Buscar

Reflexos da formação da sociedade rural e os seus reflexos - Janinne S

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resumo: Reflexos da formação da sociedade rural e os seus reflexos 
 
O desenvolvimento econômico brasileiro esteve fortemente ligado, até a primeira 
metade do século XX, à estrutura econômica, cultural e política da Sociedade Rural que aqui 
se instalou desde a época colonial. Nesse sentido, essa sociedade originou-se da atividade 
açucareira que tinha como pilares o engenho, a casa-grande e a senzala. Assim, a grande 
propriedade açucareira transformou-se num verdadeiro mundo em miniatura em que se 
concentrava e resumia a vida toda de uma população. Com sua força econômica, social e 
política foi capaz de moldar a sociedade que aqui se formava, estruturada na escravidão, no 
atraso à industrialização e na resistência à modernização da agricultura (BARBOSA, 2011). 
Barbosa (2011) ainda salienta que o complexo açucareiro se estruturava na grande 
plantação de cana-de-açúcar e no engenho. No entanto, o engenho era o carro chefe que 
articulava a atividade econômica a começar pelo contexto fundiário, de modo a cumprir 
função econômica e política. Logo, o contexto socioeconômico em que se desenvolveu a 
plantation açucareira, no sistema colonial, anulava progressivamente o ímpeto/impulso 
capitalista do senhor-de-engenho instigado pela situação de conquista e animado durante a 
fase pioneira da colonização, o que ocorria com outros segmentos da sociedade colonial em 
formação. Em termos de sociedade, esse sistema, inicialmente patriarcal vai mudando 
paulatinamente para patrimonial, na medida em que a dinâmica da vida colonial se acelerava, 
e a metrópole lusitana seguia caminho inverso. Foi a partir daí que ocorreu a primeira 
estratificação social no Brasil e, consequentemente, observou-se uma heterogeneidade no 
âmbitos social marcado por uma hierarquização, já que a renda gerada era concentrada mãos 
dos senhores de engenho.. 
Com a decadência desse período, houve um aumento da pecuária, posteriormente a 
mineração, entre os séculos XVII e XVIII, deslocando o eixo econômico dos grandes centros 
açucareiros para a região Sudeste, onde São Paulo vai se tornar o grande centro econômico 
brasileiro. No aspecto político e econômico, a produção rural brasileira era considerada 
moderna, pois se inseria nos quadros do absolutismo e do capitalismo comercial. Porém, no 
aspecto social e das mentalidades era arcaizante, pois se baseava em estruturas ibéricas 
medievais, tendo em vista que o trabalho escravo impossibilitava o crescimento econômico 
(BARBOSA, 2011). 
Visto que, em 1929, acontece no cenário Mundial uma crise de superprodução que 
irá afetar a dinâmica de produção e desenvolvimento de vários países do mundo, inclusive 
o Brasil. Com a crise, o cenário internacional desaqueceu, então os principais destinos dos 
produtos brasileiros se fecharam as importações. E como o Brasil possuía uma base 
exportadora extremamente agrícola, teve dificuldades de exportar e, consequentemente, 
corroborando para o escoamento, e com isso, o Brasil entrou em crise. Como naquela época, 
o café era o principal produto produzido, foi o mais prejudicado (o preço cai, as sacas 
tiveram que ser queimadas e jogadas no mar). Essa crise mostrou como o Brasil era e ainda 
é dependente do comércio externo, ademais, tendo a prevalência de um único produto,o que 
tornava a economia debilitada em momentos de crise (BARBOSA, 2011). 
Concomitantemente a isso, fica evidente que era preciso diversificar a economia 
brasileira, de modo a diminuir a dependência com o comércio exterior. O ciclo do café 
deixou como herança uma infraestrutura básica para a implantação da atividade industrial. 
Portanto, os barões de café, detentores de uma enorme quantia de capital aplicado no Sul 
financeiro, de certo modo, sendo responsáveis por isso. Foi nesse período que ocorreu o 
início efetivo do processo da industrialização brasileira - ocorrendo mudanças na estrutura 
produtiva, abandonando-se a monocultura, ampliando-se a modernização do campo com a 
policultura, onde estabelece uma indústria (que crescia a passos largos através da política 
engendrada de substituição de importação). Os primeiros sinais de industrialização 
começaram a surgir, principalmente em São Paulo, depois nos estados do Rio Grande do Sul 
e Minas Gerais. 
Não se tem dúvida que foi a classe dos senhores-de-engenho e senhores-do-café 
que pelas condições econômicas e políticas delineou as condições socioeconômicas do 
