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Ensaio academico

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO-UEMA
 
A IMPORTANCIA DO PEDAGOGO EM OUTROS AMBITOS
Vitória Camille Costa da Silva
Centro das ciências exatas e naturais- CECEN
Curso: Pedagogia
Introdução:
O filósofo ateniense Sócrates (470/469 A.C ) guiado pela busca do conhecimento, defendia a ideia de que o dialogo era melhor forma de se chegar ao conhecimento, tendo como principio fundamental a construção do conhecimento em vez da mera transmissão de ideias, pois ele entendia que não se faz escolas somente com prédios e que o professor era mais que um transmissor de ideias prontas, era um mediador, que por sua vez propunha desafios e questionamentos afim de estimular e aguçar a curiosidade dos aprendizes e educandos.
Assim como Sócrates, Paulo freire dizia que “Ensinar não é transmitir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção”(FREIRE,2003,p.47),o pensamento dele sobre a educação é algo que vai além dos ensinamentos tradicionais, presos em uma sala de aula. Eles defendiam uma educação mais ampla que pudesse alcançar o inalcançável, essa educação é conhecida hoje como educação informal, onde não só se aprende em um colégio, mas em outros ambientes.
Em linhas gerais, o ensaio tem como objetivo explorar a dimensão e a importância da pedagogia, além dos âmbitos escolares , tendo como principal tema a pedagogia hospitalar que tem como finalidade, levar o ensino e a aprendizagem a crianças e adolescentes, impedidos de frequentar a escola por motivos de saúde. Buscamos, assim, contribuir com a educação informal, nos voltando a atenção a importância dos pedagogos em diferentes ambientes, a fim de contribuir para a conciliação das ações educativas com a realidade vivida.
Pedagogia em âmbitos não escolares:
Iniciamos, explicando a importância do educador em ambientes não formais, que ao longo dos anos se manteve restrita apenas ao âmbito escolar, sendo modificada pela revolução tecnológica, que consequentemente transformou a forma de trabalho, possibilitando a pedagogia de se transformar e se adequar a realidade, afim de ser inserido em um mercado de trabalho mais amplo e diversificado possível, estando presente em diversos segmentos como: ONGs, família, trabalho, lazer, igreja, sindicatos, clubes, etc. 
Diante disso, podemos mencionar o pensador Jean Piaget que vai dizer que “ O principal objetivo da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram"(Piaget,1970:53), o qual estava pautada na sua teoria construtivista que defendia a construção de um saber mais dinâmico e diversificado. Partindo desse pressuposto, vemos que a educação em espaços não escolares possui também uma ampla diversificação na sua forma de ensino, apresentando outras atividades que vão envolver trabalho em equipe, planejamento, formação pessoal, orientação e coordenação. 
Em seguida, podemos relacionar o pensamento de Jean Piaget com o da educadora Lourdes Frison que vai dizer:
O pedagogo gerencia muito mais do que aprendizagens, gerencia um espaço comum, o planejamento, a construção e a dinamização de projetos, de cursos, de materiais didáticos, as relações entre o grupo de alunos ou colaboradores. Isso significa que não basta possuir inúmeros conhecimentos teóricos sobre determinado assunto, é preciso saber mobilizá-los adequadamente. (FRISON, 2004, p. 89)
Portanto, percebe-se que tanto o pensador quanto a educadora, tem visões semelhantes a respeito da educação ser uma área de grande diversificação, pelo fato de ambos concordarem que o conhecimento não estar somente inserido em um ambiente escolar.
A partir disso, temos como resultado mudanças na sociedade contemporânea, e no mercado de trabalho, que deseja e busca pessoas com múltiplas habilidades, que saibam se adaptar a diferentes situações, que mostrem autonomia e até mesmo realizem ações transformadoras. O qual a educação empreendedora torna isso possível, através da metodologia baseada na teoria comportamental e tem como objetivo principal o desenvolvimento do ser humano em um ambiente social. Além disso, incentiva o pensamento crítico, a análise de problemas substantivos e a busca de soluções eficazes para esses problemas.
