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Copyright© 2020 by Leilane Serratine Grubba, Elisandra Locatelli & Marina Belani Produção Editorial: Habitus Editora Editor Responsável: Israel Vilela Capa e Diagramação: Carla Botto de Barros As ideias e opiniões expressas neste livro são de exclusiva responsabilidade dos Autores, não refle- tindo, necessariamente, a opinião desta Editora. CONSELHO EDITORIAL: Alceu de Oliveira Pinto Junior UNIVALI Antonio Carlos Brasil Pinto (in memoriam) UFSC Cláudio Macedo de Souza UFSC Dirajaia Esse Pruner UNIVALI–AMATRA XII Edmundo José de Bastos Júnior UFSC- ESMESC Eduardo de Carvalho Rêgo UFSC Elias Rocha Gonçalves IPEMED–SPCE Portugal–ADMEE Europa–CREFAL Caribe Fernando Luz da Gama Lobo D'Eça IES–FASC Flaviano Vetter Tauscheck CESUSC-ESA-OAB/SC Francisco Bissoli Filho UFSC Geyson Gonçalves CESUSC–ESA OAB/SC Gilsilene Passon P. Francischetto UC (Portugal)–FDV/ES Jorge Luis Villada UCASAL–(Argentina) Juan Carlos Vezzulla IMAP (Portugal) Juliano Keller do Valle UNIVALI–ESA OAB/SC Lauro Ballock UNISUL Marcelo Gomes Silva UFSC–ESMPSC Marcelo Buzaglo Dantas UNIVALI Nazareno Marcineiro UFSC–ACADEMIA DA PMSC Paulo de Tarso Brandão UNIVALI G885c Grubba, Leilane Serratine Cartilha dos Direitos Humanos para Colorir / Leilane Serratine Grubba, Elisandra Locatelli e Marina Belani 1ª ed. – Florianópolis: Habitus, 2020. recurso digital Formato: e.book Modo de acesso: world wide web Inclui bibliografia ISBN 978-65-86381-82-5 1. Direitos Humanos 2. Direito Internacional 3. Infância l – Brasil I. Título CDU 341.24 É proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, inclusive quanto às características gráficas e/ou editoriais. A violação de direitos autorais constitui crime (Código Penal, art.184 e seus §§ 1º, 2º e 3º, Lei n° 10.695, de 01/07/2003), sujeitando-se à busca e apreensão e indenizações diversas (Lei n° 9.610/98). Todos os direitos desta edição reservados à Habitus Editora www.habituseditora.com.br – habituseditora@gmail.com Impresso no Brasil Printed in Brazil DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) Leilane Serratine Grubba Elisandra Locatelli Marina Belani Florianópolis 2020 Cartilha dos DIREITOS HUMANOS para Colorir CARTILHA A Cartilha dos Direitos Humanos para Colorir foi produzida no âmbito do Proje- to de Pesquisa e Extensão CINELAW – Ci- nema, Direitos Humanos e Sociedade: vias para o Empoderamento (CNPq/IMED); cria- do e coordenado pela Professora Doutora Leilane Serratine Grubba. O CINELAW, vinculado à Faculda- de Meridional (IMED), em Passo Fundo, é composto por Professores, Pesquisadores e Acadêmicos de Direito, Psicologia e ou- tras áreas, que buscam o aprimoramento da produção intelectual. Tem como grande ob- jetivo gerar bem-estar social para a comu- nidade, principalmente da região de Passo Fundo; promovendo encontros abertos para a comunidade que visam a conscientização sobre temas de Direitos Humanos. Em razão do trabalho realizado, no ano de 2017, o Projeto recebeu menção honrosa pelo prêmio AJURIS de Direitos Humanos, concedido pela Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul, em homenagem a Marco Antônio Bandeira Scapini. Com esta Cartilha de Direitos Humanos para Colorir, buscamos criar uma conscien- tização infantil, principalmente em crianças de 6 a 10 anos. Consideramos que as crian- ças são o futuro do Brasil; e que, se quiser- mos construir um país mais justo, solidário, igualitário e livre, temos que ter como ob- jetivo principal a educação das mesmas. A Cartilha de Direitos Humanos foi construída com base em dois grandes tex- tos das Nações Unidas (ONU): a Declara- ção Universal dos Direitos Humanos (1948) e a Convenção sobre os Direitos da Crian- ça (1989). Busca, portanto, cumprir com o objetivo de educação das crianças voltada para os ideais proclamados na Carta das Nações Unidas, principalmente a dignidade humana, a liberdade, a paz, a tolerância, a igualdade e a solidariedade. Por conseguinte, visando tornar a Carti- lha um instrumento educativo para crianças com idade entre 6 a 10 anos, os direitos e liberdades previstos nos mencionados tex- tos das Nações Unidas foram adaptados em uma linguagem