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Apostila desenho

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, 
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ 
CAMPUS MARABÁ INDUSTRIAL 
EIXO - CONTROLE E PROCESSOS INDUSTRIAIS 
CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE EM METALURGIA 
 
 
 
 
 
Apostila de Desenho Técnico Aplicado à Metalurgia 
Autor: Prof. M.Sc. Daniel Rodrigues Oliveira 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE DESENHO 
TÉCNICO APLICADO À 
METALURGIA 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará 
Campus: Industrial de Marabá 
Curso: Técnico Subsequente em Metalurgia 
Autor: Eng. MSc. Daniel Rodrigues Oliveira 
 
 
MARABÁ-PA 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, 
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ 
CAMPUS MARABÁ INDUSTRIAL 
EIXO - CONTROLE E PROCESSOS INDUSTRIAIS 
CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE EM METALURGIA 
 
 
 
 
 
Apostila de Desenho Técnico Aplicado à Metalurgia 
Autor: Prof. M.Sc. Daniel Rodrigues Oliveira 
 
 
Cláudio Alex Jorge da Rocha 
Reitor 
 
Elinilze Guedes Teodoro 
Pró-Reitor de Ensino 
 
Equipe da Pró-Reitoria de Ensino 
 
Marta Coutinho 
Diretor de Políticas de Ensino e Educação do Campo 
 
Gleice Izaura Oliveira 
Coordenador Geral da Educação Básica 
 
Jucinaldo Ferreira 
Coordenador Geral de Legislação, Registro e Indicadores Educacionais 
 
Adria Maria Neves Monteiro de Araújo 
Marcelo Damião Bogoevik 
Carla Andreza Amaral Lopes Lira 
Equipe Pedagógica 
 
Ana Paula Palheta Santana 
Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação 
 
Fabricio Medeiros Alho 
Pró-Reitora de Extensão 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, 
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ 
CAMPUS MARABÁ INDUSTRIAL 
EIXO - CONTROLE E PROCESSOS INDUSTRIAIS 
CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE EM METALURGIA 
 
 
 
 
 
Apostila de Desenho Técnico Aplicado à Metalurgia 
Autor: Prof. M.Sc. Daniel Rodrigues Oliveira 
 
 
 
 
Danilson Lobato da Costa 
Pró-Reitor de Administração 
Raimundo Nonato Sanches de Souza 
Pró-Reitor de Desenvolvimento Institucional 
 
Jackson Oliveira 
Diretor Geral do Campus Industrial Marabá 
 
Everaldo Afonso Fernandes 
Diretor de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação do Campus Industrial 
Marabá 
 
Hudson Batista Oliveira 
Chefe do Departamento de Ensino e Assuntos Educacionais do Campus 
Industrial Marabá 
 
Daniel Rodrigues Oliveira 
Coordenador do Curso 
 
Disciplina: Desenho Técnico aplicado a Metalurgia 
Carga Horária semanal: 4 h 
Carga Horária aula: 80 h 
Carga Horária relógio: 67 h 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, 
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ 
CAMPUS MARABÁ INDUSTRIAL 
EIXO - CONTROLE E PROCESSOS INDUSTRIAIS 
CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE EM METALURGIA 
 
 
 
 
 
Apostila de Desenho Técnico Aplicado à Metalurgia 
Autor: Prof. M.Sc. Daniel Rodrigues Oliveira 
 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 5 
1.1. Definição de desenho técnico............................................................................... 7 
1.2. Visão Espacial ........................................................................................................... 8 
2. INSTRUMENTOS DE DESENHO TÉCNICO .............................................................. 10 
2.1. Lápis ou lapiseiras ................................................................................................. 10 
2.1.1. Lapiseira Tradicional ........................................................................................ 10 
2.1.2. Lapiseira Mecânica .......................................................................................... 10 
2.1.3. Lápis ................................................................................................................... 10 
2.2. Borracha ................................................................................................................... 12 
2.3. Esquadros ................................................................................................................ 12 
2.4. Escalímetro .............................................................................................................. 14 
2.5. Compasso ................................................................................................................ 14 
2.6. Gabaritos .................................................................................................................. 16 
2.7. Régua Paralela ........................................................................................................ 17 
2.8. Transferidor ............................................................................................................. 17 
2.9. Prancheta ................................................................................................................. 17 
3. NORMAS TÉCNICAS DE DESENHO .......................................................................... 19 
3.1. Normas básicas para execução de desenhos técnicos: ............................. 19 
3.2. Classificação dos desenhos técnicos (fonte nb8) ........................................ 20 
3.2.1. Quanto ao aspecto geométrico ...................................................................... 21 
3.2.2. Quanto ao grau de elaboração ....................................................................... 21 
3.2.3. Quanto ao grau de pormenorização .............................................................. 21 
3.2.4. Quanto ao material empregado ...................................................................... 22 
3.2.5. Quanto à técnica de execução ....................................................................... 22 
3.2.6. Quanto ao modo de obtenção ........................................................................ 22 
4. FORMATOS DE PAPEL ................................................................................................. 23 
4.1. Folhas de desenho – Leiaute e dimensões (NBR 10068) ............................ 23 
4.2. Dobramento de folhas (NBR 13142) .................................................................. 25 
 
 
 
 
 
 
 
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Apostila de Desenho Técnico Aplicado à Metalurgia 
Autor: Prof. M.Sc. Daniel Rodrigues Oliveira 
 
 
5. APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO: LEGENDA E LISTA DE 
ITENS (NBR 10067, NBR 10582 E NBR 13272) ................................................................ 27 
5.1. Legendas .................................................................................................................. 27 
5.2. Listas de peças ....................................................................................................... 29 
6. CALIGRAFIA TÉCNICA (NBR 8402) ........................................................................... 32 
7. LINHAS (NBR 8403)........................................................................................................ 34 
8. ESCALAS (NBR 8196) ................................................................................................... 36 
9. VISTAS ORTOGRÁFICAS ............................................................................................. 38 
9.1. Vistas Principais ..................................................................................................... 38 
9.2. Vistas Auxiliares ..................................................................................................... 49 
9.3. Vistas Seccionais ................................................................................................... 51 
10. PERSPECTIVAS.....................................................................................................6010.1. Perspectiva Axonométrica...........................................................................61 
 10.2. Perspectiva Cavaleira...................................................................................66 
 10.3. Perspectiva Cônica........................................................................................67 
11. COTAGEM..............................................................................................................68 
 11.1. Linhas de Cota................................................................................................69 
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................73 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Apostila de Desenho Técnico Aplicado à Metalurgia 
Autor: Prof. M.Sc. Daniel Rodrigues Oliveira 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Já nos primeiros tempos da História da humanidade manifestou-se entre 
os homens a necessidade de se comunicarem uns com os outros. Assim 
nasceu a fala humana, partindo dos primeiros sons e vozes inarticulados, 
primitivos, até chegar ao elevado grau de desenvolvimento das línguas 
civilizadas do nosso tempo. Não obstante, jamais bastou a palavra falada ao 
homem para expressar seus sentimentos. E assim, ao mesmo tempo em que 
a fala, surgiu a imagem, veja a figura 1: 
Figura 1: Homem pré-histórico e suas primeiras formas de expressão. 
Nas grutas calcárias da França e da Espanha foram encontradas 
pintadas com almagre nas paredes, figuras de animais e cenas de caça que 
foram conservadas durante mais de 30.000 anos, figura 2: 
 
Figura 2: Desenhos de animais em uma gruta em Dordonha, França. 
 
