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Capítulo (2) Viver dignamente Vamos dialogar! Existem inúmeras situações na vida que não são dig- nas, ou seja, não são respeitosas, são indecentes. Algu- mas delas acontecem porque vivemos em um pais bas- tante desigual em sua realidade social e econômica. As pessoas de ciasses sociais diferentes não são assistidas da mesma forma, provocando um abismo entre pobres e ricos. Há também as situações indignas causadas por fato res de ordem emocional, resultantes, em muitos casos, do tipo de vida que escolhemos ou que somos levados a escolher. Neste capitulo, aprenderemos a identificar as desi gualdades sociais, o que são direitos humanos e como podemos tazer nossa parte para mudar essa realidade injusta. Para começar o debate, analise as imagens se- guintes e converse com seus colegas e seu professor sobre como elas representam a falta de dignidade na Progresso e desigualdade Oprogresso econômico pode ser encarado como algo positivo em uma sociedade, porque comprova nossa ca- pacidade de crescer, aprender e descobrir novos mun- dos. Mas o progresso tem seu preço: correria, estresse, doenças, poluição, entre outros problemas. Além disso, o progresso económico não é igualitário. Algumas pes soas sentem mais seus benefícios, outras sofrem mais com suas desvantagens. vida de muita gente. Enquanto poucos individuos têm parte na riqueza gerada no nosso pais, a grande maioria vive com ape nas ou pouco mais que o necessário, além de ter muitos de seus direitos básicos negados. Sem contar as familias que vivem na miséria, com nada ou quase nada, sem acesso à moradia, à educação, à saúde, ao trabalho e ao lazer. As grandes filas nos hospitais e postos de saúde e nas agências de emprego são um reflexo nítido da injus tiça social que nos cerca. (12) cidadania Moral e Ética - 8* ano omedo, a ansiedade e a depressão, decorrentes da solidão e do ritmo de vida estafante, também são pro- blemas atuais, com os quais muita gente tem de lidar. A estrutura fisica das grandes cidades não favorece o con- tato constante entre as pessoas. Se repararmos bem, Os prédios e condominios isolam os moradores uns dos outros. Ademais, as experiências diárias com redes sociais da Internet fazem com que fiquemos cada vez mais conectados com outras pessoas por meio da tela do computador ou do celular, ao invés do contato fisico e pessoal. Esse modelo de vida individualista aliado à pressa e ao esforço exigidos pelo trabalho cada vez mais cansativo desencadeia problemas psicológicos e emo- cionais que, às vezes, necessitam de orientação médi- ca. Em muitos casos, é o preço que se paga pela busca desenfreada pelo lucro e pelo consumismo sem limites. Outro fator que promove a desigualdade social e econômica é a má distribuição de renda. Ou seja, a riqueza e os bens produzidos no país não são reparti- dos de forma que sejam revertidos em beneficios para todos. A consequência disso é que, ao passo que os mais ricos usufruem as regalias possibilitadas pelo seu dinheiro, os mais pobres, mesmo contribuindo para a riqueza nacional com seu consumo e seu trabalho, são obrigados a viver abaixo da condição social a que têm direito. Por isso, a realidade brasileira não é a mesma para todos. Vivemos em um país de oportunidades e vantagens diferentes para pobres e ricos. Saúde, educação, trabalho, habitação, cultura e lazer de qualidade são direitos fundamentais de todos os ci- dadãos. Os impostos que pagamos, quando compramos qualquer produto ou serviço, são recolhidos pelo gover no para serem revertidos na efetivação desses direitos. O que ocorre em algumas nações, como o Brasil, é uma ineficiente aplicação desses impostos, e, assim, a popu- lação não tem acesso aos serviços públicos pelos quais está pagando. Todas essas dificuldades devem ser discutidas e ter suas soluções buscadas por todos nós que compomos a sociedade. A desigualdade socioeconômica não pode ser encarada como aceitável. Podemos e devemos fazer nossa parte para reverter essa realidade que nos priva dos nosso direitos. Todos merecem ter uma vida digna, com a garantia de um lar, refeições diárias, trabalho ho- nesto, conhecimento, lazer e segurança. 