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Vascularização do Encéfalo - Artérias

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Vascularização do Sistema 
Nervoso Central 
 
A irrigação encefálica se dá por quatro vasos: duas artérias carótidas internas (ramo da 
carótida comum) e duas artérias vertebrais. 
• Fluxo Sanguíneo Cerebral (FSC) = Pressão Arterial – Pressão venosa / 
Resistencia Cérebro Vascular. Sendo o fluxo global normal cerca de 50 a 55ml de sangue 
para cada 100 gramas de encéfalo por minuto. 
• Pressão de Perfusão Cerebral (PPC) = Pressão Arterial Media – Pressão 
Intracraniana. A PPC mostra a irrigação cerebral, o fluxo sanguíneo no encéfalo. Ou seja, 
caso a pressão do paciente esteja em 100 e com a pressão intracraniana de 20, teríamos uma 
pressão de perfusão cerebral de 80, sendo que acima de 70 ela está boa. A diferença da 
pressão intracraniana com a da pressão do restante do corpo é o que promove uma circulação 
eficaz, auxiliada pela gravidade. 
Resistencia cérebro vascular é a resistência que o conteúdo intracraniano (vasos cerebrais) 
oferece contra o fluxo do sangue. Define-se numericamente como a pressão em mmHg 
necessária para impulsionar 1ml de sangue por 100 gramas de encéfalo por minuto. 
Manobra de valsava - O aumento da pressão intratoráxica diminui o retorno venoso 
cerebral, fazendo com que o sangue venoso seja drenado mais facilmente e diminui a pressão 
intracraniana. O sangue é drenado principalmente a favor da gravidade, uma vez que as veias 
do sistema nervoso central não apresentam válvulas venosas. Por isso, colocar um paciente 
com a maca completamente na horizontal pode ocasiona um aumento da pressão 
intracraniana, sendo que o recomendado é fazer a manobra de valsava, na qual inclinamos a 
maca em 30º deixando a cabeça do paciente mais erguida e, assim, facilitando o retorno 
venoso e diminuindo a pressão intracraniana. Sabendo disso, colocar uma pessoa de cabeça 
para baixo dificulta muito o retorno venoso aumentando a pressão intracraniana e podendo 
levar a formação de edemas cerebrais e, assim, levar a morte. 
A irrigação no encéfalo é uma circulação colateral inter-hemisférica, ou seja, mesmo que 
um hemisfério deixe de ser irrigado por determinada artéria, o outro lado estará funcionando. 
Além disso, essa circulação também permite que, caso ocorra uma oclusão em um dos 
sistemas de irrigação (carotídeo ou vertebral), o outro pode suprir essa falta e manter a 
irrigação 
 
Lesões arteriais 
• Lesões na artéria cerebral anterior podem causar alterações do 
comportamento, perda de movimento crural, e perda de controle da bexiga e do reto 
• Lesões na artéria cerebral media, a qual irriga a maior parte do cérebro, 
causam déficits muito extensos. 
• Lesões da artéria cerebral posterior causam leves distúrbios de comportamento 
e, principalmente, alteração de campo visual 
 
Em pacientes portadores de diabetes ou de hipertensão crônica podem ocorrer microlesoes 
vasculares que formam pequenos aneurismas levando a uma hemorragia espontânea (não 
causada por trauma). Esses microaneurismas são diferentes dos aneurismas de grandes vasos, 
uma vez que os de grandes vasos são formados por má formação congênita dos vasos, 
enquanto que os microaneurismas são formados em decorrência de microlesões causadas pela 
hipertensão crônica e não podendo ser tratados cirurgicamente, uma vez que assim que se 
rompem os microaneurismas desaparecem, deixando apenas a hemorragia.

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