 
 
 
 
 
 
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CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE EM METALURGIA 
 
 
 
 
 
Apostila de Desenho Técnico Aplicado à Metalurgia 
Autor: Prof. M.Sc. Daniel Rodrigues Oliveira 
 
 
A dura luta pela existência levava aos homens da antiguidade a imaginar 
continuamente novos instrumentos, ferramentas e armas e os obrigava para 
isto a dar esclarecimentos e instruções de uso e forma gráfica, como pode se 
comprovar pela grande quantidade de representações de caráter técnico 
procedentes das épocas pré-históricas ou desenhos técnicos da Antiguidade e 
da Idade Média, figura 3: 
 
Figura 3: Desenho de mecanismo desenvolvido na idade média. 
 
O Desenho é uma linguagem universal de representação e 
comunicação. Permite a interpretação e compreensão harmoniosa de uma 
multiplicidade de realidades, bem como a transmissão fácil dessas e de 
eventuais outras mensagens que encerre. Associado à normalização, funciona 
como um eficaz veículo de comunicação de ideias e de ordenações técnicas e 
operacionais, que não se esgota apenas na simples representação 
normalizada (cuja apresentação gráfica rigorosa tem sofrido uma extrema 
evolução com a aplicação das novas tecnologias), mas que proporciona uma 
conjugação de saberes complementares. 
 
 
 
 
 
 
 
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Apostila de Desenho Técnico Aplicado à Metalurgia 
Autor: Prof. M.Sc. Daniel Rodrigues Oliveira 
 
 
A viabilização de boas ideias depende de cálculos exaustivos, estudos 
econômicos, análise de riscos etc. que, na maioria dos casos, são resumidos 
em desenhos que representam o que deve ser executado ou construído ou 
apresentados em gráficos e diagramas que mostram os resultados dos estudos 
feitos. Todo o processo de desenvolvimento e criação dentro da engenharia 
está intimamente ligado à expressão gráfica. 
Na indústria, para a execução de uma determinada peça, as 
informações podem ser apresentadas de diversas maneiras: 
A palavra - dificilmente transmite a ideia da forma de uma peça. 
A peça - nem sempre pode servir de modelo. 
A fotografia - não esclarece os detalhes internos da peça. 
O desenho - transmite todas as ideias de forma e dimensões de uma peça, e 
ainda fornece uma série de informações, como: 
 O material de que é feita a peça 
 O acabamento das superfícies 
 A tolerância de suas medidas, etc. 
 
1.1. Definição de desenho técnico 
O desenho técnico é uma maneira de expressão gráfica que tem por 
finalidade a representação de forma, dimensão e posição de objetos, de acordo 
com as diferentes necessidades requeridas pelas diversas modalidades de 
engenharia e também da arquitetura. (apostila da uniasselvi) 
O desenho técnico é uma ferramenta que pode ser utilizada não só para 
apresentar resultados como também para soluções gráficas que podem 
substituir cálculos complicados. Apesar da evolução tecnológica e dos meios 
disponíveis pela computação gráfica, o ensino de Desenho Técnico ainda é 
imprescindível na formação de qualquer modalidade de engenheiro, pois, além 
do aspecto da linguagem gráfica que permite que as ideias concebidas por 
alguém sejam executadas por terceiros, o desenho técnico desenvolve o 
raciocínio, o senso de rigor geométrico, o espírito de iniciativa e de 
 
 
 
 
 
 
 
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Apostila de Desenho Técnico Aplicado à Metalurgia 
Autor: Prof. M.Sc. Daniel Rodrigues Oliveira 
 
 
organização. Assim, o aprendizado ou o exercício de qualquer modalidade de 
engenharia irá depender de uma forma ou de outra, do desenho técnico. 
Para que o desenho técnico seja realizado, utiliza-se de um conjunto 
constituído por linhas, números, símbolos e indicações escritas normalizadas 
internacionalmente. A figura 4 a seguir exemplifica a representação de forma 
espacial, através de figuras planas: 
 
Figura 4: Representação bidimensional de um cubo. 
 
Através da figura 4 podemos concluir que: 
 Para os leigos, a figura é a representação de três quadrados. 
 Na linguagem gráfica do desenho técnico, a figura corresponde à 
representação de um determinado cubo. 
 
 
 
1.2. Visão Espacial 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Apostila de Desenho Técnico Aplicado à Metalurgia 
Autor: Prof. M.Sc. Daniel Rodrigues Oliveira 
 
 
Visão espacial é um dom que em princípio todo mundo tem. E ela que 
dá a capacidade de percepção mental das formas espaciais. Perceber 
mentalmente uma forma espacial significa ter o sentimento da forma espacial, 
sem precisar ver o objeto real. Por exemplo, fechando os olhos pode-se ter o 
sentimento da forma espacial de uma colher, de um avião, de uma casa etc. 
A visão espacial permite a compreensão de formas espaciais sem estar 
vendo fisicamente os objetos. Na figura 5 são mostrados exemplos de objetos 
em três dimensões e as mesmas vistas em duas dimensões: 
 
Figura 5: Peças mecânicas em perspectivas e em vistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Apostila de Desenho Técnico Aplicado à Metalurgia 
Autor: Prof. M.Sc. Daniel Rodrigues Oliveira2. INSTRUMENTOS DE DESENHO TÉCNICO 
Agora iremos ver os instrumentos de desenho técnico mais como: lápis 
ou lapiseiras, borracha, esquadro, escalímetro, compasso, régua paralela, 
transferidor e prancheta. 
2.1. Lápis ou lapiseiras 
2.1.1. Lapiseira Tradicional 
Devido ao seu grafite relativamente espesso, ela facilita o traçado de 
diversos pesos de linhas nítidos. O principiante deve manter a ponta bem 
afiada até desenvolver habilidade de girar a lapiseira enquanto desenha. 
2.1.2. Lapiseira Mecânica 
Utiliza uma mina de grafite, que não necessita ser apontada. Ela é 
utilizada para o traçado de linha nítidas e finas se você girá-la suficientemente 
enquanto desenha. Para linhas relativamente espessas e fortes, você tem que 
usar uma série de linhas, ou uma lapiseira com minas de grafite mais 
espessas. Estão disponíveis lapiseiras que utilizam minas de 0,3 mm, 0,5mm, 
0,7mm e 0,9mm, principalmente. O ideal é que a lapiseira tenha uma pontaleta 
de aço, com a função de proteger o grafite da quebra quando pressionado ao 
esquadro no momento da graficação. 
2.1.3. Lápis 
O lápis comum de madeira e grafite também pode ser usado para 
desenho. O lápis dever ser apontado, afiado com uma lixa pequena e, em 
seguida, ser limpo com algodão, pano ou papel. De maneira geral, costuma se 
classificar o lápis através de letras, números, ou ambos, de acordo com o grau 
de dureza do grafite (também chamado de “mina”). 
Classificação por números: 
Nº 1 – macio geralmente usado para esboçar e para destacar traços que 
devem sobressair; 
Nº 2 – médio, é o mais usado para qualquer traçado e para a escrita em geral; 
Nº 3 – duro, usado em desenho geométrico e técnico. 
 
 
 
 
 
 
 
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Apostila de Desenho Técnico Aplicado à Metalurgia 
Autor: Prof. M.Sc. Daniel Rodrigues Oliveira 
 
 
Classificação por letras: 
A classificação mais comum é H para o lápis duro e B para lápis macio. 
Esta classificação precedida de números dará a gradação que vai de 6B (muito 
macio) a 9H (muito duro), sendo HB a gradação intermediária. 
Outras classificações: 
4H duro e denso: 
 Indicado para lay-outs precisos 
 Não indicado para desenhos finais 
 Não use com a mão pesada – produz sulcos no papel de desenho e fica 
difícil de apagar; 
 Não copia bem. 
2H médio duro 
 Grau de dureza mais alto, utilizado para desenhos finais; 
 Não apaga facilmente se usado com muita pressão. 
FH médio 
 Excelente peso de mina para uso geral; 
 Para lay-outs, artes finais e letras. 
HB macio 
 Para traçado de linhas densas, fortes e de letras; 
 Requer controle para um traçado de linhas finas; 
 Facilmente apagável; 
 Copia bem; 
 Tende a borrar com muito manuseio. 
 
