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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI – UAM CURSO DE PSICOLOGIA
 JULIA CHRISTIE ALVES OLIANI SILVA
 RA:21565848
 O HOMEM QUE CONFUNDIU SUA MULHER COM UM CHAPÉU
Trabalho apresentado para a disciplina de Bases da Avaliação Psicológica pelo Curso de Psicologia da Universidade Anhembi Morumbi, ministrada pela professora Valtenice.
 Campus Vila Olimpia
 2021
Primeira consulta do paciente ao Dr. Sacks 
Demanda:
 1) Quem encaminha o paciente para o Dr. Sacks? 
O oftalmologista.
2) Qual alteração se observava no Dr. P.? 
Que ele apresentava dificuldades em reconhecer/discernir objetos e também pessoas através do sentido da visão, como por exemplo, seus alunos e familiares. 
3) Existe a demanda do Dr. P. de ser avaliado? 
Sim.
Observações:
 4) O que Dr. Sacks observou para, logo de início, descartar o diagnóstico de demência? 
O neurologista descartou a demência pois o Dr. P. era uma pessoa culta, falava bem, com fluência, simpatia e humor.
5) O que Dr. Sacks observa a respeito da percepção do Dr. P., detectando “algo estranho”?
Observou que o Dr. P. não reconhecia as faces, mas conseguia reconhecer vozes e por associação (ex: o rosto quadrado do seu irmão).
 6) Quais auto-observações do Dr. Sacks, a partir de seus estados emocionais, propiciaram sua percepção do Dr. P.?
Em um primeiro momento, Dr. Sacks não identificou qual seria o problema do Dr. P. e sim qual não seria. Sabia-se que não era demência pelo intelecto de Dr. P., porém estava claro que havia um problema com a sua visão e seu comportamento. Suas primeiras observações foram: a não fixação dos olhos no rosto como um todo, aparentemente, Dr. P. observava cada detalhe separadamente, e em segundo foi a anormalidade dos reflexos. 
 Testes:
 7) O que Dr. Sacks buscava investigar quando pediu que Dr. P. descrevesse fotografias de uma revista? 
Ele buscava uma cognição visual, como ele observava e construía sua percepção e o que concluía estar observando.
Conclusão: 
8) Quais forças e dificuldades do paciente foram avaliadas pelo Dr. Sacks, quais dúvidas permaneceram e como ele se propôs a continuar a investigação? Visita à casa do Dr. P.
Uma característica positiva do Dr. P. era a capacidade de produzir várias hipóteses através da imaginação, enquanto observava e descrevia as fotografias e objetos. O paciente tinha dificuldade em captar as imagens como um todo, sejam objetos, detectando apenas traços marcantes como cor e brilho, sejam pessoas, de forma a captar determinadas partes do corpo. O Dr. Sacks tinha dúvidas a respeito de algumas estruturas neurológicas do Dr. P. estarem normais, enquanto outras pareciam estar alteradas, pois apesar do paciente não conseguir identificar objetos simples a sua frente, o mesmo continuava lecionando na universidade. O médico propôs continuar a investigação na casa do paciente.
 Avaliação:
 1) Quais funções psicológicas foram investigadas pelo Dr. Sacks e através de que meios (que testes)?
Foi feito alguns testes de percepção, como poliedros regulares. Teste de memória através de fotografias de familiares e alunos. Ele não tinha problemas de visão, estava sendo investigado o lobo parietal occipital do cérebro.
 2) Como vocês avaliam as seguintes funções do Dr. P.: 
a) Percepção: visual, auditiva e tátil?
O Dr. P. possuía problemas com a interpretação visual de rostos e cenários, sobretudo com imagens e objetos, de visualização interna ou externa, que estivessem localizados à sua esquerda. Sua percepção tátil permanecia a mesma de sempre, sem demonstração de comprometimento. Já a percepção auditiva, aprimorada ao longo dos anos devida sua vocação para a música, apresentava-se excepcional, sem prejuízos relacionados ao avanço da doença.
 b) Atenção geral e, em particular, atenção a estímulos visuais?
O Dr. P. tinha dificuldades de focar em coisas senão em detalhes específicos, observando pessoas, objetos e cenários de forma fragmentada, como se fossem esquemas ou um conjunto de partes que não formam um todo.
 c) Memória geral e memória específica: visual e verbal?
O paciente possuía uma boa memória de forma geral, sendo capaz de lembrar detalhes de narrativos de uma obra literária, mas quando se trata da memória visual percebemos que ela estava altamente prejudicada (salvo a visualização de esquemas) não conseguia visualizar rostos e cenas e ao assistir um filme não conseguia lembrar do drama visual que lhe era exposto e em relação memória verbal não possuía déficit perceptível.
 d) Linguagem (compreensão e expressão, leitura de partitura musical)? 
A linguagem do paciente foi desenvolvida de forma que conseguisse se expressar pela audição, olfato e até mesmo tato, tendo a audição como seu principal meio de comunicação (como por exemplo o fato de cantarolar suas ações), o olfato que lhe permitia identificar objetos (como na hora que reconheceu a flor) , também se utilizava do tato (através das suas pinturas). O paciente passou por um processo de adaptação da linguagem quando não conseguia mais ler as partituras das músicas, mesmo que conseguisse reconhece-las através da audição.
e) Inteligência?
As funções cognitivas, notadamente a inteligência do Dr. P. continuam com ele, sem maiores prejuízos correlatos à sua condição. Apesar de ter sido obrigado, ao longo do tempo, a modificar as formas de expressa-la, ele continuou lecionando aulas mesmo com suas limitações e conseguia se exibir num jogo de xadrez.
 f) Adaptação ao ambiente doméstico, de trabalho e social?
O paciente desenvolveu uma forma de manter o foco nas atividades através da música, cantarolando a todo momento as atividades que está desempenhando. Mesmo com os sintomas e essa estratégia peculiar, Dr. P conseguia manter uma vida social ativa, quase sem prejuízo algum, graças a seu notável poder de adaptação o que foi crucial para que mantivesse uma vida comum.
 g) Aspectos afetivos emocionais (com a esposa)? 
Com relação aos afetos do paciente, podemos destacar a esposa do Dr. P., que estava sempre presente, demonstrando compreender como ele funcionava e ajudando-o sempre que podia. Ela estava habituada as suas canções e formas de reconhecer (ou não) objetos, havia uma reciprocidade emocional e com isso, uma boa convivência.
Encaminhamento:
 3) Que orientação vocês dariam ao caso?
O caso clínico do Dr. P. tem características muito peculiares, uma vez que o flagrante comprometimento neurológico não foi capaz de afetar a percepção do paciente sobre si mesmo, que não demonstrava experenciar sofrimento diante de sua condição. Pelo contrário, o paciente foi capaz de reorganizar-se de modo a manter uma vida dinâmica e funcional, mesmo com os sintomas. No entanto, a orientação seria o acompanhamento psicológico para ele e sua mulher, uma vez que é parte afetada da situação, como também acompanhamento com um neurologista e, talvez, avaliação de um oncologista, a fim de compreender a natureza da disfunção neurológica. 
O paciente, com sua admirável capacidade de adaptação, conseguiu da melhor forma que pôde lidar com seu problema, mas com as ajudas citadas, podemos imaginar o quanto mais ele poderia ter melhorado sua qualidade de vida ou até mesmo tê-la prolongado.

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