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. Segundo Tomás de Aquino, a virtude cardeal da “fortaleza” supõe o bem justo e verdadeiro e o conserva. Que atitude listada a seguir corresponderia a um ato objetivo de covardia?
Entregar a carteira ao ladrão armado.
Não enfrentar a agressividade excessiva e injusta da autoridade policial.
Não responder a uma ofensa pessoal.
Não fazer postagens nas redes sociais contra as injustiças sociais.
Não sacrificar a vida para salvar esposa e filhos.
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "E" está correta.
A fortaleza ou coragem não é audácia. Ela só exige o martírio diante de um dever absoluto — neste caso, proteger a família da morte com a própria vida, se necessário
  MÓDULO 3
Distinguir a novidade na concepção de lei no nominalismo e
na Escola Ibérica em relação aos pensamentos agostiniano e tomista
GUILHERME DE OCKHAM
Com sua Filosofia “nominalista”, Guilherme (ou William) de Ockham iniciou o processo fideísta e  racionalista que caracteriza a Modernidade, com suas separações entre fé e razão, graça e natureza, Igreja e Estado, as quais quebram a harmonia buscada por Agostinho e Tomás de Aquino.
Ockham ensinou em Oxford, onde a investigação filosófica pendeu para o conhecimento empírico da natureza, com as pesquisas de Roberto de Grosseteste sobre a natureza da luz e as intuições de Roger Bacon sobre o que seria posteriormente o método científico moderno.
- NOMINALISMO METAFÍSICO-TEOLÓFICO E EPISTEMOLÓGICO
No ambiente mais científico (em nosso atual sentido) e menos especulativo, Ockham (MARCONDES, 2016) considerou que a razão não poderia conhecer com certeza a transcendência e unicidade de Deus, a imortalidade da alma, tampouco existiria uma lei moral natural. Deus, a alma e os deveres morais seriam assuntos exclusivos da Revelação. 
Aos poucos, a teologia e a Filosofia/ciência tornaram-se estranhas, “sem assunto”: a Revelação sobrenatural não seria mais o suplemento de uma busca natural pelo Criador, pela vida eterna e pelo bem, e não faria mais sentido falar de “preâmbulos da fé” — os pontos máximos da Filosofia metafísica ou “teologia natural”, que tangenciam os problemas da fé revelada. 
Essa separação foi a base sobre a qual apoiaram-se Lutero (1483-1546) e a Reforma Protestante, de sabor fideísta, e Descartes (1596-1650) e sua Filosofia, de sabor racionalista.
Clique na barra para ver as informações.
COMO, EXATAMENTE, OCKHAM IMPULSIONOU ESSE PROCESSO?
O fideísmo e o racionalismo são do mesmo gênero: dá para explicar um pelo outro e o outro pelo primeiro. Ockham coloca Deus tão acima da razão humana que a exclui de si mesma. De outra parte, ele minimiza de tal modo o poder metafísico da razão, que esta necessariamente não alcançará o que é propriamente espiritual e divino (que ficarão a cargo de uma fé desarrazoada).
A Onipotência, e não mais a Inteligência ou o “Logos”, torna-se o atributo divino por excelência.
Além disso, Deus é colocado tão acima da criação, que poderíamos dizer que a teologia fideísta de Ockham termina gerando, por contraste, o deísmo racionalista que nega a Providência e a Revelação (agnosticismo prático).
Trata-se de uma Onipotência suprarracional, pois Ockham considera que Deus não poderia se submeter nem mesmo às chamadas "Ideias Eternas", pois seria uma espécie de “constrangimento” para a liberdade divina.
Exatamente pelo fato de que o mundo não foi feito segundo uma Razão Eterna ou segundo Razões Eternas, nele, não existem essências (quididades) imutáveis e universais, mas apenas entes ou essências (coisas) singulares.
Assim, o problema do conhecimento é conduzido à solução nominalista: os conceitos serão meros “nomes" ou “símbolos” que agregarão realidades similares, pois o “conceito universal” seria tão somente uma apreensão “confusa” de uma realidade única.
