Exercício 
1.260 100 2.100 167 3.470 275 
 
Com os demonstrativos estruturados da forma acima, 
podemos fazer diversas análises comparativas, tanto da variação dos 
valores de cada conta ou grupo de contas ao longo dos exercícios, 
quanto da variação dos índices apresentados pela empresa nos 
períodos analisados. 
A análise horizontal dos índices possui a grande vantagem de 
dispensar a preocupação do analista quanto aos patamares de 
inflação no período considerado, uma vez que os índices são 
resultados de comparações de grandezas de uma mesma data. 
 
6. Indicadores Econômico-Financeiros 
 
Para o exame da situação econômico-financeira de uma 
empresa, com vista à avaliação da sua capacidade, em termos de 
SEGURANÇA, LIQUIDEZ e RENTABILIDADE, o analista deve valer-se 
de Demonstrativos Financeiros de pelo menos três exercícios 
sucessivos, e deles extrair os diversos indicadores que lhe forneçam 
as informações desejadas. 
O objetivo da análise definirá não só o tipo de INDICADORES a 
serem utilizados, mas também a postura do analista. 
Ao proprietário da empresa importa, fundamentalmente, 
detectar problemas e pontos fortes existentes para, a partir daí, 
traçar estratégia no sentido de corrigir as falhas ou aproveitar as 
oportunidades. Já ao analista externo interessa saber da viabilidade 
ou não da aplicação de recursos na empresa. A ótica do analista, 
pois, é que determinará os caminhos a serem trilhados. 
 
Num empréstimo de capital de giro de curto prazo, por 
exemplo, o gerente de um banco - interessado basicamente no 
retomo seguro dos capitais emprestados - privilegiará os aspectos de 
LIQUIDEZ e SEGURANÇA. Já em se tratando de empréstimo de longo 
prazo, o gerente dará, também, ênfase à capacidade de geração de 
lucro e à eficiência operacional da empresa, ou seja, ao enfoque da 
RENTABILIDADE. 
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O principal instrumento utilizado para a análise da situação 
econômico-financeira de uma empresa é o índice, ou seja, o resultado 
da comparação entre grandezas. 
Os índices estabelecem a relação entre contas ou grupo de 
contas dos Demonstrativos Financeiros, visando evidenciar 
determinado aspecto da situação econômico-financeira de uma 
empresa. Os índices, portanto, servem como termômetro na 
avaliação da saúde financeira da empresa. 
Para melhor compreensão da influência de cada indicador na 
análise, faremos seu estudo em cinco grupos. 
 
• Índices de Estrutura avaliam a segurança oferecida pela empresa 
aos capitais alheios e revelam sua política de obtenção de 
recursos, bem como sua alocação nos diversos itens do Ativo; 
• Índices de Liquidez medem a posição financeira da empresa, em 
termos de capacidade de pagamento; 
• Índices de Rentabilidade avaliam o desempenho global da 
empresa, em termos de capacidade de gerar lucros; 
• Indicadores de Prazos Médios revelam a política de compra, 
estocagem e venda da empresa; 
• Necessidade de Capital de Giro (NCG) mostra a carência ou não 
de capital de giro da empresa. 
 
Apresentamos a seguir um exemplo de Balanço e DRE, cujos 
dados servirão de base para o estudo dos índices econômico-
financeiros, já reclassificados em conformidade com o descrito 
anteriormente: 
Empresa: EXEMPLO S.A. 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO 9600 PASSIVO 9600 
 
Ativo Circulante 5000 Passivo Circulante 2000 
 
Financeiro 500 Financeiro 500 
Caixa e Bancos 500 Empréstimos 500 
 
Cíclico 4500 Cíclico 1500 
Clientes 3500 Fornecedores 1000 
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Estoques 1000 Salários a Pagar 300 
 Impostos a Recolher 200 
 
Realizável a Longo Prazo 1600 Passivo Exigível a Longo Prazo 3500 
Clientes a Longo Prazo 1600 Financiamentos 3500 
 
