Buscar

Projeto Laila

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

4
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VIÇOSA
CURSO DE DIREITO
Laila Martins Lopes Nogueira
TURMA (9º - T1)
DIREITO PENAL DO INIMIGO: um paralelo entre a teoria de Carl SchimITT Günther Jakobs
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário de Viçosa como um dos requisitos para a obtenção do grau de Bacharel em Direito
Orientador(a): Professor(a) Paulo Roberto Mostaro Reis
VIÇOSA - MG
2021
SUMÁRIO
1 OBJETO DE PESQUISA E SUA OPORTUNIDADE TÉCNICO-CIENTÍFICA	3
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA-PROBLEMA	3
1.2 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DA PESQUISA PARA O CONHECIMENTO TÉCNICO-CIENTÍFICO	4
2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA	5
3. HIPÓTESE	5
4. OBJETIVOS	5
4.1. OBJETIVO GERAL	5
4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS	5
5 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS E CONCEITUAIS ou REVISÃO DE LITERATURA	5
6. DESCRIÇÃO METODOLÓGICA	8
6.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA	8
6.2 PROCEDIMENTOS E TÉCNICAS DE COLETA DOS DADOS	8
6.3 MÉTODOS DE ABORDAGEM E ANÁLISE DOS DADOS	8
6.4 ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA	8
7. CUSTOS	9
8. CRONOGRAMA	9
9. REFERÊNCIAS	9
ii
1 OBJETO DE PESQUISA E SUA OPORTUNIDADE TÉCNICO-CIENTÍFICA
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA-PROBLEMA
O presente estudo terá como intuito analisar o fenômeno jurídico conhecido como direito penal do inimigo criado pelo jurista alemão Günther Jakobs e subsidiariamente se sua relação com a obra conceito do político elaborada por seu patriota Carl Schimitt.
Segundo a teoria do direito penal do inimigo, a pessoa, ou o conjunto de pessoas que procuram atacar o estado de maneira relevante para desestabilizá-lo ou destruí-lo deve ser tratado como inimigo. Nesse sentido, para o Jakobs, os inimigos do estado não poderiam ser julgados pelas mesmas Leis que julgavam os agentes comuns. Segundo o autor, as garantias e direitos contidos nessas Leis, e na Constituição devem existir apenas para os criminosos eventuais, para os inimigos do estado a legislação deveria ser mais rígida, com menos direitos e garantias, e em alguns casos até mesmo suprimidos esses direitos. 
Dessa forma, existiriam duas legislações, uma voltada ao cidadão comum, o qual possui as garantias fundamentais, e de outro lado o direito penal do inimigo, com total flexibilização dessas normas uma vez que quem não é capaz de adequar sua personalidade ao ordenamento, e viver em sociedade, não tem o direito de ser tratado como pessoa.
Nesse prisma, cabe questionar se a definição dada por Jakobs em sua teoria não teria utilizado conceitos anteriormente previstos por Carl Schimmt, que entendia a relação entre os povos baseada em uma animosidade, ou seja, uma relação de amigo e inimigo. 
Para schmitt, o conflito possui um caráter existencial, e teria surgido na origem da própria sociedade, assim, o autor defende a irredutibilidade do conflito, afirmando que sempre haverá conflito entre os povos. Para Schmitt, Inimigo público por sai vez, é, aquele contra o qual se pode lutar numa guerra com o fim de extermínio, ou seja, a luta que tem como objetivo pôr fim a negação de um ser distinto.
Noutro sentido, amigos seriam aqueles que compartilham um conjunto de valores e normas concretas que permitem chegar a um consenso, ao passo que entre inimigos somente pode haver o conflito. 
Portanto, em caso de conflitos e estado de excepcionalidade, Schmitt defende o decisionismo em detrimento do normativismo, afirmando que o Soberano é aquele que decide no caso de exceção, defendendo essa finalidade como única forma de garantir a ordem e a paz. 
Para Schmitt, essa finalidade deveria ser alcançada ainda que fosse necessário a eliminação física daqueles que são classificados como diferentes.
1.2 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DA PESQUISA PARA O CONHECIMENTO TÉCNICO-CIENTÍFICO
Conforme narrado acima, o instituto do direito penal do inimigo prevê a possibilidade de punições mais severas, que visem a compatibilidade entre dano ao estado e a conduta do agressor, o qual é denominado inimigo da sociedade.
Nesse sentido, tais agentes agressores não fariam sequer a direitos fundamentais assegurados aos demais infratores, isso porque, seus crimes são entendimentos como externos à própria comunidade, como o terrorismo e o crime organizado. 
Dessa forma, não há dúvidas quanto ao conceito/definição de tal instituto, todavia, não se sabe ao certo como a referida teoria foi criada, e de quais meios sofreu influência.
Por conseguinte, pode-se entender que a definição dada por Jacobs, embora mais detalhada e atual do que a ensinada por Schmitt, possui grande semelhança com a segunda, uma vez que abordam limitações de garantias fundamentais em detrimento da segurança nacional, seja por meio da punição do agente infrator no direito penal, seja pelo inimigo da nação a que se referia Schmitt. 
Por esse ângulo, a relevância deste estudo se releva na compreensão do direito penal do inimigo, uma vez que tal instituto é fragilmente abordado e discutido na comunidade jurídica, além de demonstrar que de certa forma, Schmitt teve grande influência na formação do conceito criado por Jakobs, tendo em vista a similaridade dos conceitos de amigo/inimigo e direito penal do inimigo.
2. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Quais às limitação das garantias constitucionais ao agentes do direito penal do inimigo, e sua correlação ao conceito do político defendido por Carl Schmitt?
3. HIPÓTESE
Diante do problema acima formulado, será demonstrado que os institutos não se confundem, isso porque, muito embora pertencem a regulamentações diversas, priorizam a defesa social e a punição exacerbada e diferenciada de agentes ou povos inimigos ao ordenamento ou a nação. 