A dureza de um grafite para desenho depende dos seguintes fatores: 
1. O grau do grafite, que varia de 9H (extremamente duro) a 6B 
(extremamente macio); 
 
 
 
 
 
 
 
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Apostila de Desenho Técnico Aplicado à Metalurgia 
Autor: Prof. M.Sc. Daniel Rodrigues Oliveira 
 
 
2. Tipo e acabamento do papel (grau de aspereza): quanto mais áspero um 
papel, mais duro deve ser o grafite que você usar; 
3. A superfície de desenho: quanto mais dura a superfície, mais macio 
parece o grafite; 
4. Umidade: condições de alta umidade tendem a aumentar a dureza 
aparente do grafite. 
* Atualmente é mais prático o uso de lapiseira. Recomendamos a de 0,5mm e a 
de 0,9mm, com grafite HB. 
**Todos os três tipos de instrumentos são capazes de produzir desenhos de 
qualidade. Sua preferência pessoal é uma questão de OPÇÃO e de 
HABILIDADE PESSOAL. 
 
2.2. Borracha 
Sempre use borracha macia, compatível com o trabalho para evitar 
danificar a superfície do desenho. Evite o uso de borrachas para tinta, que 
geralmente são mais abrasivas para a superfície de desenho. 
 
2.3. Esquadros 
É o conjunto de duas peças de formato triangular-retangular, uma com 
ângulos de 45º e outra com ângulos de 30º e 60º (obviamente, além do outro 
ângulo reto –90º). São denominados de “jogo de esquadros” quando são de 
dimensões compatíveis, ou seja, o cateto maior do esquadro de 30/60 tem a 
mesma dimensão da hipotenusa do esquadro de 45. Utilizados para o traçado 
de linhas verticais, horizontais e inclinadas, sendo muito utilizado em 
combinação com a régua paralela. Na figura 6 é mostrado os dois tipos de 
esquadros mais encontrados no mercado. 
 
 
 
 
 
 
 
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Autor: Prof. M.Sc. Daniel Rodrigues Oliveira 
 
 
 
Figura 6: Esquadros de 45º e de 60º. 
Ainda com a combinação destes esquadros torna-se possível traçar 
linhas com outros ângulos conhecidos, veja a figura 7. Os esquadros devem 
ser de acrílico e sem marcação de sua gradação. 
 
Figura 7: Ângulos que podem ser conseguidas utilizando apenas a combinação 
de dois esquadros, um de 45º e outro de 60º. 
Aspectos de qualidade dos esquadros: 
 
 
 
 
 
 
 
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Apostila de Desenho Técnico Aplicado à Metalurgia 
Autor: Prof. M.Sc. Daniel Rodrigues Oliveira 
 
 
 Materiais de desenho de acrílico não amarelam rapidamente com o tempo; 
 Maior resistência a arranhões; 
 Facilidade de manuseio 
 Retenção da linearidade da borda; 
Cuidados: 
 Não use o esquadro como guia para corte; 
 Não use o esquadro com marcadores coloridos; 
 Mantenha-o limpo com uma solução diluída de sabão neutro e água (não 
utilize álcool na limpeza, que deixa o esquadro esbranquiçado). 
 
2.4. Escalímetro 
O escalímetro é um instrumento destinado à marcação de medidas, na 
escala do desenho. Pode ser encontrado com duas gradações de escalas, mas 
a mais utilizada e recomendável em arquitetura é o que marca as escalas de 
1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100 e 1:125. Não deve ser utilizado para o traçado de 
linhas. Na figura 8 é mostrado uma foto de um escalímetro. 
 
Figura 8: Escalímetro de 6 escalas para ampliação. 
 
2.5. Compasso 
É o instrumento que serve para traçar circunferências ou arcos de 
circunferência. O compasso serve para o traçado de círculos de quaisquer 
raios. Deve oferecer um ajuste perfeito, não permitindo folgas. Veja figura 9 
abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 9: Compasso para desenho técnico. 
Usa-se o compasso da seguinte forma: aberto com o raio desejado, fixa-
se a ponta seca no centro da circunferência a traçar e, segurando-se o 
compasso pela parte superior com os dedos indicador e polegar, imprime-se 
um movimento de rotação até completar a circunferência. Veja também a figura 
10: 
 
Figura 10: Instruções para manuseio de um compasso. 
 
 
 
 
 
 
 
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2.6. Gabaritos 
São chapas em plástico ou acrílico, com elementos diversos vazados, 
que possibilitam a reprodução destes nos desenhos. 
O gabarito de círculos é útil para o traçado de pequenos círculos de 
raios pré-disponíveis. Outros gabaritos úteis: formas geométricas, 
equipamentos sanitários/ hidráulicos e mobiliário. A figura 11 mostra exemplos 
de gabaritos: 
 
Figura 11: Gabaritos usados para aplicações diversas em desenho técnico. 
Para curvas de raio variável usa-se a “curva francesa”, como mostrado 
na figura 12 abaixo: 
 
Figura 12: Curva francesa para desenhos de curvas de raio variável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.7. Régua Paralela 
 
Destinada ao traçado de linhas horizontais paralelas entre si no sentido 
do comprimento da prancheta, e a servir de base para o apoio dos esquadros 
para traçar linhas verticais ou com determinadas inclinações. O comprimento 
da régua paralela deve ser um pouco menor do que o da prancheta. Na figura 
13 é mostrado um exemplo de uma régua paralela, também chamada de régua 
T. 
 
2.8. Transferidor 
Os transferidores em forma de círculos ou semicírculos (figura 14) 
devem tornar possível a medição dos ângulos já traçados e o desenho exato 
dos mesmos. Os de celuloide são preferíveis aos opacos, mesmo que sejam 
metálicos ou de resina artificial. Os trabalhos delicados exigem uma margem 
inclinada especialmente fina, com graduação de meio em meio grau e que seja 
facilmente legível. Uma graduação dupla facilita as medidas. (livro desenho 
técnico). 
 
Figura 14: Transferidores em forma de semicírculo e círculo. 
 
2.9. Prancheta 
 
 
 
 
 
 
 
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Geralmente de madeira, em formato retangular, onde se fixam os papéis 
para os desenhos, vide figura 15. 
Para cobrir pranchetas, pode-se usar o seguinte: 
1. Coberturas de vinil, que fornecem uma superfície de desenho suave e 
uniforme. Furos de alinhamento e cortes ficam naturalmente encobertos. 
2. Revestimento e fórmica ou material resistente similar, sem 
imperfeições de superfície. 
 
