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Gestão de Riscos e Contabilidade Atuarial AP 1

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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO - “Sociedade Nilza Cordeiro Herdy de Educação e Cultura S/S Ltda.”
UNIGRANRIO - ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO SUPERIOR EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Anderson Marques de Oliveira - 2110651
AP1
Gestão de Riscos e Contabilidade Atuarial
Campus – RJ
2021
Sumário
1. Introdução............................................................................................................3
2. O Impacto da pandemia causada pela COVID 19..........................................4 - 8
3. Como preparar um Plano de Continuidade de Negócios ........................... 8 – 11
4. Como as seguradoras têm visto o impacto nos negócios no curto e médio prazo?....................................................................................................................12
5. Qual ramo de seguros recebeu maior impacto da pandemia de COVID-19? Justifique............................................................................................................13
6. Conclusão..........................................................................................................14
7. Bibliografia..........................................................................................................15
1. INTRODUÇÃO
	A pandemia da Covid-19 impactou todos os setores, fato. A forma de trabalhar mudou, as relações comerciais precisaram ser renegociadas, sistemas de contratação sofreram alterações e inúmeras outras questões vieram à tona nos últimos meses. Com o mercado de seguros não foi diferente. As seguradoras viram-se obrigadas a se adaptar rapidamente e enfrentar inúmeros desafios, como os impactos financeiros, assim como ocorreu com a economia mundial, e a desregulamentação das leis. Novas ações precisaram ser incorporadas de forma imediata nas operações das companhias, tendo o peso das decisões do governo de obrigatoriedade de cobertura para exames, tratamentos e mortes em decorrência do novo coronavírus. 
	Ter um Plano de Continuidade de Negócios é essencial para qualquer empresa, não importa o tamanho. Nenhuma organização está livre de ser acometida por um desastre, seja ele de caráter intencional (ataques maliciosos, por exemplo) ou natural, como ficou bem claro com a pandemia da COVID-19.
	Desastres são, na maioria das vezes, imprevisíveis e suas conseqüências, incalculáveis. Por isso, é necessário ter um plano de contingência para saber como reagir e permitir que os negócios sigam em frente diante de qualquer catástrofe.
2. O Impacto da pandemia causada pela COVID 19
Quando se aproxima do fim de um ano, há sempre uma grande expectativa de que o próximo será melhor. O ano de 2019 não foi diferente, tendo sido encerrado com grande expectativa de que, em 2020, o Brasil sofreria uma alavancagem econômica. O que não se sabia é que no continente asiático nascia um vírus não só fatal aos seres humanos, mas que também devastaria a economia global e causaria impactos socioeconômicos jamais vistos.
No fim do primeiro trimestre, apesar de aparentar ter diminuído a incidência na China, país que foi o palco do epicentro inicial, a propagação da doença se acelerou em outros lugares, tendo a Europa e os Estados Unidos apresentado o maior número de casos. Os governos reagiram das mais diversas e dramáticas maneiras, fechando fronteiras, impondo bloqueios a viagens internacionais e domésticas, proibindo o funcionamento de escolas, shoppings centers e realização de reuniões e eventos em massa, bem como promovendo o cancelamento de grandes eventos do entretenimento e esportivos, como, por exemplo, as Olimpíadas de Tóquio. 
No Brasil, apesar das medidas de isolamento terem sido adotadas, ele é apontado como novo epicentro, enquanto a situação aparenta estar mais controlada ao redor do mundo.
Ainda que os números nos demais países tenham decrescido, ainda paira um grande receio de uma segunda onda de casos tão devastadora ou até mesmo mais agressiva do que a que estamos vivendo hoje.
Uma crise econômica como a causada pela Covid-19 traz enfoque às companhias seguradoras mundo afora que podem receber expectativas de sinistros e avisos de sinistros relativos aos mais diversos ramos de seguros.