Por exemplo, “homem” é uma apreensão confusa de “Sócrates”. Esse encaminhamento do problema epistemológico abriu espaço para o desenvolvimento do conhecimento matematizante típico da Ciência moderna.
 Figura 14. Sacrifício de Isaac, Rembrandt, 1635.
NOMINALISMO MORAL
No campo moral, desaparecendo o conceito de “essência” ou “natureza” universal (associado à criação segundo paradigmas eternos), também desapareceu o conceito de “lei natural” e surgiu uma “liberdade de indiferença”: o ato humano será moralmente bom ou mau na medida em que se conformar ou não à obrigação legal imposta por Deus (que poderia nos mandar odiá-lo, segundo Ockham).
A vida moral é marcada pela “obrigação”, e não pela “graça” ou “benevolência”, que permite cumprir a lei. Assim, a moralidade foi separada do clássico (e bíblico) desejo de felicidade e, com o tempo, os 10 Mandamentos — considerados arbitrários. Sem o suporte de uma fé vivida existencialmente — senão transformada em mera instalação social, em uma cultura cada vez mais secularizada (mundana) —, a moral cristã parecia um fardo.
A verdade é que essas concepções já haviam sido preparadas pelo estado de coisas sociopolítico. A Inquisição inaugurou um procedimento intolerante com o espírito cristão e católico. A fé não era vista como “graça”, mas reduzida a elemento do bem comum temporal, podendo, assim, ser criminalizada pelo Estado — muito além daquelas heresias que poderiam ser consideradas verdadeiras sedições (crimes), que foi o caso específico do catarismo.
Consequentemente, o Estado assumiu um papel religioso muito além da tradicional defesa da realidade física dos fiéis e da Igreja ou do apoio logístico à evangelização. Assim, preparou-se, com a cooperação imprudente da própria Igreja, a estatolatria moderna ou o ressurgir do espírito do Império Romano pagão, ou o “Leviatã”, que o equilíbrio medieval entre o poder espiritual da Igreja e o poder temporal do Sacro Império havia contido até então.
Na nova moral nominalista, não existia mais um “sentido” (a busca do bem) que envolve toda a vida e todos os seus atos, mas atos individuais desconexos que poderiam ser perfeitamente realizados na direção contrária, se Deus “mudasse de ideia”.
Essa moral da obrigação teve seu máximo expoente em Immanuel Kant (1724-1804), que reduziu o cristianismo a esse papel moralizante. Foi repudiada pelo utilitarismo e pelo hedonismo, perdendo-se, assim, de uma ou de outra forma, a conexão entre felicidade, lei (natural como reflexo da eterna) e consciência.
Esta, portanto, converteu-se em legisladora de seus próprios imperativos. Em um primeiro momento, pela instalação social, ela ainda foi condizente com os ideais cristãos, mas, com o tempo, 
Influenciada por essa perspectiva, a teologia moral católica distanciou-se do Novo Testamento, de Agostinho e de Tomás Aquino, e converteu-se, na prática, em “teologia jurídica”, com o surgimento do “casuísmo” dos teólogos jesuítas e dos grandes manuais de teologia moral, como o de Santo Afonso de Ligório (1696-1787). No campo religioso, as ideias de Ockham influenciaram diretamente a reforma luterana, o que excede nosso campo.
NOMINALISMO POLÍTICO
A obra Breviloquium (MARCONDES, 2016) é a síntese da Filosofia política de Ockham. O Breviloquium divide-se em seis livros. No quinto livro discute-se a famosa passagem bíblica das “duas espadas” (Lucas 22:38), afirmando que, em nenhuma parte da Escritura, está expresso este sentido místico em que se afirma que as duas espadas devem ser entendidas como os dois poderes: o temporal e o espiritual.