Pedagogia hospitalar:
Na modernidade, vemos que a pedagogia possui uma ampla diversificação de áreas de atuação, sendo importante salientar a pedagogia hospitalar que tem como objetivo fundamental ajudar no processo de ensino e aprendizagem, contribuindo na ressocialização e no bem estar das crianças e adolescentes após o períodos de tratamento e internação. Pelo qual a pesquisadora doutora Matos vai definir como:
[...] por Pedagogia Hospitalar, aquele ramo da Pedagogia, cujo objeto de estudo, investigação e dedicação é a situação do estudante hospitalizado, a fim de que continue progredindo na aprendizagem cultural, formativa e, muito especialmente, quanto ao modo de enfrentar a sua enfermidade, com vistas ao autocuidado e à prevenção de outras possíveis alterações na sua saúde (MATOS e MUGIATTI, 2009, p.79).
Dessa maneira, compreendemos que a pedagogia hospitalar tem como objeto de estudo as características das crianças, afim de contribuir para que a relação entre a equipe hospitalar e dos familiares com o paciente seja mais acolhedora e lúdica. Mostrando assim que ela pode atuar também na questão mental, social, física e emocional sendo denominada de psicopedagogia, que tem como finalidade compreender todo o processo que leva ao individuo a assimilar e a construir o conhecimento.
A psicopedagogia é a junção da psicologia com a pedagogia que tem como principal papel compreender como assimilamos os novos aprendizados, com a finalidade de identificar os problemas, que podem ser dificuldades ou até mesmo transtornos e encontrar alternativas para melhorar o processo de ensino e aprendizagem, afim de garantir que os conteúdos possam ser absorvidos e compreendidos.
Dentro desse contexto temos um profissional voltado para a asseguração do bem estar, o qual o psicopedagogo terá como principal papel desmitificar a visão do paciente, em relação ao ambiente hospitalar, através de ações lúdicas, recreativas e pedagógicas a fim de contribuir com sua aprendizagem e saúde. Por tanto, podemos destacar as autoras Ortiz e Freitas que abordam isso, dizendo que:
É preciso, pois ressignificar a concepção do hospital, como apenas um cenário asséptico, para vislumbrar um espaço onde a vida acontece, onde é aceito tudo o que faz parte da vida. A passagem da criança neste espaço permitirá o surgimento de outra: mais autônoma, aparelhada para a elaboração de relação consigo mesma, experienciando diferentes formas de afeto com os outros e com o mundo que a cerca (ORTIZ e FREITAS, 2005, p.34).
Tendo em vista isso, podemos dizer que a psicopedagogia beneficia a criança e o adolescente hospitalizado, que necessita de alternativas para se ter acesso ao ensino
e de meios que estimulem o conhecimento, visando assegurar a sua ressocialização e sua aprendizagem, além de garantir também sua estabilidade física, mental e emocional.
Fazendo com que a criança e o adolescente se sintam em casa, afim de que eles se sintam confortáveis para realizar suas atividades habituais, não permitindo que sua rotina seja alterada.
Além disso, ela também está presente em instituições e clinicas. O qual o psicopedagogo institucional vai atuar com um grupo de pessoas, tendo como objetivo avaliar os comportamentos e identificar as causas do seu desempenho individual que pode estar influenciando no seu trabalho coletivo. Enquanto que o clinico vai ter como principais atribuições apurar as causas que levaram a dificuldade de aprendizagem e oferecer soluções que ajudem a superar o problema.
É importante destacar, também os grandes desafios que a educação passa por estar inserida em outros âmbitos além das escolas,como por exemplo a grande desvalorização em relação ao trabalho do educador, o qual vemos que atualmente muitos buscam nesse curso uma formação paraatuar principalmente em empresas, pois consideram que nelas seu trabalho é muito mais valorizado do que em uma simples sala de aula. Além de também desvalorizar o trabalho do psicopedagogo que tem como principal tarefa incluir o seu paciente para que ele tenha uma melhor aprendizagem e desenvolvimento.
Seguido disso, podemos destacar também como desafio do educador a falta de pouca formação das universidades a respeito dessas pedagogias em outros ambientes que não estão inclusas em suas cadeiras, além também da falta de tempo e espaço para atendimentos nos hospitais em relação ao ensino, o qual nos faz constatar o descaso por parte do governo, das universidades e dos hospitais que ignoram a necessidade do paciente em relação ao ensino e a sua saúde . 
