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A questão dos pedidos milionários em Juizados Especiais Cíveis Prova

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1 
 
A questão dos pedidos milionários em Juizados Especiais Cíveis 
Izabelle M. S. L. Turkiewicz 
 
 
É assunto atual e preocupante o fato de que alguns, felizmente poucos, 
Juizados Especiais Cíveis Estaduais e suas Turmas Recursais (concentrados nos Estados 
do Mato Grosso, Bahia e Distrito Federal), têm adotado posicionamento equivocado em 
relação à sua esfera de competência, considerando-se autorizados a julgar causas de 
qualquer valor pecuniário, por mais altos que sejam. 
A origem desse posicionamento vem da interpretação isolada do inciso II, do 
art. 3º da Lei 9.099/951, com relação ao que mais dispõe esse mesmo artigo. Essa forma 
distorcida de exegese, embora contrária às regras mais básicas de hermenêutica, 
materializou-se no Enunciado 58, do Fórum Nacional dos Juizados Especiais (Fonaje), 
que dispõe: “As causas cíveis enumeradas no art. 275, II, do CPC, admitem condenação 
superior a 40 (quarenta) salários mínimos e sua respectiva execução, no próprio 
Juizado.” 
Embora haja quem defenda a legalidade da mencionada interpretação e 
aplicação prática do Enunciado 58 do Fonaje, tal não parece ser o correto. 
Inicialmente, porque o estudo dos motivos que levaram a Constituição Federal 
(art. 98, I - a idealizar os Juizados Especiais Cíveis, demonstra que foram instituídos 
juízes naturais das “causas de menor complexidade”, tanto com o escopo de desafogar a 
Justiça Comum dos pedidos de baixo valor econômico, como para motivar aqueles que 
demandam por questões que, em seus aspectos marcantes, apresentam singeleza. 
Para dispor sobre essa previsão constitucional, a Lei 9.099/95, nos seus arts. 3º, 
I, e 39, foi taxativa ao limitar a atuação dos Juizados Especiais Cíveis a pretensões cujo 
valor econômico não ultrapassa a 40 salários mínimos. 
Foi à luz da interpretação literal dessas normas (constitucional e 
infraconstitucional) que, nesses mais de onze anos de atuação, os Juizados Cíveis 
alcançaram inquestionável popularidade e respeito. Hoje são reconhecidos, até mesmo 
por leigos, como órgãos jurisdicionais simplificados, de fácil acesso, rápidos e 
praticamente sem custo, destinados às causas que, igualmente, são sinônimas de 
simplicidade. 
Dissocia-se, portanto, da já cristalizada descrição que os Juizados Especiais 
Cíveis recebem em nosso país, bem como viola a atribuição que a própria CF/88 lhes 
instituiu, o entendimento de que seriam competentes para julgar demandas 
independentemente do alto valor econômico sub judice. 
Soma-se a isso, o fato de que no rito sumaríssimo e oral adotados pelos 
Juizados Cíveis, não há espaço para a produção de provas intrincadas (arts. 33 e ss. da 
Lei 9.099/95). Por conseqüência, não há condições para que a parte defenda-se 
adequadamente, em demanda cujo alto valor impõe a produção de todos os tipos de 
prova, inclusive as complexas. 
Além disso, no micro-sistema dos Juizados, as vias recursais são pouquíssimas 
(limitando-se a Recurso Inominado contra a Sentença e Recurso Extraordinário contra 
Acórdão de Turma Recursal, além de Embargos de Declaração contra ambas – arts. 41 e 
2 
 