13 Cidadania Moral e Etica - 8 ano Questão de ética 21 Como vimos, o progresso econömico traz vantagens e desvantagens. Complete a tabela citando fatos que vocá observa ao seu redor e que considera um beneficio ou um prejuízo decorrente desse progresso. 1 Atente para estas imagens e reflita sobre a desigual- dade social que elas representam. Escreva sobre isso e responda: Estas situações também são vistas na sua Vantagens cidade? Resposta pessoal. Desvantagens Resposta pessoal. Resposta pessoal. 14) Cidadania Moral e Ética - 8 ano Para refletir Os direitos humanos Você já ouviu falar na Declaração Universal dos Di- reitos Humanos? Ela foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948. Nos trinta artigos desse documento, estão descritos os direitos básicos que ga- A Associação Brasileira de Empresas e Pesquisas (Abep) é responsável pelo Critério de Classificação Económica Brasil (CCEB), que mede o poder aqui- sitivo da população. Veja, na tabela abaixo, essa rantem uma vida digna para todos os habitantes do mundo. Entre eles, liberdade, educação, saúde, cultura, informação, alimentação e moradia adequadas, respei to e não discriminação. Leia abaixo alguns itens: classificação. Grupos de renda da populaç�ão Renda média Grupo familiar Extremamente pobre R$ 854 | Pobre, mas não extremamente pobre R$ 1.113 Artigo Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Säão dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade. Vulnerável Baixa classe média Média classe média Alta classe média Baixa classe alta Alta classe alta R$ 1.484 R$ 2.674 R$ 4.681 R$ 9.897 R$ 17.434 Acima Questões para reflexäo: A que grupo de renda pertence a sua família? Essa informação é pessoal, você não precisa dizê-la para os colegas nem para o professor. Na cidade em que você vive, a maioria das pessoas pertencea que grupo? Se necessário, pesquise. Que diferenças existem entre os indivíduos de cada um desses grupos? Artigo I Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, lingua, religião, opinião políitica ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição. Artigo l Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. .. Artigo VI Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos tèm direito a igual proteçäo contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal disctiminação. 1s) Cidadania Moral e Etica - 8e ano Artigo XVIl Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela pråtica, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular. E.Questão de ética 1 Dos artigos citados, quais chamaram mais a sua aten-. ção? Por quÃ? Artigo XIXx Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; esse direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e dependentemente de fronteiras. Resposta pessoal. 2 Comente a primeira afirmação do documento: "Todas as pessoas nascem livres eiguais em dignidade e direitos Artigo XXv 1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusivealimentação, vestuário, habitaç�o, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de Resposta pessoal. subsistência fora de seu controle. 31 0 artigo ll esclarece que todos nós temos o direito de Artigo XXV 1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito. ivermos livres de qualquer discriminaç�ão. Você obser va o descumprimento desse direito? Exemplifique. 