 
Em virtude disso, podemos relatar também os obstáculos pelo qual o aluno ou paciente passa em decorrência de uma consequências de fatores como: a falta de rotina do seu cotidiano, a falta de estar na escola com amigos e professores, a falta de disposição em decorrência da sua enfermidade, a interrupção do seu processo de aprendizagem, os problemas psicológicos causados pela sua doença que o impedem de ter uma rotina, um ensino e um convívio social em um ambiente familiar. 
Segundo o qual o pensador Fontes vai comentar sobre o educador na classe hospitalar:
é um trabalho especializado bastante amplo que não se reduz à escolarização da criança hospitalizada. Ela busca levar a criança a compreender seu cotidiano hospitalar, de forma que esse conhecimento lhe traga um certo conforto emocional. Isso lhe pode ajudar a interagir com o meio de uma forma mais participativa. [...] Ele é um professor diferente daquele da sala de aula, porque não está na escola, não está trabalhando com crianças “saudáveis”, que podem fazer tudo a qualquer tempo. Enfim, é isto, do ponto de vista educacional, social e humano, o que denominamos, pesquisamos e acreditamos ser o papel da Pedagogia Hospitalar.( Fontes,2009, p. 201)
A partir disso compreendemos a importância da pedagogia hospitalar, o qual podemos relacionar com o pensamento do filosofo Sócrates que vai dizer que o dialogo é a melhor forma de se adquirir conhecimento, nos fazendo entender que por meio do dialogo e da escuta o aluno-paciente pode resgatar sua vontade de continuar seu processo de ensino e sua recuperação, além disso essa educação pode ser responsável também pela melhora da sua saúde mental, física e emocional durante o seu processo melhora do seu quadro clinico.
Se o educador hospitalar quer trazer como novo paradigma a inclusão, torna se imprescindível que a universidades, escolas e governo apresentem as novas formas de ensino e a suas variedades de ambientes o qual ela esta inserida, com a finalidade de formar cada vez mais educadores para contribuir com o processo intelectual sendo um mediador do conhecimento. Por tanto é necessário que o educador da área da saúde, seja especializado para trabalhar com o aluno-paciente de maneira que pense nas suas diferenças e nas formas de exercer as suas praticas educativas sem comprometer no seu processo de recuperação.
Nesse sentido, o ambiente hospitalar pode comprometer no processo de ensino do paciente, devido aos constantes efeitos colaterais que ele sofre por estar enfermo, além das grandes interrupções durante o ensino por causa das constantes visitas do enfermeiros que devem aplicar as medicações, e também a questão do desconforto por ter que estar aprendendo em um lugar como esse, e também a falta de privacidade e de um lugar o qual ele tenha mais afinidade. Por isso o educador deve estar preparados para lidar com os mais diversos obstáculos causados como por exemplo a baixa autoestima do enfermo que não se sente disposto a manter sua rotina, tornando com isso imprescindível ele utilize métodos mais lúdicos e dinâmicos como forma de tornar o local mais acolhedor e familiar .
Transtornos de aprendizagem:
A psicopedagogia também atua em distúrbios de aprendizagem como: Transtorno de Déficit de atenção, Hiperatividade, dislexia, discauculia, disgrafia e entre outros. O qual o pensador Collares e Moysés vai definir como:
“Dificuldades de aprendizagem(D.A) é um termo geral que se refere a um grupo heterogêneo de desordens manifestadas por dificuldades significativas na aquisição e utilização da compreensão auditiva, da fala, da leitura, da escrita e do raciocínio matemático. Tais desordens consideradas intrínsecas ao individuo, presumindo-se que sejam devidas a uma disfunção do sistema central, podem ocorrer durante toda a vida...”. (Collares e Moysés, 1992, p.32)
Podemos começar relatando sobre o transtorno de déficit de atenção, que consiste em uma disfunção neurológica que causa a falta de atenção , a hiperatividade e a impulsividade. Causado pelo cérebro que não funciona de uma mesma maneira o tempo todo, por isso ele adapta seu nível a cada atividade e demandas de cada momento, gerando também problemas como: atraso no amadurecimento, falha nos sistemas motivacionais e de controle de atenção.