No sexto livro analisa-se a Donatio Constantini, considerando-a provavelmente apócrifa. Segundo Ockham, só o povo romano poderia transferir para o papa a autoridade juntamente com todas as suas competências. Alguém que fosse apenas um usuário delas (pessoa individual ou moral) não poderia transferi-las ou doá-las. O imperador não poderia transferir autoridade ao papa, em todo ou em parte, de onde decorre a ilegitimidade da donatio.
A seguir, Ockham indica as competências (em regime de uso) que poderiam, dentro desses pressupostos, ser conferidas ao papa: entre elas encontram-se todas as que se referem ao governo espiritual (no foro externo), mas não as competências em matéria estritamentetemporal. Estão sujeitas ao papa todas as coisas que visam ao culto de Deus e à estabilidade dos cristãos.
Como a donatio teria sido uma concessão de Constantino, movida por sua devoção e fidelidade ao Papa Silvestre, os infiéis ainda poderiam ter um verdadeiro império ou poder temporal, uma verdadeira jurisdição temporal e uma verdadeira potestade (supremacia) da espada material.
A autoridade papal é puramente espiritual e religiosa, ainda que também tenha algum poder temporal sobre determinados bens físicos ou materiais com vistas ao fim espiritual, e na medida em que é necessário para o cumprimento de sua missão de salvação.
Porém esse poder temporal é de origem humana, e seu uso foi transferido ao papa pelo imperador. O imperador, por sua vez, recebeu o poder do povo romano e somente pode transmiti-lo dentro das limitações do mandato recebido.
Portanto, Ockham não impugna a instituição divina do papado nem seu direito a reger os assuntos espirituais conforme a lei divino-positivo e o direito natural (como ele o entende), mas opõe-se vigorosamente às pretensões da Cúria (corte papal) de intervir nos assuntos temporais no imperium. Ele preconiza coordenação e cooperação de ambas as potestades.
ESCOLAS DE SALAMANCA E COIMBRA E O “DIREITO DAS GENTES”
 
A Universidade de Salamanca foi fundada em 1243 por Fernando III, o Santo (1201-1252), rei de Leão e Castela. Foi uma das quatro grandes universidades da cristandade medieval, junto com Paris, Bolonha e Oxford.
A Universidade de Coimbra, fundada em 1290, também merece destaque por manter-se como uma das instituições mais antigas do mundo, que, desde sua origem, ofereceu os cursos de Artes, Direito Canônico, Direito Civil e Medicina. Foi nessas universidades que nossos personagens se destacaram.
Francisco de Vitória
Francisco de Vitória (1483-1546) estudou em Paris, dedicando-se especialmente ao estudo da Antropologia tomista. Foi um grande mestre universitário e criador de uma escola filosófico-teológica que teria influência decisiva na Espanha e na América.
Suas obras De potestate civili, De indis e De iure belli expressam seu pensamento sobre a origem da autoridade civil, os títulos legítimos e ilegítimos dos espanhóis para conquistar a América, e o direito à guerra contra os nativos do novo continente.
Um ponto que deve chamar nossa atenção é o seguinte:
 Figura 17. Monumento a Francisco de Vitória,
obra de Francisco de Toledo (1975), em Salamanca, na Espanha.
Na sua elaboração das relações de poder e de radicação do poder civil do soberano, é visível a ruptura de Vitória com a escolástica medieval – que defendia a origem divina do poder civil e, por isso, postulava a supremacia papal em assuntos temporais –, estabelecendo que o poder civil do príncipe não tinha origem em Deus, mas através da eleição do Estado.
(SANTOS, 2016)
Não há lugar para o anarquismo, nem existe nada de definitivo sobre as formas concretas de organização política.
Todos os povos podem escolher para si mesmos a forma de governo que consideram idônea.
Toda república pode ser castigada pelo pecado do rei, segundo o princípio de solidariedade entre o governante e os governados, que são corresponsáveis pelas culpas do governante.
Sobre a justificativa da guerra, Vitória aplica os critérios do “mal menor” e do “bem possível”. Isto é, nenhuma guerra é justa caso verifique-se que se sustenta às custas de um mal maior do que o bem e a utilidade da República, por mais que sobrem razões para uma guerra justa.
