Segunda Licenciatura Ed. especial

Prévia do material em texto

FAVENI – FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
Edna Cezário dos Santos Nascimento
APRENDIZAGEM E INTERAÇÃO DA CRIANÇA COM ALTAS HABILIDADES
Governador Valadares-MG
2021
 FAVENI – FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE 
Edna Cezário dos Santos Nascimento
APRENDIZAGEM E INTERAÇÃO DA CRIANÇA COM ALTAS HABILIDADES
Artigo científico apresentado ao Núcleo de pós-graduação e extensão da FAVENI como requisito parcial para obtenção do título de Segunda Licenciatura em Educação Especial. .
Governador Valadares-MG
 2021
APRENDIZAGEM E INTERAÇÃO DA CRIANÇA COM ALTAS HABILIDADES
Edna Cezário dos Santos Nascimento
Declaro que sou autor deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO
A presente pesquisa versa sobre a socialização e a aprendizagem da criança com altas habilidades, perfil descrito para criança com necessidade especial e de um atendimento individualizado. Teve-se como metodologia a pesquisa bibliográfico, o aparato legal e teórico contido nas apostilas virtuais da FAVENI. A questão problematizadora foi: de que maneira ocorre o processo inclusivo, socialização a aprendizagem da criança com altas habilidades no cotidiano escolar? Teve-se como objetivo compreender a legislação vigente frente a educação especial e e inclusiva e compreender as altas habilidades e as possíveis ações docentes para intervir e promover aprendizagem e a socialização desta criança.
Palavras chaves: Marco legal. Aprendizagem. Altas habilidades. Socialização. Estratégias.
1 INTRODUÇÃO
	O interesse em pesquisar sobre a criança com altas habilidades surgiu da reflexão da pesquisadora, discente do Curso de Segunda Licenciatura em Educação Especial pela FAVENI. Ao ler a apostila virtual da disciplina Deficiência Intelectual, Altas Habilidades e Superdotação e por observar uma criança que se destacou na escola , sendo encaminhada, diagnosticada e a tendida pelo CRAEDI com altas habilidades na área da matemática, essa pesquisa se justifica pela ampliação do conhecimento e pela importância de ter um olhar diferenciado frente a inclusão e a diversidade.
Teve-se como metodologia a pesquisa bibliográfico, o aparato legal e teórico contido nas apostilas virtuais da FAVENI. A questão problematizadora foi: de que maneira ocorre o processo inclusivo, socialização a aprendizagem da criança com altas habilidades no cotidiano escolar? 
Teve-se como objetivo compreender a legislação vigente frente a educação especial e inclusiva e compreender as altas habilidades e as possíveis ações docentes para intervir e promover aprendizagem e a socialização desta criança.
2 DESENVOLVIMENTO
	A Constituição Federal de 1988, conhecida como constituição cidadã, reconhece em seu artigo 208, a educação como direito básico de todos, onde a responsabilidade e direcionada a Família, Estado e Sociedade.
A educação direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para a cidadania e sua qualificação profissional. (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988, ART. 208).
A proposta educacional vigente tem como ponto de partida a troca e socialização de saberes e informações, uso da tecnologia e da ciência, relações inter e intrapessoais dialógicas entre toda comunidade educativa e família, oferecendo ao alunado uma educação de qualidade, valorizando habilidades, modos e recursos diferenciados que promovam essa aprendizagem e socialização.
Um projeto pedagógico inclusivo para alunos de altas habilidades não pode deixar de considerar as atividades que favoreçam o saber-aprender, o saber-fazer e o saber ser, favorecendo aprendizagens para toda a vida.(FAVENI 2021, p. 15)
A educação especial é uma modalidade educacional, preconizada na legislação vigente, que através da equidade, oferece a todos uma educação de qualidade, que contemple o desenvolvimento global da criança, partindo do princípio que cada sujeito possui tempos e ritmos de aprendizagem diferenciadas.
O recorte deste artigo, centra-se na criança com superdotação ou Altas Habilidades, que precisa ser acolhida, valorizada, respeitada e com acesso a tecnologia e ações docentes que atendam suas necessidades, auxilia na socialização, autonomia e desenvolvimento de suas potencialidades.
Para o Conselho Nacional de Educação os portadores de superdotação ou Altas Habilidades são: 
Art. 5º Consideram-se educandos com necessidades educacionais especiais os que durante o processo educacional apresentarem: 
(..) III – altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leve a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes. 
(..) Art. 8o As escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na organização de suas classes comuns: 
(..) IX – Atividades que favoreçam, ao aluno que apresente altas habilidades/superdotação, o aprofundamento e enriquecimento de aspectos curriculares, mediante desafios suplementares nas classes comuns, em sala de recursos ou em outros espaços definidos pelos sistemas de ensino, inclusive para conclusão, em menor tempo, da série ou etapa escolar, nos termos do Artigo 24, V, “c”, da Lei 9.394/96. 
Torna-se necessário um planejamento curricular, com atividades e recursos adaptados, tecnologia assistiva e educacional, que oportunizem a construção o conhecimento para aqueles que possuem um QI diferenciado acima da média.
As crianças superdotadas, também definidas como portadoras de altas habilidades (PAH) ou talentos, constituem um segmento do grupo maior de crianças que, por serem detentores de traços individuais específicos, são 5 definidos como portadores de necessidades (educacionais) especiais (MAIA, 2004, P. 24)
	O Conselho Brasileiro para Superdotação CONBRAD, enfatiza as áreas do conhecimento que o sujeito com altas habilidades pode estar inserido , apresentando habilidade superior em algumas destas áreas:
• Acadêmica: tira boas notas em algumas matérias na escola – não necessariamente em todas – tem facilidade com as abstrações, compreensão rápida das coisas, demonstra facilidade em memorizar etc. 
• Criativa: é curioso, imaginativo, gosta de brincar com ideias, tem respostas bem humoradas e diferentes do usual. 
• Liderança: é cooperativo, gosta de liderar os que estão a seu redor, é sociável e prefere não estar só. 
• Artística: habilidade em expressar sentimentos, pensamentos e humores através da arte, dança, teatro ou música. 
• Psicomotora: Habilidade em esportes e atividades que requeiram o uso do corpo ou parte dele; boa coordenação psicomotora. 
• Motivação: torna-se totalmente envolvido pela atividade do seu interesse, resiste à interrupção, facilmente se chateia com tarefas de rotina, se esforça para atingir a perfeição, e necessita pequena motivação externa para completar um trabalho percebido como estimulante. 
	Vale salientar que quando esse aluno nãos e sente motivado, pode ate ser indisciplinado devido a falta de interesse pelas atividades propostas, no envolvendo nas mesmas , nem com colegas. Ressalta-se que o nível em que a sala de encontra pode ser bem distante do seu potencial, o que torna as aulas enfadonhas e desinteressantes.
O sucesso da aprendizagem está, também, na dependência do currículo, do professor, do contexto da sala de aula e da comunidade como um todo. Serão estes fatores que farão a interação com as característicasde cada cérebro em particular. (GOSWAMI, 2004, apud OLIVEIRA, 2014. p. 118).
	