Diante disso, podemos apresentar como sintoma do déficit de atenção a hiperatividade que é caracterizado pela desatenção extrema, desorganização, comportamento impulsivo, inquietude entre outros, gerando problemas como desempenho escolar ruim, agitação incontrolável, tagarelice, dificuldades de compreender instruções. Ele é um transtorno comum em crianças e adolescentes ocorrendo em 3 a 5% das crianças, em varias regiões do mundo em que já foi pesquisado.
A dislexia também é um dos transtornos que podem ser tratados pelo psicopedagogo, ela é um distúrbio genético que dificulta o aprendizado e a realização da leitura e da escrita, causado pelo cérebro que tem dificuldades para encadear as letras e formar as palavras, não relacionando direito os sons as silabas formadas, fazendo com que o individuo comece a trocar a ordem de certas letras ao ler e escrever. Esse distúrbio não tem haver com a baixa intelectualidade, pois alguns disléxicos podem ter dificuldades com as palavras, porém ir bem em outras matérias como em cálculos, podendo ser também desorganizados ou metódicos. 
De acordo com a CID-10, os transtornos de aprendizagem:
[...] são transtornos nos quais os padrões normais de aquisição de habilidades são perturbados desde os estágios iniciais do desenvolvimento. Eles não são simplesmente uma consequência de uma falta de oportunidade de aprender nem são decorrentes de qualquer forma de traumatismo ou de doença cerebral adquirida. Ao contrário, pensa-se que os transtornos originam-se de anormalidades no processo cognitivo, que derivam em grande parte de algum tipo de disfunção biológica. (1993, p. 236).
A discauculia trata-se de um distúrbio de aprendizagem comum que afeta a habilidade das crianças de fazer cálculos matemáticos, alguns podem até entender a lógica por trás da matemática, entretanto não sabem quando e onde devem aplicar o que sabem para resolver o problema da questão. Além de apresentar dificuldades em contar, em lembrar os fatos matemáticos, em identificar os sinais, tem problemas com representações visuais e espaciais entre outros.
A disgrafia é um distúrbio da escrita onde a criança apresenta dificuldades em escrever letras e números, esse problema pode ser de dois tipos motora ou perceptiva, o qual a motora vai ser na execução da escrita, apresentando dificuldade no traçado da coordenação motora fina, mesmo dominando a leitura e a fala. Enquanto que na perceptiva a dificuldade acontece na associação do símbolo e da grafia que representa o som das palavras e frases.
A partir disso, podemos concluir que o psicopedagogo é imprescindível no crescimento tanto pedagógico quanto emocional das crianças e adolescentes uma vez que eles possuem praticas educativas que utilizam de meios lúdicos e dinâmicos, com a finalidade de assegurar aos alunos-pacientes um ensino mais diversificado e acolhedor, com o fim de contribuir para o seu desenvolvimento mental, físico e emocional.
Segundo a pedagoga Fonseca, é viável que a criançaestude mesmo hospitalizada, por isso ela vai dizer que:
É viável sim, que a criança internada estude e participe de ações pedagógicas no hospital, até porque ela não irá realizar tarefas que não possa ou não queira fazer. A criança quando esta internada sente-se como se estivesse abandonada, sente dor, incômodo, tudo para ela é novo e estranho, ela geralmente não sabe o que vai acontecer quando veem médicos e enfermeiros entrarem no quarto, muitas choram de medo só pelo fato de vê-los (creio que a vestimenta do médico, todos de branco, a apavora), fica agitada, nesse momento a equipe de saúde sempre pede o apoio pedagógico para acalmar a criança, através de uma pequena conversa, de leitura de histórias com representação com fantoches e brincadeiras, elas se acalmam sentem-se acolhidas, rompem essa barreira que o medo provoca, sentem-se mais seguras e tranquilas. Sem dizer que essa intervenção as aproxima da classe de apoio, onde podemos resgatar o seu cotidiano de vida na rotina escolar.(Fonseca,1999)
Nesse contexto, a colocação da pedagoga se depara com a realidade de que muitas crianças, sofrem por não poder exercer os seus direitos perante a sociedade, estando impedida de brincar, estudar, de ir e vir, de conviver em sociedade com outras crianças, devido a sua enfermidade. Tendo em vista isso, compreendemos a importância do profissional da educação hospitalar que tem como papel prevenir os transtornos de aprendizagem, além de resgatar a vontade dos jovens de continuarem tendo seu processo de aprendizagem mesmo em um âmbito totalmente complexo.