.
4. OBJETIVOS
4.1. OBJETIVO GERAL
Entender o que é o direito penal do inimigo, como ele é aplicado e como as limitações de direitos fundamentais são aplicadas a seus agressores, e se há alguma semelhança com o conceito de amigo e inimigo ensinado por Carl Scmitt. 
4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) conceituar direito penal do inimigo e quais são as limitações impostas aos agentes agressores. 
c) definir se as limitações das garantias fundamentais impostas aos agressores não geram retrocesso no direito positivo; 
d) verificar como a jurisprudência pátria tem se posicionado em relação ao tema do direito penal do inimigo;
e) entender se é possível a conclusão de que a teoria do direito penal do inimigo sofreu alguma influência da obra o conceito do político de Cal Schmitt;
5. PRESSUPOSTOS TEÓRICOS E CONCEITUAISou REVISÃO DE LITERATURA
O Direito Penal do inimigo, traz à tona um novo entendimento do que podemos apresentar como Direito Penal de exceção, isso porque, defende à adoção de medidas excepcionais em tempos de paz, além de defender a aplicação efetiva das normas, ainda que desvinculadas do controle de legitimidade perante a ocorrência de um fato delituoso cometido pelo “inimigo” garantindo em última esteira a segurança do bem jurídico em tela.
O conceito de inimigo é bem antigo, e vem desde a teoria do contrato social. Bonho (2006, p. 08) entende que a sociedade era por sua própria natureza contaminada, pois havia em determinadas pessoas um desejo insaciável de guerra, tornando o ambiente coletivo completamente perigoso. Com isso, as pessoas renunciaram parte de seus direitos ao estado, o qual deveria guardar a segurança de todas. Desse modo, inimigos são aqueles que não aceitam o poder do Estado, razão pela qual deverão ser punidos pela lei natural e não pela lei civil.
Segundo ensinamentos de Silva Sánchez (2002, p. 149) o inimigo seria aquele que abandona o Direito de um “modo supostamente duradouro e não somente de maneira incidental”, isto é, alguém que não garante mínima segurança cognitiva de seu comportamento pessoal e manifesta esse déficit por meio da sua conduta.
Segundo Silva, (2016) Jakobs apresenta a necessidade de uma sansão antecipada, definindo como crime um ato que, originalmente, seria considerado apenas um meio preparatório, ou até mesmo uma mera cogitação, ao cometimento de um delito penal. Em razão disso, afirma-se que as medidas aplicadas contra o inimigo não consideram as condutas praticadas no passado, e sim operigo que esse indivíduo representa futuramente para a sociedade. 
Nas palavras de Damásio Evangelista de Jesus (2005, p. 09), reafirmando tudo o que já foi dito até aqui, tem-se que o inimigo é todo aquele “que reincide persistentemente na prática de delitos ou que comete crimes que ponham em risco a própria existência do Estado.
 Nessa linha, inimigo seria a pessoa considerada pelo Estado como um grande risco a sociedade, de modo a ser privado de direitos e garantias individuais próprios de qualquer indivíduo. Essa restrição de direitos, decorre da apresentação de atitudes que se autorizariam um distanciamento em relação às regras de direito. Em outras palavras, é afirmar que a condição de inimigo implica a sua desconsideração como pessoa.
Nessa linha, ensina Antônia Elúcia Alencar (1999, p. 139):
O Direito Penal do Inimigo é dividido, por Jakobs, em dois polos opostos de um mesmo contexto jurídico-penal, de um lado o indivíduo é tratado pelo Estado como pessoa, deve ser respeitado e contar com todas as garantias penais e processuais, de outro é tido como não-pessoa, é uma fonte de perigo permanente, está em guerra com o Estado, portanto deve ser punido com medida de segurança. Jakobs fundamenta sua teoria sob três argumentos: O Estado tem direito a procurar segurança em face de indivíduos que reincidam persistentemente por meio de aplicação de institutos juridicamente válidos; os cidadãos têm direito de exigir que o Estado tome medidas adequadas e eficazes para preservar sua segurança diante de tais criminosos; é melhor delimitar o campo do Direito Penal do Inimigo do que permitir que ele contamine indiscriminadamente todo o direito penal. Esse direito penal a que se refere Jakobs é contrário aos princípios liberais do Estado de Direito e inclusive aos direitos fundamentais reconhecidos nas constituições e declarações internacionais de direitos humanos
Nesse prisma, a intervenção do direito penal se fundamenta nas características pessoais do agente, e não no fato praticado, sendo uma clara manifestação das noções do Direito Penal do autor, já que o inimigo é punido pelo seu modo de ser e características pessoais. 
Segundo Jakobs (2012, p. 36):
Portanto, o Direito Penal conhece dois polos ou tendências em suas regulações. Por um lado, o tratamento com o cidadão, esperando-se até que se exteriorize sua conduta para reagir, com o fim de confirmar a estrutura normativa da sociedade, e por outro, o tratamento com o inimigo, que é interceptado já no estado prévio, a quem se combate por sua periculosidade. 
	Dessa forma, pode-se afirmar que novamente a teoria do Direito Penal do Inimigo aborda duas linhas, as quais diferenciam o direito do cidadão e do inimigo, das pessoas “comuns” e daqueles que estão à margem da sociedade, em uma verdadeira delimitação de quem está protegido pelo ordenamento legal e quem deve ser desamparado por ele.
Com isso, fica evidenciado o desrespeito à alguns princípios constitucionais, como o da presunção de inocência, da segurança jurídica e da legalidade com uma vaga descrição dos delitos e das penas. Ademais, deve-se observar uma mitigação da garantia processual do devido processo legal haja vista em que o inimigo perde esse direito e se adota um procedimento sem limites, já que se trata de uma guerra contra ele, na qual o único objetivo é puni-lo. 
	