Hoje sabemos que a crise pandemiologica, no momento, é de suma importância compreendermos quais são as implicações nos setores econômicos e como o setor de seguros se adaptará ao desdobramento desse colapso econômico, já que a previsão de recessão global não é otimista. O Fundo Monetário Internacional – FMI prevê que o desenvolvimento da economia global deve cair 9,4% em 2020, sendo que no Brasil o tombo no PIB poderá atingir 9,1%. É claro que o ônus suportado pelo mercado securitário e muito grave por conta da pandemia, até quando ela perdurará e a extensão em que medidas de contenção de contaminação afetarão os diferentes setores e tipos de negócios.
Como estamos diante de uma crise acarretada por uma doença que atingiu a população a nível global, vem à cabeça que os ramos de seguros mais afetados são os diretamente relacionados à doença em si, ou seja, os seguros de pessoas, como o de saúde, de vida e o de viagem.
Dado o transcurso dos seis meses desde a declaração de pandemia pela OMS, alguns dos efeitos da Covid-19 já estão um pouco mais transparentes, porém nada é tomado como absoluto. Certo é que a pandemia criou inúmeros fatores negativos aos mais diversos setores econômicos, desde a volatilidade significativa no mercado de ações e algumas quedas, instabilidade nas taxas de juros e impactos drásticos nos níveis de consumo.
Todos esses fatores podem resultar em desafios de índice de solvência das empresas, o que afeta diretamente o cumprimento de obrigações contratuais das mais diversas modalidades, das quais o respectivo cumprimento pode estar assegurado pelo Seguro Garantia, que tem por princípio basilar garantir o contratante, na qualidade de segurado, em caso de inadimplemento contratual perpetrado pelo contratado, na qualidade de tomador.
Alguns países adotaram medidas protetivas ao empresariado. O Governo francês, por exemplo, devido à pandemia da Covid-19, por meio do Despacho nº 2020-306 de 25 de março de 2020, suspendeu certas penalidades e mecanismos de violação de contrato e extensão dos prazos relativos à rescisão e renovação, de modo que a parte afetada não será capaz para reclamar o pagamento de sanções ou para se beneficiar de cláusulas penais, cláusulas de resolução e cláusulas de aceleração destinadas a sancionar tal violação.
O Governo de Singapura criou o “The Covid-19 (Temporary Measures) Act”, que proporciona alívio temporário às pessoas jurídicas e físicas que não conseguem cumprir suas obrigações contratuais devido aos efeitos da pandemia. As medidas abrangem as obrigações contratuais que devem ser cumpridas em ou após 1 de fevereiro de 2020, e para contratos programados que foram celebrados ou renovados antes de 25 de março de 2020.
No Brasil, seguindo a mesma corrente, foi apresentado ao Plenário do Senado o Projeto de Lei n° 1.179/2020, que dispõe sobre o Regime Jurídico Emergencial e Transitório das relações jurídicas de Direito Privado no período da pandemia da Covid-19.
O objetivo basilar desse Projeto de Lei Emergencial era minimizar os impactos sociais e econômicos no país ao implementar regras legais transitórias que suspenderiam temporariamente a aplicação de determinados dispositivos legais relativos à regulamentação de matérias de Direito Privado.
Dentre os principais pontos do Projeto de Lei, se destaca a disposição trazida pelo seu artigo 6º, que objetivava determinar que os efeitos da pandemia, tendo como marco inicial decretado como 20 de março de 2020, equivalem às hipóteses de caso fortuito e força maior trazidas pelo Código Civil, com exceção das obrigações vencidas antes do reconhecimento da pandemia.
Em junho de 2020, o Presidente da República vetou inúmeros dispositivos do Projeto de Lei, incluindo seu artigo 6º, tendo, naquele mesmo mês, sido publicada a Lei n° 14.010/2020. Ocorre que em agosto de 2020, emsessão do Congresso Nacional[2], os parlamentares confirmaram a derrubada de veto para reincluir na Lei n° 14.010/2020 a proposição originária de diversos institutos do Projeto de Lei n° 1.179/2020, incluindo o seu artigo 6º, que objetivava tratar os efeitos da pandemia equivalentes às hipóteses de caso fortuito e força maior trazidas pelo Código Civil.