Figura 15: Figura mostrando uma prancheta de desenho profissional sendo 
utilizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. NORMAS TÉCNICAS DE DESENHO 
Para transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica foi 
necessário padronizar seus procedimentos de representação gráfica. Essa 
padronização é feita por meio de normas técnicas seguidas e respeitadas 
internacionalmente. 
No Brasil as normas técnicas são aprovadas e editadas pela Associação 
Brasileira de Normas técnicas – ABNT, fundada em 1940. As normas técnicas 
que regulam o desenho são normas editadas pela ABNT, registradas pelo 
INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade 
Industrial) como normas brasileiras – NBR e estão de acordo com as normas 
internacionais ISO (International Organization for Standardization). 
 A execução de desenho técnico é inteiramente normalizada ABNT. Os 
procedimentos para execução de desenhos técnicos aparecem em normas 
gerais que abordam desde a denominação e classificação dos desenhos até as 
formas de representação gráfica. 
 Por que padronizar? 
 Economia 
 Rapidez 
 Qualidade 
 Segurança 
 
3.1. Normas básicas para execução de desenhos técnicos: 
Foram criadas várias normas técnicas para elaboração de desenhos técnicos: 
Tabela 1: Normas técnicas da ABNT aplicadas a desenho técnico. 
Código Título 
NBR 5984 Norma Geral de Desenho Técnico (antiga NB 8) 
NBR 8196 Emprego de escalas em desenho técnico 
NBR 8402 Execução de caracter para escrita em desenho técnico 
NBR 8403 Aplicação de linhas em desenho – Tipos de Linha – Largura das linhas 
NBR 10067 Princípios gerais de representação em desenho técnico 
NBR 10068 Folha de desenho – Leiaute e dimensões 
NBR 10582 Apresentação de folhas em desenho técnico 
 
 
 
 
 
 
 
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IDENTIFICAÇÃO DE NORMA DA ABNT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 16: Exemplo de uma norma técnica e suas terminologias. 
3.2. Classificação dos desenhos técnicos (fonte nb8) 
Código da 
Norma 
Data de Referência: para 
normas com mesmo código, 
mais recente é que será 
válida 
Título 
Tipo da Norma 
Padronização 
Procedimento 
Terminologia 
Origem 
Normas e/ou 
trabalhos que 
deram origem 
à norma 
Palavra-chave 
Para localização 
de normas por 
assunto 
Número de 
Páginas 
Corpo da 
Norma 
 
 
 
 
 
 
 
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Os desenhos técnicos se classificam segundo os critérios seguintes: 
3.2.1. Quanto ao aspecto geométrico 
Quanto ao aspecto geométrico os desenhos podem ser projetivos e não 
projetivos. O primeiro é resultante de projeções do objeto sobre um ou mais 
planos que se fazem coincidir com o do próprio desenho. Estes podem ser: 
Vistas ortográficas – Figuras resultantes de projeções cilíndricas ortogonais do 
objeto, sobre planos convenientemente escolhidos, de modo a representar, 
com exatidão, a forma do mesmo com seus detalhes. 
Perspectivas – Figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica, sobre um 
único plano, com a finalidade de permitir uma percepção mais fácil da forma do 
objeto. 
Já os desenhos não projetivos representam as figuras que o constituem 
de maneira diferente das de projeções. Compreende larga variedade de 
representações gráficas, tais como: diagramas, esquemas, ábacos, 
nomogramas, fluxogramas, organogramas, gráficos, etc. 
 
3.2.2. Quanto ao grau de elaboração 
Em relação ao grau de elaboração de um desenho técnico o desenho pode ser: 
Esboço – Representação gráfica rápida. Aplicado habitualmente aos estágios 
iniciais da elaboração de um projeto podendo, entretanto, servir ainda à 
representação de elementos existentes ou à execução de obra. 
Desenho preliminar – Representação gráfica empregada nos estágios 
intermediários da elaboração do projeto sujeita ainda a alterações. 
Corresponde ao anteprojeto. 
Desenho definitivo – Desenho correspondentea solução final do projeto, 
contendo os elementos necessários à sua compreensão, de modo a poder 
servir à execução, este também é denominado de desenho para execução. 
3.2.3. Quanto ao grau de pormenorização 
 
 
 
 
 
 
 
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Os desenhos técnicos também podem ser feitos a fim de se detalhar 
melhor o objeto o qual ele está representando. Sendo assim, podemos ter: 
Detalhe – Desenho de componente isolado ou de parte de um todo complexo. 
Desenho de conjunto - Desenho mostrando reunidos vários componentes, que 
se associam para formar um todo. 
 
3.2.4. Quanto ao material empregado 
Quanto ao material empregado temos: 
 Desenho à lápis; 
 Desenho à tinta; 
 Desenho à giz, carvão, etc. 
 
 
3.2.5. Quanto à técnica de execução 
Quanto à maneira de executar o desenho temos: 
 Desenho à mão livre; 
 Desenho com instrumentos. 
 
 
3.2.6. Quanto ao modo de obtenção 
Há diferentes formas de se obter o desenho técnico para poder utilizá-lo. 
Assim, podemos classificar da seguinte maneira: 
Original – Desenho matriz que serve à obtenção de novos exemplares. 
Reprodução – Desenho obtido, a partir do original. Esta reprodução pode ser 
uma cópia, quando o desenho possui as mesmas dimensões do original, ou 
pode ser uma ampliação ou uma redução, quando a reprodução é 
proporcionalmente maior ou menor respectivamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. FORMATOS DE PAPEL 
As folhas de papel utilizadas para desenhos técnicos possuem vários 
formatos, que são normalizados pela ABNT. Isto é feito para atender as 
diferentes necessidades existentes para desenhos de projetos. 
4.1. Folhas de desenho – Leiaute e dimensões (NBR 10068) 
O formato básico do papel, chamado de A0 (A zero), é do retângulo de lados 
medindo 841 mm e 1.189 mm, tendo área de 1m². Do formato básico derivam os 
demais formatos. Na figura 17 é mostrado os formatos de papel desde o A0 até 
A4. Pode-se observar que todos os formatos se originam a partir do formato 
A0: 
 
Figura 17: Formatos de papel desde o formato A0 até o A4. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A tabela 2 abaixo mostra os formatos de papel, desde o formato A0 até o 
formato A4. Além destes formatos, ainda existem formatos maiores que A0 (2 
A0 e 4 A0) e menores que A4 (A5 e A6), não exibidos na tabela. 
Tabela 2: Dimensões dos formatos padronizados de folhas de desenho (NBR 
10068). 
Designação Dimensões 
A0 841 X 1189 
A1 594 X 841 
A2 420 X 594 
A3 295 X 420 
A4 210 X 297 
 
As folhas de desenho técnico devem possuir margens que são 
desenhadas pelo próprio desenhista ou já podem ser compradas com as 
margens desenhadas. Na figura 18 abaixo é mostrado uma folha de papel com 
as margens desenhadas, a letra “a” no desenho identifica as dimensões das 
margens: 
 
Figura 18: Folha de papel para desenho técnico mostrando as margens 
desenhadas. 
 
