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Alcoolismo: Problema e Consequências

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. 
 
 
INTRODUÇÃO 
Sabe-se que o alcoolismo é um pro-
blema que afeta amplamente a comu-
nidade. E o que podemos definir como 
alcoolismo? 
Alcoolismo é a dependência do indivíduo 
ao álcool, considerada doença pela Orga-
nização Mundial da Saúde. O uso cons-
tante, descontrolado e progressivo de 
bebidas alcoólicas pode comprometer 
seriamente o bom funcionamento do 
organismo, levando a consequências ir-
reversíveis. 
 
POLÍTICA NACIONAL SOBRE O ÁLCOOL 
Decreto nº 6.117 de 22 de maio de 2007 
A Política Nacional sobre o Álcool contém 
princípios fundamentais à sustentação 
de estratégias para o enfrentamento 
coletivo dos problemas relacionados ao 
consumo de álcool, contemplando: 
A intersetorialidade e a integralidade de 
ações para a redução dos danos sociais, 
à saúde e à vida causados pelo consumo 
desta substância; 
As situações de violência e criminalidade 
associadas ao uso prejudicial de bebidas 
alcoólicas na população brasileira. 
CELEBRAÇÕES 
Nas sociedades contemporâneas, o con-
sumo de álcool faz parte da cultura. Os 
encontros com a família e com os ami-
gos, datas festivas e marcos importan-
tes da vida – como a conquista de um 
diploma ou uma promoção no/ 
 trabalho – são frequentemente cele-
brados com bebidas alcoólicas. 
TEORIAS SOBRE O ALCOOLISMO 
Foram levantadas as diferentes teorias 
que estudam o alcoolismo para se che-
gar a uma compreensão clara do pro-
blema, o que abriu espaço para a cons-
trução da visão deste trabalho do uso 
do álcool como um hábito adquirido. 
Partindo das primeiras teorias que de-
finem o alcoolismo como uma anormali-
dade física pré-existente, passando 
pelas teorias que o definem a partir de 
patologias mentais ou psicopatologias 
prévias, checando as teorias que o defi-
nem como uma adição adquirida ou de-
pendência química e, finalmente, anali-
sando a questão sobre um prisma com-
portamental, o trabalho analisou como 
se construiu a compreensão atual do 
alcoolismo. Em cada teoria foram che-
cados os seus pontos favoráveis e ne-
gativos, permitindo uma análise crítica 
que levasse a uma abordagem terapêu-
tica adequada à realidade e que permi-
tisse um enfrentamento consistente a 
realidade da nossa comunidade. 
CONSUMO X DANOS 
• O álcool é consumido por cerca de 
43% (OMS,2018) da população mun-
dial com 15 anos ou mais 
• Ocasiona mais de 3 milhões de mor-
tes por ano em todo o mundo 
• No Brasil, cerca de 40 mil mortes 
por acidentes de trânsito e 60 mil 
homicídios ocorrem, por ano, como 
resultado do consumo de álcool. 
 
(Alcoolismo-
([)
()) 
O QUE É BEBIDA ALCOÓLICA? 
É considerada bebida alcoólica aquela que 
contiver 0.5 grau Gay-Lussac ou mais 
de concentração, incluindo-se aí bebidas 
destiladas, fermentadas e outras pre-
parações, como a mistura de refrige-
rantes e destilados. 
 
O QUE É SER DEPENDENTE DE ÁLCOOL? 
A pessoa sente o forte desejo de be-
ber, tem dificuldade de controlar o con-
sumo, ou seja, começa a beber e não 
consegue mais parar. 
Continua a usar mesmo percebendo as 
consequências negativas para sua vida 
dá maior prioridade a consumir álcool a 
continuar com suas obrigações. 
A pessoa desenvolve também a tole-
rância ou seja precisa de doses maiores 
para atingir os mesmos efeitos obtido 
com doses menores consumidas ante-
riormente, ou quando sente um efeito 
menor mesmo consumindo a dose igual 
a que ela costumava o tomar. 
COMO IDENTIFICAR ALGUÉM COM 
ALCOOLISMO 
. 
 
