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1 Alexandre Tomás Fombe Amozai Sérgio Sebastião Julião Fernando João Chabuca Isak Fernando Choé Paulo Joaquim Parruque Victoria Amaral Avelino Geologia Geral 1º Ano-Laboral Licenciatura em Ensino de Geografia com Habilitação em Turismo Era Geológica Universidade Licungo Extensão da Beira 2021 2 Alexandre Tomás Fombe Amozai Sérgio Sebastião Julião Fernando João Chabuca Isak Fernando Choé Paulo Joaquim Parruque Victoria Amaral Avelino Trabalho de pesquisa de Geologia Geral, Departamento de Ciências da Terra e Ambiente, no curso de Licenciatura em Ensino de Geografia Docente: Telma André Universidade Licungo Extensão da Beira 2021 3 Índice Introdução ............................................................................................................................................... 4 Objectivos ................................................................................................................................................ 4 Geral: ................................................................................................................................................... 4 Especifico: ............................................................................................................................................ 4 Metodologia ............................................................................................................................................ 4 Eras Geológicas ........................................................................................................................................ 5 A Era Pré-Cambriana ........................................................................................................................... 5 Era Paleozóica ...................................................................................................................................... 5 Continentes ..................................................................................................................................... 5 Clima ................................................................................................................................................ 6 Extinções de massa .......................................................................................................................... 6 A Era Mesozóica .................................................................................................................................. 7 A era Cenozóica ....................................................................................................................................... 7 Tempo Geológico .................................................................................................................................. 10 Evolução dos conceitos ......................................................................................................................... 10 Os limites planetários ............................................................................................................................ 11 Paleontologia ......................................................................................................................................... 11 Conclusão .............................................................................................................................................. 12 As divisões do tempo geológico foram feitas com base nas unidades geocronológicas onde as maiores divisões são baseadas em grandes modificações do mundo orgânico. .................................................. 12 Referências bibliográficas ...................................................................................................................... 13 4 Introdução As eras geológicas são divisões da escala do tempo geológico, que compreende as épocas, períodos, idades e acontecimentos desde a formação do planeta até a actualidade, construída com base nas rochas e fósseis encontrados. Uma vez que os fósseis são elementos importantes para o estudo das eras geológicas da Terra. Objectivos Geral: Compreender as eras geológicas. Promover o estudo das eras geológicas. Especifico: Caracterizar o tempo da era geológica; Identificar os períodos das eras geológicas; Conhecer os principais eventos da era geológica. Desenvolver actividades práticas de auxílio no ensino-aprendizagem com o tema eras geológicas da Terra. Metodologia Para a realização do presente trabalho tivemos como base a internet onde obtemos os artigos e pdf referente ao tema em estudo. 