2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do forta- lecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a Resposta pessoal. compreensão, a toleráncia e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos e coadju- vará as atividades das Nações Unidas em prol da manu- tenção da paz. 4 Pesquise em jornais e revistas, impressos ou on-line, desta semana notícias que exponham o descumprimen to dos direitos humanos. Indique a que direito negado cada fato se refere. Disponível em: http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter. universal.htm. Acessado em 08/04/2014. (16) Cidadania Moral e ética-8 ano Para refletir 5 importantes nomes da luta por direitos humanos no Brasil O Brasil foi pioneiro no mundo ao estabelecer o Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, exe cutado pelo governo desde 2004. A motivação veio anos antes: em assembleia da Organização das Nações Unidas, realizada em 9 de dezembro de 1998, paises reafirmaram a responsabilidade de todos no que diz respeito à promo ção e à proteção dos direitos humanos e das liberdades fundamentais. Vamos conhecer a história de cinco impor. tantes nomes envolvidos na luta pelos direitos humanos no Brasil: Alexandre Anderson Eliseu Lopes Alexandre Ander Por falar português e guarani ter crescido aprendendo as tradi- son de Souza traba- Iha para defender co- çoes dos mais velhos, em 2003 o munidades de pes- ca artesanal que vi- guarani-kaiowá Eliseu Lopes resol- veu dar aulas para as crianças na vem do que a Baía de aldeia Taquapiri. Tinha um objetivo Guanabara (Rio de Ja- claro: levar para a comunidade uma neiro) tem para ofe- educação que passasse para as no- recer e tenta impedir vas gerações as tradiçoes e a cultura do povo. [...] Daí para o engajamento na defesa do território ancestral foi um pulo. Eliseu passou a ser porta-voz do Movimento Aty Guasu, que reúne os gua rani-kaiowá, participa ativamente na luta pela recuperação da terra que historicamente pertencia a seus antepassados e apoia as lideranças nos outros 35 acampamentos indigenas a destruição do meio ambiente na região. Com o apoio de organizações, técnicos e universidades, o pescador tem-se esforça- do para comprovar cientificamente os es- tragos já observados na região eo impac- to que esses empreendimentos ainda po- dem causar. do Estado do Mato Grosso do Sul. Júlio César Júlio César Ferraz de Souza era técnico em patologia da Secretaria de Saúde de Ma- naus, mas não era concursado. Quando um corte deixou Júlioe outros seis mil profissio- nais da saúde sem emprego, ele descobriu que não tinha para onde ir. Sem dinheiro para pagar aluguel, foi despejado. Em 1995, foi morar em uma ocupação de terra chamada Riacho Doce e deu seus primeiros passos na luta dos sem-teto. [...] Aplicando o que já havia vivido na militância do Sindicato dos Profissionais da Saúde e no Partido dos Tra- balhadores, ajudou a ocupação a se mobilizar e a resistir aos ataques fisicos e políticos. A resistência de três mil pessoas-que marcharam nas ruas e defenderam seu direito à moradia-garantiu a regularização da área. Foi só a primeira vitória de uma articulação que, tempos depois, daria origem ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto de Manaus. Cidadania Moral e ética - 82 ano 17 Irmä Leonora Evane Lopes Irmã Leonora, inte grante da Congregação das Irmas do Imaculado Evane Lopes nasceu e cresceu na comunidade quilombola São Domingos, localizada na região de Coração de Maria e da Paracatu, no noroeste de Minas Ge Comissão Pastoral da Ter ra (CPT), atua há mais de rais. Pertencente a uma das fami lias que deram origem ao quilombo (sua tataravó foi escrava), cresceu três décadas na defesa de trabalhadores rurais sem- em meio às histórias contadas pe- terra. Leonora começou los mais velhos sobre o passadoe a atuar junto de trabalhadores rurais em 1978, ainda no Rio Grande do Sul, onde nasceu. Na epo ca, ajudou os agricultores a se organizarem para o plantioe a venda de seu cultivo. Além de organizar a origem da comunidade. Quando menina, sonhava emn escrever um livro com todos os "causos" ouvidos em famí- lia. Acabou protagonizando um novo capitulo da história: a defesa dos direitos quilombolas. Evane atuou para garantir direitos básicos para a população quilombola, exigiu a re- lideranças, sua aposta é na juventude: chama os jovens do meio rural para lutar pelo direito à terra paração dos impactos provocados por uma grande empre sa que atua no local e levou cinco comunidades da região e para fortalecer a agricultura familiar permitin do a