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1 MARINHA Enfermagem FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM - Técnicas básicas de enfermagem; Metodologia do processo de enfermagem ......................................................................................................... 1 Assistência de enfermagem às necessidades terapêuticas: métodos, cálculos, vias e cuidados na administração de medicamentos, sangue, hemoderivados e soluções ............... 35 Oxigenoterapia; e Nutrição enteral e parenteral ................................................................. 71 ENFERMAGEM MÉDICO-CIRÚRGICA - Cuidados de enfermagem ao paciente com problemas nos seguintes aspectos clínicos: distúrbios eletrolíticos, digestivos, respiratórios, cardiovasculares, linfáticos, renais, endócrinos, neurológicos, musculoesqueléticos, oncológicos, hematológicos, biliares e dermatológicos ........................................................... 92 Assistência de enfermagem nos seguintes procedimentos: exames laboratoriais, insulinoterapia, drenagem postural, punção e drenagem pleural, paracentese abdominal, endoscopia, exames de imagem, biópsia renal e hepática, nutrição parenteral, quimioterapia e balanço hídrico ..................................................................................................................... 197 Assistência de enfermagem na Unidade de Recuperação Pós-Anestésica, Unidade de Tratamento Intensivo e Unidade Coronariana ...................................................................... 233 Assistência de enfermagem nas emergências: acolhimento com avaliação e classificação de risco, intoxicações, hemorragias, reação anafilática, desidratação, queimaduras, comas, afogamentos, hipotermia, fraturas e traumatismos cranioencefálicos, abdominais e torácicos ............................................................................................................................................. 258 Assistência de enfermagem nas afecções cirúrgicas: pré, trans, pós-operatório e complicações........................................................................................................................ 291 Segurança do paciente .................................................................................................... 291 Assistência de enfermagem ao paciente: portador de diabetes mellitus, portador de hipertensão arterial sistêmica, idoso e/ou ostomizado .......................................................... 299 Prevenção e controle de feridas e infecções hospitalares ................................................ 315 Limpeza e desinfecção de áreas hospitalares; Central de Material e Esterilização: procedimentos técnicos de desinfecção, esterilização e antissepsia de artigos hospitalares; e Controle de qualidade e validação do processo de esterilização .......................................... 340 ENFERMAGEM DE SAÚDE PÚBLICA – Atuação do enfermeiro na prevenção e promoção da saúde e no processo saúde-doença ................................................................................ 360 Programas e Políticas Nacionais de Saúde: normas, princípios e diretrizes .................... 367 Prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis: hipertensão arterial sistêmica e diabetes; Prevenção e controle de doenças infecto parasitárias, imunopreveníveis e infecções sexualmente transmissíveis ............................................................................... 373 Principais doenças de notificação compulsória; Imunização; e Saúde Ambiental: abastecimento de água, destino de resíduos comuns, gerenciamento de resíduos de serviços de saúde e controle de vetores ............................................................................................ 395 ENFERMAGEM PSIQUIÁTRICA – Abordagens terapêuticas no cuidado de enfermagem psiquiátrica; Psicopatologia e assistência de enfermagem: nas demências, nos distúrbios relacionados a drogas, na esquizofrenia e outros distúrbios psicóticos; nos distúrbios afetivos, nos distúrbios ansiosos e nos distúrbios de personalidade; Reabilitação psicossocial; e Reforma psiquiátrica ........................................................................................................................... 436 ENFERMAGEM MATERNO-INFANTIL – Assistência de enfermagem à mulher no ciclo gravídico-puerperal e nutriz: planejamento familiar, pré-natal, parto, aborto, puerpério, aleitamento materno, gravidez na adolescência; Assistência de enfermagem na prevenção e Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 2 tratamento dos agravos à saúde da mulher: prevenção do câncer de colo de útero e mama, climatério e menopausa ....................................................................................................... 473 Assistência de enfermagem ao neonato, criança e adolescente: cuidados de enfermagem com o recém-nascido sadio e de alto risco, anormalidades e patologias do recém-nascido; Acompanhamento do processo de crescimento e desenvolvimento: o primeiro ano de vida, a idade pré-escolar, escolar e adolescência ............................................................................ 571 Cuidados de enfermagem à criança hospitalizada, portadora de patologias hematológicas, oncológicas, renais, cardíacas, neurológicas, musculoesqueléticas, dermatológicas, endócrinas, do trato respiratório e digestivo; e Emergências pediátricas .............................. 614 ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENFERMAGEM - Gerência de pessoal: dimensionamento de pessoal de enfermagem nos diferentes setores de uma unidade de saúde; Planejamento de unidade de enfermagem e de assistência especializada; Registros de enfermagem; Liderança; Metodologia de planejamento na enfermagem; Teorias e processos da administração; e Sistematização da assistência de enfermagem .................................................................... 666 DEONTOLOGIA E ÉTICA DE ENFERMAGEM - Legislação de enfermagem; Responsabilidade legal do enfermeiro; e Ética e a bioética na enfermagem ........................ 691 Olá Concurseiro, tudo bem? Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua dedicação e por isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do edital, para que você não estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando conteúdos faltantes. Somando sua dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você tenha uma ótima experiência de estudo e que consiga a tão almejada aprovação. Pensando em auxiliar seus estudos e aprimorar nosso material, disponibilizamos o e-mail professores@maxieduca.com.br para que possa mandar suas dúvidas, sugestões ou questionamentos sobre o conteúdo da apostila. Todos e-mails que chegam até nós, passam por uma triagem e são direcionados aos tutores da matéria em questão. Para o maior aproveitamento do Sistema de Atendimento ao Concurseiro (SAC) liste os seguintes itens: 01. Apostila (concurso e cargo); 02. Disciplina (matéria); 03. Número da página onde se encontra a dúvida; e 04. Qual a dúvida. Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails separados, pois facilita e agiliza o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que teremos até cinco dias úteis para respondê-lo (a). Não esqueça de mandar um feedback e nos contar quando for aprovado! Bons estudos e conte sempre conosco! Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 1 PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM Prontuário do Paciente O prontuário do paciente contém todas as informações sobre o cliente, relatadas ao serviço médico, de enfermagem, de nutrição, laboratório, etc. Em geral, os prontuários são constituídos por: - Folha de identificação e relatório médico; - Prescrição médica e Sistematização da Assistência de Enfermagem; - Relatórios de enfermagem; - Evolução Clínica (Médica e Enfermeiro);- Exames complementares. As informações sobre o paciente devem se exatas, claras objetivas e legíveis (o costume de anotar usando letra de forma facilita a leitura dos relatórios). Nunca usar borracha ou rabiscar. Em caso de erro, colocar a parte errada entre parênteses e escrever “sem efeito” logo em seguida. As palavras devem ser escritas por extenso, evitando interpretações erradas de palavras abreviadas. Os cabeçalhos devem ser completos. Quando terminar uma folha, colocar outra preenchendo todos os itens do cabeçalho outra vez. Toas as anotações devem ser assinadas e datadas. Finalidades: - Auxilia no diagnóstico e tratamento; - Constitui valioso material para ensino; - Oferece dados e informações para pesquisa e estatísticas; - É documento legal para fins legais; - Eficiência do atendimento médico e de enfermagem. Admissão O paciente deve ser recebido no hospital com toda cordialidade e atenção. A primeira impressão que o paciente tem e sempre de grande importância para inspirar-lhe confiança no hospital e no tratamento que ali vai receber. Este bom acolhimento influirá também nos familiares ou pessoas que o acompanham. Técnica - Lavar as mãos; - Preencher todos os dados da ficha de identificação do paciente; - Fazer a lista dos valores do paciente sob suas vistas ou alguém de sua família. Entregá-los ao responsável para guarda-los no cofre do hospital ou conforme rotina da instituição; - Levar o paciente até seu quarto e orientá-lo quanto as instalações sanitárias e demais dependências da enfermaria; - Deixar a campainha ao seu alcance; - Providenciar para que o paciente conheça a equipe que lhe dará assistência. Mostrar-lhe o regulamento do hospital quanto a visita, horas de repouso, de refeição, etc.; - Encaminhar o