simples, que possibilitasse o seu entendimento pelas crianças. Ainda, di- reitos e liberdades que, para o público in- fantil, estão além da possibilidade de en- tendimento, foram suprimidos. Com o intuito de ser um material peda- gógico, gerar um maior aprendizado, bem como interesse por parte das crianças, a Cartilha foi escrita na forma de uma histó- ria infantil, contada pela personagem Dig- nidade. Junto ao texto, ilustrações para as crianças colorirem, bem como alguns es- paços nos quais se requisita que a própria criança interaja na história, relatando suas opiniões, vivências ou desenhando. Esperamos, com isso, poder cumprir com uma maior consciência em Direitos Humanos. Passo Fundo, 2020 Leilane Serratine Grubba Elisandra Locatelli Marina Belani AUTORIA Leilane Serratine Grubba Doutora e Mestre em Direito (UFSC). Mes- tranda Interdisciplinar em Ciências Humanas (UFFS). Graduada em Direito (CESUSC). Pro- fessora Permanente do Mestrado em Direito e da Escola de Direito da IMED – Passo Fun- do. Professora Colaboradora do Mestrado em Psicologia da Faculdade IMED. Pesquisadora da Fundação IMED. Coordenadora do Projeto de Pesquisa e Extensão CINELAW. Elisandra Locatelli Pedagoga (UPF) e Especialista em Supervi- são, Orientação, Inspeção e Administração Es- colar pela Faculdade Futura. Pós-graduada em Atendimento Educacional Especializado - AEE (UNÍNTESE). Pós-graduanda em Linguagens e Tecnologias da Educação (IFSUL). Professora do Governo do Estado do Rio Grande do Sul e da Prefeitura Municipal de Passo Fundo. Pes- quisadora CINELAW. Marina Belani Psicóloga Clínica (IMED - Faculdade Meri- dional). Especialista em Neuropsicopedagogia. Pós-graduanda em Neuropsicologia; e Neuro- ciência e Educação (Faculdade Metropolita- na). Professora de Educação Infantil e Anos Iniciais. Pesquisadora independente na área de Sexualidade Humana. Psicoterapeuta e fun- dadora do Grupo Psicoterapêutico de Apoio a Pessoas Transgêneras e Transexuais de Passo Fundo/RS. Pesquisadora CINELAW. Olá, tudo bem? Meu nome é Dignidade. Qual é o seu nome? _______________ Eu vou te contar uma história muito importante. A história de como todas as pessoas e as crianças do mundo devem ser tratadas... Com muito respeito e compreensão. Você já conhece essa história? Eu fiz desenhos lindos para você colorir e pintar com as suas cores preferidas. Você pode usar lápis de cor, canetinhas ou o que você preferir. O importante é você se divertir e aprender comigo. Vamos nessa? A história que vou te contar começa assim: No mundo todo, as crianças devem nascer livres e iguais... ... Mas você sabia que nem sempre foi assim? Durante muito tempo, aconteceram coisas horríveis no mundo... Então, em 1948, um livro muito importante, chamado Declaração Universal de Direitos Humanos, transformou todas as pessoas livres e iguais em direitos. Os adultos e as crianças também! O meu n ome é D ignidade ! Meu nom e signific a ter uma boa vida e p az. Também significa viver uma vida longa e feliz! O mais legal, em minha opinião, é que esse livro que eu falei para você buscou dar dignidade para todas as pessoas. Até mesmo para as crianças. D I G N I D A D E Agora eu preciso te contar o que é ser livre e igual em direitos... D I G N I D A D E Existem muitas pessoas diferentes no mundo. As pessoas têm a cor da pele diferente. Elas também podem ter religiões diferentes. Muitas pessoas moram em lugares muito distantes. Elas falam outras línguas, sabia? Mas é importante tratar todas as pessoas e todos os seus colegas bem, mesmo que eles sejam diferentes de você. Porque mesmo sendo pessoas diferentes, somos todos iguais. Somos seres humanos. A coisa mais importanteé que as pessoas tenham uma vida feliz e segura. Você pode desenhar o que faz você se sentir feliz e seguro? Uma coisa que faz com que a vida seja segura é a criança ser reconhecida, ter um nome e uma nacionalidade... Meu nome é Dignidade e eu sou brasileira... Você já me contou o seu nome. Agora você poderia me contar qual a sua nacionalidade? ______________________ Outra coisa que deixa a vida segura é a proibição dos maus-tratos, da violência e da escravidão... A família também deixa a vida segura e