Ainda que tenha havido discussão sobre a manutenção do artigo 6º no texto da Lei n° 14.010/2020, o seu teor já é tratado no Código Civil, tendo sido esse, inclusive, o motivo do referido artigo ter sido vetado inicialmente. De acordo com o Presidente da República em sua manifestação se veto, "a propositura legislativa, contraria o interesse público, uma vez que o ordenamento jurídico brasileiro já dispõe de mecanismos apropriados para modulação das obrigações contratuais em situação excepcionais, tais como os institutos da força maior e do caso fortuito e teorias da imprevisão e da onerosidade excessiva." 
Neste sentido, levando em consideração a decretação de estado de calamidade pelo Congresso Nacional em 20/03/2020, a pandemia causada pela Covid-19 pode caracterizar-se como evento de caso fortuito ou força maior, o que legitimaria o descumprimento de obrigações contratuais, conforme reza o artigo 393 do Código Civil.
Ressalta-se que a Circular SUSEP nº 477, de 30 de setembro de 2013, traz em seus termos e condições padronizados do Seguro Garantia públicos e privados a disposição expressa para a perda de direitos do segurado resultantes de caso fortuito ou força maior, o que, via de regra, enseja negativa de indenização securitária por parte da seguradora em casos de inadimplemento decorrentes daqueles institutos.
No que concerne a essa hipótese de perda de direitos, importante pontuar que a decretação do estado de calamidade não é por si só elemento único capaz de ensejar a configuração de caso fortuito e da força maior nas relações contratuais garantidas pelo Seguro Garantia.
Para tanto, é imprescindível que o devedor, no caso o contratado, demonstre que os efeitos decorrentes da pandemia não podiam ser evitados ou até mesmo impedidos. Ou seja, faz-se necessária a realização de uma análise minuciosa do caso concreto objetivando verificar se os efeitos negativos não poderiam ser razoavelmente evitados por uma das partes daquela determinada relação contratual.
Ainda no que concerne ao Seguro Garantia, é importante que tanto as partes quanto a seguradora garantidora do interesse segurado revisitem o contrato objeto do seguro no intuito de verificar a existência de previsão de suspensão contratual em hipóteses de inadimplemento ocasionado por caso fortuito ou força maior, bem como para verificar se aquele determinado instrumento contratual elenca ou exclui taxativamente a pandemia como uma hipótese de caso fortuito ou força maior em casos de inadimplemento contratual.
No mais, é imprescindível verificar se a causa que ensejou o inadimplemento contratual de fato decorre do atual cenário ocasionado pela pandemia ou se, na verdade, tem como causa fatos e elementos não relacionados à Covid-19 e à decretação de estado de calamidade. Em que pese a Covid-19 ser um fato extraordinário e imprevisível com consequências sem precedentes não significa que sua ocorrência foi o fator exclusivo e determinante para a configuração do inadimplemento por parte do tomador, de modo que caberá à seguradora verificar se a pandemia contribuiu para a sua ocorrência e, em caso positivo, mensurar a proporção que os efeitos desencadeados pela Covid-19 influenciaram na inexecução de determinada obrigação contratual.
Ainda, não se pode afastar uma eventual contribuição do segurado na ocorrência do inadimplemento contratual, mesmo que essa parcela também decorra dos efeitos trazidos pela pandemia, tais como atraso ou retenção de pagamento ou suspensão de adiantamento de pagamentos em decorrência de desestabilização nos recebimentos e no fluxo de caixa, ausência de aprovação de projetos, etc.