paciente para o banho oferecendo o material; - Arrumar a cama conforme técnica de arrumação de cama aberta; - Acomodar o paciente e verificar os sinais vitais, fazer o exame físico conforme a técnica, lavando as mãos antes e após os procedimentos; - Anotar na folha de evolução de enfermagem o horário da admissão, sinais vitais, exame físico completo, e se o paciente veio sozinho acompanhado, deambulando, em cadeira de rodas ou de maca; - Comunicar o serviço de nutrição a dieta do paciente; - Encaminhar pedidos de exames; - Iniciar o tratamento propriamente dito. FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM - Técnicas básicas de enfermagem; Metodologia do processo de enfermagem Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 2 Alta Hospitalar Técnica - Verificar se a folha de alta está assinada e carimbada pelo médico; - Reunir e entregar os pertences ao paciente; - Verificar se existem valores do paciente guardados pelo hospital tais como: dinheiro, joias, documentos etc; - Se houver necessidade ajudar o paciente a vestir-se; - Anotar no prontuário o horário e as condições em que o paciente está saindo, e as orientações feitas no momento da alta; - Esperar os familiares ou responsável; - Acompanhar o paciente a portaria. Obs.: em caso de alta por óbito, anotar no prontuário a hora, e o médico que constatou e atestou o óbito. Observação e anotação do estado do paciente sob ponto de vista anatômico, fisiológico e psicológico. - Aspecto Geral: Quando ao estado geral do paciente, vamos observar se está magro, gordo, cianótico, avermelhado, ictérico (amarelado), pálido, fraco, apático (indiferente), nervoso, cansado, grave, agitado. Observamos todos esses aspectos. Na observação do aspecto geral deve-se anotar qualquer anormalidade que ocorra com o paciente, como peles, olhos, nariz, ouvidos e etc. - Estado Mental, observaremos o seguinte: O paciente está consciente, delirante, inconsciente, lúcido, acuidade auditiva diminuída, deprimido, exaltado, ansioso, alegre, excitado, etc. - Tipo de Tosse: Um dos sinais importantes para a observação de enfermagem. Observa-se o seguinte: E frequente, mais comum a noite, ocasional, constante, estertorosa, rouca, seca, com ou sem expectoração. - Excreção e Eliminação - observaremos nas fezes: Cor, odor, qualidade, consistência. Quanto a consistência: Liquidas, semilíquidas, pastosas. Se há detritos de alimentos, presença de muco, pus, cálculos, sangue escuro (melena), etc. - Expectoração, observa-se quantidade, cor, odor. A expectoração com raios de sangue vermelho vivo, chama-se hemoptise. - Urina- cor, odor, quantidade. Observa-se também se há incontinência, dor ao urinar, se há retenção, ou presença de pus, sangue (hematúria), etc. - Vômitos- cor, odor quantidade. Observa-se se há presença de restos alimentares. Quando há presença de sangue, cor "borra de café", denomina-se de hematêmese. - Extremidades- devemos dar grande importância a observação das extremidades cor e temperatura. Observa-se se estão frias, cianóticas, avermelhadas, edema, presença de pulso pedial, etc. - Dor- devemos observar atentamente o tipo de dor referida pelo paciente: Intensa, latejante, agudas, espasmódicas, súbitas, perfurante, continua, irregular, curta ou longa duração. Não esquecer o lado ou órgão em que o paciente sente a dor e se é intensificada pelo movimento, pela respiração, pela tosse, pela ingestão de alimentos, etc. - Pulso- ao verificarmos o pulso do paciente, observamos: Forte, fraco, lento, palpável, impalpável. No que se refere ao ritmo, sentimos: - Ritmo: Intermitente, regular, irregular, alternante, agitado, normal, lento, rápido, dicrotico (que apresenta 2 vibrações na pulsação). Se apresentar digeminado (com 2 batimentos seguidos de uma pausa), trigeminado (3 batimentos seguidos e uma pausa), em martelo d'agua ou pulso de Corrigan (batimento violento, seguido de colapso súbito). A tensão, se está elevada, baixa, moderada, artérias duras ou espessas, elásticas. A velocidade está normal, diminuídas (bradisfigmia), acelerada (taquisfigmia). - Respiração Nesta, se os movimentos são normais (eupneia), se são abdominais ou profundos, se há parada respiratória (apneia), lentos, rápidos, do tipo Cheyne-Stokes (ciclo de movimentos cada vez mais profundos e mais difíceis, seguidos de um período de apneia). Nota: a observação de enfermagem não se resume somente nos itens citados acima, mas estes são os principais sinais e sintomas verificados pela equipe de enfermagem na rotina hospitalar. Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 3 Transferência A transferência se processa como a alta. A unidade para onde o paciente vai deve ser avisada com antecedência, para que esteja preparada para recebe-lo. O prontuário deve ser entregue à chefe da outra unidade. O paciente será transportado de acordo com seu estado geral. Higienização das Mãos Reconhecidamente, a prática da higienização1 das mãos reduz significativamente a transmissão de microrganismos e consequentemente, diminui a incidência das infecções preveníveis, reduzindo a morbimortalidade em serviços de saúde. O procedimento da técnica de higienização das mãos se torna inadequado na prática diária, pelo esquecimento de algumas etapas (passo a passo) deste procedimento havendo preocupação, por parte dos profissionais de saúde, com a quantidade e não com a qualidade deste ato. As principais falhas na técnica ocorrem, principalmente, pela não utilização de sabonete e não observação das superfícies das mãos a serem friccionadas, dentre outros. Devem higienizar as mãos todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde, que mantém contato direto ou indireto com os pacientes, que atuam na manipulação de medicamentos, alimentos e material estéril ou contaminado. Ainda, recomenda-se que familiares, acompanhantes e visitantes higienizem as mãos antes e após contato com o paciente, nos serviços de saúde. As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas utilizando-se: água e sabonete, preparação alcoólica e antisséptico degermante.Indicação do Uso de Água e Sabonete • Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais; • Ao iniciar e terminar o turno de trabalho; • Antes e após ir ao banheiro; • Antes e depois das refeições; • Antes de preparo de alimentos; • Antes de preparo e manipulação de medicamentos; • Antes e após contato com paciente colonizado ou infectado por C. difficile; • Após várias aplicações consecutivas de produto alcoólico; • Nas situações indicadas para o uso de preparações alcoólicas. Indicação do Uso de Preparações Alcoólicas • Antes de contato com o paciente; • Após contato com o paciente; • Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos; • Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico; • Após risco de exposição a fluidos corporais; • Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao paciente; • Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente; • Antes e após remoção de luvas. Indicação do Uso de Agentes Antissépticos Estes produtos associam detergentes com antissépticos e se destinam à higienização antisséptica das mãos e degermação da pele das mãos, descritas a seguir: Higienização antisséptica das mãos Os agentes antissépticos utilizados para higienização das mãos devem ter ação antimicrobiana imediata e efeito residual ou persistente. • Nos casos de precaução de contato recomendados para pacientes portadores de microrganismos multirresistentes; 1 http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/paciente_hig_maos.pdf Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 4 • Nos casos de surtos. Degermação da pele das mãos Sabonete contendo um agente antisséptico em usa formulação; se destina à degermação da pele das mãos (e.g., clorexidina degermante a 4%; PVPI a 10%). • No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico (indicado para toda equipe cirúrgica); • Antes da realização de procedimentos invasivos (e.g., inserção de cateter intravascular central, punções, drenagens de cavidades, instalação de diálise, pequenas suturas, endoscopias e outros). Técnica de Lavagem das Mãos - Finalidades promover a remoção dos microrganismos da flora transitória e algumas vezes da flora permanente; - Remover células descamativas, pelos, suor, sujidades e oleosidades; - Prevenir infecção hospitalar; - Material; - Sabão líquido; - Papel toalha. Técnica - Abrir a torneira e deixar a água fluir; - Molhar as mãos; - Aplicar 3ml de sabão líquido (bactericida) na palma de uma das mãos; - Fazer movimentos de fricção com a palma das mãos e após entrelaçar os dedos mantendo a fricção; - Friccione a região da palma das mãos com as pontas dos dedos da mão oposta, fazendo o mesmo com a ponta do polegar; - Repetir o movimento com a outra mão; - Friccione com a palma de uma das mãos, o dorso da mão oposta e a seguir entrelaçar os dedos mantendo a fricção; - Repetir o procedimento na mão oposta; - Segurar o polegar de uma das mãos e fazer movimentos de fricção rotatória; - Repetir o movimento anterior com o polegar da mão oposta; - Friccionar com a palma de uma das mãos, o punho da mão oposta; - Repetir o procedimento no punho oposto; - Enxaguar completamente, da mão para o punho, com água corrente; - Secar as mãos com papel toalha; - Fechar a torneira com o próprio papel utilizado para secar as mãos, ou utilizar o cotovelo para fechar caso haver dispositivo. Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 5 Limpeza de Unidade É a limpeza realizada na Unidade do Paciente, pode ser: Limpeza concorrente e Limpeza Terminal. Limpeza Concorrente É feita diariamente após o banho do paciente e arrumação do seu leito. Consiste na limpeza de parte do mobiliário da unidade do paciente. Limpeza Terminal É a limpeza completa da unidade do paciente, após: Alta, óbito ou transferência. Normas - A limpeza terminal da unidade do paciente deve ser realizada pelo funcionário da enfermagem após alta, transferência ou óbito; - A limpeza concorrente da unidade do paciente deve ser realizada pelo funcionário da enfermagem uma vez a cada plantão; - O produto utilizado para a limpeza terminal da unidade deverá ser fenol sintético. No caso da limpeza concorrente, usar álcool a 70%; - A limpeza do carrinho de banho, carrinho de parada, carrinhos de medicação e de curativo, deverá ser feita uma vez por plantão pela enfermagem, com fenol sintético; Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 6 - Os panos de limpeza utilizados na limpeza terminal ou concorrente, deverão ser enxaguados quantas vezes forem necessárias na bacia utilizada para este fim; - Ao realizar a limpeza concorrente, limpar a unidade com agua e sabão, caso estiver suja de sangue ou secreção; - Utilizar movimentos simples e amplos em um só sentido; - Observar a sequência da limpeza (do mais limpo para o mais contaminado, evitando sujar as áreas limpas); - Evitar molhar o chão. Limpeza Terminal Material: - Solução desinfetante (fenol), - 01 par de luvas de procedimento, - Panos de limpeza, - Hamper e sanito (saco plástico), - Bacia. Técnica: - Lavar as mãos; - Reunir o material; - Colocar o material sobre a mesa de cabeceira; - Calcar luvas; - Desprender a roupa de cama e despreza-la no hamper, evitando movimentos bruscos; - Recolher materiais e equipamentos (ambu, umidificador, aspirador, comadre, papagaio) e encaminha-los ao expurgo; - Afastar a cama da parede, deixando espaço suficiente para realização da limpeza; - Iniciar a limpeza do leito pela parte superior do colchão, da cabeceira para o centro, inclusive as laterais do colchão, sempre do mais distante para o mais próximo; - Continuar a limpeza do colchão, do centro para os pés, inclusive as laterais do colchão, sempre do mais distante para o mais próximo; - Dobrar o colchão ao meio e limpar o estrado iniciando da cabeceira para o centro. Elevar o estrado e limpar a parte inferior do mesmo, inclusive espaldar e pés; - Limpar a parte posterior do colchão, da cabeceira para o centro, retorna-lo em cima do estrado; - Dobrar o colchão para o lado contrário e limpar a outra metade do estrado, do centro para os pés segundo a técnica, não se esquecendo da parte inferior do estrado; - Realizar a limpeza da parte posterior do colchão iniciando do centro para os pés; - Passar para o lado mais distante e limpar a lateral do leito, grade e pés do leito; - Passar para o lado mais próximo e limpar a lateral do leito, grade e pés do leito; - Limpar com a solução de fenol a mesa de cabeceira iniciando pela parte interna da mesma; - Limpar com a solução de fenol a parte externa da mesa de cabeceira; - Limpar com pano embebido na solução de fenol o suporte de soro (retirando fitas adesivas e esparadrapos que porventura estiverem colados); - Retirar as luvas; - Arrumar o leito conforme técnica descrita anteriormente; - Encaminhar material utilizado ao expurgo; - Montar o painel de gases; - Lavar a mãos. Limpeza Concorrente Material: - Álcool a 70%, - Agua e sabão se necessário, - Panos de limpeza, - Luvas de procedimento. Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 7 Técnica: - Lavar as mãos; - Preparar o material; - Encaminhar ao quarto do paciente; - Explicar o procedimento ao paciente; - Calcar luvas; - Avaliar as condições de limpeza do leito do paciente; - Embeber o pano de limpeza com álcool a 70%; - Limpar as laterais do leito com pano sempre no sentido da cabeceira para os pés e do lado mais distante para o mais próximo; - Limpar a cabeceira e os pés do leito por último; - Trocar o pano embebido em álcool e limpar a mesa de cabeceira iniciando pelaparte interna e a seguir a parte externa; - Deixar a mesa de cabeceira em ordem; - Desprezar os panos de limpeza no hamper; - Desprezar as luvas; - Lavar as mãos; - Revisar o painel de gases se necessário; Arrumação do Leito Definição: Cama aberta - quando está ocupada por paciente, Cama fechada - quando o leito está vago, Cama de operado - quando está aguardando o retorno do paciente do centro cirúrgico. Normas - O leito dever ser trocado quantas vezes forem necessárias durante o plantão; - O leito dever ser preparado de acordo com a sua finalidade; - Abrir portas e janelas antes de iniciar o trabalho; - Utilizar lençóis limpos, secos e sem pregas; - Caso os lençóis sejam reutilizados, não deixar migalhas, fios de cabelos; - Observar o estado de conservação dos colchoes e travesseiros; - Não sacudir as roupas de cama; - Não arrastar as roupas de cama no chão. Preparo do Leito sem o Paciente (cama fechada) Material: - Luvas de procedimento, - 02 Lençóis, - 01 Travesseiro, - 01 Fronha, - 01 Forro, - 01 Cobertor, se necessário, - Hamper. Técnica: - Lavar as mãos; - Preparar o material; - Colocar o material no carrinho de banho ou mesa de cabeceira; - Retirar a roupa de cama suja e coloca-los no hamper próximo do leito; - Desprezar as luvas; - Estender o lençol sobre o leito, amarrando as pontas do lençol na cabeceira e nos pés; - Estender o forro sobre o leito prendendo-o sob o lençol na parte mais próxima; - Estender o viril e fazer uma meia dobra na cabeceira; - Fazer o canto do viril nos pés da cama; - Passar para o lado mais distante e proceder a arrumação do forro e virol; - Colocar a fronha no travesseiro; Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 8 - Colocar o travesseiro na cama; - Recompor a unidade; - Lavar as mãos. Preparo do Leito com o Paciente (Cama Aberta) Material: - 01 travesseiro, - 02 lençóis, - 01 cobertor (se necessário), - 01 fronha, - 01 lençol para fralda, - 01 rolo para costas (se necessário), - Camisola ou pijama, - 01 forro. Técnica: - Lavar as mãos; - Colocar a roupa na mesa de cabeceira; - Explicar o que se vai fazer ao paciente; - Colocar o hamper próximo a cama; - Desprender a roupa do leito, do lado do paciente e depois vir e ir soltando do outro lado; - Colocar o travesseiro sem fronha na mesa de cabeceira; - Colocar o paciente em decúbito dorsal protegido com o lençol de cima; - Enrolar o forro e lençol de baixo separadamente, até o meio da cama e sob o corpo do paciente; - Substituir o lençol de baixo, e o forro, pela roupa limpa; - Virar o paciente para o lado pronto, nunca o expondo; - Passar para o lado oposto; - Retirar a roupa usada, retirar as luvas, e esticar os lençóis limpos, prendendo-os e fazendo os cantos; - Colocar a fronha no travesseiro, acomodando o paciente; Obs.: se o paciente for totalmente dependente, a troca de cama dever ser feita por duas pessoas. Preparo do Leito de Operado O leito do operado e igual ao leito fechado, mas com lençol dobrado em pregas, na cabeceira do leito próximo ao lençol móvel. Esse leito terá as roupas soltas nos pés, exceto o lençol de baixo. O lençol de cima, cobertor, e colcha deverão ser dobrados na parte da cabeceira e dos pés, deixando-os enrolados lateralmente. Após deitar o paciente operado cobri-lo e prender as peças da cama que estavam soltas fazendo os cantos. Higiene do Paciente Normas - A higiene do paciente fica a cargo da Equipe de Enfermagem; - Explicar sempre ao paciente o que vai ser feito; - Preferencialmente realizar a higiene oral do paciente, antes do banho e após as refeições, com solução de Bicarbonato de Sódio, e quando se fizer necessário; - Ao lidar com o paciente, de maneira direta, e imprescindível o uso de luvas para procedimentos; - Cuidar durante o banho, para não expor, desnecessariamente, o paciente. A privacidade contribui muito para o conforto mental do paciente; - Secar bem toda a superfície do corpo do paciente, principalmente as dobras; - As portas do banheiro não devem ser trancadas, durante o banho; - Deve-se testar a temperatura da água, antes do banho do paciente. Geralmente se usa água morna. Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 9 Higiene Oral Definição Consiste na limpeza dos dentes, gengivas, bochechas, língua e lábios. Condições patológicas que predispõem a irritação e a lesão da mucosa oral: (estado de coma, hipertermia). Finalidades - Promover conforto ao paciente, - Evitar halitose, - Prevenir carie dentaria, - Conservar a boca livre de resíduos alimentares. Higiene Oral (em pacientes impossibilitados de cuidar de si) Material: - Solução antissépticas - solução bicarbonatada (para cada 1 colher de chá, 500 ml de agua); - Espátula envoltas em gazes; - Lubrificante (vaselina liquida); - Toalha; - Copo para colocar solução antissépticas; - Luvas; - Cuba rim. Técnica: - Lavar as mãos; - Explicar ao paciente o que ser feito; - Calcar luvas; - Reunir o material na mesa de cabeceira; - Colocar o paciente em posição confortável, com a cabeceira elevada. Em pacientes inconscientes, coloca-los em decúbito lateral; - Colocar a toalha na parte superior do tórax e pescoço do paciente, com forro plástico, se necessário; - Proceder a limpeza de toda a boca do paciente usando as espátula envoltas em gazes, embebidas em solução antissépticas diluído em agua; - Utilizar cuba rim para o paciente "bochechar"; - Limpar a língua, para evitar que fique seborreica; - Enxugar os lábios com a toalha; - Lubrificar os lábios com vaselina liquida, para evitar rachaduras; - Retirar luvas; - Lavar as mãos; - Recompor a unidade; - Anotar no prontuário o que foi feito e anormalidades detectadas. Obs.: em pacientes neurológicos com lesão cervical, usar a espátula com gaze, para retirar o excesso de liquido da solução antissépticas, sem mobilizar a cabeça. - Em pacientes conscientes, ele próprio deve escovar os dentes. Higiene Oral (em paciente entubado) Material: - Solução antissépticas - solução bicarbonatada, - Espátula envoltas em gazes, - Lubrificante (vaselina liquida), - Copo para colocar solução antissépticas, - Seringa de 20ml, - Aspirador montado, - Cânula de guedel (estéril), se necessário, - Toalha, - Luvas. Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 10 Técnica - Lavar as mãos; - Explicar ao paciente o que ser feito; - Calcar luvas; - Reunir o material na mesa de cabeceira; - Colocar o paciente em posição confortável, com a cabeceira elevada ou em decúbito lateral se estiver inconsciente. Caso o paciente esteja com sonda nasogástrica, abri-la, para evitar náuseas e refluxo do conteúdo gástrico para a boca; - Colocar a toalha na parte superior do tórax e pescoço do paciente, com forro plástico, se necessário; - Verificar se o cuff da cânula endotraqueal esta insuflado, para evitar que a solução antissépticas ou salivação penetre na traqueia, durante a higienização; - Instilar agua com auxílio da seringa, pelo orifício da cânula de guedel, e fazer aspiração ao mesmo tempo; - Retirar a cânula de guedel e lava-la em agua corrente na pia do quarto e recoloca-la, ou proceder a sua troca por outra estéril, caso, seja necessário ou que conforme rotina, já tenha dado 24 horas após a sua colocação; - Proceder a limpeza de toda a boca do paciente, usando as espátula envoltas em gazes embebidas em solução antisséptica. Limpar o palato superior e toda a arcada dentaria; - Limpar a também a língua; - Enxugar os lábios com a toalha e lubrifica-los com vaselina; - Retirar luvas; - Lavar as mãos; - Recompor a unidade; - Anotar no prontuário o que foi feito e anormalidades detectadas. Obs.: a troca do cadarço da cânula endotraqueal, deve ser feita pelo Técnico/Auxiliara cada 12 horas, ou quando se fizer necessário, acompanhada do reposicionamento da cânula endotraqueal, que dever ser feito pela Enfermeira da unidade. - A higiene oral do paciente entubado dever ser feita 01 vez a cada plantão. Higiene das Próteses Dentarias Material: - Copo com solução antissépticas bucal, - Escova de dentes, - Pasta dental ou sabão liquido, - Cuba rim, - 01 par de luvas, - Toalhas de papel, - Toalhas de Banho, - Biombos. Técnica - Lavar as mãos; - Explicar ao paciente o que vai fazer; - Reunir o material na bandeja e colocar sobre a mesa de cabeceira do paciente; - Proteger o leito com biombo; - Colocar toalha sobre o tórax do paciente; - Colocar o paciente em Fowler ou sentado quando for permitido; - Calcar as luvas; - Pedir ao paciente que remova a prótese com o uso da toalha de papel. Se o paciente não puder remover as próteses sozinho, a enfermagem dever faze-lo em seu lugar, lenta e cuidadosamente; - Colocar as próteses na cuba rim, forrada com toalha de papel. Levar ao banheiro; - Colocar a pasta dental ou sabão líquido sobre a escova; - Segurar as próteses na palma da mão e escova-la com movimentos firmes da base dos dentes para as pontas; - Escovar a área de acrílico em toda sua extensão; - Lava-la sob jato de agua fria; Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 11 - Desprezar o papel toalha da cuba rim e colocar outro; - Colocar a prótese limpa na cuba rim; - Lavar a escova com agua corrente e coloca-los na cuba rim; - Lavar as mãos enluvadas; - Oferecer copo com solução antissépticas bucal, para que o paciente enxague a boca; - Entregar a prótese ao paciente ou coloque-a por ele, no caso de impossibilidade do mesmo; - Colocar o paciente em posição confortável; - Desprezar as luvas; - Limpar e guardar todo o material; - Lavar as mãos; - Anotar no prontuário. Obs.: quando o paciente retirar a prótese ou recoloca-la, a Enfermagem dever observar se há alguma anormalidade em cavidade bucal. Se houver, relata-la no prontuário. Banho no Leito (Paciente com dependência total) Normas - Trocar a agua do banho sempre que necessário; - Quando houver colostomia e/ou drenos, esvaziar as bolsas coletoras antes do banho ou troca-la, depois trocar as luvas e iniciar o banho; - Quando o banho for dado em apenas uma pessoa, levando-se em consideração que o paciente ajuda, seguir a mesma técnica, porém, sem esquecer de lavar as mãos enluvadas, antes de manipular a roupa limpa; - O uso de máscara para banho e opcional como rotina. Levar em consideração os pacientes altamente infectados. Material: - Carro de banho ou mesa de cabeceira, - Luva de banho, - Toalha de banho (lençol protetor), - Material para higiene oral, - Material para higiene intima, - Pente, - Sabonete individualizado, - Comadre e/ou papagaio do próprio paciente, - Roupa para o paciente (pijama ou camisola), - Roupa de cama (02 lençóis, 01 cobertor S/N, 01 toalha de banho, 01 para fralda S/N, 01 forro S/N). - Luvas de procedimento, - Luvas de banho, - Hamper, - 01 bacia, - 01 balde, - Fita adesiva, - Biombos. Técnica - Lavar as mãos e calcar as luvas de procedimentos; - Explicar ao paciente o que vai ser feito; - Trazer o carro de banho e o hamper próximo ao leito; - Fechar as portas e janelas; - Proteger a unidade do paciente com biombos; - Oferecer comadre ou papagaio ao paciente e procurar saber se tem clister prescrito. Se houver, faze- lo em primeiro lugar; - Desprender a roupa de cama, iniciando do lado oposto onde permanecer; - Fazer higiene oral do paciente e lavar a cabeça, se necessário; - Trocar a agua do banho, obrigatoriamente, após a lavagem da cabeça; - Lavar os olhos, limpando o canto interno para o externo, usando gaze; - Lavar, enxaguar e enxugar o rosto, orelhas e pescoço; Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 12 - Remover a camisola ou camisa do pijama, mantendo o tórax protegido com o lençol, descansando os braços sobre o mesmo; - Lavar e enxugar os braços e mãos do lado oposto ao que se está trabalhando, depois o mais próximo, com movimentos longos e firmes, do punho a axila; - Trocar a agua; - Lavar e enxugar o tórax e abdome, com movimentos circulares, ativando a circulação, observando as condições da pele e mamas; - Cobrir o tórax com lençol limpo, abaixando o lençol em uso, até a região genital; - Lavar, enxaguar e enxugar as pernas e coxas, do tornozelo até a raiz da coxa, do lado oposto ao que se está trabalhando, depois o mais próximo; - Colocar bacia sob os pés e lava-la, principalmente nos interdígitos, observando as condições dos mesmos e enxugar bem; - Trocar a agua da bacia e a luva de pano, obrigatoriamente; - Encaixar a comadre no paciente; - Fazer higiene intima do paciente, de acordo com a técnica; - Trocar, obrigatoriamente, a agua da bacia e a luva de banho, retirando a comadre, deixando-a ao lado do leito; - Virar o paciente em decúbito lateral, colocando a toalha sob as costas e nádegas, mantendo esta posição com o auxílio de outra pessoa; - Lavar e enxugar as costas, massageando-as, incluindo nádegas e cóccix do paciente; - Deixar o paciente em decúbito lateral, empurrando a roupa úmida para o meio do leito, enxugando o colchão; - Trocar de luvas ou lavar as mãos enluvadas, para não contaminar a roupa limpa; - Proceder a arrumação do leito, com o paciente em decúbito lateral; - Virar o paciente sobre o lado pronto do leito; - Retirar a roupa suja e despreza-la no hamper; - Calcar outras luvas ou lavar as mãos enluvadas e terminar a arrumação do leito; - Fazer os cantos da cama: cabeceira e pés; - Vestir o paciente; - Pentear os cabelos do paciente; - Trocar a fronha; - Utilizar travesseiros para ajeitar o paciente no decúbito mais adequado; - Limpar balde, bacia, comadre com agua e sabão; - Recompor a unidade do paciente, colocando tudo no lugar; - Retirar as luvas e lavar as mãos; - Anotar no prontuário o que foi feito e as anormalidades detectadas, se houver. Banho de Aspersão (chuveiro) Material: - Roupa pessoal (pijama, camisola, shorts - fornecidos pelo Hospital), - Toalha de banho, - Sabonete (individual), - Pente, - Luva de banho (opcional). Técnica - Lavar as mãos; - Explicar ao paciente o que vai ser feito; - Reunir o material e levar ao banheiro; - Encaminhar o paciente ao banheiro (portas e janelas fechadas); - Abrir o chuveiro e regular a temperatura da agua e orientar o paciente sobre o manuseio da torneira; - Ajudar o paciente a se despir, caso não consiga fazer sozinho; - Iniciar o banho se a situação permitir, deixando o paciente sozinho; - Enxugar ou ajudar o paciente a fazê-lo, observando as condições da pele e a reação do banho; - Vestir e pentear o paciente caso não consiga faze-lo sozinho; cadeira; - Arrumar o leito e deixar a unidade em ordem; - Colocar tudo no lugar e chamar o pessoal da limpeza para proceder a limpeza do banheiro; - Lavar as mãos; Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 13 - Anotar no prontuário. Obs.: sentar na cadeira embaixo do chuveiro e muito mais seguro para os pacientes idosos ou para os pacientes que ainda estão muito fracos, facilitando para que lavem as pernas e pés, com menor probabilidade de escorregarem. - Durante o banho deve-se assegurar a privacidade ao paciente, mas pedir-lhe para não trancar a porta e chamar se precisar de assistência. Manter-se perto do local. Higiene Intima Feminina Material: - 01 balde, - 01 jarra, - Pacote de gazes, - Comadre, - Toalha de banho, - Sabão líquido o P.V.P.I. degermante, - Luvas para procedimento, - Hamper, - Pinça auxiliar (Cheron), - Biombo, - Forro e saco plástico. Técnica - Lavar as mãos; - Explicar o procedimento ao paciente; - Reunir o material ecoloca-los sobre a mesa de cabeceira; - Calcar as luvas; - Trazer o hamper próximo ao leito; - Proteger a unidade com biombos; - Colocar o paciente em posição ginecológica, procurando expô-la o mínimo possível; - Colocar o forro sobre o saco plástico, colocando-os sobre a região glútea; - Colocar a comadre sob a região glútea da paciente, com ajuda da mesma; - Irrigar monte pubiano e vulva com agua, despejando-a suavemente com o auxílio da jarra; - Despejar pequena porção de sabão liquido ou P.V.P.I. degermante sobre o monte pubiano; - Ensaboar a região pubiana com a pinça montada em gaze, de cima para baixo sem atingir o anus, desprezando a gaze, após cada movimento vulva - anus; - Afastar os grandes lábios e lava-la no sentido anteroposterior, primeiro de um lado, desprezando a gaze e depois do outro lado; - Lavar por último a região anal; - Despejar a agua da jarra, sobre as regiões ensaboadas; - Retirar a comadre; - Enxugar a região lavada com a toalha de banho ou com o forro que está sob a região glútea do paciente; - Colocar a paciente em posição de conforto; - Desprezar as roupas (toalha, forro) no hamper; - Lavar a comadre no banheiro, juntamente com o balde e jarra e guarda-los; - Retirar a luva; - Lavar as mãos; - Anotar no prontuário. Obs.: se houver presença de secreção uretral e/ou vaginal, utilizar gazes montadas na pinça auxiliar para retirar o excesso, antes de iniciar a limpeza com agua e sabão liquido ou P.V.P.I. degermante. Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 14 Higiene Intima Masculina Material: - 01 balde, - 01 jarra, - Pacote de gazes, - Comadre, - Toalha de banho, - Sabão líquido o P.V.P.I. degermante, - Luvas para procedimento, - Hamper, - Pinça auxiliar (Cheron), - Biombo, - Forro e saco plástico. Técnica - Lavar as mãos; - Explicar o procedimento ao paciente; - Reunir o material e leva-lo a unidade do paciente; - Proteger a unidade com biombos; - Trazer o hamper próximo ao leito; - Calcar as luvas de procedimentos; - Posicionar o paciente expondo somente a área genital; - Colocar o forro com plástico sob a região glútea do paciente; - Colocar a comadre sob a região glútea em cima do forro com a ajuda do paciente; - Irrigar com a jarra com agua, a região genital; - Dobrar e pinçar gaze com a pinça auxiliar; - Despejar pequena porção de sabão líquido ou P.V.P.I. degermante, sobre os genitais; - Ensaboar os genitais com a pinça montada em gaze, desprezando a gaze, a cada etapa; - Tracionar o prepúcio para trás, lavando-o em seguida, com movimentos únicos e circulares; - Iniciar a higiene intima pelo meato urinário, prepúcio, glande, corpo do pênis, depois região escrotal e por último a região anal; - Despejar o conteúdo da jarra sobre a região pubiana, pregas inguinais, pênis e bolsa escrotal; - Tracionar o escroto, enxaguando a face inferior no sentido escroto perineal; - Retirar todo o sabão líquido ou P.V.P.I. degermante; - Retirar a comadre; - Enxugar a região lavada com a toalha de banho ou com o forro que está sob a região glútea do paciente; - Posicionar o prepúcio; - Colocar a paciente em posição de conforto; - Desprezar as roupas no hamper (toalha, forro); - Lavar a comadre no banheiro, juntamente com o balde e jarra e guarda-los; - Retirar a luva; - Lavar as mãos; - Anotar no prontuário. Obs.: se houver presença de secreção purulenta na região uretral, limpa-la com gaze, antes de proceder a limpeza com agua e sabão. Lavagem dos Cabelos Material: - Shampoo, - Balde, - Bacia, - Toalha de banho, - Luvas para procedimento, - Forro e saco plástico, Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 15 - Pente, - Algodão em bola (02 unidades). Técnica - Explicar ao paciente o que ser feito; - Reunir o material no carro de banho e leva-lo próximo a cama do paciente; - Lavar as mãos; - Fechar portas e janelas; - Abaixar a cabeceira do leito do paciente; - Retirar o travesseiro; - Colocar toalha de banho na cabeceira da cama, sob o forro com o plástico; - Colocar sobre o forro com plástico, a bacia com agua morna; - Colocar o paciente em posição diagonal, com a cabeça próxima ao funcionário; - Proteger os ouvidos do paciente com algodão; - Colocar outra toalha ao redor do pescoço do paciente, afrouxando a camisola, no caso de mulher, ou retirando a camisa no caso de homem, cobrindo-o com o lençol; - Sustentar a cabeça do paciente com uma das mãos, sobre a bacia com agua; - Pentear os cabelos, inspecionando o couro cabeludo, cabelos e observando condições de anormalidade; - Umedecer os cabelos com um pouco de agua, aplicando o shampoo evitando que o liquido escorra nos olhos; - Massagear o couro cabeludo com as pontas dos dedos; - Lavar os cabelos; - Enxaguar os cabelos do paciente até sair toda espuma, com o auxílio de uma jarra; - Despejar a agua da bacia, quantas vezes forem necessário; - Elevar a cabeça do paciente e espremer os cabelos com cuidado, fazendo escorrer agua; - Retirar a bacia que está sob a cabeça do paciente; - Descansar e envolver a cabeça do paciente na toalha; - Secar os cabelos com toalha de banho ou forro; - Pentear os cabelos do paciente; - Recolocar o travesseiro e voltar o paciente a posição inicial; - Retirar a toalha, recompor o material no carro de banho, deixando paciente em posição confortável; - Lavar as mãos; - Anotar na prescrição do paciente. Tratamento de Pediculose e Remoção de Lêndeas Material: - Solução indicada para pediculose, - Luvas para procedimento, - Atadura de crepe, - Esparadrapo, - Forro e saco plástico, - Pente fino, - Biombo, - Vaselina Liquida. Técnica - Lavar as mãos; - Trazer a bandeja com o material e coloca-los na mesa de cabeceira ou carro de banho; - Explicar o procedimento ao paciente; - Colocar biombo; - Colocar o forro protegido com plástico sobre o travesseiro; - Aplicar vaselina nas bordas do couro cabeludo, para evitar que a solução queime o rosto; - Dividir os cabelos em partes, aplicando a solução com gaze, fazendo fricção no couro cabeludo e no final embeber os cabelos; - Prender o cabelo e colocar a faixa de crepe ao redor da cabeça, formando um gorro e fixando com esparadrapo no final; - Conservar o travesseiro com forro; Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 16 - Retirar as luvas; - Lavar as mãos; - Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem; - Levar a bandeja com o material para o local de origem; - Fazer anotações no prontuário do paciente. Obs.: deixar a solução no cabelo por 03 a 06 horas pela manhã e lava-la a tarde, passando vinagre apos e penteando. - Repetir o procedimento durante 03 dias ou mais, se necessário. Uso de Comadre e Papagaio Indicado em pacientes acamados, ou quando houver necessidade de recolher material para exames ou controle de diurese. Geralmente o paciente encontra dificuldade no seu uso, cabendo à enfermagem atende-lo com compreensão e tato. A privacidade é fundamental para evitar constrangimento. A colocação da comadre ou papagaio deve ser feita com à exposição mínima do paciente, e de preferência por pessoal da enfermagem do mesmo sexo. Material: - Comadre ou Papagaio (previamente aquecido e seco) - Papel higiênico, - Biombos, - Bacia com agua morna - Toalha de banho, - Sabonete. Técnica - Lavar as mãos; - Identificar o paciente; - Cercar a cama com biombos; - Explicar ao paciente o que vai ser feito; - Reunir o material necessário junto a unidade; - Colocar as luvas de procedimento; - Aquecer a comadre (fazendo movimentos de fricção em sua superfície, com a extremidade sobre o lençol ou colocando-a em contato com agua quente); - Pedir ao paciente para levantar os quadris e se ele estiver impossibilitado, levantar porele, com a ajuda de outro funcionário da Enfermagem; - Colocar a comadre sob os quadris; - Se for papagaio, deve ser colocado entre os membros inferiores e o pênis dentro do recipiente. Pode ser colocado em decúbito lateral, observando o conforto do paciente. - Deixar o paciente sozinho, sempre que possível; - Ficar por perto e voltar tão logo ele o chame; necessário, faca por ele; - Pedir novamente ao paciente que levante o quadril ou, se necessário, levante por ele; - Retirar a comadre ou papagaio; - Fornecer bacia com agua para que o paciente lave as mãos; - Fornecer toalha para que ele enxugue as mãos; - Lavar o material; - Colocar o material restante no lugar; - Deixar o paciente em posição confortável; - Desprezar as luvas e lavar as mãos; - Anotar no prontuário. Obs.: não deixar um paciente esperando pela comadre, por se tratar de um ato fisiológico e a espera pode levar a angustia física e emocional, podendo ocorrer diminuição do tônus dos esfíncteres. - Por se tratar de um momento íntimo, muitos pacientes tem que ficar sozinhos, pois sentem-se inibidos, não conseguindo evacuar perto de outras pessoas. Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 17 Movimentação do Paciente Normas - E de responsabilidade da equipe de enfermagem a movimentação do paciente que não se movimenta sozinho; - O paciente dever ser mudado de decúbito a cada duas horas e sempre que solicitado pelo mesmo; - A movimentação e posição deve ser de acordo com o quadro do paciente; - E de responsabilidade da enfermagem o transporte do paciente dentro da área hospitalar; Técnica de Movimentar o Paciente para um dos Lados da Cama Utilizando 02 pessoas: - Lavar as mãos; - Explicar ao paciente que ser feito; - Ficar em pé ao lado da cama, de frente para o paciente, uma pessoa de cada lado da cama; - A primeira pessoa segura o short ou fralda do paciente do lado esquerdo; - A segunda pessoa segura o short ou fralda do paciente do lado direito; - Trazer o paciente em movimento ritmados para o lado direito ou esquerdo; - Lavar as mãos; - Anotar no prontuário horário e posição o em que foi colocado o paciente; Obs.: as pessoas que vão movimentar o paciente devem permanecer com uma das pernas frente a outra, com os joelhos e quadris fletidos, trazendo o braço ao nível da cama; - Pode utilizar o forro para fazer a mobilização do paciente. Técnica de Movimentar o Paciente em Decúbito Lateral E/D - Lavar as mãos; - Explicar ao paciente que ser feito; - Posicionar-se ao lado do qual se quer virar o paciente; - Aproximar o paciente para a beira oposta da cama; - Vira-lo para o lado D ou E com movimentos firmes e suaves; - Apoiar o dorso com travesseiros ou rolo de cobertor; - Colocar o travesseiro sob a cabeça e o pescoço; - Flexionar o membro inferior que está por cima e apoia-lo sobre o travesseiro; - Manter fletido o membro superior que está em contato com o colchão; - Recompor a unidade; - Lavar as mãos; - Anotar no prontuário. Técnica de Movimentar o Paciente Incapacitado mais para Cima na Cama Utilizando 02 pessoas - Lavar as mãos; - Explicar ao paciente que ser feito; - Deixar o paciente em posição horizontal; - A primeira pessoa solta um dos lados do lençol móvel, a segunda pessoa solta o outro lado do lençol móvel; - As duas pessoas, uma de cada lado do leito, num movimento ritmado, movimentam o paciente para a cabeceira; Restrição do Paciente Finalidade - Nos casos de pacientes agitados, pós-operatórios, principalmente cirurgias de crânio; - Em traumas e cirurgias em região ocular, quando o paciente não colaborar; - Em doentes mentais, quando constituem um perigo para si e para os demais; - Pacientes com infecção na pele, para evitar que se cocem; Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 18 - No caso de pacientes que não colaboram, para manutenção de sondas, cateteres e soros. Meios Utilizados para Restrição Lençóis, faixas elásticas, coletes, cama com grade, saquinhos de areia, atadura de crepe, traço; Normas - Importante conversar sempre com o paciente durante o tratamento, para diminuir o desconforto da restrição e a inquietude, explicando-lhe a finalidade da restrição; - Retirar a restrição logo que terminar o tratamento ou o paciente se acalmar; - Ha necessidade de uma boa observação devido a possibilidade de deficiência de circulação; - Sempre anotar as causas das restrições no prontuário; - Verificar com frequência o local da restrição; se o paciente ficar sob restrição durante muito tempo, retira-la duas vezes ao dia, lavar o local com agua morna e sabonete ou sabão liquido, massageando o local; - Ter cuidado para não apertar demasiadamente; deve-se passar pelo menos 1 dedo entre a argola e o local restrito; - Não deixar de restringir os membros sem restringir também o abdome quando o paciente estiver agitado; - Quando colocar restrição sobre o abdome, evitar ajustar o lençol sobre a região epigástrica; - Evitar fazer pressão sobre as artérias, fraturas, queimaduras e ferimentos; - Deve-se usar a restrição, somente quando se tornar absolutamente necessária; Restrição por Meio de Lençóis Restrição dos Ombros Técnica: - Lavar as mãos; - Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente (se possível); - Dobrar um lençol em diagonal, até formar uma faixa de 25 cm de largura; - Colocar a faixa sob as costas do paciente, passando pelas axilas, cruzando sob o travesseiro e amarrando na cabeceira da cama; - Lavar as mãos; - Anotar no prontuário. Restrição do Abdome Técnica: - Lavar as mãos; - Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente (se possível); - Dobrar 02 lençóis de forma longitudinal (ao comprido) ou diagonal cada um, até formar uma faixa de 25 cm de largura; - Colocar uma faixa sobre o abdome do paciente e a outra sob a região lombar; 05 - Torcer juntas as pontas do lado direito dos dois lençóis, amarrando-as no estrado do leito; - Repetir o mesmo procedimento para o lado esquerdo; - Lavar as mãos; - Anotar no prontuário. Restrição dos Joelhos Técnica: - Lavar as mãos; - Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente (se possível); - Dobrar 01 lençol em diagonal; - Colocar sob os joelhos do paciente; - Passar a ponta do lado direito do lençol sobre o joelho direito e por baixo do esquerdo; - Passar a ponta do lado esquerdo do lençol sobre o joelho esquerdo e por baixo do joelho direito, amarrando as extremidades livres no estrado do leito; Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 19 - Lavar as mãos; - Anotar no prontuário. Restrição com Ataduras de Crepe Técnica: - Lavar as mãos; - Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente (se possível); - Colocar o membro do paciente em posição anatômica; - Adaptar a atadura de crepe no membro deixando sobrar uma ponta; - Realizar o enfaixamento do membro, que terá duas finalidades: a) Proteção do membro; b) Restrição do membro; - Amarrar as pontas das ataduras após o enfaixamento; - Amarrar a ponta da atadura no estrado da cama; - Lavar as mãos; - Anotar no prontuário. Como Sentar o Paciente em Poltrona ou Cadeira de Rodas Semi Independente - Material - Cadeira, - Lençóis e Cobertores, - Travesseio. Técnica: - Lavar as mãos; - Orientar o paciente quanto a necessidade de locomoção, local onde ir e como ser feito o transporte; - Forrar a cadeira com lençol; - Colocar a cadeira ao lado da cama, com as costas virada para o pé da cama (se for cadeira de rodas, não se esquecer de trava-la); 05 - Virar o paciente de lado, colocando um dos braços sob os ombros do paciente e outro, na região da escápula. O braço mais distante do paciente se apoia no ombro do funcionário, que com um impulso, senta-o no leito; Observar as áreas do paciente; - Calcaros chinelos; - Fazer o paciente levantar, apoiando-se nos ombros do funcionário que o segura pela cintura; - Virar e sentar o paciente na cadeira; - Envolver o paciente com lençol ou cobertor (se necessário); - Colocar travesseiro nas costas para apoio (se necessário); - Passar uma faixa (lençol dobrado no sentido longitudinal) em volta da região abdominal do paciente, amarrando as extremidades na parte de trás da cadeira (se necessário); - Certificar-se do conforto e segurança do paciente; - Anotar no prontuário: horário da saída e o destino, intercorrências durante o transporte. Obs.: quando tratar-se de paciente totalmente incapacitado, colocar a cadeira paralela ao leito, com as costas voltada para a cabeceira do leito; - Proceder a passagem do leito para a cadeira sempre em 2 ou 3 pessoas: a primeira pessoa pega o paciente passando os braços pela axila e a segunda e/ou terceira pega o paciente pelos quadris e pé, colocando-o diretamente na cadeira. Como Passar o Paciente do Leito Para a Maca com Auxílio de Lençol Técnica: - Lavar as mãos; - Orientar o paciente quanto a necessidade de locomoção, local onde ir e como ser feito o transporte; - Forrar a maca com lençol; Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 20 - Soltar o lençol de baixo; - Colocar a maca paralela ao leito e trava-la; - Providenciar para que 2 pessoas permaneçam junto a maca com os pés afastados, do lado em que o paciente ser locomovido, na seguinte ordem: a) A primeira pessoa apoia a cabeça do paciente e segura na parte superior do lençol móvel. A segunda pessoa segura a parte inferior do lençol, apoiando todo o tronco do paciente e as pernas; b) A terceira e a quarta pessoa permanecem ao lado oposto a maca, ao lado da cama seguindo a técnica anterior, para afirmar a cama e ajudar na locomoção do paciente; c) Num movimento único, simultâneo e coordenado as pessoas passam o paciente para a maca; - Envolver o paciente com um lençol; - Levantar as grades da maca; - Observar se o paciente está confortável. Obs.: se necessário utilizar 4 ou 6 pessoas, conforme o tamanho do paciente. Passagem do Paciente da Cama Para a Maca em Bloco Finalidade Usada em especial para pacientes politraumatizados. Utilizando 06 pessoas Material: - Lençol, - Maca. Técnica: - Lavar as mãos; - Preparar o material; - Orientar o paciente quanto a necessidade do transporte; - Forrar a maca com lençol; - Colocar a maca ao lado da cama; - Travar as rodas da maca; - 03 Elementos devem se posicionar ao lado da cama e os outros 03 elementos do outro lado da maca, posicionando da seguinte forma: a) A primeira pessoa coloca um braço sob o pescoço e ombros e o outro sob as costas; b) A segunda pessoa coloca um braço sob a cintura, e o outro sob os quadris; c) A terceira pessoa que fica aos pés do paciente coloca um braço sob os quadris e o outro sob as pernas; d) Os outros 03 elementos ficam do lado oposto e seguram o paciente da mesma forma (um elemento se firma no braço do outro); - Ao dizer 3 (trás) o paciente levantado e colocado na maca; - Cobrir o paciente com lençol; - Certificar se o paciente está confortável; - Levantar as grades da maca. Técnica de Calçar Luva Estéreis O procedimento de calçar um par de luvas estéril requer técnica correta, para evitar a contaminação da luva, fato este que pode ocorrer com facilidade, por isso requer muita atenção. As luvas estéreis devem ser utilizadas sempre que ocorrer a necessidade de manipulação de áreas estéreis. Existem vários procedimentos que exigem a utilização de luvas estéreis, entre eles os procedimentos cirúrgicos, aspiração endotraqueal, curativos extensos, que se tornam difíceis realizar somente com o material de curativo. Resumindo, em qualquer ocasião que for necessário o auxílio manual em locais estéreis ou em lesões, usa-se as luvas esterilizadas. Podem ser encontradas nos tamanhos P, M ou G, ou até mesmo em tamanhos numerados como 6.0, 6.5, 7.0 até 9.0. E pode variar de acordo com o fabricante. Após realizar a lavagem correta das mãos, abra o pacote de luvas sobre uma superfície limpa, à altura confortável para sua manipulação. Observe que existem abas nas dobras internas da embalagem das luvas. Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 21 Elas existem para facilitar a abertura do papel, sem que ocorra o risco de tocar nas luvas e contaminá- las. Então, segure nas abas abra os dois lados que revestem as luvas, As luvas estão dispostas corretamente a sua frente, onde: a luva da mão direita está a sua direita, e a luva da mão esquerda, está a sua esquerda. Isso na maioria dos fabricantes. A maioria das luvas não tem lado anatômico, mas ficam dispostas nesse sentido, devido a dobra existente do polegar. - Agora, prepare-se para calçar a luva na mão dominante. Com sua mão não dominante, segure a luva pela face interna da luva (que vem dobrada propositalmente). - Lembre-se: enquanto você estiver sem luvas, segure apenas pela face onde a luva irá entrar em contato com sua pele, ou seja, face interna. - Agora, introduza os dedos da mão dominante, calmamente, procurando ajustar os dedos internamente. Realize esta etapa da melhor maneira possível, mas não se preocupe se os dedos ficarem mal posicionados dentro da luva. Continue o procedimento mesmo com os dedos posicionados de forma errada (é muito arriscado tentar arrumar a posição dos dedos, você pode contaminá-la). - Após esta etapa, introduza até que sua mão entre completamente na luva, sempre a segurando pela face interna. - Agora que você colocou a primeira luva estéril (na mão dominante), vamos colocar a luva na mão esquerda (não-dominante). Lembre-se, que agora estamos com uma luva estéril na mão dominante, não podemos tocar em lugares que não sejam estéreis, sejam eles a nossa pele, superfícies ou objetos ao nosso redor. Com a mão dominante (enluvada), segure a outra luva pela face externa (ou seja, por dentro da dobra existente). Esta dobra existente no punho da luva servirá de apoio para segurar a luva, sem que ocorra o risco de contaminar a luva, mesmo que imperceptivelmente. - Sempre segurando pela dobra do punho da luva, introduza calmamente sua mão esquerda (não- dominante) na luva, semelhante ao realizado na primeira, mas agora, com a cautela de não tocar com a luva na pele da mão esquerda ou em locais não-estéreis. - Siga esta etapa, até introduzir toda a mão esquerda na luva. - Agora, havendo a necessidade de posicionar os dedos corretamente, ou até mesmo melhorar o calçamento da luva, faça com ambas as luvas, porém evite manipular a luva na região dos punhos, caso esta não possua mais as dobras de segurança. 1- Quando se calça primeiro a luva direita, pega-se o punho pelo lado de dentro com a mão esquerda. 2- Introduz-se mão direita no interior da luva, a qual é então puxada para sua posição com a mão esquerda (deixando a dobra da luva virada). Solta-se a luva. 3- Depois disso pode-se pegar a luva esquerda com a mão direito já enluvada, introduzindo os dedos sob a dobra do punho (o lado externo é esterilizado). Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 22 4- Introduz-se a mão esquerda, e a luva é levada para a sua posição. Desdobra-se, então, o punho. Tricotomia É a retirada dos pelos de uma determinada área com a finalidade do preparo da área para cirurgia ou exames. Material: - Cuba rim; - Sabão; - Cuba redonda com água; - Aparelho com gilete nova; - Papel higiênico; - Gazes; - Luvas. Técnica: - Preparo orientação ao paciente; - Preparo do ambiente e material; - Descobrir a área indicada; - Com auxílio de uma gaze, aplicar a solução de sabão na área a ser manuseada; - Esticar a pele com a mão e com movimentos amplos e suaves, raspar os pelos na direção de crescimento; - Sempre que houver excesso de pelos no aparelho,retirar com auxílio do papel higiênico; - Retirar o excesso de sabão com auxílio de gaze verificando se o campo está bem feito; - Enviar o paciente ao banheiro; - Anotar o que foi feito, limpar e colocar em ordem o material. Lavagem Otológica O tampão de cerume é uma causa comum de hipoacusia e certamente a de mais fácil resolução. Quando se diagnostica o tampão de cerume, deve-se indicar ao indivíduo o uso prévio de um ceruminolítico por 5 a 7 dias. Devem ser pingadas 5 gotas na orelha afetada, 3 vezes ao dia, mantendo por 5 minutos o decúbito lateral, com a orelha afetada para cima. No Brasil, a única opção comercial de ceruminolítico é o Cerumin® (borato de 8-hidroxiquinolina 0,4mg + trolamina 140mg/mL). O uso do ceruminolítico previamente à lavagem parece aumentar a sua taxa de sucesso. Quando a lavagem não é bem-sucedida, pode ocorrer otalgia, causada pela distensão do conduto auditivo devido à absorção de água pelo tampão ainda impactado. Material a ser usado: seringa de 20mL, ou mais, sonda urinária de alívio, tesoura, cuba-rim, toalha ou lençol e solução fisiológica (SF). Deve-se aquecer SF a uma temperatura próxima à corporal, pois isso evita a ocorrência de nistagmo, náuseas e vertigem. A sonda, já cortada para ficar com 2 ou 3cm de comprimento, deve ser conectada à seringa que vai ser usada para irrigar o conduto auditivo com o jato direcionado para cima. Isso irá criar um efeito de turbilhonamento que deslocará a rolha de cerume. Não se deve temer imprimir pressão ao jato por meio do rápido movimento para fechamento do êmbolo da seringa. A cuba-rim, colocada junto ao pescoço, logo abaixo da linha mandibular, servirá para coletar a água e o tampão que saem do conduto auditivo. Questões 01. (Prefeitura de Macapá/AP - Técnico em Enfermagem - FCC/2018) De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, os agentes antissépticos utilizados para a higienização das mãos dos profissionais de saúde (A) devem ter efeito plasmático degermante. (B) não devem ter efeito residual. (C) devem conter componente alergogênico para a pele. (D) devem ter ação esterilizante. (E) devem ter ação antimicrobiana imediata. Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 23 02.(UNIRIO - Auxiliar de Enfermagem - UNIRIO) A limpeza da unidade do paciente garante conforto e diminui o risco de infecção. Na alta hospitalar, deve-se proceder à limpeza (A) concomitante. (B) terminal. (C) diária. (D) concorrente. (E) esterilizante. 03.(Prefeitura de Parnarama/MA - Enfermeiro - NUCEPE) O banho no leito além de proporcionar conforto e bem estar ao paciente, ele é indicado para: (A) Estimular a circulação (B) Combater as úlceras (C) Regular a respiração (D) Regular a digestão (E) Aumentar o apetite. Gabarito 01.E / 02.B / 03.A Comentários 01. Resposta: E Os agentes antissépticos utilizados para higienização das mãos devem ter ação antimicrobiana imediata e efeito residual ou persistente. 02.Resposta: B Limpeza Terminal É a limpeza completa da unidade do paciente, após: Alta, óbito ou transferência. 03. Resposta: A O banho no leito do paciente é indicado para a ativação da circulação devido os movimentos circulares. SAE - SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Processo de Enfermagem O Processo de Enfermagem234 indica um trabalho profissional específico e pressupõe uma série de ações dinâmicas e inter-relacionadas para sua realização, ou seja, indica a adoção de um determinado método ou modo de fazer (Sistematização da Assistência de Enfermagem), fundamentado em um sistema de valores e crenças morais e no conhecimento técnico-científico da área. Na literatura, costuma ser descrito como o ponto focal, o cerne ou a essência da prática da Enfermagem. Entretanto, a compreensão acerca do significado e sua adoção deliberada na prática profissional ainda não são unanimidade no âmbito da Enfermagem, embora se observe ter havido uma sensível mudança nesse sentido a partir das três últimas décadas do século XX. Compreendendo-se tecnologia como a utilização do conhecimento para a produção de bens e serviços, pode-se definir o Processo de Enfermagem como: 1) Um instrumento tecnológico de que lançamos mão para favorecer o cuidado, para organizar as condições necessárias à realização do cuidado e para documentar a prática profissional; ou 2) Um modelo metodológico que nos possibilita identificar, compreender, descrever, explicar e/ou predizer as necessidades humanas de indivíduos, famílias e coletividades, em face de eventos do ciclo vital ou de problemas de saúde, reais ou potenciais, e determinar que aspectos dessas necessidades exigem uma intervenção profissional de enfermagem. 2 GARCIA, T. R.; NÓBREGA, M. M. L. Processo de enfermagem: da teoria à prática assistencial e de pesquisa. Esc. Anna Nery. Rev. Enferm. v. 13, n. 1, p. 188-193, jan-mar, 2009. 3 CHINAIA, C.; CUNHA, I. C. K. O. Processo de enfermagem: características essenciais da prescrição e evolução de enfermagem. Rev. Enferm. UNISA. v.1, p. 19-23, 2000. 4 CHANES, D. C.; KUSAHARA, D. M. Sistematização da Assistência de Enfermagem - Ferramenta para Segurança do Paciente. In: PEDREIRA, M. L. G.; HARADA, M. J. C. S. Enfermagem dia a dia: segurança do paciente. São Caetano do Sul: Yendis, 2009. Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 24 A implementação do Processo de Enfermagem demanda habilidades e capacidades cognitivas, psicomotoras e afetivas, que ajudam a determinar o fenômeno observado e o seu significado; os julgamentos que são feitos e os critérios para sua realização; e as ações principais e alternativas que o fenômeno demanda, para que se alcance um determinado resultado. Esses aspectos dizem respeito aos elementos da prática profissional considerados, por natureza, inseparavelmente ligados ao Processo de Enfermagem: o que os agentes da Enfermagem fazem (ações e intervenções de enfermagem), tendo como base o julgamento sobre necessidades humanas específicas (diagnóstico de enfermagem), para alcançar resultados pelos quais se é legalmente responsável (resultados de enfermagem). Os elementos inerentes à prática profissional (diagnósticos, intervenções e resultados de enfermagem) favoreceram o desenvolvimento, em curso, de sistemas de classificação de conceitos que fazem parte da linguagem profissional da área, instrumentos tecnológicos a serem utilizados: a) No processo e no produto do raciocínio e julgamento clínico acerca das necessidades humanas de indivíduos, famílias e coletividades, diante de eventos do ciclo vital ou de problemas de saúde, reais ou potenciais; b) No processo e no produto do raciocínio e julgamento terapêutico acerca das necessidades de cuidado da clientela (indivíduos, famílias e coletividades) e dos resultados que são sensíveis à intervenção de enfermagem; c) Na documentação da prática profissional. O Processo de Enfermagem é aplicável em uma ampla variedade de ambientes (instituições prestadoras de serviços de internação hospitalar ou de serviços ambulatoriais de saúde, escolas, associações comunitárias, fábricas, domicílios, entre outros); e em uma ampla variedade de situações clínicas em que as observações sobre as necessidades humanas da clientela acompanham, “pari passu”, o processo de tomada de decisão acerca do cuidado requerido e a avaliação posterior dos resultados que se obtêm com a ação/intervenção profissional. Prática do Processo de Enfermagem A administração da assistência de enfermagem tem como prioridade o paciente, e as atividades desenvolvidas pela equipe de enfermagem, como o planejamento, a supervisão e a avaliação que só podem ser alcançadas com a aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem, pois esta auxilia no desenvolvimento de padrões mínimos direcionados pela sistematização. Horta (1979), a primeira enfermeira brasileira que procurouconstruir uma enfermagem cientifica, dividiu o Processo de Enfermagem em seis fases ou passos que devem ser atendidos de acordo com as necessidades do indivíduo-família-comunidade: - Histórico de Enfermagem: é o roteiro sistematizado para a coleta de dados do ser humano, compõe- se de Entrevista e Exame Físico. Trata-se da avaliação do paciente; - Diagnóstico de Enfermagem: é a identificação das necessidades do ser humano que precisa de atendimento e a determinação pela enfermeira em primeiro grau de dependência deste atendimento em natureza e extensão; - Plano de Assistência: é a determinação global da assistência de enfermagem que o ser humano deve receber diante do diagnóstico de enfermagem estabelecido. - Plano de Cuidados ou Prescrição de Enfermagem: onde a implementação do plano assistencial pelo roteiro diário vai coordenar a ação da equipe de enfermagem na execução dos cuidados adequados ao atendimento das necessidades básicas. O plano de cuidados é avaliado sempre, fornecendo dados para a quinta fase; - Evolução de Enfermagem: que é o relato diário das mudanças sucessivas que ocorrem no ser humano enquanto estiver sob assistência profissional, sendo possível avaliar a resposta do ser humano à assistência de enfermagem implementada. A análise e avaliação dos passos ou fases anteriores leva- nos a sexta fase; - Prognóstico de Enfermagem: onde se faz a estimativa da capacidade do ser humano em atender suas necessidades básicas alteradas após a implementação do plano assistencial e de acordo com os dados fornecidos pela evolução de enfermagem, assim sendo, devido às características comentadas do processo de enfermagem é possível corrigir erros em qualquer uma das fases. Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 25 A divisão da assistência em fases foi na visão de Horta, um marco importante e norteador das ações de enfermagem individualizadas, surgindo desde então, várias propostas de melhoria na qualidade da assistência prestada. Para Kurcgant et al, a Sistematização da Assistência de Enfermagem é importante, como: - Agente na comunicação e na educação contínua, pois o seu registro serve de intercomunicação para toda a equipe, que somada às observações do próprio enfermeiro, contribui na avaliação das condutas de enfermagem; - Catalisadora de atividades, pois com o planejamento seguro de suas atividades a equipe terá mais tempo para executar a assistência, retratando a qualidade do atendimento que é dado ao paciente, refletindo o grau de preparo da equipe, assim como, funcionando como um instrumento de supervisão das atividades desenvolvidas pela equipe de enfermagem. Diante da necessidade de um atendimento individualizado, o enfermeiro precisa se conscientizar em relação à importância do uso de Sistematização de Enfermagem, deixando de ser executor de ordens medicas e institucionais e passar a utilizar estratégias que favoreçam o desenvolvimento de uma enfermagem cientifica, com um corpo de conhecimentos próprios que demonstre com ações efetivas, e registradas no prontuário do paciente à necessidade do profissional enfermeiro nas instituições de saúde. Daniel, diz que a “Enfermagem Planejada” visa orientar o profissional quanto à elaboração de um Planejamento de Enfermagem, portanto é preciso identificar os problemas e recomendar as ações especificas às necessidades prioritárias do ser humano. O enfermeiro no desempenho de sua profissão vê-se na contingência de executar muitas atividades, dentre elas destacamos a participação em atividades burocráticas e educativas, a manipulação eficiente de múltiplos e complexos aparelhos, o que proporciona melhor atendimento de enfermagem, porém contribui para aumentar a distância entre o enfermeiro e o paciente. A Sistematização da Assistência de Enfermagem propõe individualizar o atendimento de enfermagem, estabelecendo prioridades no atendimento através da avaliação dos cuidados, do intercâmbio com outros membros da equipe de saúde, dentro de uma sequência organizada que assegure benefício ao paciente. Utilizar a Sistematização da Assistência de Enfermagem requer o preparo do enfermeiro, o respeito ao código de ética, aos direitos humanos, à formulação de procedimentos e rotinas. Faz-se necessário ainda que o enfermeiro utilize os seus conhecimentos e habilidades profissionais para ser capaz de preparar um Plano de Cuidados de Enfermagem que traga benefícios ao paciente e que consequentemente diminua a distância entre o profissional e o paciente. Para Waldow, o Processo de Enfermagem é a única forma de atuação do profissional de Enfermagem que ocorre de maneira organizada e cientifica. As ações são dinâmicas, isto é, elas mudam, influem umas nas outras e estão constantemente inter-relacionadas, sendo que o Processo de Enfermagem é ferramenta e metodologia de enfermagem, que auxilia o enfermeiro em suas decisões e a predizer e avaliar consequências, funcionando como um guia, que dá direção à pratica. Acredita que para Processo de Enfermagem ser efetiva e eficazmente viabilizado, é imprescindível uma integração docente assistencial, devendo os docentes de enfermagem e enfermeiros se reunirem e expor suas dificuldades, suas experiências, suas expectativas em relação à assistência. Entretanto ressalta que a forma como a integração docente assistencial tem sido viabilizada, onde o docente presta serviço para a instituição, torna difícil a neutralização, pois, ele passa a incorporar os problemas da instituição dificultando a sua observação e visualização de forma crítica e imparcial. Atkinson e Murray, acreditam que o Processo de Enfermagem é uma tentativa de melhorar a qualidade da assistência ao paciente, devendo ser planejado para alcançar as necessidades especificas do paciente, sendo então redigido de forma que a todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistência. O Processo de Enfermagem, além de trazer benefícios ao paciente, apresenta inúmeras vantagens para a enfermeira, pois, o plano de assistência bem elaborado resulta em uma participação efetiva do paciente, que associado a uma avaliação eficaz pode determinar se as necessidades individuais foram ou não atingidas. Silva, Takito e Barbiere, descrevem que as atividades de enfermagem exigem do profissional prontidão de ação, adaptação, criatividade e inovação, devendo ser implementadas dentro de um sistema de valores, tecnologia e ciência que não só contribuam para a melhoria da qualidade de assistência prestada à comunidade como também para o crescimento e desenvolvimento da profissão. Portanto, acreditam ser necessária a revisão de crenças e valores do grupo de enfermeiros acerca de seu papel, assim como, aprimoramento técnico-científico destes enfermeiros, para que a implementação Apostila gerada especialmente para: Bianca Souza 066.265.529-02 26 do Processo de Enfermagem possa ser incorporada e compreendida pela equipe multiprofissional que interage com a equipe de enfermagem. Segundo Campedelli, a capacitação da enfermeira e demais elementos da equipe utilizam a SAE - Sistematização da Assistência de Enfermagem, é fundamental no processo de implantação e manutenção desta proposta na instituição. A enfermagem, como profissão responde a determinados valores sociais, estando a capacidade do profissional de intervir na situação de assistência à saúde diretamente dependente do grau de conhecimento que tem dessa realidade, de acordo com sua competência técnico-científica. O Processo de Enfermagem é com certeza o melhor caminho para o enfermeiro ser reconhecido e valorizado, é uma tentativa de melhorar a qualidade da assistência ao paciente, pois as ações são planejadas oferecem segurança e são sempre baseadas em princípios e no conhecimento das ciências biológicas e sociais, proporcionando o acesso ao plano de assistência de todas as pessoas envolvidas no tratamento, evitando, portanto omissões
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