Ativo Permanente 3000 Patrimônio Líquido 4100 
Imobilizado 3000 Capital 3000 
 Reservas 1100 
 
 
Empresa: EXEMPLO S.A. 
 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
Receita Operacional Bruta (ROB) 16.200 
Impostos sobre Faturamento (3.100) 
Receita Operacional Líquida (ROL) 13.100 
Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) (5.700) 
Lucro Operacional Bruto (LOB) 7.400 
Despesas Comerciais (2.100) 
Despesas Administrativas (1.100) 
Despesas Gerais (600) 
Outras Receitas Operacionais 250 
Despesas Financeiras (1.450) 
Receitas Financeiras 50 
Resultado da Correção Monetária (220) 
Lucro Operacional Líquido (LOL) 2.230 
Receitas/Despesas não Operacionais (280) 
Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR) 1.950 
Provisão para IR e Contribuição Social 690 
Lucro Líquido do Exercício (LL) 1.260 
Montante de Compras: $ 5.300 
 
6. Índices de Liquidez 
 
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Os índices de Liquidez são medidas de avaliação da capacidade 
financeira da empresa em satisfazer os compromissos para com 
terceiros. Evidenciam quanto a empresa dispõe de bens e direitos em 
relação às obrigações assumidas no mesmo período. Entre os índices 
de Liquidez mais conhecidos estão a Liquidez Corrente, a Liquidez 
Seca e a Liquidez Geral. Cada um fornece informações diferentes 
sobre a situação da empresa. 
De maneira geral, define-se que QUANTO MAIOR a liquidez, 
MELHOR será a situação financeira da empresa. 
Devemos ter em mente, no entanto, que um alto índice de 
liquidez não representa, necessariamente, boa saúde financeira. O 
cumprimento das obrigações nas datas previstas depende de uma 
adequada administração dos prazos de recebimento e de pagamento. 
Assim, uma empresa que possui altos índices de liquidez, mas 
mantém mercadorias estocadas por períodos elevados, recebe com 
atraso suas vendas a prazo ou mantém duplicatas incobráveis na 
conta Clientes poderá ter problemas de liquidez, ou seja, poderá ter 
dificuldades para honrar seus compromissos nos vencimentos. 
 
 
Liquidez Instantânea 
 
 ACDISPON 
 PC 
 
 
Liquidez Corrente 
 
 AC 
 PC 
 
A liquidez corrente é um dos índices mais conhecidos e 
utilizados na análise de balanços. Indica quanto a empresa PODERÁ 
dispor em recursos de curto prazo (disponibilidades, clientes, 
estoques etc.) para pagar suas dívidas circulantes (fornecedores, 
empréstimos e financiamentos de curto prazo, contas a pagar etc.). 
A Exemplo S.A. apresenta uma liquidez corrente de 2,5 ($ 
5.000 / $2.000). Isto é, a empresa poderá dispor de $ 2,50 de AC 
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(bens e direitos de curto prazo) para cada $ 1,00 de PC (obrigações 
de curto prazo). 
 
Liquidez Seca 
 
 AC – Estoques 
 PC 
 
Este índice é uma medida mais rigorosa para avaliação da 
liquidez da empresa. Indica o quanto PODERÁ dispor de recursos 
circulantes, sem vender seus estoques, para fazer frente a suas 
obrigações de curto prazo. 
A Exemplo S.A. apresenta uma liquidez seca de 2($ 4.000 / 
$2.000). Mesmo sem vender seus estoques, ela poderá dispor de 
$2,00 para cada $l,00 de obrigação de curto prazo. Assim, não 
depende da venda de estoques para liquidar seus compromissos. 
Se a liquidez seca for igual ou maior que 1, pode-se dizer que 
a empresa não depende da venda de estoques para saldar seus 
compromissos de curto prazo. Por outro lado, quanto mais abaixo da 
unidade, maior será a dependência de vendas para honrar suas 
dívidas. 
Existem autores que propõem outras fórmulas para o cálculo 
da liquidez seca. Uns recomendam comparar somente 
disponibilidades e clientes com as obrigações de curto prazo. Outros 
usam excluir, além dos estoques, todas as contas que não 
representamentrada efetiva de recursos na empresa (despesas 
antecipadas, impostos a compensar, adiantamentos a funcionários, 
entre outros). Qalquer que seja a fórmula utilizada, o importante é 
que o analista tenha consciência dos valores envolvidos e da relação 
expressa pelo índice. 
 