Em alguns contratos, há a previsão de prazo para que a parte inadimplente comunique sobre a ocorrência de caso fortuito ou força maior que impacte na execução do objeto contratual. Desta forma, abre-se uma brecha para que as partes travem negociações positivas à execução contratual e celebrem aditivos com o intuito de sanarem questões relativas ao adimplemento, como, por exemplo, repactuação do cronograma, reequilíbrio econômico financeiro do contrato e até mesmo extinção de aplicação de multa contratual.
Assim, a seguradora, na qualidade de parte interessada na realização do objeto do contrato, poderá exercer um papel mediador na relação contratual existente entre o contratante e o contratado, que é essencial para minimizar os impactos causados pela Covid-19 e, consequentemente, evitar a concretização de sinistro e eventual judicialização da questão.
Dito isso, evidente que estes são tempos difíceis. Ainda que todos os desafios enfrentados em 2020 sejam superados, a dúvida que fica é: quais são as tendências de médio e longo prazo que a Covid-19 pode servir para inaugurar o futuro?
Uma das tendências será maior liberdade de negociação na contratação do seguro garantia relacionado a obras de infraestrutura. De acordo com o novo Marco Regulatório proposto pela atual gestão da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, os contratos de seguro de danos para cobertura de grandes riscos serão regidos por condições contratuais livremente pactuadas com a seguradora, devendo observar, no mínimo, os seguintes princípios e valores básicos:
 I - Liberdade negocial ampla; 
II – Boa-fé;
III - clareza e objetividade nas informações;
IV – Tratamento paritário entre as partes contratantes; 
V – Estímulo às soluções alternativas de controvérsias; 
VI - Intervenção estatal subsidiária e excepcional na formatação dos produtos; e 
VII - livre pactuação dos negócios jurídicos. 
Desse modo, as partes poderão negociar inclusive os efeitos de uma pandemia na cobertura securitária.
Nesse sentido, a SUSEP muito em breve realizará consulta pública sobre novo normativo que altera as disposições da mencionada Circular SUSEP nº 477.
3. Como preparar um Plano de Continuidade de Negócios
Ter um Plano de Continuidade de Negócios (PCN) é essencial para qualquer empresa, não importa o tamanho. Nenhuma organização está livre de ser acometida por um desastre, seja ele de caráter intencional (ataques maliciosos, por exemplo) ou natural, como ficou bem claro com a pandemia da COVID-19.
	Desastres são, na maioria das vezes, imprevisíveis e suas conseqüências, incalculáveis. Por isso, é necessário ter um plano de contingência para saber como reagir e permitir que os negócios sigam em frente diante de qualquer catástrofe.
	Diferentes tipos de desastres exigem diferentes ações, e elas devem ser contempladas no Plano de Recuperação de Desastres (PRD), que é parte do plano da continuidade de negócios. Entretanto, a maior parte do PCN é composta de estratégias e ações amplas e genéricas o suficiente para encarar todo o tipo de problema.
3.1 Por que o plano de continuidade de negócios é importante
	Antes de entrar no plano propriamente dito, é preciso destacar que o departamento de TI pode ser o mais importante a ser analisado e preparado a fim de manter a continuidade do negócio em caso de desastres, mas não é o único.
Vendas, recursos humanos e até mesmo a direção da empresa também precisam ter um plano estruturado para esses infortúnios. Todas as ferramentas de TI indispensáveis para colocar o plano em prática não servirão de nada se o componente humano for esquecido.
Por exemplo, no caso do novo coronavírus, muitas empresas se viram obrigadas a gerenciar equipes remotas da noite para o dia. Sem um PCN em mãos, os departamentos de recursos humanos, assim como os gerentes das mais diversas áreas, tiveram que desenvolver um plano e colocá-lo em ação praticamente ao mesmo tempo.
Pandemias podem ser raras, mas ataques cibernéticos ou quedas contínuas de sistemas não são tanto assim. O plano de continuidade de negócios funciona comoum seguro na prevenção de situações como essas.