6. DESCRIÇÃO METODOLÓGICA
6.1 Classificação da pesquisa
A metodologia a ser utilizada será analítica, tendo em vista, abordar reflexões hermenêuticas. Tem por escopo uma pesquisa jurídico normativa, abordando conceitos e normas e princípios previstos na Constituição Federal, Doutrinas e Jurisprudências. Também, possui aspecto sociológico, uma vez que abordará uma análise por meio de posicionamentos doutrinários.
6.2 Procedimentos e técnicas de coleta dos dados
Para tanto, será realizado estudo jurídico descritivo, bem como jurídico prepositivo, sendo que por meio de descrições doutrinárias, frente ao problema de pesquisa em questão, será possível a averiguação do correto entendimento e eficaz aplicabilidade acerca do instituto ora discutido.
6.3 Métodos de abordagem e análise dos dados
Nesse sentido, serão usados como base dados primários e secundários, os quais serão retirados de lei, jurisprudência e produzidos pelo próprio autor, bem como embasados em doutrinas frente ao estudo. 
6.4 Aspectos éticos da pesquisa
Não serão utilizados aspectos éticos na presente pesquisa, tendo em vista sua não destinação em pacientes humanos, animais, ou experimentação com animais.
7. Custos 
Os custos da pesquisa são irrelevantes e serão arcados pelo próprio autor, uma vez que o estudo será realizado por meio de diplomas legais, análises de jurisprudências e pesquisas doutrinárias. 
8. CRONOGRAMA
O presente projeto de pesquisa obedecerá ao seguinte plano de trabalho:
	
	Junho
	Julho
	Agosto
	Setembro
	Outubro
	Levantamento da literatura
	
	
	
	
	
	Leitura e coleta de dados doutrinários
	
	
	
	
	
	Análise e consolidação dos dados colhidos
	
	
	
	
	
	Redação e digitação
	
	
	
	
	
	Defesa da monografia
	
	
	
	
	
9. REFERÊNCIAS
ALENCAR, Antônia Elúcia. A inaplicabilidade do Direito Penal do Inimigo diante da principiologia constitucional democrática. Revista dos Tribunais. São Paulo, v. 895, ano 99, maio de 2010.
JAKOBS, Gunther; CANCIO MELIÀ, Manuel. Direito Penal do Inimigo, Noções Críticas. 4ª edição. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012.
SILVA, Kelly Cardoso da. Direito penal do inimigo: aspectos jusfilosóficos e normativos. Jundiaí: Paco Editorial, 2016.
BONHO, Luciana Tramontim. Noções introdutórias sobre o Direito Penal do Inimigo. Disponível em : < http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=8439. Acesso em: 14 mai 2021.
JESUS, Damásio Evangelista. Direito Penal do Inimigo: Breves Considerações. Disponível em: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=10836. Acesso em: 04 out 2013.
SILVA SÁNCHEZ, Jesús Maria. A Expansão do Direito Penal – Aspectos da política criminal nas sociedades pós-industriais. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.

Continue navegando