permanência da comunidade no campo. para conversar coma Presidência da República. Disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/5-importantes-nomes-da-luta-por-direitos-humanos-no-brasil/. Adaptado. Acessado em 10/04/2014. Questoes para reflexão: Das pessoas citadas na matéria acima, qual he despertou mais interesse? Por quê? Na sua família ou comunidade, alguém que vocé conhece se destaca pela defesa dos direitos humanos? Se sim, o que faz essa pessoa? Se você pudesse falar com alguma das pessoas do texto ou escrever um carta para ela, o que você diria? O que vocé poderia fazer para lutar pelos direitos humanos na sua escola, na sua casa ou no seu bairro? OR ALER 18 Cidadania Moral e Etica -8 ano Os direitos do jovem Art.5 O direito de ser escutado: Em geral, considera-se que os jovens como você têm oS mesmos direitos defendidos pela Declaração Univer sal dos Direitos Humanos da ONU e que são protegidos em cada paíis. Porém, isso é muito amplo. Por isso, em 1998, um grupo de jovens de distintos países reuniu-se em Taizé (Borgonha, França), um centro espiritual ecu- mênico, e interpretou esses direitos da seguinte forma: O jovem tem o direito de expressar-se livremente, o direito de ser escutado e considerado, ainda se sua opi- nião se difere das ditas pelos adultos. Art. 6 o direito de ser informado: 0 jovem tem o direito de receber uma informação objetiva com relação às realidades de nossa sociedade. Nós, os jovens do mundo, Art. 7 o direito da participação: proclamamos a presente declaração dos direitos da juventude como um fim a conseguir por todos O jovem tem o direito de montar atividades, de par- ticipar delas e de comprometer-se livremente com elas em sua escola ou em seu bairro. os povos e por todas as nações. Art.8 o direito à vida escolar O jovem tem o direito a uma vida escolar estável e progressiva, o que equivale a um horário equilibrado que Ihe permita tempo livre necessário para as ativida- des e os intercâmbios entre alunos e professores. Gelpi JM/Shutterstock Art. 1 o direito à identidade como jovem: A juventude tem o direito de ser considerada como Art. 9 o direito a oportunidades iguais: um grupo específico, com seus valores próprios e uma parte da sociedade. O jovem tem direitoa uma educação n�o seletiva e não competitiva. Art. 2 Art. 10 o direito à autonomia: o direito ao trabalho: O jovem tem o direito de gozar dos meios de desen volvimentoe de exercer progressivamente as responsa- bilidades que Ihe permitirão o acesso à autonomia. 0 jovem tem direito a um trabalho conforme com as suas capacidades e suas aspirações. Art. 11 Art. 3 o direito à inexperiência: 0 jovem tem o direito de poder concorrer a uma vaga de trabalho sem experiência condicionada ao direito de amar: Ojovem tem o direito de eleger seus amigos sem dis- criminação de classe, de sexo ou de raça. anterior. Art. 4 Art. 12 O direito de ser amado: o direito ao erro: Ojovem tem o direito de ser respeitado, compreendi do e de ser amado por sua família. Ojovem temo direito de cometer erros e de corrigir-se dos mesmos. Cidadania Moral e Etica - 8 ano (19 Questão de ética 1 Dos direitos do jovem citados, indique dois que voc percebe cumpridos em sua vida e dois que não são aplicados. Art. 13 o direito de uso do tempo livre: O jovem goza do direito de ter em seu meio um lugar que lhe permita dedicar-se a ocupar organizadamente seu tempo livre. Resposta pessoal. Art. 14 o direito à consideração moral 2 Os direitos do jovem devem ser assegurados por toda a sociedade. No entanto, é dever de cada jovem também lutar por seus próprios direitos, inclusive fazendo de sua vida uma demonstração de respeito a eles. Indique como você pode contribuir para a efetivação dos seguin- O jovem tem direito a serviços que não sejam discri- minatórios em lugares públicos. Art. 15 o direito à consideração juridica: O jovem tem o direito de paticipar na elaboração das leis que lhe referem e de ser respeitado pelas forças tes direitos: a. O direito à autonomia. da ordem. Art. 16 Resposta