5 Eras Geológicas As Eras Geológicas correspondem ao tempo compreendido entre a formação do planeta Terra até os dias actuais. Segundo Rohn (2000), esse tempo é estimado em 4,6 bilhões de anos e é dividido sucessivamente em, eras, períodos, épocas e idades. Cada unidade geológica foi estabelecida com base em dados paleontológicos e geológicos, os quais correspondem aos importantes acontecimentos responsáveis pela evolução da terra. Estas, são caracterizadas pelas formas em que os continentes e os oceanos se distribuíam e pelos seres viventes que neles se encontravam. Da mais antiga a mais recente são: Pré-Cambriana, Paleozóica, Mesozóica e a Cenozóica. A Era Pré-Cambriana é a mais antiga e longa das eras geológicas, estende-se desde a formação da Terra, há aproximadamente 4,6 bilhões de anos, até 570 milhões de anos atrás. Segundo Wicander (2009), foi o período de tempo onde aconteceram alguns dos eventos mais importantes da Terra como o início do movimento das placas tectónicas, a formação da atmosfera e o aparecimento da vida na terra. O PréCambriano abrange mais do que 88% de todo o tempo geológico, de modo que se a história da Terra fosse representada em 24 horas, um pouco mais de 21 horas seriam dedicada a essa era (WICANDER, 2009). Era Paleozóica Prevaleceu aproximadamente de 550 a 250 milhões de anos atrás, dividindo-se nos períodos: Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano. Período de grandes transformações, o paleozóico se caracteriza surgimento dos primeiros peixes, anfíbios, répteis e plantas terrestres. Também ficou marcado pela ocorrência de rochas sedimentares e metamórficas, formação do Pangéia e Montes Apalachianos. No princípio da era paleozóica houve uma grande diversificação evolutiva dos animais, no entanto, em seu extremo oposto aconteceu a extinção de vários grupos de animais, atingindo principalmente as espécies marinhas. Continentes - O EoPaleozóico tinha continentes agrupados próximos ao actual equador, formando uma massa chamada Gondwana, que vagava pelo sul lentamente e ao norte, outras massas protocontinentais, Sibéria, Laurentia e Baltica convergindo em direcção aos trópicos. 6 Havia um grande oceano separando Laurentia e Gondwana Oriental. No final do Paleozóico todos os continentes estavam unidos formando o supercontinente de Pangea. Clima - O EoPaleozóico era frio, culminando na grande idadedo gelo do Ordoviciano. O Siluriano viu climas tropicais e mares rasos, mornos. Durante o NeoPaleozóico a temperatura novamente decresceu e a idade do gelo Permocarbonífera determinou que a maior parte do continente Gondwana ficasse debaixo de pesadas camadas de gelo. Vida - A vida mudou muito durante o Paleozóico, de algas para florestas, de protocordados para protomamíferos. Basicamente pode-se dizer que o EoPaleozóico foi dominado por invertebrados, enquanto o meio terrestre permaneceu estéril. O MesoPaleozóico viu a supremacia dos estranhos peixes placodermos, as primeiras plantas terrestres e insetos. Enquanto o NeoPaleozóico viu o desenvolvimento de grandes florestas com plantas gigantes que produziam esporos, habitadas por uma fauna rica de artrópodes, anfíbios, répteis e por invertebrados diversos no mar. Extinções de massa - O Paleozóico testemunharam várias crises na história da vida, no EoCambriano, no Ordoviciano, no NeoDevoniano. Mas mais determinante fase de extinção em massa foi a que marcou o fim da Era Paleozóica, e ficou conhecida geologicamente como a Grande Extinção Permiana, a maior catástrofe da história da vida, causada pelo enriquecimento excessivo de oxigénio atmosférico, iniciado ainda no Proterozóico com as algas cianofíceas. O Paleozóico é conhecido por dois eventos mais importantes na história da vida animal. Em seu começo, nos animais multicelulares houve uma "explosão evolutiva dramática", e quase todos os filos animais vivos apareceram dentro dos primeiros milhões dos anos. Já no extremo oposto do Paleozóico, a extinção maciça, a maior da história, que extinguiu aproximadamente 90% de todas as espécies animais marinhas. As causas de ambos estes eventos não são compreendidas ainda. O Paleozóico é parte de praticamente metade do ÉonFanerozóico, e durou aproximadamente 300 Ma. Durante seu desenvolvimento havia 6 grandes massas protocontinentais principais, cada uma delas desenvolveu montanhas enormes ao longo de suas margens, e avanços (transgressões) e recuos (regressões) de mares rasos nos seus interiores. Disso resultou um acúmulo muito grande de pacotes sedimentares que formaram rochas economicamente importantes, como no caso das rochas calcárias, utilizadas na 7 indústria da construção civil, assim como os depósitos extensivos de carvão, formados a maior parte no período Carbonífero e ainda hoje usados na indústria siderúrgica em muitos países. A Era Mesozóica É compreendida entre 250 a 65 milhões de anos atrás, sendo dividida em três períodos: o Triássico, o Jurássico e o Cretáceo. Conhecida também como “Eras dos Répteis”, a era mesozóica ficou marcada principalmente