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FACULDADE ESTÁCIO DE MEDICINA CURSO DE MEDICINA Psicologia Médica - 4º semestre Reações à doença e hospitalização Docentes: Profº Drº Moacir e Profª Drª Anna Paula Discentes: Bruna Carneiro, Bruno Mikael, Daiane Silva, Elian Ribeiro, Filipe Góes e Julia Muniz Alagoinhas BA 2021 Introdução “Mocidade e Morte”, de Castro Alves Eu sei que vou morrer… dentro do meu peito um mal terrível me devora a vida. Triste Assaverus, que no fim da estrada só tem por braços uma cruz erguida. Sou o cipreste qu’inda mesmo florido Sombra da morte no ramal encerra! Vivo – que vaga entre o chão dos mortos, Morto – entre os vivos a vagar na Terra. Bruno Mikael Introdução Fiz um trato com meu corpo. Nunca fique doente. Quando você quiser morrer, Eu deixo. Paulo Leminski. Bruno Mikael Introdução Quando nosso corpo está em silêncio, comumente nos esquecemos dele, quanto à doença, ela serve para nos lembrar de que temos corpo, podemos morrer; Nessa circunstância, o corpo pode ser transformado em principal inimigo, ou mesmo levar a culpa por não ter reagido à ameaça de doença; Pensamos “levante-se” e vemos nosso corpo se levantar; ordenamos “ande!”, e nosso corpo andava; Com as limitações da doença, passamos a nos sujeitarmos ao nosso corpo, e para ele temos de perguntar: “posso...?”; BOTEGA, 2017 Bruno Mikael Situações ansiogênicas Maiores preocupações dos pacientes: saber se a doença é curável, o tempo de internação, o trabalho e manutenção da família; Eles ficam mais tristes à noite e à tarde; Principais fatores ansiogênicos: presenciar o sofrimento e risco de morte do vizinho, ter alta, exames e procedimentos do tratamento suspensos ou retardados, ser comunicado da necessidade de operar-se ou de que a doença é incurável. GOMES; FRAGA, 1997 Bruno Mikael Reações do paciente à doença, ao médico e ao tratamento A doença é vista pelos pacientes como uma ameaça do destino. Ela desencadeia diversos sentimentos como impotência, apreensão, desesperança, medo e desvalorização (LANA, J. V., 2013). O impacto da doença imobiliza e traz a vivência de que houve uma quebra da linha de continuidade da vida, das funções desempenhadas no dia-a-dia e de certa previsibilidade que pensávamos ter do dia de amanhã (BOTEGA, N. J., 2002). Daiane Silva Eliana chegou ao Hospital das Clínicas de São Paulo aos dois anos de idade, em 1976, com poliomielite, paralisada do pescoço aos pés e quase incapaz de respirar. Os médicos avisaram aos pais que ela teria pouco tempo de vida. Ela conta como fez para sobreviver aos prognósticos e se tornar uma artista que pinta quadros com a boca. Confessa seu desejo de muitas vezes não mais viver, mas sabe que foi escolhida para mudar as pessoas, para servir de exemplo que a vida resiste à tudo que se opõe a ela. Daiane Silva Desenvolvimento Psicossocial História pessoal composta pelas experiências vivenciadas ao longo do tempo. Permite que novas habilidades sejam conquistadas e que alguns modos de se comportar-se sejam abandonados na vida adulta. Enfrentamos uma série de crises ao longo da vida. A forma como cada crise é superada influenciará a capacidade para se resolverem conflitos inerentes à vida Daiane Silva Tipo e intensidade de reações frente à doença Tipo e intensidade são variáveis; INDIVÍDUO DOENÇA Bruna Carneiro Tipo e intensidade de reações frente à doença FATORES: Caráter da doença; Prognóstico da doença; Personalidade do individuo e sua capacidade de tolerância às más situações e frustrações; Relação do paciente com o médico e os membros da equipe de saúde. Bruna Carneiro Tipo e intensidade de reações frente à doença Sofrimento nos ameaça a partir de três direções: (Freud, 