A resolução CNE/CEB 2 de 2001, conceitua educandos com altas habilidades como “aqueles que apresentam grande facilidade de aprendizagem, levando-os a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes.” Porém , precisam de atividades dentro da sua cognição, precisam socializar com colegas e educadores, dominar tecnologia educacional e assistiva, técnicas, jogos e ter acesso a outros recursos.
	
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A questão problematizadora que originou a pesquisa foi: de que maneira ocorre o processo inclusivo, socialização a aprendizagem da criança com altas habilidades no cotidiano escolar? Compreendeu-se que a legislação vigente preconiza a equidade e uma educação e qualidade para todos, formação, interação, tecnologia, ciência e recursos pedagógicos para auxiliar os educandos com altas habilidades a se sentirem motivados e socializar com colegas e educadores.
Foi possível compreender que a criança com altas habilidades necessita que seu desenvolvimento global ou seja na motricidade, afetividade, interação, ética, relações inter e intrapessoais e outras áreas do conhecimento, pois está acima da média em alguma área, mas há outros aspectos a serem contemplados e as possíveis ações docentes para intervir e promover aprendizagem e a socialização desta criança.
4 REFERENCIAS
BRASIL, Constituição da República Federal 1988.-texto Constituição da Republica federativa do Brasil , promulgada em 05 de outubro de 1998. São Paulo: Saraiva, 2001.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 1994.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC/SEESP, 2001.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 10.172, de 09 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências.
FAVENI. Aprendizagens e Metodologia em relação aos sujeitos com altas habilidades , 2021.
MINAS GERAIS, Secretaria de Estado de Educação. Caderno de textos para a formação de professores da rede pública de ensino de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2006.
OLIVEIRA, G. G, de. Neurociências e os processos educativos: um saber necessário na formação de professores. Dissertação de Mestrado. Programa de mestrado em educação linha de pesquisa: cultura e processos educativos Uberaba, MG. 2014.