48 da Lei 9.099/95), o que torna as suas decisões interlocutórias isentas de controle e 
acórdãos passíveis de um único recurso, restrito à matéria constitucional. 
 Desse modo, a limitação relacionada à produção de provas e ao manejo de 
recursos adequados, também faz concluir que o trâmite de pedido de expressivo valor 
econômico, em Juizado Especial Cível, por diversos ângulos, é ilegal. 
Afinal, o processamento de pedidos milionários em Juizados Especiais, de 
início, fere a garantia do Juiz Natural e as normas constitucionais (arts. 5º, XXXVII e 
98, I) e infraconstitucionais (arts. 3º, I e 39, I da Lei 9.009/95) que estabelecem a 
competência dos Juizados. Ademais, viola as garantias da ampla defesa e do devido 
processo legal, por não proporcionar às partes meios probatórios e recursais necessários 
à defesa de seus interesses, o que, na Justiça Comum, lhes está assegurado. 
Identificada, pois, a ilegalidade, resta apontar a solução para o problema. Para 
tanto, indaga-se: qual seria o meio processual adequado de impugnação e de quem seria 
a competência para coibir o trâmite de ações milionárias em Juizados Especiais e suas 
Turmas Recursais, que adotam o mencionado Enunciado 58 do Fonaje? 
1.1. O STF 
Seria função do STF controlar os limites da competência dos Juizados 
Especiais? 
Tudo indica que sim, pois, o mesmo é o guardião das garantias constitucionais 
(dentre elas a do Juiz Natural) e também é o único Tribunal Superior autorizado a rever 
decisão de Turma Recursal de Juizado Especial (Súmula 6402 do STF). 
Entretanto, o STF não tem admitido tratar de questões que envolvam a 
competência dos Juizados, por entender que essas representariam violação indireta à 
Constituição, já que disciplinadas por norma infraconstitucional (Lei nº 9.099/95). 
Embora seja certo que o tema também é tratado por norma federal, a linha de 
raciocínio adotada pelo STF não pode prevalecer, vez que nela não se considera que o 
trâmite processual adotado nos Juizados não prevê a interposição de qualquer recurso ao 
STJ (arts. 41 e ss. da Lei 9.099/95, art. 105, I, da CF/88 e Súmula 203 do STJ, por meio 
do qual se poderia sustentar a mencionada violação à norma infraconstitucional. 
Via de conseqüência, quem se vê condenado por Turma Recursal de Juizado 
Especial Cível, em caso que este não é o juiz natural da demanda, não pode interpor 
Recurso Especial, sustentado violação à norma federal (Lei 9.099/95) e, pela via do 
Recurso Extraordinário, obtém a negativa do STF em julgar a questão, porque 
relacionada à competência dos Juizados Especiais. 
Forma-se, pois, uma lacuna na prestação jurisdicional, gerada pela ausência de 
manifestação dos Tribunais Superiores, quando o tema envolve violação aos limites de 
atuação dos Juizados Especiais. Esse hiato, data venia, é o que parece fomentar a 
crescente aplicação do Enunciado 58 do Fonaje, ainda que se trate de regra em absoluta 
desarmonia com o ordenamento jurídico brasileiro. 
Diz-se isso porque, se o STF tivesse se manifestado, com clareza e veemência, 
na primeira condenação milionária proferida em Juizado Especial Cível (cujo controle 
lhe foi submetido por meio de Recurso Extraordinário), este tipo de fenômeno não teria 
se perpetuado e o Enunciado 58 do Fonaje já teria tido a sua inconstitucionalidade 
incidentalmente reconhecida! 
3 
 
A toda evidência, não se devem esperar que mais e mais condenações 
milionárias se tornem definitivas, em Juizados Especiais gritantemente incompetentes 
para processá-las, para que o STF assuma a responsabilidade de coibi-las, quando 
provocado pela via do Recurso Extraordinário. 
Ainda mais porque, o art. 59 da Lei 9.099/95 é claro em estabelecer que as 
demandas julgadas por Juizados Especiais, não podem ser objeto de ação rescisória. 
Cabe ao STF reconhecer, portanto, que: a) causas milionárias são 
incompatíveis com o conceito de “menor complexidade”, previsto no art. 98, I da 
CF/88, assim como com a competência que a Constituição Federal idealizou aos 
Juizados Especiais Cíveis; b) mesmo que a questão da competência dos Juizados 
também seja tratada pela lei infraconstitucional, por força do art. 105, I, da CF/88, não 
cabe Recurso Especial contra decisão de Juizado; c) a garantia constitucional de que 
“ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente”, é mais 
relevante do que as regras infraconstitucionais de competência, por isso impõe a 
intervenção da Corte Suprema, em caso de violação dessa garantia; d) condenações 
milionárias em Juizados são exemplos de teratologia, que chocam o senso comum, 
causam polêmica e insegurança jurídica. Logo, a gravidade da situação também impõe o 
dever de o STF se manifestar. 
Via de conseqüência, a postura até o momento adotada pelo STF, não apresenta 
o costumeiro acerto, quando otema é o necessário controle dos limites da atuação dos 
Juizados Especiais Cíveis. 
Embora seja compreensível que o Supremo Tribunal Federal não possa se 
ocupar com questões de menor importância (como é o caso daquelas que são tratadas 
nos Juizados), o diferencial surge no momento em que transparece gritante infração à 
regra do Juiz Natural, que é garantia constitucional fundamental. Esta, sempre reveste o 
debate (mesmo que proveniente de Juizado) com absoluta relevância, que justifica e 
impõe a manifestação do STF. 
Nesse contexto, repita-se, o STF tem o dever de evitar que condenações 
visivelmente ilegais se perpetuem, tais como aquelas de altíssimo valor financeiro, 
provenientes de Juizados Especiais Cíveis. 
 