 
Liquidez Geral 
 
 AC + ARLP 
 PC + PELP 
 
A LG é uma medida da capacidade de pagamento de todo o 
passivo exigível da empresa. O índice indica o quanto a empresa 
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PODERÁ dispor de recursos circulantes e de longo prazo para honrar 
todos os seus compromissos. 
A Exemplo S.A. apresenta uma Liquidez Geral de 1,2 [ ($5.000 
+ $ 1600) / ($2.000 + $3.500)], ou seja, para cada $l,00 de dívidas 
totais a empresa poderá dispor de $ 1,20 de recursos de curto e 
longo prazo. 
 
Índices de Estrutura Patrimonial 
 
Os índices de estrutura patrimonial avaliam a SEGURANÇA que 
a empresa oferece aos capitais alheios e revelam sua política de 
obtenção de recursos e de alocação dos mesmos nos diversos itens 
do Ativo. 
O Ativo de uma empresa é financiado pelos capitais próprios 
(PL) e por capitais de terceiros (obrigações). Quanto maior for a 
participação de capitais de terceiros nos negócios de uma empresa, 
maior será o risco a que eles (terceiros) estão expostos. 
Na análise de clientes do Banco são utilizados os seguintes 
índices: 
 
Relação entre as Fontes de 
Recursos 
RFR 
Endividamento Geral EG 
Composição das Exigibilidade CE 
Imobilização do Patrimônio 
Liquido 
IPL 
Passivo Oneroso sobre Ativo 
Total 
POSA 
 
Todos os índices acima são interpretados como: QUANTO MAIOR, 
PIOR. 
 
Relações entre as Fontes de Recursos (RFR) 
 
 
PC + PELP + REF 
 X 100 
 PL 
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Esse índice estabelece a relação percentual entre os recursos 
de terceiros (PC + PELP + REF) e os recursos próprios (PL) aplicados 
na empresa. 
Quando esse índice for igual a 100%, estará indicando que os 
capitais de terceiros são iguais aos capitais próprios; se o resultado 
for maior que 100%, indicará a predominância de capitais de 
terceiros e, quando o índice for menor que 100%, mostrará que os 
capitais próprios superam as obrigações com terceiros. 
Assim, pode-se concluir que, quanto MENOR for a RFR, mais 
capitalizada e, consequentemente, mais tranqüila é a situação da 
empresa. 
A análise desse indicador por diversos exercícios mostra a 
política de obtenção de recursos da empresa: está mantendo uma 
maior dependência de capitais de terceiros ou está utilizando 
predominantemente capitais próprios? 
A Exemplo S.A. apresenta uma RFR de 134% [ ($2.000 + 
$3.500) / $4100 x 100 ], ou seja, há predominância de capitais de 
terceiros na empresa. Para cada $100 de capital próprio (PL), a 
empresa possui $134 de capitais de terceiros. 
 
Endividamento Geral (EG) 
 
PC + PELP 
 X 100 
 ATIVO 
 
 
Este índice revela o grau de endividamento total da empresa. 
 
Expressa a proporção de recursos de terceiros financiando o 
Ativo e, complementarmente, a fração do Ativo que está sendo 
financiada pelos recursos próprios. 
O Resultado de Exercícios Futuros não representa exigibilidade 
na definição legal. Para o setor imobiliário, entretanto, por força da 
legislação fiscal, essa rubrica abriga valores expressivos, podendo 
encobrir parte significativa do endividamento da empresa. 
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Recomenda-se, para esses casos, reclassificação da rubrica 
para o passivo exigível a longo prazo. 
A análise desse indicador por diversos exercícios mostra a 
política obtenção de recursos da empresa. Isto é, se a empresa vem 
financiando o seu Ativo predominantemente com recursos próprios ou 
de terceiros e em que proporção. 
 