pessoal. o direito à proteção: O jovem tem o direito de ser protegido contra todo tipo de manipulaç�o: publicidade, doutrinamento, ex perimentações diversas (cientificas, educativas, etc.). b.0 direito de ser amado. Art. 17 O direito aos valores espirituais: Ojovem tem o direito de escolher, de viver e expres sar seus valores espirituais sem oposição dos Estados. Resposta pessoal. Art. 18 o direito à solidariedade: O jovem tem o direito de crescer em um espírito de paz e de solidariedade e de ter ante seus olhos exem- plos de compartilhamento e ajuda mútua no plano in- ternacional que Ihe incitem a construir um mundo mais c.O direito de ser escutado. Resposta pessoal. fraternal. Disponivelem:http://www.parceirosvoluntarios.org.br/Componentes/textos/ TextosVJ.asp?uTx=24&iRnd=0,8449%D8. Adaptado. Acessado em 11/04/2014. (20) Cidadania orale Etica - 8 ano 4 Leia o texto seguinte, sobre criminalidade na juventu- de, e responda às questões que o sucedem. d.O direito ao erro. Resposta pessoal O adolescente carrega dentro de si todas as inse- guranças que permanecem presentes na idade adul ta, com o diferencial da ausência de maturidade comn que administra tais instabilidades. A desestrutura do lar, fator presente em mais de 80% dos casos de de linquência juvenil, desencadeia no adolescente a ne- cessidade da busca de autoafirmação em campo ex terno à sua casa, preferencialmente agregando-se a e. O direito aos valores espirituais. Resposta pessoal. outros sob as mesmas circunstâncias. A imaturidade emocional está presente nas gangues de criminosos e infratores, essencialmente naquelas compostas por adolescentes. [...] Essa insatisfação gera no ser huma- no imaturo uma necessidade de completude que, de fato, nada no mundo supre. E exatamente nessa porta que a criminalidade ingressa, porquanto seja o ado- lescente um ser insatisfeito, incompleto e carente. Disponivel em: http://revistavisaojuridica.uol.com.br/advogados leis-jurisprudencia/86/artigo2932 77-2.asp. Adaptado. Acessado em 11/04/2014 f.O direito à solidariedade. Resposta pessoal 3 Classifique as assertivas seguintes como verdadeiras (V) ou falsas (F). F Os jovens devem ser tratados exatamente da mesma maneira que se trata um idoso ou uma criança. F Os direitos dos jovens são plenamente cumpridos no país em que vivemos. F Pelo fato de os jovens não poderem ser responsabi lizados por suas atitudes, os erros deles devem ser des- considerados. VE dever de todo jovem estar ciente de seus direitos econhecer os órgãos püblicos aos quais podem recorrer a. Que caracteristicas próprias da adolescência podem levar o jovem a adentrar no mundo do crime? Imaturidade emocional, insegurança e familia desestru- turada, em alguns casos. caso se sintam agredidos. (21 Cidadania Moral e Ética - 8 ano b. O que você deve fazer, no dia a dia, para manter-se afastado da criminalidade? Responda e depois discuta com seus colegas e seu professor. O belissimodocumentário Pro dia nascer feliz, de João Jardim, é um dos raros filmes que retratam com delicadeza e sensibilidade a cruel reali- PRO DIA dade da vida de adolescentes NASCER FELIZ na escola. João Jardim des- Resposta pessoal. creve o cotidiano de jovens em quatro escolas brasileiras. Em Pernambuco, São Paulo, Duque de Caxias e no Rio de Janeiro; todas elas säo públicas. Há também uma escola em Såo Pauto, parti. cular, em um bairro de elite. João Jardim n�o deixa de mostrar ainda outro estabelecimento de ensino, não c. Pesquise notícias relacionadas a jovens infratores da região em que você vive. Comente-as, destacando o que poderia ser feito para diminuir a ocorrência desse tipo de violência. nomeado, mas que o espectador percebe que é uma instituição para adolescentes em conflito comalei. Moradia, um direito Resposta pessoal. Como vimos, em nossa leitura da Declaração Univer sal dos Direitos Humanos, a moradia é um direito assegu rado ao cidadão. E esse direito envolve n�o apenas um teto sob o qual morar, mas também segurança, saude e dignidade tanto na casa quanto na comunidade E direito de todos, por exemplo, nao ser removido de seu lar nem ser ameaçado quanto à posse de sua mora dia. Além disso, o governo deve se comprometer a aten der às necessidades das moradias, como saneamento basico, energia elétrica, postos de saúde, escolas, cre ches e areas de lazer nas proximidades, coleta de lxo, transporte público, entre outras. 