feliz. Você sabia que todas as crianças têm o direito de ter uma família? Muitas famílias são diferentes e muitas vezes são escolhidas pelo amor. É importante que todas as famílias sejam respeitadas... Vamos desenhar a sua família? Agora eu vou te contar um direito que você vai adorar: O lazer. Significa que você pode brincar, descansar, se divertir com seus colegas... Mas promete que não vai deixar de estudar? A educação é um direito muito importante para você ter uma vida segura. Na escola, você pode fazer amigos e eu tenho certeza de que seus professores irão te ensinar muitas coisas, que serão importantes para a sua vida! Eu gosto muito de estudar. Você também gosta? Os adultos também têm o direito de escolher onde trabalhar e todas as pessoas devem ser respeitadas. Não esqueça nunca que as crianças não podem trabalhar! Todas as pessoas, adultos e crianças, têm direito à saúde. Essa é uma proteção que o Brasil tem que garantir para todos. Você sabia que no Brasil o nome desse serviço é Sistema Único de Saúde? O casamento também é um direito de todas as pessoas adultas. Mas crianças não podem casar, e as pessoas não podem ser obrigadas a se casarem. Sabe por quê? Casar é um ato de amor. Então, é uma escolha de cada pessoa. O último direito que eu vou te contar é a igualdade. Parece difícil entender como todos são diferentes e iguais. Mas eu vou tentar te explicar. As pessoas têm religiões diferentes, cores de pele diferentes, as famílias são diferentes e as crianças gostam de jogar jogos diferentes também. Se você olhar para os seus colegas e amigos, vai ver que vocês são muito diferentes em várias coisas. Mas como então as pessoas são iguais? São iguais porque todas as diferenças devem ser respeitadas para que todas as pessoas sejam felizes e tenham uma vida segura que valha a pena. Então, para o nosso país, todas as pessoas são iguais e têm os mesmos direitos, como esses que te contei, por exemplo. A gente chama isso de “igualdade perante a lei”. Todos são iguais perante a lei, mas olha que coisa boa: As crianças são prioridade! Elas são consideradas como o futuro da humanidade. Também tem tratamento especial às crianças que tem dificuldades a mais dos que as outras, como as crianças que não conseguem enxergar, caminhar, falar ou que tenham outras necessidades. Esse tratamento especial é importante para que essas crianças tenham ajuda para poder viver as suas vidas tão felizes e seguras como as outras crianças. Além da igualdade de direitos, que eu expliquei para você, as pessoas também têm liberdade... Você gostaria de desenhar uma criança livre? Agora vou explicar para você nossas maiores liberdades. A primeira é a liberdade de pensamento, de consciência e de escolha da religião. Isso significa que você pode ter seus próprios pensamentos e opiniões sobre as coisas do mundo, também pode escolher sua religião. Todas as pessoas também têm liberdade de expressão. Então, além de você pensar, você pode falar para as pessoas o que você pensa. Você só não pode ofender as outras pessoas e as outras crianças. Todas as pessoas também têm liberdade de locomoção. Isso significa que você pode passear e viajar. Você pode até mesmo sair e voltar do Brasil. Só não esquece que as crianças devem estar acompanhadas dos pais ou responsáveis. Você sabia que todas as pessoas, até mesmo as crianças, tem liberdade para se reunir com seus amigos? Mas só pode quando for uma reunião pacífica, sabia? Então, não pode brigar com ninguém. Você desenha o que você e seus amigos fazem quando vocês se reúnem? Todas as pessoas têm liberdade de participar da vida cultural. Eu adoro essa liberdade, porque eu gosto muito de ouvir música. Me conta o que você gosta de fazer? Você pode escrever ou desenhar. Eu estou muito curiosa! Agora chegou na hora de eu te dizer tchau! Foi muito bom ter dividido com você essas coisas boas da nossa vida. Espero que você tenha gostado. Eu adorei! Ah, só mais uma coisinha! Eu gostaria que você nunca esquecesse a importância de cuidar e preservar o meio ambiente: as árvores, as florestas, as plantas, e os animais. E aí, você já plantou uma semente?
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