3.2 As etapas do plano de continuidade de negócios
Desenvolver um plano de continuidade de negócios não tem porque ser complexo, porém precisa ser abrangente. Afinal, você já conhece os processos internos da empresa e não deve ter dificuldade para definir como eles devem se adaptar em caso de desastres. É importante também confiar em um software de continuidade de negócio e contar com a participação de atores das diferentes áreas da empresa abrangidas pelo plano.
3.3 Definir o objetivo do plano
O primeiro passo na elaboração de um PCN é a definição do objetivo. Sem saber aonde se quer chegar, não se chega a lugar nenhum. Então, comece deixando claro o escopo em que ele se desenvolve e os objetivos a serem alcançados.
Como mencionado anteriormente, a finalidade do PCN é única para qualquer organização: prepará-la para manter suas atividades frente a um eventual desastre. Entretanto, a abrangência do plano varia segundo o setor e o tamanho da empresa, uma vez que esses fatores determinarão qual a amplitude da preparação necessária. Descreva o objetivo do plano no início da elaboração, mas volte para revisá-lo depois de concluídos todos os passos.
3.4 Identificar as principais áreas
Existem áreas da empresa que não precisam entrar no PCN, ou porque não são vitais ou porque já estão estruturadas de forma que uma catástrofe não afetará suas atividades. Então, cabe a você determinar quais são as áreas da empresa que precisam de um plano de continuidade.
O departamento de TI figura em praticamente todos os planos de continuidade de negócios, simplesmente porque se trata de uma área vital para o andamento dos demais setores nos dias de hoje.
O departamento de recursos humanos também integra o time principal das áreas que precisam de um plano de contingência, mas isso depende muito da estrutura da empresa e da maturidade organizacional em que ela se encontra.
A comunicação com os funcionários sobre o andamento do plano também é muito importante. Utilize os softwares de comunicação de equipe para informar os trabalhadores sobre todos os passos. Para os que já adotam sistemas de recursos humanos, é o momento de aproveitar essas ferramentas para ter uma visibilidade total do componente humano.
Se você não tem segurança sobre todas as áreas que devem ser abrangidas pelo PCN, converse com os gestores de cada uma delas e identifique junto com eles se as atividades da respectiva área estão aptas a prosseguirem sem grande impacto em caso de catástrofe.
3.5 Identificar as atividades críticas
Uma vez definidas as áreas internas da empresa que farão parte do PCN, o passo seguinte é identificar as atividades de cada uma que são críticas para a continuidade do negócio. É sabido que há tarefas que são mais ou menos vitais dentro da organização, mas isso não significa que sejam dispensáveis.
Nessa fase, o objetivo é diferenciá-las para detectar quais operações precisam, obrigatoriamente, entrar no plano de continuidade de negócios para a atividade da empresa não ser gravemente afetada quando ocorrer um desastre.
Novamente, nessa fase é crucial contar com a participação dos gestores das áreas participantes.  É importante cruzar informações para identificar atividades paralelas ou interdependentes, cujo andamento ou resultados decorrem de mais de um setor da empresa.
3.6. Determinar o tempo de inatividade aceitável para cada atividade crítica
É incontestável que a ocorrência de um desastre causará algum impacto nas atividades da organização. A proposta do plano de continuidade de negócios é minimizar esse impacto e reduzir ao máximo o tempo de reação da empresa. Para isso, você deve determinar o tempo aceitável que cada atividade crítica pode ficar comprometida.
Atividades mais vitais devem ter prioridade no restabelecimento das funções normais da empresa. Assim, além de definir os prazos de inatividade aceitáveis, é importante também estabelecer a ordem de prioridade da lista de atividades críticas.
3.7 Criar um plano de ação e recuperação de desastres
Agora que você já tem o objetivo, as principais áreas envolvidas e as atividades críticas definidos, é hora de criar o plano de ação e recuperação de desastres. Em outras palavras, você deve incluir no PCN como ele será implementado quando necessário.