 
 
 
 
 
 
CONSEQUÊNCIAS EM CURTO PRAZO 
• Fala arrastada, sonolência, vômi-
tos, 
• Diarreia, azia e queimação no es-
tômago, 
• Dor de cabeça, dificuldade para 
respirar, 
• Visão e audição alteradas, 
• Alteração na capacidade de racio-
cínio, 
• Falta de atenção, alteração na 
percepção e coordenação motora, 
• Blackout alcoólico que são falhas 
de memória em que o indivíduo 
não se consegue lembrar do que 
aconteceu enquanto estava sob a 
influência do álcool; 
• Perda de reflexos, perda de julga-
mento da realidade, coma alcoó-
lico. 
 
EFEITOS A LONGO PRAZO 
1. Hipertensão 
O consumo de bebidas alcoólicas em ex-
cesso pode causar hipertensão, com 
aumento principalmente da pressão 
sistólica, mas o abuso do álcool também 
diminui o efeito dos medicamentos 
anti-hipertensivos, e ambas situações 
aumentam o risco de eventos cardio-
vasculares, como o infarto. 
2. Arritmia cardíaca 
O excesso de álcool também pode afe-
tar o funcionamento do coração po-
dendo haver fibrilação atrial, flutter 
atrial e extra-sístoles ventriculares e 
isso pode acontecer também em pes-
soas que não tomam bebidas alcoólicas 
com frequência, mas abusam numa 
festa, por exemplo. Mas o consumo re-
gular de grandes doses de álcool favo-
recem o aparecimento de fibrose e in-
flamação. 
3. Aumento do colesterol 
O álcool acima de 60g estimula o au-
mento de VLDL e por isso não é reco-
mendado fazer um exame de sangue 
para avaliar as dislipidemias após o con-
sumo de bebidas alcoólicas. Além disso, 
aumenta a aterosclerose e reduz a 
quantidade de HDL. 
4. Aumento da aterosclerose 
Pessoas que consomem muito álcool 
apresentam as paredes das artérias 
mais inchadas e com facilidade para o 
aparecimento da aterosclerose, que é o 
acumulo de placas de gordura no inte-
rior das artérias. 
5. Cardiomiopatia alcoólica 
A cardiomiopatia alcoólica pode ocorrer 
em pessoas que consomem acima de 
110g/dia de álcool durante 5 a 10 anos, 
sendo mais frequente em pessoas jo-
vens, entre os 30 e 35 anos de idade. 
Mas nas mulheres a dose pode ser me-
nor e provocar os mesmos danos. Essa 
alteração faz com que haja um au-
mento da resistência vascular, dimi-
nuindo o índice cardíaco. 
DEFICIÊNCIA TIAMINA OU VIT.B1 
• Nos pacientes dependentes de álcool 
a deficiência de tiamina é comum e 
se deve a diversos fatores como: 
deficiência na ingestão; 
• Diminuição da conversão de tiamina 
emtiamina pirofosfato (forma 
ativa); 
• Diminuição da capacidade de estoque 
hepático; 
• Inibição do transporte intestinal na 
presença de álcool no lúmen intesti-
nal proximal; 
• prejuízo na absorção de tiamina de-
corrente de alterações nutricionais 
no dependente de álcool. 
CIRROSE HEPÁTICA 
Mais de 90% do álcool é metabolizado 
pelo fígado, por isso a bebida pode levar 
a tantas complicações a esse órgão, 
acentuando pela alta capacidade de re-
generação que só apresenta alterações 
com lesões muito extensas. 
Não consegue realizar algumas de suas 
funções essenciais, que incluem a me-
tabolização de substâncias e a remoção 
de substâncias tóxicas aparecendo o 
SSSS como icterícia, resistência à insu-
lina, diabetes tipo II e até câncer he-
pático. 
 