 
O endividamento de uma empresa pode apresentar as seguintes 
situações: 
 
 
 
 
ATIVO 
 
PC 
PELP 
 
 
PL 
 
 
 
 
ATIVO 
 
PC 
PELP 
 
 
PL 
 
 
 
ATIVO 
 
PC 
PELP 
 
 
PL 
 
 
EG < 50% 
 
O endividamento é 
Menor que o PL. 
Há predominância de 
Capitais próprios 
Investidos na 
empresa 
 EG = 50% 
 
O ativo é financiado 
em 
Igual proporção por 
Recursos de terceiros 
e 
Próprios. 
O PL é igual às 
Exigibilidades. 
 EG > 50% 
 
Há predominância de 
Capitais de terceiros 
Investidos na empresa. 
 
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ATIVO 
 
 
 
PASSIVO 
 
ATIVO 
 
 
PL negativo 
 
 
PASSIVO 
 
EG = 100% 
 
A empresa não tem PL. 
Todo o Ativo é financiado por 
recursos de terceiros 
 EG > 100% 
Passivo a descoberto. 
Insolvente. 
As obrigações perante terceiros 
superam o total de Ativo. 
 
 
 
Quanto menor for o endividamento, menor o risco que a 
empresa estará oferecendo aos capitais de terceiros. Entretanto, 
deve-se considerar que determinadas empresas convivem muito bem 
com endividamento relativamente elevado, principalmente quando o 
endividamento tiver um perfil de longo prazo, ou quando o Passivo de 
Curto Prazo não for oneroso, mas fruto de uma adequada 
administração de prazos de fornecedores. 
 
A Exemplo S.A. apresenta um EG de 57,29% [($2.000 + 
$3.500) / $9.600 x 100]. De onde se pode concluir: 
• A empresa deve, a curto e/ou longo prazo, o 
correspondente a 57,29% de seu Ativo; 
• Há predominância de capitais de terceiros na empresa; 
• Dos recursos investidos no Ativo, 57,29% provêm de 
terceiros (fornecedores, bancos etc.) e o restante (42,71%) são 
recursos próprios (Patrimônio Liquido). 
 
A análise da adequação deste índice para a empresa 
dependerá, entre outros aspectos, de comparações com os índices 
apresentados por outras empresas de mesmo setor econômico, da 
tendência demonstrada na análise de diversos exercícios, da 
composição do endividamento (curto ou longo prazo) e, ainda, do 
custo financeiro dessas dívidas. 
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Composição das Exigibilidades (CE) 
 
 PC 
 X 100 
 PC + PELP 
 
O índice de CE é uma medida da qualidade do passivo da 
empresa, em termos de prazos. Compara o montante de dívidas no 
curto prazo com o endividamento total. 
Admite-se que, quanto mais curto o vencimento das parcelas 
exigíveis, maior será o risco oferecido pela empresa. De outra forma, 
empresas com endividamento concentrado no longo prazo, 
principalmente decorrente de investimentos efetuados, oferecem uma 
situação mais tranqüila no curto prazo. 
A Exemplo S.A. apresenta uma CE = 36,36% [$2.000 / 
($2.000 + $3.500) x 100]. Ou seja, 36,36% do endividamento da 
empresa concentra-se no curto prazo. Ou, ainda, de cada $l00 de 
dívidas totais, $ 36 estão no Passivo Circulante. 
 
Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL) 
 
 AP 
 X 100 
 PL 
 
O índice exprime o quanto do Ativo Permanente da empresa é 
financiado pelo seu Patrimônio Líquido, evidenciando, dessa forma, a 
maior ou menor dependência de aporte de recursos de terceiros para 
manutenção de seus negócios. 
A correta administração dos recursos de uma empresa 
pressupõe um adequado "casamento" dos prazos das aplicações dos 
recursos com os prazos das fontes. Assim, convencionou-se dizer que 
o Ativo Permanente é financiado pelo Patrimônio Líquido (pois são 
recursos próprios que, também estão "permanentes" na empresa) ou 
por financiamentos de Longo Prazo. 
Em princípio, o ideal é que as empresas imobilizem a menor 
parte possível de seus recursos próprios.Assim, não ficarão na 
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dependência de capitais alheios para a movimentação normal de seus 
negócios. 
O analista deve atentar para os casos em que a empresa 
possui financiamentos de longo prazo para novos investimentos, 
como, por exemplo, expansão, relocalização ou modernização de seu 
parque. Nesses casos, o índice IPL poderá apresentar-se em níveis 
muito elevados. A política de obtenção de fontes de longo prazo, 
porém, revela decisão administrativa correta dos empresários. Tal 
fato deverá merecer comentários do analista para melhor subsidiar 
decisão de crédito. 
A Exemplo S.A. apresenta uma IPL de 73,17% [ $3.000 / 
$4.100 x 100]. Isto indica que a empresa está imobilizando 73,17% 
de seu Patrimônio Líquido. Sobram, portanto, 26,83% de recursos 
próprios para aplicação no Ativo Circulante/Longo Prazo da empresa. 
Admitindo-se que o índice de 73,17% seja elevado para esse 
tipo de empresa, deve-se observar, então, se os Financiamentos de 
Longo Prazo ($ 3.500) estão financiando o Permanente a um custo 
compatível com sua capacidade de gerar lucros. 
 
Passivo Oneroso sobre Ativo (POSA) 
 
 PCF + PELP 
 X 100 
 ATIVO 
 
 
Este índice mostra a participação das fontes onerosas de capital 
no financiamento dos investimentos totais da empresa, revelando sua 
dependência a instituições financeiras. Estamos supondo que todo 
exigível a longo prazo seja oneroso. Caso contrário, deverá ser feita a 
exclusão da parcela não-onerosa. 
Deve-se observar que, quanto maior for esse índice, maiores 
serão as despesas financeiras incorridas, influenciando o resultado do 
exercício. 
Exemplo S.A. apresentou um POSA de 41,66% [($500 + 
$3.500) / $9.600 x 100]. Isto representa que 41,66% do Ativo está 
sendo por recursos onerosos de terceiros. A principio, é um índice 
bastante elevado. Entretanto, deve-se ponderar o custo financeiro 
incidente sobre os $3.500 de financiamentos a longo prazo, bem 
como sua finalidade. É oportuno lembrar, também, que o analista 
sempre deve tomar um padrão como referência para análise. Esses 
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padrões são divulgados periodicamente através dos normativos das 
Instituições Financeiras. 
 
 
Índices de Rentabilidade 
 
A partir desse momento, passaremos a utilizar, para a nossa 
análise, não somente o Balanço Patrimonial, mas também a 
Demonstração de Resultado do Exercício (DRE). 
Os índices de rentabilidade têm por objetivo avaliar o 
desempenho final da empresa. A rentabilidade é o reflexo das 
políticas e das decisões adotadas pelos seus administradores, 
expressando objetivamente o nível de eficiência e o grau do êxito 
econômico-financeiro atingido. Todos os índices de Rentabilidade 
devem ser considerados: QUANTO MAIOR, MELHOR. 
Os principais índices de rentabilidade utilizados são: 
 
Rentabilidade do Patrimônio 
Líquido 
RPL 
Margem Operacional de Lucro MOL 
Margem Liquida de Lucro ML 
Rotação do Ativo RA 
Rentabilidade dos investimentos RI 
 
Rentabilidade do Patrimônio Líquido (RPL) 
 