1930/1974) Do nosso corpo condenado a dissolução; Do mundo externo que pode voltar-se contra nós; Dos nossos relacionamentos com outros homens. Bruna Carneiro Fases do adoecimento O que é doença? Processo de adoecimento é singular. Filipe Góes Fases do adoecimento Pacientes que se entregam ao sofrimento, à doença e ao desespero e não lutam por sua melhora. Pacientes que banalizam a doença, mesmo que grave. Pacientes que relutam e adaptam suas vidas ao novo estado de saúde. Filipe Góes Fases do adoecimento Apesar do sofrimento pelo fato de estar doente “GANHOS” PRIMÁRIOS SECUNDÁRIOS Filipe Góes Reações emocionais e mecanismos fisiológicos de defesa 2.Negação 1.Regressão 3.Minimização 4. Raiva e culpa 5. Depressão 6. “Doctor shopping” 7. Rejeição 8. Pensamento mágico 9. Aceitação Julia Muniz Reações emocionais e mecanismos fisiológicos de defesa Ver o paciente como um todo Mecanismos psicológicos que se desenvolvem no paciente. Sensibilidade. Julia Muniz Julia Muniz O doente crônico A adesão ao tratamento, em relação às doenças crônicas, possui 3 pontos principais: Noção de doença que o paciente tem; Ideia de cura ou de melhora que se forma em sua mente; Lugar do médico no imaginário do doente Doente e familiares. Bruna Carneiro O doente terminal Intuição Silêncio, alterações de humor e comportamento; Sobre esta experiência de morte, ressalta-se que esta foi passando de um mito coletivo para um fenômeno individual. (Áries, 1977) “Não é a morte, e sim o morrer que se teme, com o medo da dor, do desfiguramento, da mutilação, da falta de ar, além do isolamento e do abandono”. (Áries, 1977) Bruna Carneiro Artigo Elian Ribeiro Artigo Elian Ribeiro Elian Ribeiro Artigo Elian Ribeiro Elian Ribeiro Elian Ribeiro Elian Ribeiro Considerações finais “Gostaria de dizer para você que viva como quem sabe que vai morrer um dia, e que morra como quem soube viver direito.” Chico Xavier Elian Ribeiro Qual o papel do médico diante das reações do paciente frente a doença? Cite duas fases (mecanismos de defesa) do adoecimento e explique. QUIZ REFERÊNCIAS BARBOSA, F. de O.; MACEDO, P. C. M.; SILVEIRA, R. M. C. da. Depressão e suicídio. Rev. Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar, Belo Horizonte-MG, 2011. https://aia1317.fandom.com/pt-br/wiki/Rea%C3%A7%C3%B5es_do_Paciente_ao_M%C3%A9dico,_%C3%A0_Doen%C3%A7a_e_ao_Tratamento_21/05/2013 https://prezi.com/lc6oyfsyzknw/5-fases-do-adoecer/ BOTEGA, N.J. Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. 4ª Edição. Editora Artmed, 2017. GOMES, Luciana Catunda; FRAGA, Maria de Nazaré de Oliveira. Doenças, hospitalização e ansiedade: uma abordagem em saúde mental. Revista Brasileira de Enfermagem, [S.L.], v. 50, n. 3, p. 425-440, set. 1997. FapUNIFESP (SciELO).Disponível em:< http://dx.doi.org/10.1590/s0034-71671997000300010>. LANA, J. V. Reações do paciente ao médico, à doença e ao tratamento. Disponível em: <https://aia1317.fandom.com/pt-br/wiki/Rea%C3%A7%C3%B5es_do_Paciente_ao_M%C3%A9dico,_%C3%A0_Doen%C3%A7a_e_ao_Tratamento_21/05/2013>. Lana, J.V. Anotação da aula da disciplina de Psicologia Médica. Univille. GAUDERER, E. Cristian. Abordagem Prática da Pessoa Cronicamente Doente. In: Revista Alergia Pediátrica. V. 1, n. 3, abril/junho, 1997. ANGERAMI, Camon. E a Psicologia Entrou no Hospital. São Paulo: Pioneira, 1995. p.147 FLAVIANA DALLA VECHIA, MÁRCIA LISBOA. As reações psicológicas à doença e ao adoecer. Disponível em: http://www.ccs.ufsc.br/psiquiatria/981-08.html. Erika Antunes Vasconcellos. Enfrentando a doença no hospital : uma abordagem de pacientes com doenças crônicas. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000182754.
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