Vitória criou o direito das gentes (ius gentium), precursor de nosso Direito internacional, que justifica, sobre a base da solidariedade internacional dos povos — e não sobre o direito natural, como concebido classicamente por Agostinho e Tomás de Aquino —, uma espécie de fraternidade universal dos homens entre si.
Sobre a conquista espanhola, Vitória estabeleceu sua conhecida relação de sete títulos ilegítimos e de oito títulos legítimos.
Os sete títulos ilegítimos são:
0. O imperador é senhor do mundo.
1. A autoridade é do Romano Pontífice, que doou as Índias aos espanhóis.
2. O direito provém do descobrimento.
3. Os índios se obstinam em não receber a fé de Cristo, apesar de lhes ter sido proposta e os terem exortado com insistência.
4. Os pecados são dos próprios bárbaros — alguns contra natura (contra a natureza).
5. A escolha é voluntária por parte dos nativos.
6. Há uma especial doação por parte de Deus — como ocorreu no caso dos israelitas quanto à sua Terra prometida.
Os oito títulos legítimos são:
0. Os espanhóis têm direito a percorrer as terras americanas sem serem molestados e sem receber dano.
1. A religião cristã pode ser propagada naquelas terras — no caso de os índios aceitarem espontaneamente a fé católica, não haveria o direito a declarar guerra contra eles nem de ocupar suas terras.
2. Os nativos que se converteram à fé católica devem ser protegidos contra as perseguições de seus próprios reis, ainda pagãos.
3. Se boa parte dos nativos tivesse se convertido à fé católica, o papa poderia, com causa justa, impor-lhes um príncipe cristão e destituir o príncipe infiel.
4. Cabe à tirania de seus próprios senhores ou às leis desumanas que estes promulgam.​
5. A escolha por parte dos nativos deve ser verdadeira e voluntária. ​
6. Essa escolha vale por razão de amizade ou aliança.​
7. Pela pouca “civilização e polícia” dos nativos, poderia ser imposto a eles um príncipe cristão — este lhe parece um título duvidoso.
Francisco Suárez
Para Francisco Suárez (1548-1617), a lei natural é uma verdadeira e autêntica lei divina e seu legislador é Deus. Em Deus, supõe um juízo que Deus mesmo emite a respeito da conveniência ou inconveniência de tais atos e a vontade de obrigar os homens a cumprir o que dita a reta razão. Essa vontade supõe um juízo a respeito da malícia, por exemplo, da mentira ou de coisas semelhantes.
Entretanto, a autêntica proibição ou obrigação do preceito não surge em virtude do mero juízo, uma vez que não se pode entender isso independentemente da vontade. A lei natural, portanto, não se limita a manifestar a desconformidade natural de tal ato ou objeto com a natureza racional, mas também é um signo da vontade divina que o proíbe.
 Figura 18. Francisco Suárez.
Para Suárez, no ato humano existe um tipo de bondade ou malícia em função do objeto em si mesmo considerado, segundo esteja ou não de acordo com a reta razão. E o ato humano recebe, de modo especial, o nome de pecado ou culpa para com Deus por razão da transgressão de uma verdadeira lei dada pelo próprio.
Suárez interpreta essa específica malícia como a “prevaricação” de que fala São Paulo: “onde não há lei, tampouco há prevaricação [transgressão].” O ato humano contrário à natureza racional não teria esse caráter de “transgressão” ou “prevaricação”.
Aqui, observamos a mentalidade moderna de Suárez: uma sutil transposição da questão da verdade divina da lei natural (como reflexo da “lei eterna”) para a vontade divina de impô-la como lei natural. E a interpretação da passagem de São Paulo é forçada: “onde não há lei”, na mente do apóstolo, é “onde há fé e a graça do amor”, isto é, onde a lei já está sendo cumprida e, portanto, não pode haver transgressão.