 Lucro Líquido 
 X 100 
 Patrimônio Líquido 
 
A RPL mede a remuneração dos capitais próprios investidos na 
empresa, ou seja, quanto foi acrescentado em determinado período 
ao patrimônio dos sócios. Do ponto de vista de quem investe numa 
empresa, este deve ser o índice mais importante. 
A RPL permite, além de avaliar a remuneração do capital 
próprio, analisar se esse rendimento é compatível com outras 
alternativas de aplicação. Um investidor, por exemplo, avaliando a 
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RPL, poderá optar por uma aplicação no mercado financeiro em vez 
de aplicar numa empresa que está oferecendo baixa rentabilidade. 
Sempre que houver dados de dois demonstrativos 
consecutivos, deve-se utilizar a média do Patrimônio Líquido para 
comparar com o Lucro Líquido, de forma a melhor traduzir a 
rentabilidade do período, tendo em vista que o PL pode sofrer 
alterações durante o exercício, tais como: aumento de capital, 
distribuição de dividendos, saída de sócios etc. 
A empresa Exemplo S.A. apresentou uma RPL de 30,73% 
[($1.260/ $4.100) x 100]. Isto significa que os sócios obtiveram uma 
remuneração de 30,73%, no período, sobre o capital investido na 
empresa. 
 
Margem Operacional de Lucro (MOL) 
 
 Lucro Operacional Líquido 
 X 100 
 Receita Operacional Líquida 
 
A MOL é uma medida de lucratividade das vendas (lucro sobre 
as vendas). Esta no entanto, avalia o ganho operacional da empresa 
(resultado antes das receitas e despesas não operacionais) em 
relação a seu faturamento. A MOL representa a capacidade da 
empresa em gerar resultado com suas vendas. 
A Exemplo S.A. apresenta uma MOL de 17,02% [($2.230 / 
$l3.100) x 100]. Ou seja, a empresa obteve 17,02% de lucro 
operacional sobre seu faturamento. 
 
 
Margem Líquida de Lucro (ML) 
 
 Lucro Líquido 
 X 100 
 Receita Operacional Líquida 
 
A exemplo do índice anterior, margem líquida (ML) é uma 
medida da lucratividade obtida pela empresa. Este índice reflete o 
ganho líquido da empresa em cada unidade de venda. 
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A Exemplo S.A. apresentou uma ML de 9,62% [ ($l.260 / 
$l3.100) x 100]. Ou seja, a margem liquida sobre as vendas eqüivale 
a 9,62%. 
 
 
Rotação do Ativo (RA) 
 
 Receita Operacional Líquida 
 
 Ativo Total 
 
Embora não seja um índice essencialmente de rentabilidade, o 
estudo da rotação ou "giro" do Ativo constitui-se num aspecto 
importante para o entendimento da rentabilidade do investimento. 
Este índice indica quantas vezes girou, durante o período, o 
Ativo Total da empresa. Em outras palavras, comparando o 
faturamento do período com o investimento total, indica quantas 
vezes a empresa conseguiu "vender o seu Ativo". 
Sempre que houver dados de dois demonstrativos 
consecutivos deve-se utilizar a média do Ativo Total para comparar 
com as Vendas (ROL). 
A Exemplo S.A. apresentou uma RA de 1,36 ( $13.100 / 
$9.600 ). Ou seja, a empresa vendeu durante o período o equivalente 
a 1,36 vezes o valor de seu Ativo. 
 
 
Rentabilidade dos Investimentos (RI) 
 
 Lucro Operacional Líquido 
 X 100 
 Ativo Total 
 
Também conhecida como Taxa de Retorno dos Investimentos 
(TRI ) ou Poder de Ganho da Empresa (PGE). 
Esse índice reflete o quanto a empresa está obtendo de 
resultado em relação aos seus investimentos totais. 
A rentabilidade dos Investimentos pode ser estudada de 
diferentes formas. Aqui optamos por utilizar a fórmula acima por 
entendermos o que melhor representa o poder de ganho da empresa 
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aos vários exercícios, já que não inclui as receitas/despesas não 
operacionais (que são eventuais). 
Sempre que houver dados de dois demonstrativos 
consecutivos, deve-se utilizar o Ativo Total médio para comparar 
com o Lucro Operacional. 
Exemplo S.A. apresentou uma RI de 23,23% [($2.230 / 
$9.600] x 100] ou seja, o Lucro Operacional do exercício representa 
23,23% do total da empresa. 
Deve ser obtida, também, pela conjugação da MOL (Margem 
Operacional de Lucro) e da RA (Rotação do Ativo) que podem causar, 
separadamenteou em conjunto, variações na rentabilidade. 
Conjugando os dois indicadores, teremos: 
 