ENCEFALOPATIA HEPÁTICA 
Rebaixamento do nível de consciência( 
alerta: 
• Sonolência, coma, alterações de 
comportamento. 
• Alteração de humor 
• Diminuição das habilidades cognitivas 
e de coordenação motora. 
• Casos mais graves podem provocar 
o coma hepático que pode ser fatal. 
ÁLCOOL ZERO 
São situações em que nenhuma quanti-
dade de álcool deve ser consumida. Por 
exemplo: 
• Menores de 18 anos 
• Grávidas 
• Pessoas com condições de saúde que 
possam ser prejudicadas pelo álcool 
ou 
• Que não consigam controlar seu con-
sumo 
• Ao usar determinados medicamen-
tos 
• Ao dirigir veículos automotores 
 
ALCOOLISMO NA ATENÇÃO BÁSICA 
Recomenda-se o rastreamento e in-
tervenções de aconselhamento na 
atenção primário para reduzir o uso 
inadequado de álcool em adultos. 
 Por que é importante o rastreamento? 
O abuso de álcool está fortemente as-
sociado com problemas de saúde, inca-
pacidades, mortes, acidentes, proble-
mas sociais e violência. Há boa evidência 
de que o rastreamento na atenção pri-
mária pode identificar adequadamente 
aqueles usuários cujos padrões de con-
sumo de álcool atendem aos critérios de 
dependência alcoólica e, portanto, estão 
sob maior risco de morbidade e morta-
lidade. Há boa evidência de que o acon-
selhamento comportamental breve, 
com seguimento dos usuários, produz 
de pequena a moderada reduçãono 
consumo de álcool de forma sustentada 
ao longo de seis a 12 meses ou mais. 
Encontrou-se alguma evidência de que a 
intervenção produz resultados em sa-
úde após quatro anos ou mais do acon-
selhamento, porém a evidência de que o 
rastreamento e o aconselhamento re-
duzam a morbidade relacionada ao álcool 
é limitada. 
Quando é importante rastrear? 
Não há um intervalo conhecido para re-
alizar os testes de rastreio. Pacientes 
com histórico de problemas com álcool, 
adultos jovens e grupos de alto risco 
(por exemplo, tabagistas) podem ser 
beneficiados com o rastreio mais fre-
quente. 
Como realizar? 
Há dois testes mais conhecidos. O AU-
DIT (The Alcohol Use Disorders) e o 
CAGE(feeling the need to Cut down, An-
noyed by criticism, Guilty about drinking, 
and need for an Eye-opener in the 
morning), sendo esse último o mais uti-
lizado na atenção primária. 
O CAGE é constituído das quatro ques-
tões abaixo acerca do hábito de beber: 
• Você já sentiu a necessidade de parar 
de beber? 
•Você já se sentiu chateado por críticas 
que os outros fazem pelo seu modo de 
beber? 
•Você já se sentiu culpado sobre seu 
jeito de beber? 
•Você já teve que beber para iniciar o dia 
e “firmar o pulso”? 
Como interpretar os resultados? 
Se duas ou mais respostas forem afir-
mativas, considera-se o rastreamento 
como sendo positivo. O usuário deve ser 
aconselhado e acompanhado. Assim 
como no manejo do tabagista, deve-se 
considerar em que estágio se encontra 
o usuário para programar a intervenção. 
Existem várias experiências de manejo 
de pacientes dependentes de álcool, e a 
equipe de saúde deve conhecer os re-
cursos disponíveis em sua unidade de 
saúde, na comunidade e nas instituições 
externas (por exemplo, Alcoólicos Anô-
nimos, CAPS etc.). 
Questionário AUDIT atua como instru-
mento de rastreamento para a depen-
dência de álcool 
Resumidamente, este instrumento de 
rastreio oferece informação através de 
10 questões, nomeadamente: 
1. Com que frequência consome be-
bidas que contêm álcool; 
2. Quando bebe, quantas bebidas 
contendo álcool consome num dia 
normal; 
3. Com que frequência consome seis 
bebidas ou mais numa única oca-
sião; 
4. Com que frequência se apercebeu 
de que não conseguia parar de 
beber depois de começar; 
5. Com que frequência não conseguiu 
cumprir as tarefas que habitual-
mente se lhe exige, por ter be-
bido; 
6. Com que frequência precisou de 
beber logo de manhã para “curar” 
uma ressaca; 
7. Com que frequência teve senti-
mentos de culpa ou de remorsos 
por ter bebido; 
8. Com que frequência não se lem-
brou do que aconteceu na noite 
anterior por ter bebido; 
9. Já alguma vez ficou ferido ou fi-
cou alguém ferido por ter bebido; 
10. Já alguma vez um familiar, 
amigo, médico ou profissional de 
saúde manifestou preocupação 
pelo seu consumo de álcool ou su-
geriu que deixasse de beber. 
É um instrumento fácil de aplicar, po-
dendo ser ministrado sob a forma de 
entrevista ou como questionário de auto 
preenchimento, bem como de pontuar e 
de interpretar, sendo que as suas pon-
tuações correlacionam dimensões que 
têm que ver com as consequências das 
bebidas, atitudes com consumos e vul-
nerabilidade para a dependência alcoó-
lica. 
As respostas são enumeradas em: 
0 – Nunca; 1 - Menos que mensalmente; 
2 – Mensalmente; 3 – Semanalmente; 4 
–Diariamente ou quase. 
. 
 