O plano de ação resume o plano de continuidade de negócios em termos práticos. Nesta etapa, você deve analisar as opções de softwares de continuidade de negócio e selecionar o que melhor se adapta às definições feitas até aqui.
Para ficar completo, inclua os responsáveis e os prazos de cada ação. Ter pontos de controle também é essencial para verificar se a implementação do plano está conforme o esperado. Se possível, faça uma simulação antes da ocorrência de um caso real.
Plano pronto
Pronto. Se você seguiu todas etapas, seu plano está pronto para ser executado.
O PCN é como um seguro que não se quer usar nunca, mas oferece à empresa a tranquilidade de ter um plano de ação para mantê-la em atividade caso algum desastre aconteça.
4. Como as seguradoras têm visto o impacto nos negócios no curto e médio prazo?
	Seguradoras têm visto impacto no negócio, nos curto e médio prazos Seguradoras podem se deparar com a necessidade de injeções de capital para cumprir requerimentos de solvência e liquidez:
 • Em especial, foram afetadas as companhias voltadas para o segmento de saúde suplementar (tanto as seguradoras especializadas, como as operadoras de assistência médica). 
• Seguradoras de vida com maiores passivos de longo prazo e com capacidade limitada para subscrição de novos negócios devem sofrer os maiores impactos, tanto via sinistralidade como via conjuntura baixista de juros.
 • Resseguradoras foram inicialmente vistas como mais expostas a grandes perdas com sinistros, especialmente por conta de seus contratos de resseguro não-proporcional. No entanto, essa percepção está ainda amadurecendo. 
• Em geral, as seguradoras deverão promover ajustes importantes nas provisões técnicas atuarialmente estimadas, tendo em vista as bruscas mudanças provocadas pela quarentena e os impactos da doença na vida e na saúde das pessoas.
8. Qual ramo de seguros recebeu maior impacto da pandemia de COVID-19? Justifique.
Segundo o levantamento, a queda do nível geral de atividades e do emprego impacta mais os ramos de danos e responsabilidades, como automóvel, D&O, bem como os seguros de pessoas. Já a queda na renda e no rendimento médio deve afetar produtos como vida, prestamista, saúde e capitalização. O efeito renda também pode impactar o nível de cancelamento e da inadimplência de contratos de seguros.
A redução na circulação de pessoas nas cidades contribui para deprimir a atividade econômica e a capacidade de recuperação. “Esse fator impacta tanto a oferta de produtos de seguros, quanto a sua demanda, e, principalmente, a distribuição de produtos e serviços securitários pelos corretores.
No caso da saúde suplementar, a frequência de exames específicos para a Covid-19, além das internações decorrentes da doença, que estão cobertos pelas seguradoras, devem elevar a sinistralidade do ramo.
Outra preocupação do setor é o aumento na frequência de indenizações por morte em decorrência da Covid-19, em contratos que tiveram flexibilizadas as condições de restrição de coberturas para epidemias e pandemias.
6. Conclusão
	A pandemia da Covid-19 impactou todos os setores, fato. A forma de trabalhar mudou, as relações comerciais precisaram ser renegociadas, sistemas de contratação sofreram alterações e inúmeras outras questões vieram à tona nos últimos meses. Com o mercado de seguros não foi diferente. As seguradoras viram-se obrigadas a se adaptar rapidamente e enfrentar inúmeros desafios, como os impactos financeiros – assim como ocorreu com a economia mundial -, e a desregulamentação das leis. Novas ações precisaram ser incorporadas de forma imediata nas operações das companhias, tendo o peso das decisões do governo de obrigatoriedade de cobertura para exames, tratamentose mortes em decorrência do novo corona vírus.
7. BIBLIOGRAFIA
https://www.sebrae.com.br
https://fenacor.org.br
https://assets.ey.com
https://www.cqcs.com.br
https://www.sonhoseguro.com.br
https://www.jornalcontabil.com.br
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