1.2. O STJ 
Por ser o competente para controlar a correção da aplicação da lei 
infraconstitucional (o que inclui a Lei 9.099/95), o STJ também deve se manifestar nos 
casos em que se relata o trâmite de ações milionárias, em Juizados Especiais Cíveis. 
Essa atuação, porém, por força do art. 105, I, da CF/88, bem como da Súmula 
2033 do próprio STJ, não poderá ocorrer por meio de Recursos Especiais e/ou 
Ordinários, interpostos junto a Turmas Recursais de Juizados Especiais. Mas, sim, por 
meio de Recursos Ordinários, provenientes de Mandados de Segurança, interpostos 
junto a Tribunais Estaduais. 
Ou seja, a parte que é citada para responder, em Juizado Especial Cível, a 
pedido cujo valor econômico supera 40 salários mínimos, pode impetrar Mandado de 
Segurança, junto ao Tribunal de Justiça daquele Estado. Por meio da via mandamental, 
4 
 
poder-se-á obter o reconhecimento de que o Juizado Especial é incompetente para 
processar e julgar aquele pedido, que deve ser encaminhado à Justiça comum. 
Caso o Tribunal Estadual local julgue improcedente o Mandado de Segurança, 
dessa decisão cabe Recurso Ordinário ao STJ que, por essa via recursal pode se 
manifestar no micro-sistema dos Juizados. 
Exatamente por meio de Recurso Ordinário interposto em Mandado de 
Segurança, impetrado no Tribunal de Justiça da Bahia, muito recentemente, o STJ 
enfrentou a questão das pretensões milionárias que tramitam nos Juizados Especiais. 
 Trata-se de decisão colegiada4, de relatoria da Min. Nancy Andrighi, 
absolutamente inédita no âmbito do STJ, porque busca “promover o controle de 
competência de decisão proferida por Juizado Especial Cível”, em causa cujo valor 
econômico supera R$ 150.000,00. 
Mencionada decisão observou que a autonomia dos Juizados Especiais “não 
pode prevalecer para a decisão acerca da sua própria competência para conhecer das 
causas que lhe são submetidas. É necessário estabelecer um mecanismo de controle da 
competência dos Juizados, sob pena de lhes conferir um poder desproporcional: o de 
decidir, em caráter definitivo, inclusive as causas para as quais são absolutamente 
incompetentes, nos termos da lei civil.” 
A I. Relatora registrou, ainda, que “Não está previsto, de maneira expressa, na 
Lei 9.099/95, um mecanismo de controle da competência das decisões proferidas pelos 
Juizados Especiais. É portanto, necessário estabelecer esse mecanismo por construção 
jurisprudencial.” 
A Ministra Nancy Andrighi observou o que vinha passando despercebido: o 
poder“desproporcional” conferido aos Juizados, bem como a absoluta impossibilidade 
de se atribuir aos mesmos o status de estarem absolutamente isentos do controle dos 
Tribunais, que lhe são hierarquicamente superiores. 
A partir dessa decisão, inteiramente acertada, pela primeira vez um Tribunal 
Superior se propôs solucionar o impasse relacionado à competência dos Juizados 
Especiais! 
A manifestação do STJ, porém, como antes dito, é antecedida da atuação dos 
Tribunais Estaduais, que também têm sua parcela de responsabilidade, quando o tema é 
a correção dos limites nos quais deve se ater à jurisdição dos Juizados Especiais. 
1.3. Os Tribunais Estaduais 
Como bem registrou o Acórdão antes transcrito, cabe Mandado de Segurança, 
aos Tribunais de Justiça Estaduais, em prol do controle dos limites de atuação dos 
Juizados Especiais Cíveis Estaduais. 
Isso porque, todos os juízes estaduais, inclusive aqueles atuantes nos Juizados 
Especiais, são subordinados ao Tribunal de Justiça, por ser este o órgão superior de cada 
Estado. 
Tal hierarquia confere aos Desembargadores, integrantes dos Tribunais de 
Justiça, a competência para julgar Mandados de Seguranças impetrados contra 
atos/decisões dos Juizados, que se mostrem eivados de teratologia e/ou ilegalidade. 
Além do que, a exacerbação da esfera de competência dos Juizados, 
abrangendo ações de alto valor econômico, configura evidente usurpação da própria 
5 
 