 
 
 
 
 
 
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A tabela 3 a seguir mostra quais são as dimensões padrões para as 
margens conforme a norma NBR 8403: 
Tabela 3: Largura das linhas e margens aplicadas aos formatos de papel para 
desenho técnico (NBR 8403). 
Formato 
Margem 
Largura da linha 
(Conforme NBR 
8403) 
Esquerda 
Direita, 
Inferior e 
Superior 
A0 25 10 1,4 
A1 25 10 1,0 
A2 25 7 0,7 
A3 25 7 0,5 
A4 25 7 0,5 
 
4.2. Dobramento de folhas (NBR 13142) 
Quando é necessário dobrar as folhas desenho o formato final deve ser 
o A4. As folhas devem ser dobradas de modo a deixar visível o quadro 
destinado à legenda. O dobramento das folhas de formatos A0, A1, A2 e A3 
para fixação em pasta ou classificadores A4 pode ser feito de acordo como 
indicado na figura 19. 
Efetua-se o dobramento a partir do lado “d” (direito) em dobras verticais 
de 185 mm. A parte final “a” é dobrada ao meio. Para o formato A2, por ser a 
parte final de apenas 14 mm, é permitido um dobramento simplificado, com 
dobras verticais de 192 mm. Já tendo dobrado no sentido da largura, a folha 
deve agora ser dobrado segundo a altura, em dobras horizontais de 297 mm. 
Para facilitar o dobramento, é aconselhado assinalar, nas margens, as 
posições das dobras e enfim, quando as folhas de formato A0, A1 e A2 tiverem 
de ser perfuradas, para arquivamento, deve-se dobrar para trás o canto 
superior esquerdo, como mostrado na figura 19. 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 19: Dobramentos de folhas de desenho segundo NBR 13142. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO: LEGENDA E LISTA DE 
ITENS (NBR 10067, NBR 10582 E NBR 13272) 
 
5.1. Legendas 
A legenda é uma zona que possui um ou mais campos, delimitada por 
um retângulo. Localiza-se, normalmente, no canto inferior direito da folha de 
desenho, e contém a informação relativa ao desenho, como a identificação dos 
projetistas/desenhistas, da empresa proprietária, o nome do projeto e outros. 
Na figura 20 é mostrada uma folha de desenho técnico com a legenda 
posicionada na folha de maneira adequada. (fonte: desenho técnico moderno 
4ed Arlindo Silva). 
 
Figura 20: Folha de desenho técnico contendo o posicionamento correto da 
legenda. 
As normas ISO 7200 e NP 204 definem tipos e conteúdos de legendas. 
Segundo a ISO 7200, a legenda deve possuir duas zonas para inscrição: Zona 
de identificação e Zona de informação adicional. 
 
 
 
 
 
 
 
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Zona de identificação: Esta zona localiza-se no canto inferior direito da 
legenda, e deve ser delimitada por traço contínuo grosso, da mesma espessura 
de linha utilizada para a moldura. Esta zona deve conter obrigatoriamente: 
 Número de registro ou de identificação do desenho - Deve localizar-se 
no canto inferior direito da zona de identificação. 
Título do desenho – Deve descrever adequadamente a peça (ou 
conjunto de peças) representada no desenho. 
 Nome da empresa proprietária do desenho – Esta pode ser tanto uma 
abreviatura como um logotipo. 
Na figura 21 é visto um exemplo de legenda contendo as informações 
necessárias para a identificação de um desenho técnico. 
 
Figura 21: Legenda contendo as informações da zona de identificação do 
desenho. 
Zona de informação adicional: Deve ser adjacente à zona de identificação por 
cima ou à esquerda desta. Esta pode ser subdividida do seguinte modo: 
 Informação indicativa. 
 Informação técnica. 
 Informação administrativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A informação indicativa destina-se a evitar erros de interpretação 
relacionados com o método de representação, podendo incluir: 
 O símbolo correspondente ao método de projeção usado (método 
europeu ou americano). 
 A escala do desenho 
 A unidade dimensional linear: Em engenharia mecânica se não for 
milímetros. 
A informação técnica relaciona-se com métodos e convenções usados 
na representação de produtos ou desenhos de fabricação, que inclui: 
 Método de indicação de estados de superfície. 
 Método de indicação de tolerâncias geométricas. 
 Valores gerais de tolerâncias dimensionais, não indicadas na cotagem. 
 Outras informações técnicas. 
A informação administrativa relaciona-se com a gestão e controle dos 
desenhos, que incluem: 
 Formato da folha de desenho usada 
 Data da realização do desenho 
 Símbolo de revisão indicado no campo do registro ou identificação do 
desenho. 
 Data e descrição abreviada da revisão. Esta informação deve ser 
posicionada fora da legenda, na forma de tabela. 
 Outras informações administrativas como, por exemplo, as assinaturas 
dos responsáveis pelo projeto e pelo desenho. 
 
5.2. Listas de peças 
Em desenhos de conjunto há a necessidade de se identificar claramente 
cada uma das peças individuais. A identificação, apresentada na forma de 
tabela, constitui a lista de peças que também pode ser nomeada como lista de 
itens. A lista de peças deve, obrigatoriamente, acompanhar um desenho de 
conjunto, podendo ser incluída no próprio desenho ou apresentada em uma 
 
 
 
 
 
 
 
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folha separada. Quando for o caso, a lista deve ser identificada com o mesmo 
número do desenho de conjunto e na legenda deve constar “Lista de Peças”. 
De acordo com a NBR 13272, a lista de peças deve ser inserida acima 
ou à esquerda da legenda, tem o cabeçalho na parte inferior e é preenchida de 
baixo para cima. De acordo com a norma ISSO 7573, a lista de peças deve ser 
organizada na forma de tabela, a traço grosso ou fino. As colunas devem 
conter um conjunto de informações obrigatórias: 
 Número de referência; 
 Designação; 
 Quantidade; 
 Norma/Desenho Nº; 
 Material. 
A coluna do Número de referência indica, sequencialmente, o número de todas 
as peças individuais, não repetidas, apresentadas no desenho de conjunto. 
A coluna da Designação contém o nome ou designação atribuída à peça 
individual referenciada. 
A Quantidade é o número total de peças do tipo referenciado, presentes no 
conjunto. 
A coluna do Material indica a referência do material usado na fabricação da 
peça. Esta referência deve ser a mais completa possível, devendo, no caso de 
materiais normalizados, ter a indicação da norma. 
Na figura 22 abaixo é mostrado uma lista de peças de acordo com a norma NP 
205: 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 22: Lista de peças NP 205. 
A lista de peças ainda pode incluir outras informações, seja para 
fabricação de peças ou para montagem de conjunto: 
 Observações como, por exemplo, para indicar que uma determinada 
peça é adquirida de outra empresa; 
 Peso; 
 Número do molde/matriz; 
 Autor do desenho; 
 Nome do arquivo (útil em CAD); 
 Data de criação do desenho; 
 Data da última modificação; 
 Palavras-chave; 
 Número do documento ou do projeto, usado em peças comuns a outros 
projetos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. CALIGRAFIA TÉCNICA (NBR 8402) 
As letras e os algarismos usados em legendas ou anotações podem ser 
verticais ou inclinados para a direita, adotando-se, neste último caso, um 
ângulo de inclinação com a linha de base entre 60º e 75º. Os tipos de letras e 
algarismos devem ser bem legíveis e de rápida execução (se você conseguir). 
Fonte NB8. Na figura 23 é mostrado exemplos de letras e algarismos 
desenhados de maneira inclinada e vertical. 
 