Suárez distingue o direito “das gentes” do direito natural ao afirmar o seguinte:
[...] diga-se assim do direito das gentes: de modo único, é direito que todos os povos e as coletividades devem aplicar entre si; de outro modo, que é direito que as cidades e reinos observam em seus âmbitos internos, que em razão de similitude e conveniência se chama de direito das gentes.
(COSELLA, 2012)
Assim, o direito “das gentes” não manda nada que seja por si mesmo necessário para a retidão ou a conduta, nem proíbe nada que seja essencial e intrinsecamente mau. Tudo isso pertence ao direito natural.
O direito “das gentes” não forma parte do direito natural tampouco distingue-se dele por ser um direito específico dos homens. O direito “das gentes” é simplesmente humano e positivo, e seus preceitos diferenciam-se dos preceitos do Direito civil pelo fato de nãoestarem formados por leis escritas e sim por costumes, não deste ou daquele Estado, mas de todas ou quase todas as nações.
Afinal, o direito humano é de duas classes: escrito e não escrito. O direito não escrito está formado por costumes, e, se foi estabelecido pelos costumes de um só povo e a ele só obriga, segue sendo Direito civil. Se, pelo contrário, foi estabelecido pelos costumes de todos os povos e se a todos obriga, esse é o direito “das gentes” propriamente dito, segundo Suárez.
Com isso, o Direito internacional identifica-se com os costumes universais positivos e compreende apenas o mínimo comum de práticas extremamente indispensáveis para a manutenção de uma comunidade internacional pacificada.
Estamos, aqui, longe da necessidade (moral) de uma adequação universal aos costumes ideais e conformes com a lei natural, que uma sociedade objetivamente mais justa poderia ter alcançado e desejaria difundir (sem violência).
Portanto, estamos na origem de certo relativismo ético político, já que o indispensável são apenas os costumes universais de fato, e não aqueles de direito (direito natural, entenda-se, na concepção pré-moderna).
Agora vamos aprofundar o conceito de Nominalismo, mas a partir das ideias de Guilherme de Ockham
1. Estudamos o nominalismo de Ockham e como incidiu nas considerações sobre a moral e a política. Qual das afirmativas a seguir melhor expressa a relação Igreja-Estado para o autor?
A Igreja cuida sozinha das coisas espirituais e tem potestade indireta sobre o Estado.
A Igreja cuida sozinha das coisas espirituais e o Estado tem total potestade nas coisas temporais.
O Estado tem potestade nas coisas temporais e pode interferir nas leis eclesiásticas.
A Igreja cuida sozinha das coisas espirituais e tem potestade direta sobre o Estado.
O Estado tem a potestade nas coisas temporais e religiosas.
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Comentário
Parabéns! A alternativa "B" está correta.
Ockham sustenta a separação dos dois poderes sem qualquer tipo de interferência e com uma possível cooperação.
Parte superior do formulário
2. Segundo as teorias de Vitória e Suárez, o “direito das gentes” funda-se em:
Direito natural.
Revelação bíblica.
Solidariedade dos costumes comuns dos povos.
Consenso dos representantes dos povos.
Arbítrio do papa.
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "C" está correta.
O direito das gentes é uma lei positiva humana. Não é direito natural nem revelação bíblica ou eclesiástica, não é escrita nem fruto de debate político, e sim a solidariedade que resulta dos costumes universais dos povos.
A Filosofia é necessária na atualidade por conta da vigência do mito na sociedade contemporânea?
"O mito é uma fala"1, afirma Roland Barthes. Naturalmente, como diz o semiólogo francês, não é uma fala qualquer. Trata-se de um sistema de comunicação, de uma mensagem. E, como mensagem, pode ser representada por um texto escrito ou oral, assim como por imagens. Desse modo, "a fotografia, o cinema, a reportagem, o esporte, os espetáculos, a publicidade, tudo isto pode servir de suporte a fala mítica"2.
 Dê um exemplo da contribuição da Filosofia que possa reforçar a opinião do Professor Cortella de que a Filosofia é um modo de ser. Portella possui visões interessantes sobre a sociedade e seus aspectos relacionados à vida.
