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REPOSIÇÃO HORMONAL E FISIOTERAPIA NO CLIMATÉRIO O QUE É CLIMATÉRIO? Muito confundido com menopausa, climatério é o termo médico utilizado para designar o período de transição da mulher, que sai de sua fase fértil até chegar em sua última menstruação. É a essa última menstruação que se dá o nome de menopausa. O climatério pode ser uma fase muito delicada para várias mulheres, devido à flutuação de hormônios que acontece nessa época da vida, no climatério há uma diminuição das funções ovarianas, fazendo com que os ciclos menstruais se tornem irregulares, até cessarem por completo. Fonte: Veja Saúde Entre os principais sinais de que uma mulher passa pelo climatério, podemos destacar: ❖ Irregularidades no ciclo menstrual, que podem se tornar mais longos do que o normal ou intermitentes; ❖ Ondas de calor ❖ Sudorese excessiva ❖ Perda ou diminuição da libido ❖ Desconforto nas relações sexuais ❖ Diminuição da umidade da mucosa vaginal SINAIS DO CLIMATÉRIO Fonte: Blog ALQ Segundo a OMS o climatério está compreendido entre o final da fase reprodutora até a fase senil da mulher, este período varia dos 40 aos 65 anos, em que ocorre a menopausa, sendo considerada definitiva após 12 meses de amenorreia. Menopausa precoce: Amenorreia ocorre antes dos 40 anos. Menopausa tardia: Amenorreia ocorre após os 55 anos. Características: Diminuição da fertilidade; diminuição progressiva da produção de estradiol pelo ovário; maior produção de androgênios e sua conversão periférica em estrogênio. A diminuição dos folículos ovarianos leva ao declínio progressivo dos estrógenos e da inibina. Por mecanismo de retroação, observa-se elevação progressiva das gonadotrofinas FSH e LH, na tentativa de manter a foliculogênese. Estas, atuando sobre o estroma do ovário, induzem a maior produção de androgênios (testosterona e androstenediona). Esses androgênios, juntamente com os produzidos pelas adrenais nos tecidos periféricos, através da aromatase são convertidos em estrona, principal hormônio da mulher no climatério. FISIOLOGIA DO CLIMATÉRIO FISIOLOGIA DO CLIMATÉRIO Fonte: Dreamstime. FISIOLOGIA DO CLIMATÉRIO Fonte: UNIRIO FISIOLOGIA DO CLIMATÉRIO Fonte: Menopause Vaginal Effects Photograph by Gunilla Elam/science Photo Library REPOSIÇÃO HORMONAL A Terapia Hormonal (TRH) deu início na Alemanha, por volta de 1937 e se propagou nos EUA em 1950. O objetivo dessa reposição é melhorar a qualidade de vida das mulheres na menopausa. Além de precaver e tratar os sintomas, ela ainda promove benefícios adicionais, prevenindo a doença de Alzheimer, déficits cognitivos e alterações de humor. Na menopausa, os estrogênios começam a ser produzidos em menor quantidade, por este motivo aparecem sintomas na mulher como: cefaleia, ondas de calor , sudorese noturna, palpitações, fadiga, perda de libido, depressão, entre outros, sendo a estrogenoterapia o tratamento mais eficaz para melhorar a qualidade de vida e sintomatologia vasomotora e atrofia urogenital O QUE É REPOSIÇÃO HORMONAL? Fonte: Endomulher O QUE É REPOSIÇÃO HORMONAL? A terapia de reposição hormonal ou terapia de substituição hormonal é a administração de hormônios para vários fins terapêuticos. Reposição hormonal pode ser entendida como uma terapia para evitar a queda hormonal no homem e na mulher. Esse tratamento não é capaz de interromper o processo da menopausa e da andropausa, é uma forma de aliviar os sintomas desses processos naturais. Fonte: UOL VivaBem COMO É REALIZADA A REPOSIÇÃO HORMONAL Os hormônios utilizados são o estradiol e o progestógeno. A reposição é feita por vias de administração: Oral;Transdérmica (aplicação na pele, como um adesivo, para ser absorvida pela circulação); Vaginal • Quando administrados por via não oral, impedem o metabolismo de primeira passagem pelo fígado causando um menor potencial para estímulo das proteínas hepáticas, fatores de coagulação e perfil metabólico neutro, o que pode