 
Figura 23: Exemplos de letras e algarismos desenhos inclinados e na vertical. 
As palavras, exceto em alguns casos especiais, devem ser desenhados 
de frente para quem observe o desenho pelo lado inferior ou pelo lado direito. 
As letras e os algarismos devem possuir algumas proporções com relação as 
suas alturas. Assim, as letras maiúsculas e minúsculas possuem diferenças em 
suas dimensões como altura, largura e espessura da linha segundo a norma. O 
espaçamento entre as letras e algarismos também são normalizados. Todas 
estas medidas podem ser vistas na figura 24: 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 24: Dimensões das letras e algarismos. 
A tabela 4 abaixo mostra quais são as proporções das medidas que 
devem ser seguidas de acordo com a norma NBR 8402. 
Tabela 4: Proporção e dimensão de símbolos gráficos para desenho técnico 
(Norma NBR 8402). 
Característica Relação Dimensões (mm) 
Altura de letra 
Maiúscula h 
(10/10) 
h 
2,5 3,5 5 7 10 14 20 
Altura das 
letras 
minúsculas c 
(7/10) h - 2,5 3,5 5 7 10 14 
Distância 
mínima entre 
caracteres a 
(2/10) h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4 
Distância 
mínima entre 
linhas de base 
b 
(14/10) 
h 
3,5 5 7 10 14 20 28 
Distância 
mínima entre 
palavras e 
(6/10) h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12 
Largura da 
linha d 
(1/10) h 
0,2
5 
0,35 0,5 0,7 1 1,4 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. LINHAS (NBR 8403) 
Nos desenhos técnicos é recomendado utilizar linhas de três 
espessuras: grossa, médiae fina. Qualquer que seja o meio de execução a 
lápis ou a tinta, o desenhista deve fixar as espessuras, que devem ser 
nitidamente distintas entre si. Nos desenhos a relação linha grossa/ média/ fina 
deve ser aproximadamente de 4:2:1. Primeiramente, deve ser estabelecida a 
espessura da linha grossa e posteriormente a espessura das outras linhas, 
como no exemplo abaixo: 
 Linha grossa - 0,4 mm; 
 Linha média - 0,2 mm; 
 Linha fina - 0,1 mm. 
A espessura de uma linha nunca deve ser inferior a 0,1 mm. A largura 
das linhas deve ser escolhida conforme o tipo, dimensão, escala e densidade 
de acordo o seguinte escalonamento (em mm): 0.13, 0.18, 0.25, 0.35, 0.70, 
1.00, 1.40 e 2.00. As larguras 0.13 e 0.18 mm são utilizadas apenas para 
originais em que a reprodução se faz em escala natural, não sendo 
recomendadas para reproduções com redução. A tabela 5 mostra os tipos de 
linha segundo a norma. 
Tabela 5: Tipos de linhas segundo a antiga norma NB-8. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Na figura 25 abaixo é mostrado os diversos tipos de aplicações de linhas: 
 
Figura 25: Aplicações de linhas. 
Na prática, nos desenhos a lápis frequentemente só se usam duas 
espessuras de linhas para simplificar o trabalho: 
 Linha grossa e média – 0,7 mm; 
 Linha fina - 0,5 ou 0,3 mm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Apostila de Desenho Técnico Aplicado à Metalurgia 
Autor: Prof. M.Sc. Daniel Rodrigues Oliveira 
 
 
8. ESCALAS (NBR 8196) 
Escala é a relação entre duas dimensões. A escala a ser escolhida para 
um desenho técnico depende da complexidade de um objeto ou elemento a ser 
representado e da finalidade da representação. Independentemente do caso, a 
escala selecionada deve ser suficiente para permitir uma interpretação fácil e 
clara da informação representada. 
A escala e o tamanho do objeto em questão são parâmetros para a 
escolha do tamanho da folha de desenho. A escala do desenho deve 
obrigatoriamente ser indicada na legenda. A escala é encontrada seguindo a 
equação abaixo: 
 E= MD/MO 
Onde: 
 E - Escala; 
 MD – Medida de desenho; 
 Mo – Medida do objeto 
Portanto: 
 E = 1 – Escala natural; 
 E < 1 - Escala de Redução; 
 E > 1 – Escala de redução 
A tabela 5 resume os tipos de escalas que são normalizadas: 
Tabela 5: Tipos de escala de redução, ampliação e natural. 
Identificação de escala 
Redução Natural Ampliação 
1:2 1:1 2:1 
1:5 5:1 
1:10 10:1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exemplos: 
 Redução 
Desenho em tamanho real Desenho em redução 1:2 
 
 
 
Escala 1:1 
 
 
 
 
 
Escala 1:2 
 
 
 
 Ampliação 
Desenho em tamanho 
real 
Desenho em ampliação 5:1 
 
 
 
 
 
 
Escala 1:1 
 
 
 
Escala 5:1 
Figura 26: Exemplos de escalas em figuras geométricas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9. VISTAS ORTOGRÁFICAS 
Em desenho técnico, a representação gráfica dos objetos pode ser feita por 
meio de vistas ortográficas, que podem ser: 
 Vistas principais 
 Vistas auxiliares 
 Vistas seccionais 
Agora iremos ver cada um destes tipos de vistas a seguir. 
 
9.1. Vistas Principais 
 
As vistas ortográficas são as obtidas sobre seis planos, que são chamados de 
principais, dispostos dois a dois segundo orientações perpendiculares entre si. 
Estas seis vistas são: 
Vista de frontal - Projeção que mostra a face anterior do objeto e fornece a 
imagem do mesmo imaginando que um observador esteja posicionado de 
frente para a face anterior do projeto, porém no infinito (figura 27): 
 
Figura 27: Vistas frontal de um objeto. 
 
 
 
 
 
 
 
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Vista Superior – Correspondente a um observador que contempla de cima de 
objeto, porém no infinito (figura 28): 
 
Figura 28: Vista superior de um objeto. 
Vista Lateral Esquerda - Corresponde ao observador que se coloca à esquerda 
daquele da vista de frente para contemplar de lado o objeto, porém no infinito 
(figura 29): 
 
Figura 29: Vista lateral esquerda de um objeto. 
 
 
 
 
 
 
 
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Vista Lateral Direita – Corresponde ao observador que se coloca à direita 
daquele da vista de frente, para contemplar de lado o objeto, porém no infinito. 
Vista Inferior – Corresponde ao observador que contempla de baixo o objeto, 
porém no infinito. 
Vista Posterior – corresponde ao observador que contempla o objeto por 
detrás, porém no infinito. 
Na figura 30 abaixo é mostrado um exemplo de um objeto que foi 
projetado em 3 vistas: 
 
Figura 30: Projeções ortográficas de um objeto. 
As seis vistas feitas pelas projeções ortográficas apesar de 
representaram planos diferentes, os mesmos podem ser rebatidas em um 
único plano de projeção. Pode-se ver o rebatimento dos planos de projeção, 
imaginando-se os planos de projeção ligados por dobradiças conforme 
mostrado na figura 31: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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. 
Figura 31: Rebatimento dos planos ortográficos. 
Agora imagine que o plano da vista frontal fica fixo e que os outros dois planos 
giram para baixo e para a direita, conforme visto na figura 32 abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 32: Rebatimento dos planos ortográficos em um plano 
. 
A figura 33 abaixo resume o que foi explicado anteriormente sobre as 
vistas e sobre o rebatimento das vistas em um plano: 
 
Figura 33: Projeções ortográficas de um objeto em planos ortográficos e o 
rebatimento dos mesmos em um plano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Atividades: 
Desenhe as projeções ortográficas dos desenhos a seguir: 
1) 
 
 
 
 
 
 
 
60 
60 
50 
20 
20 
 
 
 
 
 
 
 
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2) 
 
 
 
3) 
100 
20 
60 
60 
20 
20 
 
 
 
 
 
 
 
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4) 
 
 
 
 
 
80 
100 
30 
30 
40 
20 
20 
40 
110 
15 
15 
60 
70 
 
 
 
 
 
 
 
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5) 
 
6) 
 
 
 
40 
40 
40 
40 
10 
10 
40 
200 200 
50 
50 
40 
20 
100 100 
100 
 
 
 
 
 
 
 
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9.1.1. Diedros 
 
As vistas ortográficas podem ser representadas por dois pontos de vista, 
o que são conhecidos como diedros. Conforme considere o objeto no 1º ou no 
3º diedro, o plano de projeção estará situado, respectivamente, por trás do 
objeto ou entre este e o observador. No 1º diedro, a vista de frente se obtém na 
face posterior, a superior na face inferior, a vista lateral direita na face 
esquerda, a vista lateral esquerda na face direita, a vista inferior na face 
superior e a vista posterior na face anterior. Na figura 34 é mostrado os diedros 
no espaço euclidiano: 
 
Figura 34: Diedros do espaço euclidiano. 
 