5 Existem entidades que trabalham com a reeducação de crianças e adolescentes que cometeram atos infra- cionais. Procure saber se existem órgãos desse tipo no seu bairro ou na sua cidade e colete informações sobre suas atividades e sua estrutura. Resposta pessoal. 22) Cidadania Moral e Ética - 8 ano EQuestão de ética Uma moradia ideal é aquela que protege seu mo- rador da chuva, do calor, do vento e da umidade, bem como o protege contra desmoronamentos, inundações e incêndios. A habitaç�o deve, também, ser adequada para o número de pessoas que nela vive, com ambientes propícios para cozinhar, lavar roupas, etc. Os gastos com a aquisição ou aluguel da moradia não podem comprometer o atendimento de outras necessi dades fundamentais, como a educação, a alimentação e o lazer. Ademais, pessoas que pertencem a grupos vul- 1 Existem diversos tipos de moradia. Se você vive em uma região urbana, provavelmente as habitações mais comuns são as casas e os prédios. Porém, em outros lu- gares, de clima, cultura ou condição social diferentes, as moradias podem ser de vários modelos. Observe alguns deles nas imagens seguintes e pesquise seus nomes, sua estrutura e o tipo de pessoa que geralmente os habita. neráveis, como crianças, idosos, pessoas com deficiên- cia ou doenças crônicas, devem ter uma atenção espe cial voltada à aplicação do direito à moradia. Infelizmente, muitas pessoas têm esse direito nega- do. O saneamento básico, por exemplo, é um direito in- dispensável, mas que não atinge muitas localidades ca- rentes do País. Observa-se também que muitas familias vivem em habitações de condições precárias, que não favorecem sua segurança, sua saúde e seu conforto. 3 5 1- glus,usados por esquimós durante o invernoe fei tos de neve ou blocos de gelo. Há ainda um problema mais grave: o dos moradores de rua, expostos ao frio, à criminalidade ea todos os ou- tros riscos à saúde e à sobrevivência. Cidadania Moral e Etica 8 anoo 23 Palafitas, habitações construidas sobre estacas, co 2 Leia a canção abaixo para responde às perguntas: muns em regiões alagadiças, como margens dos rios. Opinião Em alguns lugares do Brasil, como a Regiäo Nordeste, Podem me prender, podem me bater, podem até deixar-me sem comer, esse tipo de moradia é destinado a populações caren tes. que eu não mudo de opinião. Casa de pau a pique, na qual as paredes são construi- 3- Daqui do morro, das com varas e barro. eu não saio, não. Se não tem água, eu furo um poço. Se não tem carne, eu compro um oss0 4- Trailer, vagão que serve de moradia para familias no e ponho na sopa. E deixa andar.. mades. Fale de mim quem quiser falar, aqui eu não pago aluguel. Se eu morrer amanhà, seu doutor, estou pertinho do céeu. Oca, feita com materiais rústicos e geralmente habita- 5 KETI, Ze. In: LEAO, Nara. Opinido de Nora. Philips, 1964 da por indigenas. a. O narrador tem que relação com sua moradia? Relação de afetividade e pertencimer b. O sujeito da canção é apegado apenas à sua ca;1 0u também à comunidade? Explique. A comunidade onde ele vive, o morro da suaCasa. Alieo seu lugar, onde ele encont e possibilidades de lidar com os problemas da 24) Cidadania Moral e ética - 8 ano c.Oue tipo de relação vocë tem com sua moradia e sua comunidade? Resposta pessoal. 3 Para você, como seria a casa ideal? Resposta pessoal. 4 As casas são locais onde estabelecemos relações com grupo social família. Como você acha que devem ser essas relações? Resposta pessoal. Resposta pessoal. 51 As imagens abaixo fizeram parte de noticiáriose esti veram associadas a acontecimentos infelizes. Observe as e indique a. Os fatos a ela relacionados. 