 
MOL 
 
 
X 
 
RA 
 
= 
 
RI 
 
 
 
 
17,02 % 
 
 
X 
 
1,36 
 
= 
 
23,15% 
 
 
Indicadores de Prazos Médios 
 
Os indicadores de Prazos Médios, também conhecidos como 
índices de atividade, indicam a dinâmica de algumas verbas do 
patrimônio, isto é, quantos dias elas levam para girar durante o 
exercício (Rotação). Não devem ser analisados individualmente, mas 
sempre em conjunto. 
A análise dos Prazos Médios constitui importante instrumento 
para se conhecer a política de compra e venda adotada pela empresa. 
A partir dela pode-se constatar a eficiência com que os recursos estão 
sendo administrados (Duplicatas a Receber, Estoques e 
Fornecedores). 
Todos os indicadores de prazos médios pressupõem que os 
valores utilizados como numerador (estoques, clientes e 
fornecedores) não sofrem grandes alterações durante o exercício. 
Assim, por exemplo, se a conta estoques apresenta o valor de 
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$300,00 no Balanço, pressupõe-se que a empresa mantém um 
estoque médio desse valor durante o exercício. 
Os prazos médios comumente utilizados são: 
 
Prazo Médio de Compras PMC 
Prazo Médio de Estoques PME 
Prazo Médio de 
Recebimentos 
PMR 
Ciclo 0peracional CO 
Ciclo Financeiro CF 
 
 
Prazo Médio de Compras (PMC) 
 
 Fornecedores 
 X 360 
 Montante de Compras 
 
 
O PMC exprime o prazo que a empresa vem obtendo de seus 
fornecedores para pagamento das compras de matérias-primas e/ ou 
mercadorias. 
Assim, podemos dizer que Prazo Médio de Compras é o 
número de dias que decorre, em média, entre a compra e o 
respectivo pagamento. 
Quanto maior for o PMC melhor será a situação da empresa, 
pois estará financiando o seu giro com recursos não onerosos. 
Sempre que houver dados de dois demonstrativos 
consecutivos, deve-se utilizar a média da conta Fornecedores para 
comparar com montante de compras (MC). Caso não fornecido o 
montante de compras, este valor poderá ser estimado da seguinte 
forma : 
 
IMC = CPV + Estoque Final - Estoque 
inicial 
 
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A Exemplo S.A. apresenta um PMC de 68 dias 
[($1.000/$5.300) x 360] = 67,92, ou seja, em média, a empresa 
está pagando seus fornecedores com 68 dias de prazo. 
 
Prazo Médio de Estoques (PME) 
 
 Estoques 
 X 360 
 Custo dos Produtos Vendidos 
 
Exprime o número de dias, em média, em que os estoques são 
renovados (ou vendidos). 
Assim, Prazo Médio de Estoques é o número de dias que 
decorre, em média, entre a compra e a venda ou, também, o número 
de dias, em média, em que os estoques ficam parados na empresa. 
Considera-se ideal que os estoques girem o mais rápido possível. 
Sempre que houver dados de dois demonstrativos 
consecutivos deve-se utilizar a média da conta Estoques para 
comparar com o Custo dos Produtos Vendidos. 
A Exemplo S.A. apresenta um PME de 63 dias [$1.000 / 
$5.700 x 360 = 63,15]. Isto é, a empresa, em média, mantém a 
mercadoria em estoque por 63 dias até a venda. 
 