No 3º diedro, a vista de frente se obtém na face anterior, a superior na 
face superior, a direita na face direita, a esquerda na face esquerda, a inferior 
na face inferior e a posterior na face posterior. A figura 35 mostra um mesmo 
objeto (peça) sendo representado no 1º e 3º diedro: 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 35: Desenho de uma peça sendo representado no 1º diedro (à 
esquerda) e o no 3º diedro (à direita). 
Nos desenhos técnicos é necessário que seja indicado o diedro que foi 
utilizado para se fazer o desenho. Isto é feito escrevendo na legenda “1º 
diedro” ou “3º diedro”, ou utilizando os símbolos mostrados na figura 36 abaixo: 
 
Figura 36: Símbolos para indicação do 1º diedro (à esquerda) ou 3º diedro (à 
direita). 
 
 
 
 
 
 
 
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9.2. Vistas Auxiliares 
As vistas ortográficas auxiliares são desenhadas sobre planos auxiliares, 
inclinados em relação a planos principais de projeção. Este tipo de vista é 
utilizado quando se deseja representação detalhes de objetos, que estejam 
inclinados em relação às faces principais do mesmo. As vistas auxiliares 
podem ser de dois tipos: 
Vista auxiliar primária: Esta vista é obtida em um plano auxiliar de 
projeção perpendicular ao plano principal. Na figura 37 abaixo é mostrado um 
exemplo de um objeto e suas vistas ortográficas principais e também uma 
auxiliar: 
 
Figura 37: Exemplo de objeto contendo vista auxiliar primária desenhado no 1º 
diedro (à esquerda) e no 3º diedro (à direita). 
 
Vista auxiliar secundária: Esta vista é obtida em plano auxiliar de 
projeção inclinada em relação a todos os planos principais. Na figura 38 é 
 
 
 
 
 
 
 
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mostrado um exemplo do detalhe de um objeto sendo mostrado em vista 
auxiliar secundária: 
 
 
Figura 38: Exemplo de objeto contendo vista auxiliar secundária desenhada no 
1º diedro. 
Deve se observar que dependendo que conforme o objeto seja 
desenhado no 1º ou no 3º diedro, é necessário respeitar a sequência dos 
elementos de projeção. O plano de uma vista auxiliar deve ser rebatido 
sobre o da vista a partir do qual ela foi construída. 
Assim como nas vistas principais, não se deve escrever junto as 
vistas auxiliares os seus nomes. Entretanto, para facilitar a leitura do 
desenho, se aconselha realçar a correlação entre a auxiliar e a vista a 
partir a partir do qual ela foi desenvolvida. Isto se faz fazendo o 
prolongamento de linha de centro ou representação das linhas de 
chamada extremas. 
 
 
 
 
 
 
 
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No desenho de uma vista auxiliar pode-se representar apenas o detalhe 
que a motivou, omitindo o restante do objeto ou mostrando somente as linhas 
adjacentes à mesma, indicando a interrupção por uma linha de ruptura, como 
pode ser visto na figura 37. 
 
9.3. Vistas Seccionais 
As vistas ortográficas seccionais são aquelas obtidas quando se supõe o 
objeto cortado por um plano secante adequadamente escolhido e removida a 
parte do objeto entre o plano secante e observador. Estes tipos de vistas são 
empregados para representar com exatidão detalhes ou perfis que não podem 
ser visualizados claramente nas outras vistas. As vistas seccionais são 
classificadas da seguinte maneira [nb8]: 
9.3.1. Corte 
 Através do corte tanto a interseção do plano secante com o objeto como 
a projeção da parte deste são visualizados, que se situam além deste plano. 
De acordo com a extensão em que se supõe cortado o objeto se tem os 
seguintes tipos de corte: 
Corte pleno: o objeto é cortado em toda a sua extensão. Veja a figura 39 
a seguir: 
 
Figura 39: Vista seccional em corte pleno de um joelho. 
 
 
 
 
 
 
 
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Meio corte: No meio corte apenas a metade do objeto é cortada, a outra 
metade do objeto permanece vista externa. O Meio corte é utilizado para 
objetos simétricos como eixos, engrenagens etc. Na figura 40 é dado um 
exemplo de vista em meio corte: 
 
Figura 40: Vista secional em meio corte de um objeto. 
Corte parcial: No corte parcial apenas uma parte do objeto é cortada. O 
propósito é dar enfoque a um detalhe, delimitando-se esse corte com linha de 
ruptura. Na figura 41 a seguir é mostrado um exemplo de um corte parcial dado 
em uma peça: 
 
Figura 41: Vista secional em corte parcial de uma peça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Corte composto: Às vezes um plano de corte não é suficiente para cortar 
por completo a seção de um objeto que queira ser visualizado. Nestes casos, 
um corte pode corresponder à associação de dois ou mais planos secantes, 
isto constitui o que se denomina de corte composto. A figura 42 abaixo mostra 
o exemplo de um corte composto com planos de corte secantes concorrentes: 
 
Figura 42: Corte composto de uma peça com planos secantes concorrentes. 
A figura 43 a seguir mostra o exemplo de corte compostos com planos 
secantes paralelos: 
 
Figura 43: Corte composto de uma peça com planos secantes paralelos. 
 
 
 
 
 
 
 
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Para se representar um corte ou uma seção é importante saber que nas 
vistas seccionais, a interseção do plano secante com o objeto é representado 
por hachuras. As hachuras são habitualmente inclinadas a 45º. Quando esta 
inclinação se torna paralela com alguma aresta ou contorno do objeto, a 
inclinação deve ser alterada para outra mais adequada. 
Os constituintes dos materiais são representados por diferentes tipos de 
hachuras. A figura 44 a seguir mostrar os formatos de hachuras normalizados 
para os diferentes tipos de materiais utilizados na indústria: 
 
Figura 44: Diferentes tipos de hachura para os diversos tipos de materiais. 
 
 
 
 
 
 
 
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9.3.2. Seção 
As seções informam somente a interseção do plano secante com o 
objeto [nb8]. Elas são usadas com o mesmo objetivo dos planos de corte, mas 
ao invés de serem rebatidas sobre a vista, as seções são desenhadas em um 
lugar adjacente no papel. As seções mostrando detalhes ao longo de um objeto 
podem ser rebatidas sobre um determinado plano de uma vista ortográfica. 
Estas seções podem ser representadas dentro do contorno da vista, com 
interrupção do traçado ou sem interrupção como pode ser visto 
respectivamente nas figuras 45 e 46 abaixo: 
 
Figura 45: Seção da peça com interrupção da vista ortográfica. 
 
Figura 46: Seção da peça sem interrupção da vista ortográfica. 
As seções podem também ser colocadas para fora da vista ortográfica, como 
pode ser visto na figura 47: 
 
Figura 47: Seção da peça colocada fora da vista ortográfica. 
 
 
 
 
 
 
 
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Quando uma peça como um eixo possui várias partes com diâmetros 
diferentes, podem ser feitas várias seções sucessivas, desenhadas em planos 
paralelos, devendo ser indicadas no desenho. Estas seções podem ser 
desenhadas de acordo com as seguintes formas (figuras 48 e 49): 
 
Figura 48: Seções sucessivas de um eixo. 
 