pelo surgimento e extinção dos dinossauros O aparecimento das aves, mamíferos e plantas com flores também são características marcantes do mesozoico assim como a 20 origem de grandes jazidas de petróleo, vulcanismo intenso, sedimentação dos fundos marinhos e a separação dos continentes. Mesozóica é compreendida entre 250 a 65 milhões de anos atrás, Figura 1: Os Dinossauros surgiram na era Mesozóica A era Cenozóica Iniciou-se logo após a grande extinção que ocorreu no final da Era Mesozóica, há aproximadamente 65 milhões de anos. Esta é a era geológica que se estende até os dias atuais. Antigamente era dividida em dois períodos: Terciário (66 a 1,6 Ma) e Quaternário (1,6 Ma até 8 o presente). Actualmente, o Terciário foi redividido em Paleógeno e Neógeno, cada um englobando um dado conjunto de épocas (WICANDER, 2009). Ainda, de acordo com Wicander (2009), o cenozóico ficou conhecida como “A Era dos Mamíferos” ou, ainda, “Idade das Angiospermas”, pois apesar de terem surgido na Era Mesozóica, foram esses dois grupos que dominaram a Terra nessa época. Ficou também marcada pelo aparecimento de diversas espécies do gênero Homo, grandes mamíferos e evolução da humanidade. Quadro 1: Escala do tempo geológico da Terra. ÉONS ERAS PERÍODOS ÉPOCAS IDADES ACONTECIMENTOS FANEROZ ÓICO CENOZÓICA QUATERNÁRIO RECENTE 10 Mil anos Animais e plantas actuais. PLEISTOCEN O 2 Milhões de anos Extinção da maioria dos mamíferos gigantes. TERCIÁRIO PLIOCENO 6 Milhões de anos Surgimentos do género Homo. MIOCENO 26 Milhões de anos Surgimento de uma fauna de mamíferos gigantes. OLIGOCENO 38 Milhões de anos Surgimento de muitas famílias modernas de mamíferos. EOCENO 55 Milhões de anos Nesta época já existia a maioria das plantas atuais. PALEOCENO 65 Milhões de anos Diversificação dos mamíferos e aparecimento dos primeiros primatas. Surgimento das aves actuais. MESOZÓIA CRETÁCEO _ 135 Milhões de anos Extinção dos dinossauros e de outros animais. Surgimento das angiospermas. JURÁSSICO _ 190 Milhões de anos Domínio dos dinossauros e aparecimentos das aves. 9 TRIÁSSICO _ 225 Milhões de anos Origem dos dinossauros e dos mamíferos. Surgimento dos grupos modernos de répteis e mamíferos. PALEOZÓIA PERMIANO _ 280 Milhões de anos Extinção de vários grupos de animais. Aparecimento das gimnospermas (coníferas). CARBONÍFERO _ 345 Milhões de anos Diversificação das plantas terrestres. DEVONIANO _ 395 Milhões de anos Abundância de peixes e aparecimento dos primeiros anfíbios. Invasão do continente pelas plantas SILURIANO _ 430 Milhões de anos Ocorrência das primeiras plantas vasculares. ORDOVICIANO _ 500 Milhões de anos Início da transição entre plantas aquáticas e terrestres. Origem dos vertebrados. CAMBRIANO _ 575 Milhões de anos Origem da maioria dos grupos de invertebrados conhecidos. PRÉCAMBRIANA _ 4,6 bilhões de anos No final deste período surge a vida na terra. Fonte: (WINCANDER, 2009 SANTOS; AGUILAR; OLIVEIRA, 2010, com algumas modificações). De acordo com Wicander (2009), o cenozóico ficou conhecida como “A Era dos Mamíferos” ou, ainda, “Idade das Angiospermas”, pois apesar de terem surgido na Era Mesozóica, foram esses dois grupos que dominaram a Terra nessa época. Ficou também marcada pelo aparecimento de diversas espécies do gêner Homo, grandes mamíferos e evolução da humanidade. 10 Tempo Geológico O Tempo Geológico é contado a partir do momento em que a Terra alcançou a sua presente massa, que é provavelmente o mesmo ponto em que a crosta sólida da Terra se formou de início, embora não se tenham rochas que datem deste tempo inicial. As evidências actualmente disponíveis sugerem que nenhuma rocha permaneceu do primeiro bilhão de anos da história da Terra. Para efeito de comparação do tempo geológico têm sido inventados numerosos esquemas, nos quais eventos geológicos chaves são localizados proporcionalmente, em unidades de comprimento ou tempo anuais, de modo a tornar o tempo geológico um tanto mais compreensível. Comprimam-se, por exemplo, todos os 4,6 bilhões de anos de tempo geológico em um só ano. Nesta escala, as rochas mais antigas reconhecidas datam de Março. Os seres vivos apareceram inicialmente nos mares, em Maio. As plantas e animais terrestres surgiram no final de Novembro, e os pântanos, que formaram os depósitos de carvão carboníferos, floresceram durante cerca de quatro dias no início de Dezembro. Os dinossauros dominaram em meados de Dezembro, mas desapareceram no dia 26, mais ou menos na época que os Andes e as Montanhas Rochosas se elevaram inicialmente. Criaturas humanóides apareceram em algum momento na noite de 31 de Dezembro (MUGGER at al, 2009). Evolução dos conceitos A magnitude do tempo geológico e o seu significado tem desafiado há muito o pensamento humano. A elaboração deste conceito esteve e está relacionada ao desenvolvimento