ser mais favorável em termos de risco cardiovascular e fenômenos tromboembólicos. • O risco de tromboembolismo venoso é menor quando é usado o estradiol por via transdérmica comparado com o estradiol por via oral. • Na administração por via oral irá acarretar um maior impacto na redução dos níveis do colesterol LDL, o que é uma vantagem na mulher com colesterol alto. • Na administração via vaginal a combinação do uso não oral do estradiol combinado ao progestágeno intrauterino pode melhorar a aderência e minimizar os riscos da reposição hormonal. • Uso da via de administração vaginal é preferencial no tratamento isolado das queixas genitais (ex: atrofia da mucosa da vagina) POR QUANTO TEMPO É REALIZADA A REPOSIÇÃO HORMONAL? A reposição pode ser iniciada precocemente na perimenopausa entre 50 á 59 anos, pois 10 anos sem estrógeno endógeno, pode ser prejudicial. A decisão de manter e parar a reposição deve ser feita com base nas pacientes sempre vendo os sintomas e monitorando essa mulher e deve ser mantida enquanto os benefícios forem superiores aos riscos sempre sob supervisão médica. FISIOTERAPIA NO CLIMATÉRIO O objetivo da fisioterapia para promover a melhora da qualidade de vida na fase do climatério, é atuando na prevenção e tratamento de agravos como: Incontinência urinaria, osteoporose etc. Melhorar o condicionamento cardiorrespiratório, força muscular, flexibilidade, marcha, equilíbrio e postura (PERSEGUIM, 2011, p. 2). BENEFÍCIOS E OBJETIVOS DA FISIOTERAPIA NO CLIMATÉRIO ESCALA CERVANTES DE QV QUESTIONÁRIO DE SAUDE DA MULHER (WHQ) FISIOTERAPIA NO CLIMATÉRIO Fonte:Revista Pilates Fonte:Fisio Studio Fonte: Deposit Photos Fonte:Diario da Carol (Bolg) TRATAMENTO PARA DISFUNÇÕES SEXUAIS E IU TRATAMENTO PARA A OSTEOPOROSE PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA Estudos explicam que a prática de atividade física estimula a produção de β-endorfinas e essa pode ser uma das razões para a redução dos sintomas vasomotores, pois as β-endorfinas são neurotransmissores que conferem ao organismo sensação de relaxamento e bem-estar. Os sintomas vasomotores são explicados pelo desequilíbrio do sistema termorregulador hipotalâmico causado pelo hipoestrogenismo. Essa baixa de estrogênio reduz o limite de tolerância de elevação da temperatura, desencadeia reações de vasodilatação e de sudorese para perda de calor e redução da temperatura corporal, apresentando os fogachos e os suores noturnos REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Alves, Estela Rodrigues Paiva et al. Climacteric: intensity of symptoms and sexual performance 1 1 Excerpt from the dissertation - O padrão de desempenho sexual e a intensidade da síndrome do climatério em um grupo de mulheres que realizam atividade física , submitted to the Nursing Graduate Associate Program (PPGEnf) of the Universidade de Pernambuco (UPE) and the Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) in 2012 . Texto & Contexto - Enfermagem [online]. 2015, v. 24, n. 1 [Acessado 26 Outubro 2021] , pp. 64-71. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0104-07072015000590014>. ISSN 1980-265X. https://doi.org/10.1590/0104 -07072015000590014. BEZERRA, T. A. .; LIMA, E. C. de S.; ARAÚJO, A. L.; ROSÁRIO, K. D. do . 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Disponivel em: https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://bases.bireme.br/cgi- bin/wxislind.exe/iah/online/%3FIsisScript%3Diah/iah.xis%26src%3Dgoogle%26base%3DLILACS%26lang%3Dp%26nextAction%3Dl nk%26exprSearch%3D323224%26indexSearch%3DID&ved=2ahUKEwiuxZGK5Zz0AhVIrJUCHUdaDkUQFnoECA4QAQ&usg=AOvVa w1spiW3CBW_eT6lSEKh8oK6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS https://doi.org/10.1016/j.rbr.2014.08.019 https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://lume.ufrgs.br/handle/10183/173443&ved=2ahUKEwjIy9_G5Jz0AhXgKLkGHbOIDm4QFnoECAsQAQ&usg=AOvVaw20OIGthKHVOoUN9DG4Bk-x
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