Prazo Médio de Recebimentos (PMR) 
 
 Clientes 
 X 360 
 Receita Operacional Bruta 
 
Exprime o prazo médio de recebimentos das vendas totais da 
empresa, indicando o tempo decorrido entre a venda de seus 
produtos e o efetivo ingresso de recursos. O ideal é que o 
recebimento das vendas se efetue no menor prazo possível. 
Sempre que houver dados de dois demonstrativos 
consecutivos, deve-se utilizar a média da conta Clientes para 
comparar com as Vendas (Receita Operacional Bruta - ROB). 
Deve-se ter em mente, também, que no valor de Clientes 
deverão estar contidos os créditos de curto e longo prazo. No caso da 
Receita Operacional Bruta, deverão ser descontados os valores 
referentes às Devoluções ocorridas no período. 
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A Exemplo S.A. apresenta um PMR de 113 dias [(($3.500 + 
1600) / $16.200) x 360]= 113. Ou seja, a empresa vende para 
receber, em média, após 113 dias. 
 
 
Ciclo Operacional (CO) 
 
PME+PMR 
 
Indica o tempo decorrido entre o momento em que a empresa 
adquire as matérias-primas/mercadorias e o momento em que recebe 
o dinheiro relativo às vendas. 
 
Graficamente, assim pode ser representado: 
 
 
CICLO OPERACIONAL 
 
 
COMPRA VENDE RECEBE 
 
 
 PME = 63 dias + PMR = 113dias = 176 dias 
 
 
 0 30 60 90 120 150 180 
 dias 
 
 
 
 
Ciclo Financeiro (CF) 
 
 
PME + PMR - PMC ou CO – 
PMC 
 
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É o tempo decorrido entre o instante do pagamento aos 
fornecedores pelas mercadorias adquiridas e o recebimento pelas 
vendas efetuadas. É o período em que a empresa necessita ou não de 
financiamento complementar do seu ciclo operacional. 
 
 
 
 CICLO OPERACIONAL 176 
DIAS 
 
 
Compra Vende 
Recebe 
 
 
 PME = 63 d PMR = 113 d 
 
 
 
 PMC = 68 d Ciclo Financeiro = 108 d 
 
 
 
 
 Compra Paga 
 
 
A diferença entre Ciclo Operacional (PME + PMR) e o Prazo 
Médio de Compras (PMC) é o "Ciclo Financeiro" e corresponde ao 
período de tempo entre o pagamento ao fornecedor e o momento em 
que a empresa recebe do cliente o dinheiro das vendas. 
Para este período (Ciclo Financeiro), a empresa precisa 
conseguir financiamento complementar. Normalmente o Ciclo 
Financeiro é financiado: 
a) pelo capital próprio; 
b) por recursos de terceiros, onerosos. 
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A boa gestão empresarial revela-se muito pela competência na 
administração dos prazos médios, expressos finalmente através do 
Ciclo Financeiro. 
Exemplo S.A. apresentou um CF de 108 dias [PME (63) + PMR 
113 - PMC ( 68)]. Isto significa que a empresa paga seus 
fornecedores 68 dias após a compra e somente 108 dias após esse 
pagamento receberá o valor da venda a seus clientes. Para financiar 
seus clientes por 108 dias a empresa poderá, então, utilizar-se de 
recursos próprios ou recorrer a desconto de duplicatas ou outros 
empréstimos para capital de giro. 
 
Capital de Giro (CG) 
 
O capital de giro - ou capital em giro - de uma empresa 
corresponde aos valores aplicados em seu Ativo Circulante. 
A empresa compra mercadorias, estoca, vende e recebe. 
Repetindo esse ciclo permanentemente, ela mantém o giro dos 
negócios. 
Existem, no entanto, diversas utilizações para a terminologia 
do CDG, dependendo do autor e do conceito abordado. 
As Instituições Financeiras usam a expressão CDG para definir 
o Capital de Giro Líquido. Isto é, o Ativo Circulante (recursos 
aplicados no giro) deduzido do Passivo Circulante (fontes de recursos 
para o giro).

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