6. Formas de prevenir esses tipos de acidente ou catástrofe. C. Se na sua região já ocorreu ou ocorre algum desses eventos. Cidadania Moral e £tica - 89 ano (25 O direito à saúde Para refletir Para a preservação da vida e da dignidade humana é necessário que o direito à saúde seja garantido. Coma vimos, a Declaração Uniyersal dos Direitos Humanos reza que "Toda pessoa temaireito a um padrão de vida capa: de assegurar a si e a súa familia saúde e bem-estar [.. Entre as medidas de garantia desse direito estãoa prevenção e o tratamento de doenças epidèmicas (que atingem grande número de individuos), endêmicas (que têm incidencia em determinada região) e outras, além do esforço de erradicação dessas doenças. O direito do cida dão à saúde também envolve a criação de condições que assegurem a todos assistência médica em caso de qual quer enfermidade, incluindo o acesso a postos de saude e hospitais, bem como a distribuição de medicamentos. Os serviços de saúde têm o dever de atender a todos sem discriminação, seja de ordem racial, de idade ou de gênero. Todos os cidadãos têm o direito de receber as sistência médica adequada às suas especificidades, em especial os que são mais vulneráveis. Ademais, nenhum paciente deve ser vítima de constrangimento nem o Es tado pode promover ações, leis ou politicas que limitem a liberdade pessoal de cada um. A nossa casa Na nossa casa, amor-perfeito é mato, eo teto estrelado também tem luar. A nossa casa até parece um ninh0 vem um passarinho pra nos acordar. Na nossa casa, passa um rio no meio, eo nosso leito pode ser o mar. A nossa casa é onde a gente está, a nossa casa é em todo lugar. A nossa casa é de carne e osso, não precisa esforço para namorar. A nossa casa não é sua nem minha, não tem campainha pra nos visitar A nossa casa tem varanda dentro, tem um pé de vento para respirar. ANTUNES, Arnaldo; RUIz, Alice; TATIT, Paulo. In: Saiba. BMG, 2004. Questões para reflexão: UPA 24h A "nossa casa", de que fala a canção, é um lugar fisico? Explique. O quevoc pensa dos seguintes versos: "A nossa casa é onde a gente está, a nossa casa é em todo lugar"? Que lugar ou que lugares você chama de sua casa? Por que? Que características da casa do texto Ihe chamam atenção? Justifique. O Ministério da Saúde é o órgão �o Poder Executivo Federal responsável pela organização e elaboração de planos e políticas públicas voltados para a promoção, prevenção e assistència à saúde dos brasileiros. É funçãodo ministério dispor de condições para a proteção e recuperação da saúde da população, reduzindo 3s enfermidades, controlando as doenças endêmicase parasitárias e melhorando a vigiláncia à saúde, dando, assim, mais qualidade de vida à população. (26) Cidadania Moral e Ética - 8 ano Questãão de ética 2 Você já recebeu atendimento público de saúde? Em caso afirmativo, você foi bem tratado? Se quiser, conte sua experiência. l Pesquise e indique a quantidade e o nome de cada serviço público de saude no seu bairro e complete a ta- bela abaixo. Resposta pessoal. Resposta pessoa. Quant. Nome 3 Procure saber que campanhas de saúde estão sendo realizadas na região em que você vive e escreva, em seu ca derno, a importància de cada uma delas para a população. Resposta pessoal. Posto de saúde Para refletir Hospital geral Dias melhores Vivemos esperando dias melhores: dias de paz, dias a mais, dias que não deixaremos para trás. Hospital para público especifico Vivemos esperando o dia em que seremos melhores, melhores no amor, melhores na dor, melhores em tudo. Serviço de Vivemos esperando atendimento de o dia em que seremos para sempre. Vivemos esperando urgência dias melhores para sempre. FLAUSINO, Rogério. In: Oxigenio. Sony, 2000. Farmácia popular Questões para reflexão: Voce vive esperando dias melhores? Quando você pensa em dias melhores, como eles são? Banco público de Voce pode ser melhor no amor e melhor na dor? sangue De que forma? Oque quer dizer a expressão L..]o dia em que sere- mos para sempre"? Por exernplo, hospital da mulher, da criança, do idoso. 27 Cidadania Moral e Etica - 8 ano