competência desses Tribunais Estaduais, vez que passarão a repartir com as Turmas 
Recursais, o dever de rejulgar ações nas quais disputam-se vultosos valores econômicos. 
Assim sendo, seja para evitar situação teratológica, seja para evitar a usurpação 
da sua própria competência, a posição hierarquicamente superior que ocupam tem que 
permitir aos Tribunais Estaduais certo controle sobre o micro-sistema dos Juizados 
Especiais. 
1.4. O problema exige atuação imediata dos órgãos do Poder Judiciário 
Não se sabe precisar, ao certo, o número de condenações milionárias que se 
tornaram definitivas, apesar de proferidas por Juizados Especiais absolutamente 
incompetentes para julgá-las. 
O que se sabe, apenas, é que o problema das ações milionárias em Juizados 
Especiais é contemporâneo, gravíssimo e precisa de solução, por meio da atuação de 
todos os Tribunais competentes. 
Como já se disse, não se pode esperar que mais e mais condenações proferidas 
por Juízos incompetentes tornem-se imutáveis, antes que se declare a ilegalidade do 
Enunciado 58 do Fonaje, bem como a impossibilidade de os Juizados Especiais 
processarem e julgarem pedidos de alto valor econômico e/ou que superem 40 salários 
mínimos. 
Ainda mais porque, como muito bem observou a Ministra Nancy Andrighi, o 
controle sobre a atuação dos Juizados Especiais Cíveis, ainda deve ser definido, por 
meio de construção jurisprudencial, que está apenas se iniciando. E, nada autoriza que 
se postergue a solução de problemática que, data venia, pode e deve ser solucionada 
imediatamente, por mais de um meio processual e órgão jurisdicional, mesmo que não 
haja leis que disciplinem expressamente essas atuações. 
Afinal, a construção jurisprudencial destina-se, justamente, a suprir lacunas no 
ordenamento jurídico e possibilitar prestação jurisdicional harmônica com o sistema 
legal vigente. Pois isso, consubstancia-se importante e valorosa ferramenta que deve ser 
usada pelo Poder Judiciário, sem cerimônia, nos casos em que a ilegalidade “salta aos 
olhos”. 
No caso das ações milionárias em Juizados Especiais Cíveis e suas Turmas 
Recursais, o STJ mostrou posição de vanguarda, vez que rompeu com o dogma da 
autonomia absoluta do micro-sistema dos Juizados, em relação ao controle externo de 
outros Tribunais. Com a sua decisão, o STJ, além de tudo, transmite importantes lições, 
quais sejam: 
1ª) Tribunal (seja ele superior ou não) só pode negar-se a prestar a tutela 
jurisdicional, em caso de se encontrar expressamente impedido de fazê-lo, jamais 
quando a lei é lacunosa; 
2ª) lacuna na prestação jurisdicional (caracterizada na ausência de controle dos 
Tribunais sobre órgãos jurisdicionais) pode ensejar situação aparentemente sem controle 
judicial, quando a própria Constituição Federal assegura que “não excluirá da 
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de direito” (art. 5º, XXXV); 
3ª) a jurisprudência constantemente deve buscar meios que impeçam a 
perpetuação de situações visivelmente ilegais. 
6 
 
Guardadas as devidas proporções e o tom informal e ilustrativo, concluiu-se 
que, como nunca antes se viu: “ESTÁ ABERTA A TEMPORADA DE CAÇA ÀS 
AÇÕES MILIONÁRIAS NOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS”! Até que se chegue àcompleta extinção da espécie, espera-se! 
 
____________ 
 
1“Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e 
julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas: I- as causas 
cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo; II- as enumeradas no art. 275, 
inciso II, do Código de processo Civil;” 
 
2“É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau 
nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e criminal.” 
 
3“Não cabe recurso especial contra decisão proferida, por órgão de segundo grau dos 
Juizados Especiais.” 
4Recurso em MS nº 17.524-BA (2003/0218891-4), DJ: 11/09/2006. 
 
http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI33150,81042-
A+questao+dos+pedidos+milionarios+em+Juizados+Especiais+Civeis

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