desenvolvimento brasileiro na Colônia, Império e República Velha. Isto porque a economia 
canavieira e cafeeira, baseada no escravismo e no latifúndio, direcionada pelo Estado para 
atender às determinações do capital mercantil, criou restrições ao pequeno produtor e 
também ao pequeno engenho, não permitindo o estabelecimento de uma classe média de 
produtores. Formou-se uma sociedade com hierarquia social rígida, deixando as outras 
classes com poucas possibilidades de promoção social (BARBOSA, 2011). 
Muito contribuíram o engenho e a fazenda – de café e de gado – lugar preferencial 
da sociedade brasileira, funcionando como núcleo que além de concentrar a produção, 
tornava possível executar funções que demandavam outras atividades que configuravam a 
sociedade rural, visto que através deles realizava-se, ao mesmo tempo a inclusão e a exclusão 
dos indivíduos. Também contribuiu a proibição de criar indústria na colônia que restringia 
tanto a capacidade empreendedora como a organização de quadros sociais diferenciados do 
mundo rural. Mesmo depois de revogada essa situação, a indústria não pode se expandir, 
tolhida pela falta de mercado e pelo transporte caro. A produção manufatureira em pequena 
escala sofria com a concorrência inglesa, com seus produtos cada vez mais baratos. 
Diante do auge da industrialização nas décadas de 60 e 70, ocorre os primeiros 
sinais do processo de modernização agrícola. Esse projeto tinha intenção de modernizar a 
agricultura, aumentando e diversificando a sua produção, pela introdução e disseminação de 
tecnologia de “ponta”. Além disso, o seu objetivo era expandir e ocupar os espaços ainda 
não integrados ao mercado internacional, por meio da criação de incentivos fiscais, em favor 
do grande empreendimento agropecuário capitalista (mostrando mais uma vez que a 
intenção das matérias primas produzidas no Brasil era voltado para exportação); e ampliar a 
concessão de créditos subsidiados, direcionados para a grande monocultura de alto valor 
comercial destinada à exportação (logo, acabando nas mãos dos grandes produtores, que 
destinara esses recursos para a compra de máquinas e insumos agrícolas) (BARBOSA, 
2011). 
Nesse sentido, juntamente com Revolução Verde, ocorrem as transformações na 
estrutura e organização dos mercados agrícolas. Nesse período era inquestionável a primazia 
das atividades agropecuárias sobre o conjunto da economia brasileira, que por sua vez, era 
compreendido não só o domínio econômico, como social, político e cultural. A 
Modernização Agrícola manteve a tradicional concentração fundiária, preservando a 
hegemonia do poder dominador e explorador das oligarquias rurais. Ademais, nesse período 
permeavam tanto consequências ambientais quanto na saúde dos trabalhadores rurais e os 
consumidores, pelo uso massivo de agroquímicos. Ainda nesse viés, hoje, os trabalhadores 
rurais que tiveram grande influência desses contextos socioculturais, vivem à margem da 
sociedade, são tidos como provedores da necessidade urbana, e mesmo assim, ainda são 
precárias as políticas públicas que abarcam a inserção social (BARBOSA, 2011). 
Em 1964, em decorrências dos acontecimento supracitados, houve um movimento 
para promover uma Reforma Agrária, que tinha como princípio distribuir terras à população 
de baixa renda, já que quem detinha dessas terras eram os senhores. A consequência disso, 
é o êxodo rural em direção às grandes cidades, assim, deteriorando a qualidade de vida de 
imensas parcelas da população,tanto rural quanto urbana, devido ao inchaço populacional 
(BARBOSA, 2011). 
E é por conta disso, que o Nordeste brasileiro é tido como atrasado, não-
desenvolvido, quando comparado ao Sudeste, principalmente o Estado de São Paulo, já que 
as estratégias de desenvolvimento foram voltadas para essas regiões, onde detém a maior 
parte das indústrias, assim, tendo uma economia que circula. É por isso, que a maioria das 
pessoas saem das suas respectivas origens para morar em São Paulo, em busca de uma 
melhora de vida. E esses estereótipos são enraizados até hoje, e a todo tempo é reforçado 
pelo governo, explicando os paradigmas e as dicotomias rural-urbano (FERRAZ; 
OLIVEIRA; PINHEIRO; 2015), mostrando as condições precárias que vão desde as 
condições básicas, como saneamento básico, água, luz, educação até a falta de investimentos 
e incentivos para agricultura familiar. Por fim, é necessário desconstruir esses pensamentos, 
a começar pela legislação, que devem elaborar políticas que visam a equidade entre campo 
e cidade. 
 