Figura 49: Seções sucessivas de um eixo. 
9.3.3. Omissão de Corte 
Em alguns casos há a necessidade de não se realizar o corte de certas 
geometrias de um objeto ou conjunto. A omissão de corte é usado para garantir 
a leitura de partes especiais quando representado em corte como: 
 Nervuras; 
 Braços; 
 
 
 
 
 
 
 
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 Orelhas; 
 Esferas de rolamento; 
 Dentes de engrenagem; 
 Pinos; 
 Chavetas; 
 Molas etc. 
Veja dois exemplos nas figuras 50 e 51: 
 
 
 
Figura 49: Seção de um conjunto mecânico mostrando detalhes que não 
devem ser hachurados. 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 50: Seção de um conjunto mecânico mostrando detalhes que não 
devem ser hachurados. 
As figuras 51, 52 e 53 a seguir mostram respectivamente as seções para 
apresentações de detalhes de objetos como nervuras, braços e orelhas: 
 
Figura 51: Seção de uma cantoneira contendo uma nervura no seu centro. 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 52: Seção de uma polia plana mostrando como deve ser a 
representação dos braços em um desenho de seção. 
 
Figura 53: Seção de uma peça contendo orelhas mostrando como deve ser a 
representação das mesmas em um desenho de seção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10. PERSPERCTIVAS 
Os desenhos feitos em perspectiva tentam reproduzir o objeto como 
visto pelos nossos olhos. Detalhes mecânicos ou estruturais que não ficam 
claros em vistas ortográficas podem ser desenhados em perspectiva ou 
ilustrados com vistas perspectivas suplementares [ livro de desenho french]. As 
vistas em perspectiva são utilizadas para as seguintes aplicações e como 
resumido na figura 54: 
 Ilustrações técnicas; 
 Desenhos para registros de patentes; 
 Esboços; 
 Projetos hidráulicos etc. 
 
 
Figura 54: Diferentes tipos de aplicações de desenhos de perspectiva. 
Em desenho técnico há três tipos de desenho em perspectiva: 
 Perspectiva Axonométrica; 
 Perspectiva Cavaleira; 
 Perspectiva Cônica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10.1. Perspectiva Axonométrica 
A perspectiva axonométrica é uma projeção ortográfica na qual se utiliza 
somente um plano. O desenho mostra três faces do objeto em um mesmo 
plano. Existem três formas de se desenhar perspectivas axonométricas: 
1. Perspectiva isométrica; 
2. Perspectiva dimétrica; 
3. Perspetiva trimétrica. 
A perspectiva isométrica é o método mais fácil para se desenhar, porém 
o resultado do desenho não é tão bom quanto os outros dois métodos. Além 
disso, é mais fácil cotar desenhos de perspectiva quando são desenhados em 
perspectiva isométrica. O método dimétrico dá uma visão mais agradável do 
que em relação ao método isométrico, porém há menos liberdade de 
orientação do objeto. Já pela forma trimétrica, se consegue um efeito mais 
agradável aos olhos do que pelos dois métodos citados anteriormente. Através 
desta metodologia se consegue uma liberdade quase ilimitada para a 
orientação do objeto, entretanto é mais difícil desenhar por esta forma. A figura 
55 abaixo mostra um cubo sendo desenhado pelas três formas axonométricas: 
 
Figura 55: Desenho em perspectiva axonométrica de um cubo: a) Perspectiva 
isométrica; b) Perspectiva dimétrica; c) Perspectiva trimétrica. 
De acordo com NB8 dependendo da inclinação que se dê ao objeto, em 
relação ao plano, irão depender as escalas dos eixos axonométricos e os 
ângulos que os mesmos formam entre si. A tabela 6 a seguir resume as 
 
 
 
 
 
 
 
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CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE EM METALURGIA 
 
 
 
 
 
Apostila de Desenho Técnico Aplicado à Metalurgia 
Autor: Prof. M.Sc. Daniel Rodrigues Oliveira 
 
 
escalas das medidas e os ângulos que devem ser dados entre os eixos 
isométricos: 
Sistemas 
Coeficientes de redução dos 
eixos 
Ângulos dos eixos 
x y z 𝜉 𝜂 𝜁 
Isométricos 1:1:1 0.816 0.816 0.816 120º 120º 120º 
Dimétricos 
4:3:4 0.883 0.663 0.863 126º50' 106º20' 126º50' 
3:2:3 0.905 0.603 0.905 128º35' 102º50' 128º35' 
2:1:2 0.943 0.471 0.943 131º25' 97º10!' 131º25' 
Trimétricos 
7:6:8 0.811 0.605 0.927 114º46' 106º59' 138º15' 
5:4:6 0.806 0.605 0.967 108º13' 101º10' 150º37' 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, 
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Atividades: 
1º) Faça o desenho de esboço dos seguintes objetos abaixo em perspectiva 
axonométrica isométrica: 
a) 
 
b) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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c) 
 
 
2º) A partir das vistas ortográficas em 1º diedro mostradas abaixo, faça o desenho do 
objeto em perspectiva isométrica: 
a) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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b) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10.2. Perspectiva Cavaleira 
Segundo a NB8 a perspectiva cavaleira resulta da projeção cilíndrica 
oblíqua, ficando o objeto com uma faca paralela ao quadro. Dependendo da 
direção que for atribuída às projetantes, irão depender a escala e a orientação 
dos eixos das fugitivas. As reduções que são normalmente empregadas para a 
escala do eixo das fugitivas são: 1:2, 2:3, 3:4 e 1:1. 
A orientação do eixo das fugitivas normalmente pode ser empregada em 
ângulos múltiplos de 30º e 45º, não sendo utilizados os ângulos de 0º e 
múltiplos de 90º, obviamente. Confira na tabela 7 o resumo destas 
informações: 
Tabela 6: Escalas, coeficientes de redução de escalas e ângulos entre eixos 
para sistemas de perspectiva axonométrica. 
Graus 30º 45º 60º 
Largura 1:1 1:1 1:1 
Altura 1:1 1:1 1:1 
Profundidade 1:2/3 1:1/2 1:1/3 
 
Na figura 56 abaixo vemos exemplos de aspectos de uma mesma figura 
geométrica em diferentes orientações de perspectiva cavaleira: 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 56: Desenhos em perspectiva cavaleira: cavaleira à 30º, cavaleira à 45º 
e cavaleira à 60º. 
 
10.3. Perspectiva Cônica 
A perspectiva cônica, também chamada de exata provém da projeção 
cônica do objeto sobre o quadro. Ela é empregada quando a finalidade do 
desenho exigir do objeto uma imagem mais fiel do que a obtida pelas outras 
formas. 
Conforme se considere o objeto com uma, duas ou nenhuma direção de 
seus eixos paralelos ao quadro, se desenhará o objeto com um, dois ou três 
pontos de fuga. Na figura 57 são mostrados exemplos de perspectiva cônica 
com um, dois e três pontos de fuga respectivamente: 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 57: Exemplos de objetos desenhados em perspectiva cônica com um, 
dois ou três pontos de fuga respectivamente. 
 
 
11. COTAGEM 
De acordo com Sheneider, se o formato de uma peça é desenhado com 
clareza e precisão não haveria a necessidade de se colocar no desenho as 
medidas das peças. Porém caberia aos construtores fazer as medidas da peça 
no próprio desenho. Isto, porém não é viável por vários motivos. Em primeiro 
lugar a exatidão de um desenho é muito relativa, por quanto se limita ao grosso 
escrito por traços, o que não garante uma completa exatidão. Em segundo 
lugar o procedimento de tomar as medidas da peça a partir das dimensões 
seria um tanto enfadonho para os mecânicos. Além disso, o próprio papel do 
desenho é sensível a temperatura e sofre alterações em suas dimensões de 
acordo com a temperatura ambiente. 
Por estas razões são realizados no desenho as indicações das medidas 
da peça. A clareza e lógica das anotações devem deixar claro que para os que 
 
 
 
 
 
 
 
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