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Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Dentística – 2021.1 Princípios gerais dos preparos cavitários e nomenclaturas A cavidade, na odontologia é um termo empregado para definir a lesão ou a condição do dente que é causada pela destruição do tecido duro; ela pode ser patológica, gerada por um processo de ação bacteriana, ou terapêutico, resultado da instrumentação da cavidade para tratar alguma patologia presente no tecido. A patológica, possui uma forma e contorno irregular, e a terapêutica possui formas e contornos bem regulares. A cavidade terapêutica é o preparo cavitário é a vaidade com forma geométrica e dimensões bem definidas, resultante de um processo cirúrgico que vista romper o tecido cariado. Finalidade do preparo: • Remover o tecido cariado; • Obter formas precisas; • Impedir fratura do dente e do material restaurador; • Impedir a instalação de lesão de cárie. Constituintes do preparo: • Paredes – são os limites internos o Circundantes; o Fundo São as paredes laterais da cavidade, e recebem o nome da face do dente que correspondem ou estão mais próximas. A parede pulpar é que corresponde ao assolho da cavidade, sendo caracterizada como pulpar ou axial. ➢ A parede pulpar, se apresenta perpendicular ao longo eixo do dente ou paralela à face oclusal. ➢ A axial está paralela ao longo eixo do dente. OBS.: a parede de fundo tem uma intima relação com a polpa. • Ângulos – resultantes da união das paredes São linhas ou pontos resultante da união de duas ou de mais paredes, podendo ser ângulos diedros, triedros ou cavo (superficial). Diedros: São formados pela união de duas paredes de uma cavidade denominada pela composição dos seus respectivos nomes, podendo ser do 1º, 2º ou 3º grupo. ➢ Os diedros de primeiro grupo são formados pela união das duas paredes circundantes, V, L, M, D, C. ➢ Os diedros de segundo grupo são formados pela união de uma parede circundante com uma parede de fundo; ou seja V, L, M, D ou C com axial ou pulpar, estando na base do preparo cavitário. patológica terapêutica Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Dentística – 2021.1 ➢ Os diedros de 3º grupo são formados pela união das paredes de fundo da cavidade, sendo axial ou pulpar. Triedros: São formados pela união de três paredes, denominados pela combinação dos seus respectivos nomes. OBS.: o ângulo triedro incisal, é o único ângulo que não recebe o nome das paredes que o compõe. Cavo – Superficial: Formado pela junção das paredes da cavidade com a superfície externa do dente. Esse ângulo pode ser reto ou biselado (deixando-o mais inclinado, para a confecção de restaurações diretas em dentes posteriores, quando metálicas). Classificação das cavidades • Quanto finalidade: ➢ Terapêutica: cavidade resultante da total remoção da cárie, em condições de receber o material restaurador direto; ➢ Protética: cavidade com ou sem lesão de carie, cujo objetivo é servir de suporte de uma peça protética. • De acordo com o número de faces que ocorre: ➢ Simples: quando atinge uma só face do dente; ➢ Composta: quando atinge duas faces do dente; ➢ Complexa: quando três ou mais faces do dente • De acordo com as faces do dente envolvidas ➢ Cavidade oclusal (O); Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Dentística – 2021.1 ➢ Cavidade ocluso-mesial/mesio-oclusal (MO); ➢ Cavidade ocluso-distal/disto-oclusal (DO); ➢ Cavidade mesio-ocluso-distal (MOD) • Classificação de BLACK Classificação de acordo com as predefinições com a face envolvida dentro de uma denominação numérica, por meio de algarismos romanos. Sendo baseada nas áreas do dente que apresentam suscetibilidade à cárie. ➢ Cavidade de cicatrículas e fissuras; ➢ Cavidades em superfície lisas; A classificação mais usada é a artificial, que consiste na técnica de instrumentação da cavidade. ➢ Classe I: estão situadas nas regiões de cicatrículas e fissuras e má-coalescência do esmalte. ➢ Classe II: envolvimento de faces proximais. ➢ Classe III – face proximal dos dentes anteriores sem comprometimento do ângulo incisal; ➢ Classe IV – face proximal dos dentes anteriores com comprometimento do ângulo incisal; ➢ Classe V: no terço cervical (V ou L) de qualquer elemento dentário; ➢ Classe VI (Howard e Simon): bordas incisais e pontas das cúspides; ➢ Classe I (Sockwell): resultante de um preparo cavitário na face vestibular, no terço incisal, dos dentes anteriores. Princípios dos preparos O preparo cavitário consiste no tratamento biomecânico da cárie e de outras lesões de tecido duro do dente, afim de que as estruturas remanescentes possam receber uma restauração que as proteja, seja resistente e previna a reincidência de cárie, devolvendo a forma, função e estética. Moisés Santos|@eumoisesantos_ Odontologia UFPE – Dentística – 2021.1 Para a confecção dos preparos cavitários, temos passos/princípios operatórios: OBS.: a lesão, na superfície, pode se apresentar visualmente como um ponto pequeno, mas ela cresce, em direção a polpa, de maneira triangular. Referências: MONDELLI, J. et al. Fundamentos de dentística operatória. [S.l: s.n.], 2018. CONCEIÇÃO, E. N.; MASOTTI, A. S. Princípios de estética aplicados à dentística. In: Ewerton Nocchi Conceição. (Org.). Dentística - Saúde e estética. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007, v. 1, p. 298-318. PEREIRA, J. C.; ANAUATE-NETTO, C.; GONÇALVES, S. A. Dentística: uma abordagem multidisciplinar. [S.l: s.n.], 2014. Imagens do Google Imagens. Abertura da cavidade; •objetiva a remoção do esmalte sem apoio dentinário, com a finalidade de expor a lesão de cárie, facilitando sua visualização e, desta forma, permitir a instrumentação das fases subsequentes do preparo cavitário. Definição do formato do contorno; •Visa demilitar a área da superficie do dente que deverá ser incluída no preparo cavitário. • todo esmalte sem apoio dentinário deve ser removido. •as margens do preparo devem estar localizada em áreas de fácil higienização e possibiltem um correto acabamento das margens da restauração; •observar diferenças entre cavidades de cicatriculas/fissuras e de superficies Remoção da dentina cariada; •é o tempo operatório que consiste na remoção de toda dentina que encontra-se desmineralizada e infectada pela lesão de cárie, de modo irreversível. • remoção das dentinas muito infectada, infectada e não- infectada, passível de remineralização. •uso de evidenciadores de dentina cariada, que é um corante a base de fucsina básica 0,5ml em 100ml de propileno glicol - por 10s. Forma de resistência; • consiste em dar forma à cavidade para que a estrutura dental e material restaurador possa resistir as situações de maiores estresses oclusais. Forma de retenção; • consiste em dar forma à cavidade com a finalidade de evitar o deslocamento da restauração durante a mastigação de alimentos pegajosos. •embricamento mecânico entre o material restaurador e paredes cavitárias, podendo ser friccional, química ou mecanica. Forma de conveniência; • consiste em se dar ao preparo cavitário caracteristicas a fim de facilitar o acesso a conformação e a instrumentação da cavidade. • Isolamento do campo operatório, proteção do dente vizinho, caixa oclusalnas cavidades Forma de acabamento das paredes de esmalte; • consiste em alisar as irregularidades das paredes de esmalte e do ângulo cavo-superficial do preparo cavitário. •melhorar a adaptação do meterial restaurador às paredes cavitárias, melhorar o vedamento marginal, diminuir a infiltração marginal - é importante o acabamento das paredes. Forma de limpeza da cavidade • consiste em remover os resíduos do preparo cavitário antes da inserção do material protetor e/ou restaurador através de diferentes agentes considerados de limpiza dentinária; • reduzir a SMEAR LATER, que é a camada de particulas agregadas resultante do preparo cavitário, formada por restos adamantinos e dentinários associadaos a saliva, sangue, colageno, oleo e bactérias - clorexidina 2%.
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