QUESTÃO 2. 
 
O Desenvolvimento rural e seus limites no Brasil, tornam de fato muito mais 
complexos, atrelado a sua implementação, já que estão ligados não apenas à sua 
racionalidade intrínseca, mas também do ponto de vista operacional. Além disso, não são 
cada vez mais determinantes os limites operados por uma nova ordem internacional que vêm 
sendo materializada nos anos recentes (NAVARRO, 2001). 
O primeiro desses limites reside exatamente na extrema heterogeneidade das 
atividades agrícolas e rurais no Brasil. Existem, entretanto, diversas “questões regionais” 
que, enfocadas corretamente a partir de suas especificidades, poderiam gerar um padrão 
interdependente, cumulativo e virtuoso animando o desenvolvimento rural no país 
(NAVARRO, 2001). 
As mudanças possíveis, seriam as possibilidades de enraizar um regime político 
radicalmente democrático, e de reduzir ou socialmente controlar a lógica excludente do 
sistema econômico, tornada ainda mais aguda pelas características do desenvolvimento 
recente, inclusive as monumentais restrições de tantas ordens. Esta “aliança pelo 
desenvolvimento rural”, se o objetivo for de fato garantir um processo de mudanças que seja 
nacional, efetivamente democratizante, e reduza gradativamente as desigualdades sociais e 
econômicas – respeitada a heterogeneidade já citada e, por tanto, os ritmos e a natureza 
diferenciada do processo nas regiões –, não pode ser restritiva do ponto de vista de seus 
participantes (NAVARRO, 2001). 
Rejuvenescer, por tanto, a capacidade produtiva dos solos brasileiros sob nova 
orientação ambiental requer uma diretriz que seja primeiramente fundada em aprimorados 
sistemas de manejos de recursos naturais. Outro foco igualmente primordial com relação às 
perspectivas do passado refere-se aos fenômenos de democratização dos municípios 
(NAVARRO, 2011). 
Ainda dentro de um quadro mais geral de vetores fundantes na elaboração de uma 
estratégia de desenvolvimento rural no Brasil, Navarro 2011, salienta-se que nenhum dos 
diagnósticos e conjuntos de propostas e estudos já submetidos a análise ao público parece 
ser suficiente para oferecer instrumentos analíticos adequados à reconstrução do mundo 
rural e suas potencialidades sociais e produtivas, considerados os desafios e impasses 
existentes. 
A importância do desenvolvimento rural, associado ao conjunto de ações do Estado 
e dos organismos internacionais destinadas à intervenções nas regiões rurais pobres que não 
conseguiam se integrar ao processo de modernização agrícola via substituição de fatores de 
produção considerados atrasados (NAVARRO, 2001). 
Iniciado nos anos 50, esses estudos (entre outros, insista-se) têm em comum o fato 
de buscar na evolução dos determinantes macroestruturais, especialmente na dinâmica do 
capitalismo agrário do passado, a interpretação do presente e, também, uma indicação das 
possibilidades do futuro, sob um enfoque histórico, englobando os determinantes sociais, 
políticos e econômico-estruturais de um determinado período (NAVARRO, 2001). 
O conceito de desenvolvimento rural, fundamenta-se em quatro elementos 
principais: sendo o primeiro elemento, ter a noção a de crescimento econômico -que tenta 
romper com o "atraso" da agricultura tradicional, introduzindo os valores econômicos 
modernos; o segundo, é ter a noção de abertura técnica, econômica e cultural, com a 
prevalência da heteronomia sobre a autonomia dos agricultores em relação aos agentes 
econômicos com os quais passam a se relacionar; o terceiro, é ter a noção de especialização 
da produção agrícola, simplificando os sistemas de produção e ao mesmo tempo adequando-
os às modernas técnicas de produção; e o último, é a valorização de um novo tipo de 
agricultor, "moderno", empresarial, individualista e voltado à competição por mercados 
consumidores (FERRAZ, OLIVEIRA e PINHEIRO, 2015) 
Navarro (2001) afirma que a transformação social e econômica – e a melhoria do 
bem-estar das populações rurais mais pobres – foi entendida como o resultado “natural” do 
processo de mudança produtiva na agricultura. Vale ressaltar que, na órbita socialista, as 
propostas não eram em sua essência diferentes no tocante aos formatos tecnológicos. Assim, 
este primeiro período, por tanto, esgotou-se no final dos anos 70, em decorrência dos 
insatisfatórios resultados das propostas de desenvolvimento rural implementadas em 
diferentes países, particularmente com relação à redução da pobreza rural, que pouco se 