Considerações finais:
De acordo com a curiosidade de aprofundarmos nossos conhecimentos sobre essa vertente da diversificação dos âmbitos da pedagogia, percebemos que ela esta afetando a educação de varias formas, podendo ser compreendida por Libâneo que diz que:
 A escola de hoje precisa não apenas conviver com outras modalidades de educação não formal, informal e profissional, mas também articular-se e integrar-se a elas, a fim de formar cidadãos mais preparados e qualificados para um novo tempo (LIBÂNEO, 2012, p. 63).
Diante disso compreendemos que o educador precisa se adaptar a modernidade, em decorrência do sistema capitalista que exige cada vez mais a multifuncionalidade do trabalhador garantindo uma ampliação de sua áreas em outros ambientes, além do escolar com o intuito de garantir aos diversos indivíduos que tenham acesso ao ensino na forma mais diferente e diversificada possível, pois entende-se que o conhecimento não é construído somente em sala de aula mais sim em diferente lugares nas mais variadas formas.
O campo de atuação do pedagogo é muito diversificado, sendo de primordial importância em todas instituições o qual ele estar inserido, portanto podemos constatar que a visão em relação ao papel do educador perante a sociedade foi modificada ao longo do tempo. Diante disso, podemos destacar o processo de mudança do papel executado pelo pedagogo, ao longo da evolução da sociedade. O qual na antiguidade, ele era visto apenas como um simples disseminador do conhecimento em um determinado local, mas, na modernidade, é considerado um profissional que transcende o conhecimento para além de um âmbito escolar.
Diante desse contexto, podemos retomar a importância do pedagogo hospitalar que é imprescindível para o processo de aprendizagem do aluno-paciente, pois além de um educador ele se torna psicólogo , medico e um amigo através de métodos lúdicos e inovadores tendo como intuito contribuir para que as crianças e adolescentes se sintam em um ambiente acolhedor e familiar , facilitando assim sua aprendizagem, ajudando também a melhorar o seu desempenho no processo de recuperação. 
A partir disso, compreendemos que ninguém escapa da educação, podemos entender isso a partir da citação do pensador Libâneo:
Na casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender-e-ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação. Com uma ou com várias: educação? Educações. (...) Não há uma forma única nem um único modelo de educação; a escola não é o único lugar em que ela acontece e talvez nem seja o melhor; o ensino escolar não é a única prática, e o professor profissional não é seu único praticante (LIBÂNEO, 2010, p. 26).
Dentro desta perspectiva, o educador deve ser entendido como um instrumento para atender as necessidades educacionais e sociais, afim garantir que as crianças e adolescentes tenham seu direitos cumpridos perante a sociedade, com o intuito de contribuir para a formação do seu desenvolvimento cognitivo e social, resultando na formação de indivíduos cada vez mais críticos e conscientes em relação aos seus direitos e deveres diante da sociedade.
Referencias:
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LIMA,Cristina Cavallari Ferreira;ARAUJO,Silvana de Oliveira. Pedagogia hospitalar: A importância do apoio pedagógico dentro dos hospitais para jovens e crianças. Revista e-Faceq, v.1,n.1,p.3-5,2012.
ARAUJO,Andreia Straube;CRUZ,Gilmar de Carvalho. A docência no contexto hospitalar: uma pratica possível e necessária. Revista Educação popular, v. 13, n. 2, p. 25-35,2014.
LACERDA,Lúcia Cristina. Transtorno, distúrbio ou dificuldade de aprendizagem: eis a questão?. 2009. Monografia da pós-graduação “LATO SENSU”. Universidade Candido Mendes,Rio de janeiro,2009.
AVILA,Lanúzia Almeida;LARA,Isabel Cristina. Discalculia: um mapeamento de artigos brasileiros. Revista Abakos , v. 6, n. 1, p. 35-56,2017.
ALMEIDA, Maria Salete. Educação não formal, informal e formal do conhecimento cientifico nos diferentes espaços de ensino e aprendizagem. Dia a Dia Educação. v.2,n.1,p.5-9,2014.

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