cultural e científico do homem. Na idade média considerava-se a Terra como sendo o centro doSistema Solar, encerrada em uma esfera que continha todas as estrelas, satélites e planetas girando ao seu redor. As observações e concepções de Galileu e Kepler restituíram ao Sol sua posição central no sistema solar, encerrando o século XVII com uma concepção da Terra como um planeta dinâmico se movendo em um espaço amplo. No século XVIII, James Hutton, um engenheiro inglês, introduz o conceito de uniformitarismo. Tal conceito se baseia na premissa de que os processos geológicos que se observam no presente, ocorreram e vem se repetindo de forma contínua ao longo de toda a 11 história da Terra. A formação de montanhas, sua erosão e a posterior sedimentação de seus restos em bacias de deposição, para dali novamente ressurgirem como novas montanhas indicaram para Hutton processos constantes e simultâneos em diferentes partes do planeta que, para acontecerem, necessitavam somente de tempo, muito tempo. Entretanto, a doutrina dominante nesta época, o neptunismo, impunha sérias dificuldades para as ideias de Hutton, tanto pelo brilhantismo de seu criador, Abraham Werner, como pela sua adequação aos escritos bíblicos. O neptunismo advogava a existência de um oceano primitivo que cobria toda a superfície terrestre no qual tinham se formado todos os tipos de rochas em uma sequência definida e constante para toda a Terra. Quando este oceano se retirou da superfície terrestre deixou todas as rochas em sua actual configuração, assim como as grandes feições dos continentes actuais. Lyell estabelece uma série de princípios baseados em observações directas da natureza, onde os processos geológicos do passado podem ser interpretados e compreendidos com base naqueles que estão ocorrendo no presente. A apropriação deste novo paradigma promoveu uma revolução científica, marcada com o nascimento da Geologia como ciência. Os limites planetários Uma intensa discussão científica ao longo dos últimos anos envolve o conceito de “limites planetários seguros” (“planetary boundaries”), que trata da questão da sustentabilidade ambiental global. Esse conceito discute os limites operacionais seguros para a humanidade em relação a questões críticas decorrentes da ocupação humana na Terra. Rockström et al. (2009a, 2009b) iniciaram esse debate com dois artigos que geraram polêmica, enquanto, recentemente, Steffen et al. (2015) revisaram o quadro dos limites planetários. Nesses trabalhos, tais limites planetários seguros foram avaliados para nove parâmetros relevantes: Paleontologia De acordo com Viana, a Paleontologia é uma ciência multidisciplinar, relacionando-se com as Ciências Geológicas e Biológicas, cujo estudo é direccionado ao entendimento das interacções entre os seres vivos e o meio ambiente, tendo como função principal estudar restos e vestígios de animais ou vegetais pré-históricos (fósseis) em busca de compreender a geografia, origem e evolução da vida na Terra. 12 Conclusão As divisões do tempo geológico foram feitas com base nas unidades geocronológicas onde as maiores divisões são baseadas em grandes modificações do mundo orgânico. Nosso planeta seguiu uma evolução determinada pelas forças geológicas desde sua origem, há cerca de 4,5 bilhões de anos. Ao longo dessa jornada, passou por transformações significativas em sua crosta e atmosfera. Com o início da Revolução Industrial, na segunda metade do século XVIII, um novo agente de mudança se somou às transformações geológicas. A abordagem do tema “eras geológicas” também se faz necessário por servir como fundamento para a compreensão de outros temas abrangentes, como o surgimento e a evolução dos seres vivos, além de fornecer subsídios para o estudo das transformações geográficas ocorridas na Terra ao longo do tempo. 13 Referências bibliográficas OLIVEIRA, J. B. O tempo geológico no ensino fundamental e médio: os estudantes e os livros didácticos. Tese de doutorado. 294 Fls. Curso. Faculdade de educação, São Paulo, 2006; WICANDER R.; MONROE, J.S. Fundamentos de Geologia. São Paulo, Cengage Learning, 508p, 2009; SANTOS, S. F.; VICENTIN, B. J.; OLIVEIRA. Biologia: ensino médio, 3º ano. 1. Ed. São Paulo, (colecção ser protagonista), p. 320, 2010; LOPES, S. Bio. Volume 1: 2. ed. São Paulo: Saraiva, p. 448. 2013; MORAES, S.; SANTOS, J. F.S.; BRITO, M.M.M. Uma análise dos PCN e dos livros didácticos utilizados nos colégios públicos de Salvador Bahia. In: CARVALHO, I. S. Paleontologia: cenários da vida. V.2. Interciência. 2007; CRUTZEN, P. J. “Geology of Mankind”, in Nature, 415, 23, 2002; NOVAIS, T.; et al. Uma experiência de inserção da Paleontologia no ensino fundamental em diferentes regiões do Brasil. TERRÆ DIDATICA. Manuscrito 11- ISSN 1980-4407, 2014.
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