modificou. 
Paralelo a isso, Navarro (2011), afirma que foram abordadas diferentes definições 
do que se pensa quando se refere a palavra “rural”. Dessa forma, do ponto de vista 
sociológico, de Wanderley (2000) existem dois lados, ou seja, por um lado, quando se fala 
em “rural”, aponta-se para uma relação específica dos habitantes do campo para com a 
natureza; já por outro, para as relações sociais existentes nesse espaço. 
Já para (TERLUIN, 2000 apud NAVARRO, 2001), a definição de rural é como 
uma unidade territorial com uma ou mais pequenas ou médias cidades circundadas por 
grandes áreas de espaço aberto, com uma economia regional compreendendo atividades 
agrícolas. Perpassando por Abramovay, onde defende que ruralidade é um conceito de 
natureza territorial e não-setorial sendo caracterizado na literatura internacional através de 
três aspectos básicos: relação com a natureza, a importância das áreas não densamente 
povoadas e a dependência do sistema urbano (KAGEYAMA, 2004; MARQUES, 2002 apud 
NAVARRO, 2001). E, chegando ao conceito de rural por (Veiga, 2001 apud NAVARRO, 
2001), afirma e crítica, que o mesmo não pode ser identificado exclusivamente com aquela 
área que está fora do perímetro urbano dos municípios brasileiros, muito menos com as 
atividades exclusivamente agropecuárias ou até mesmo como um setor (que os programas 
governamentais insistem em propor e executar). 
Entrando sob a perspectiva da agricultura familiar, fez emergir o surgimento e 
organização de movimentos sociais de segmentos excluídos ou marginalizados que têm 
buscado reivindicar e demonstrar a importância do seu papel tanto na formação da sociedade 
como na geração de riquezas. Esses movimentos se voltaram para a valorização de camadas 
da população rural e de regiões menos favorecidas que não foram tocadas pela ação 
homogênea da Revolução Verde, nem pelas forças da globalização (MALYSZ; CHIES, 
2012 apud FERRAZ, OLIVEIRA, e PINHEIRO, 2015). 
Os autores Carneiro e Maluf (2003), destacam na delimitação conceitual do que é 
agricultura familiar: a primeira, considera a agricultura familiar como um setor econômico 
ou uma forma de produção que se insere nas regras gerais de funcionamento do mercado, 
tal qual se apresentam nas sociedades modernas capitalistas. Já a segunda, considera a 
agricultura familiar brasileira como um conceito em evolução, com significativas raízeshistóricas, originada no conceito de campesinato, onde as transformações vivenciadas pelo 
agricultor familiar atual não representam ruptura com as formas anteriores, mas uma 
adaptação às novas exigências da sociedade (ALTAFIN, 2009 apud FERRAZ, OLIVEIRA, 
e PINHEIRO, 2015). 
Portanto, FERRAZ, OLIVEIRA, e PINHEIRO (2015), afirma que o ponto chave 
dessa questão é com a visão de Carneiro e Maluf (2003), onde atentam ao fato de que a 
família é o centro do universo pesquisado, uma vez que ao mesmo tempo em que é a 
proprietária dos meios de produção, assume o trabalho no estabelecimento. Contudo, a 
agricultura familiar também tem sido compreendida como uma realidade complexa e 
multifacetada, o que reforça e legitima a agricultura familiar enquanto instrumento de 
desenvolvimento. 
Por fim, é necessário entender as diferentes visões acerca do mesmo tema, relatando 
as dicotomias existente entre o rural-urbano. Para com isso, além de ressignificar, permitir 
ter a noção da multifuncionalidade da agricultura familiar, analisando a interação entre 
famílias rurais e territórios na dinâmica de reprodução social, considerando os modos de 
vida das famílias na sua integridade e não apenas seus componentes econômicos. Além 
disso, somente assim, revalorizando o mundo rural como uma das opções da sociedade, que 
o desenvolvimento rural irá se concretizar de forma efetiva, é que não veja o produtor rural 
apenas como um produto econômico. (Ferraz, Oliveira e Pinheiro, 2015). 
 
 
REFERÊNCIAS DAS QUESTÕES: 
 
BARBOSA, Francisco. FORMAÇÃO DA SOCIEDADE RURAL E SEUS REFLEXOS NO 
DESENVOLVIMENTO DO BRASIL. Instituto de Pesquisa Aplicada em 
Desenvolvimento Econômico Sustentável, Ipades., p.1-18, 2011. 
 
NAVARRO, Zander. Desenvolvimento Rural no Brasil: os limites do passado e os caminhos 
do futuro. Estudos Avançados, Rio Grande do Sul, v. 43, p.83-100, 2001. 
 
OLIVEIRA, Kaiza; PINHEIRO, Lessi; FERRAZ, Marcelo. O DESENVOLVIMENTO 
RURAL E A AGRICULTURA FAMILIAR NO BRASIL. Contribuciones A Las Ciencias 
Sociales: eumed.net, Salvador, p.1-23, mar. 2015.

Continue navegando