TRABALHO DE PONTES

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ELAINE CRISTINA FIDALGO FERREIRA - 201707201102 
GILBERTO LUAN SILVA DE ARAÚJO - 201709006651 
JOÃO PAULO REGIS DA SILVA SOARES - 201707201307 
LUIZ CARLOS FERREIRA DA SILVA JUNIOR - 201708353224 
PEDRO LUIZ DA COSTA VON-GRAPP - 201707204691 
SIDNEY SALDANHA RODRIGUES - 201708294058 
 
 
 
 
 
 
Métodos Construtivos de Pontes: 
Técnica dos Balanços Sucessivos por meio de aduelas 
pré-moldadas 
 
 
 
 
 
 
Belém (PA) 
22/09/2021 
 
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“O presente trabalho acadêmico foi 
realizado para compor a nota da 
AV1 da disciplina de Pontes, do 
curso de Bacharelado em 
Engenharia Civil, ministrada pelo 
docente Bruno Jorge Norat, na 
Faculdade Estácio Belém”. 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
1. Introdução ................................................................................................ 4 
2. Origem e execução do Método ................................................................ 5 
3. Vantagens do Método .............................................................................. 6 
4. Conclusão ................................................................................................ 8 
5. Referências Bibliográficas ........................................................................ 9 
 
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1. Introdução 
A elaboração de um projeto para o empreendimento de uma obra civil 
demanda um extenso e amplo estudo sobre as diversas e melhores formas de 
executá-lo. Quando este empreendimento se trata da construção de uma Ponte, esta 
demanda requer um cuidado muito maior. 
Conhecidas também como “Obras de Artes” com o objetivo de transpor 
obstáculos de água, as pontes são grandes obras da engenharia civil, que auxiliam 
no desenvolvimento de cidades e países, conectando territórios de terra outrora 
separados por colunas d’água. Para se obter todos os objetivos almejados o qual a 
ponte projetada deverá cumprir, é necessário tomar as melhores decisões do início 
ao fim do empreendimento, tais decisões devem ser tomadas de acordo com os dados 
técnicos do local da construção, dos estudos hidrológicos do corpo d’água ao qual a 
ponte estará suspensa, assim como da topografia, geologia, clima da região, tráfego, 
materiais com os melhores custos-benefícios entre outros parâmetros. Tão importante 
quanto, o método construtivo o qual será executada a construção é de extrema 
importância, pois uma ponte necessita atender critérios para ser considerada eficaz, 
ela precisa ser: segura, útil (atender de forma satisfatória a demanda de veículos ou/e 
pedestres), esteticamente agradável e economicamente viável. 
Os métodos construtivos de uma ponte são vários, resultado do avanço da 
tecnologia da engenharia. Cada um sendo utilizado de acordo com as características 
do local da obra e suas necessidades, atendendo assim amplamente os objetivos da 
construção. 
Um dos métodos amplamente utilizado na construção de pontes é o método 
de balanços sucessivos por meio de aduelas pré-moldadas, sendo capaz de atender 
todos os critérios acima se bem executado por todas as equipes e envolvidos no 
processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. Origem e execução do Método 
A técnica de balanços sucessivos é um método construtivo das 
superestruturas de pontes criado pelo brasileiro Emilio Baumgart, na década de 30, 
no qual consiste na construção do tabuleiro da ponte a partir dos pilares já construídos 
sobre os blocos de coroamento e estes sobre a fundação (meso e infraestrutura). A 
estrutura é construída nos dois sentidos, para garantir o equilíbrio estático, ao mesmo 
tempo que os tabuleiros dos pilares vizinhos também estão sendo lançados, de modo 
a se encontrarem e, assim, realizarem o fechamento entre pilares. Esta técnica é 
indicada quando se tem vãos superiores a 50 metros de comprimento. 
Este método pode ser executado com concreto moldado in loco ou pré-
moldado, sendo este último o objeto do nosso estudo. 
Nos balanços sucessivos por meio de concreto pré-moldado os segmentos a 
serem executados e fixados a partir do pilar são chamados de aduelas, estruturas de 
concreto armado pré-fabricadas com formatos variáveis, caracterizadas como 
condutos rígidos, uma vez que suportam cargas através de sua própria resistência. 
Primeiramente, é feita a fixação da aduela de apoio na cabeça do pilar, a partir dela 
as demais serão fixadas através de epóxi ou de cabos de protensão. 
 