O ponto aqui está ligado a como o ser humano está lidando com a modernidade e seu uso, por isso, desde que esse uso seja positivo a sociedade tende a se desenvolver cada vez mais de forma positiva.
Porém, o ponto negativo está nesse desequilíbrio onde o mundo que nos formou se tornou obsoleto e precisa de mudanças não só nos aspectos sociais mas econômicos e na forma como a sociedade enxerga os valores culturais.
 De acordo com o vídeo que podemos entender por movimento filosófico? Um movimento filosófico é o aparecimento ou o aumento da popularidade de uma determinada linha de pensamento filosófico ou ainda uma aparente mudança do pensamento filosófico sobre um assunto em particular.
 Traz argumentos filosóficos que se contraponham ao Negacionismo da ciência na contemporaneidade.
O que é um mito na atualidade?
Os mitos atuais, na sua grande maioria, não possuem uma coerência entre si. Dentro dessa reflexão analisaremos a ligação que o mito tem com a explicação da realidade e de como ele une determinados grupos, os quais encontram no mito um ponto em comum e um retorno ao início, aos tempos primordiais.
Como o mito é visto nos dias de hoje?
Hoje em dia, mito pode ser sinônimo de falsidade ou mentira. A oposição entre "verdade ou mito" tornou-se muito comum e se dá pela tradição fantástica das histórias míticas e sua falta de coerência com a realidade.
Qual a importância dos mitos na sociedade contemporânea?
Do ponto de vista comportamental, o "mito representa um certo modo de estar no mundo"7. Estudado no mundo contemporâneo, vê-se que suas conotações essenciais permanecem as mesmas: modelo exemplar, repetição, ruptura do período profano e integração do tempo primordial.
Qual a influência do mito na sociedade atual?
Para quem vive o mito, ele é a única história verdadeira, proposta numa linguagem acessível à gênese do mundo, das coisas e do homem. Os mitos reproduzem ou propõem gestos criadores e significativos, que permanecem sustentando a realidade constituída. ... ​O Mito na Sociedade Atual​.
Quais são os exemplos de mitos na atualidade?
10 mitos científicos em que praticamente todo mundo acredita
1. Usamos só uma parte da capacidade cerebral. ...
2. A Lua tem um lado escuro. ...
3. A Lua cheia afeta o humor. ...
4. Açúcar faz crianças ficarem hiperativas. ...
5. Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar. ...
6. Jogar uma moeda de um prédio muito alto pode matar alguém. ...
7. Antibióticos matam vírus.
8. Qual é a influência dos mitos?As influências do mito
Em cada povo e civilização, os mitos são fonte de inspiração para as mais diversas obras de arte, assim como as fantasias e criações imaginárias dos sonhos são também estímulos à atividade artística.
9. a filosofia é necessária na atualidade por conta da vigência do mito na sociedade contemporânea?
Este conteúdo pode ser compartilhado na íntegra desde que, obrigatoriamente, seja citado o link: https://www.migalhas.com.br/coluna/abc-do-cdc/166347/a-presenca-do-mito-na-sociedade-capitalista-contemporanea
O mito narra uma história sagrada e verdadeira, que se refere ao ato de criação de alguma coisa. "É o relato de um acontecimento ocorrido no tempo primordial, revelando a atividade criadora de um personagem sobrenatural, desvendando, portanto, acima de tudo, o caráter de sacralidade"4. E, como diz o estudioso romeno, o mito "fornece os modelos para a conduta humana, conferindo, por isso mesmo significação e valor à existência"5.
Importante frisar esse aspecto de sagrado do mito e também seu caráter exemplar, pois sua comunicação em tempos modernos é capaz de encantar, de seduzir, de envolver o espectador em função de sua essência misteriosa. "O mito conta uma história sagrada, quer dizer, um acontecimento primordial que teve lugar no começo do Tempo, ab initio. Mas contar uma história sagrada equivale a revelar um mistério, pois as personagens do mito não são seres humanos: são deuses ou heróis civilizadores"6.

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