 
 
 
 
LER: A prevenção de recaídas de 
Heather e Robertson (1997) para con-
cluir essa parte dos estudos. 
O PAPEL DA LEGISLAÇÃO 
É claro que o trabalho com o alcoolista 
não depende apenas das equipes de sa-
úde, mas também de uma política global 
de combate ao consumo de álcool. In-
felizmente, a irresponsabilidade com a 
matéria faz parte da cultura geral de 
nossas comunidades, e mesmo em es-
colas há uma grande resistência de 
impedir o consumo de álcool, especial-
mente em festas. 
De acordo com a portaria Nº 3.088, DE 
23 DE DEZEMBRO DE 2011(*) 
Institui a Rede de Atenção Psicossocial 
para pessoas com sofrimento ou 
transtorno mental e com necessidades 
decorrentes do uso de crack, álcool e 
outras drogas, no âmbito do Sistema 
Único de Saúde (SUS). 
REFERÊNCIAS: 
Brasil. Decreto nº 6.117, de 22 de maio 
de 2007. Diário Oficial da União 2007; 23 
maio. 
 
World Health Organization. What are the 
most effective and cost-effective in-
terventions in alcohol control? What are 
the most effective and cost-effective 
interventions in alcohol control? 
http://www.euro.who.int/docu-
ment/e82969.pdf (acessado em 
18/Mai/2016). » 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria 
de Atenção a Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. 
Estratégias para o cuidado da pessoa 
com doença crônica. Cadernos de Aten-
ção Básica, nº. 35 . 
Brasilia: Ministério da Saúde, 2014. 
 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria 
de Atenção a Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. 
Rastreamento. Cadernos de Atenção 
Básica, nº. 29 . Brasilia: Ministério da Sa-
úde, 2014. 
 
http://www.euro.who.int/docu-
ment/e82969.pdf 
 
https://www.cisa.org.br/ 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de 
Atenção à Saúde. Departamento de 
Ações Programáticas 
Estratégicas. Guia estratégico para o 
cuidado de pessoas com necessidades 
relacionadas ao 
consumo de álcool e outras drogas : Guia 
AD / Ministério da Saúde, Secretaria de 
Atenção à Saúde, 
Departamento de Ações Programáticas 
Estratégicas. – Brasília : Ministério da 
Saúde, 2015. 
 
https://pt.scribd.com/docu-
ment/353128735/Audit-Com-Escore-
Para-Entrevistador-1

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