 
 
As aduelas são moldadas no canteiro da obra, seu comprimento pode variar 
de 3 a 10 metros, no caso da Ponte Presidente Costa e Silva (RJ), popularmente 
conhecida como Ponte Rio-Niterói, o canteiro de obras foi a Ilha do Fundão, local 
 
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próximo da ponte no qual foram fabricadas as aduelas que iriam compor o seu 
tabuleiro. 
Os içamentos das aduelas podem ser feitos de três formas distintas: por 
lançadeiras, gruas ou guinchos de elevação. 
Lançadeiras: Iça-se as aduelas 
através de enormes treliças metálicas que 
ocupam todo o vão a ser construído, e operam 
sobre apoios deslizantes. As treliças podem ser 
acopladas tanto na parte superior quanto na 
inferior da estrutura. Método utilizado na 
construção da Ponte Rio-Niterói. 
 
 
Gruas: Procedimento consideravelmente 
simples, que consiste na elevação das aduelas 
através de gruas até o ponto de fixação, sua 
utilização é condicionada à altura da superestrutura 
da ponte, acessibilidade e condições de operação do 
local. 
 
 
Guinchos de elevação: Os guinchos são 
colocados na parte superior da estrutura, e avançam à 
medida que as aduelas são fixadas, além de 
apresentarem uma plataforma de auxílio no nível da 
superestrutura para aplicação da protensão e 
aplicação do epóxi. 
 
Além da Ponte Rio-Niterói, citada anteriormente, outros exemplos de pontes 
que o Método de Balanços Sucessivos foram aplicados na sua construção, podemos 
citar a ponte sobre o Rio Paraíba do Sul, localizada na Rodovia Presidente Dutra, na 
cidade do Rio de Janeiro e a Rodovia dos Imigrantes, localizada no estado de São 
Paulo. 
 
3. Vantagens do Método 
Como a execução da superestrutura é dividida em duas etapas, fabricação e 
lançamento das aduelas, o prazo pode ser reduzido de maneira considerável. Como 
a maior parte do tempo é focada na fabricação, pode-se antecipar o momento em que 
fundações e pilares estão sendo executados, economizando tempo, pois esses 
 
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processos foram executados em paralelo. Quando a superestrutura é iniciada, as 
atividades de forma, armação, concretagem e cura do concreto já foram executadas, 
e todo esse processo é multiplicado pela quantidade total de aduelas. 
Como as atividades de fabricação são executadas no próprio terreno ou nas 
proximidades, há uma redução na movimentação de materiais, uso de guinchos e 
possibilidade de quedas. Além disso, temos um número menor de pessoas 
trabalhando em alturas, reduzindo o risco de acidentes. 
A geometria das peças são a mesma, logo há menos perdas de madeiras e 
compensados, utilizados para execução das formas. Além da madeira, as armaduras 
de aço também são economizadas por serem fabricadas com o mesmo formato e 
facilitação de armazenagem. 
Há também, uma redução no desperdício de concreto e incidências de sobras 
espalhadas pelo canteiro, pois a concretagens são executadas no mesmo local, 
evitando que o concreto seja bombeado para distâncias maiores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. Conclusão 
 
A aplicação dos balanços sucessivos com aduelas pré-moldadas de concreto 
armado para a construção de uma ponte evidencia-se como a melhor tomada de 
decisão quando estamos diante de determinados problemas técnicos, tais como a 
necessidade de vencer grandes vãos, prazos mais curtos, limites financeiros e 
inexistência de área para locação do canteiro de obras. Tal técnica torna o cronograma 
físico-financeiro mais flexível e menor, atende às demandas de cargas uma vez que 
se utiliza de condutos rígidos e cabosde protensão, vencendo maiores vãos e gerando 
uma maior economia para a execução do empreendimento. 
Assim, a execução de uma ponte com balanços sucessivos atende os critérios 
mencionados no que tange a sua eficácia, tornando-a segura, útil, esteticamente boa 
e econômica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. Referências Bibliográficas 
 
 Fernanda Dresch... [et al.]. Pontes (Minha Biblioteca). Porto Alegre: Sagah, 20
18. 
 
 PONTE Rio-Niterói - história das estruturas [S. l.: s. n.], 2019. 1 vídeo (8:33 
min.). Publicado pelo canal O Canal da Engenharia. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=piwNuYiGGao. Acesso em: 22 set. 2021. 
 
 NAKAMURA, Juliana. AECWEB, 2021. Máquinas e Equipamentos. Disponível 
em: https://www.aecweb.com.br/revista/materias/balanco-sucessivo-permite-
vencer-grandes-vaos-em-locais-de-dificil-acesso/14783. Acesso em: 22 set. 
2021. 
 
 REZENDE, Paulo. O processo de balanços sucessivos em aduelas pré-
fabricadas de concreto na construção de pontes e viadutos. In: CONGRESSO 
BRASILEIRO DE PONTES E ESTRUTURAS, n° 2, 2007, Rio de Janeiro. 
Disponível em: 
https://issuu.com/prezemail/docs/2o.congbraspontesestruturasabpe-
aduprefab-p.rezend. Acesso em: 22 set. 2021.