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Farmacologia

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Farmacologia 
Regulação da PA e bases farmacológicas 
da terapêutica cardiovascular 
A pressão arterial: 
A PA é a pressão do sangue sobre a vasculatura, e como se sabe esta é 
influenciada por diversos fatores seja de forma direta ou indireta, mas é 
influenciada principalmente pelo DC e pela RVP. 
Dado pela formula PA= DC x RVP, é possível compreender, discernir que 
a pressão arterial, portanto, é diretamente proporcional ao DC e a RVP, 
então neste caso, quando o DC estiver elevado consequentemente a PA 
também estará elevada e vice-versa. 
Assim como na RVP, quando esta estiver elevada a pressão por 
consequência também estará elevada. 
 Como se sabe, o DC está relacionado com a quantidade de sangue que é 
ejetada pelo coração a cada contração, e a RVP corresponde a capacidade 
de vasoconstricção e vasodilatação. 
A alteração nesses dois sistemas pode levar a um aumento ou uma 
diminuição da PA. O DC é influenciado por fatores como volume de 
sangue, tônus venoso, pressão de enchimento, contratilidade e FC. 
 E a RVP é influenciada diretamente pelo tônus arteriolar – vasodilatação e 
vasoconstricção, quando há vasoconstricção há um aumento da RVP que 
consequentemente levará a um aumento da PA e vice-versa. Existem 
diversos fatores que podem influenciar no tônus arteriolar, que acaba 
influenciando diretamente na PA, como a atividade do sistema nervoso 
autônomo sobre o débito cardíaco; hormônios que influenciam tanto no 
tônus arteriolar como no débito cardíaco como as catecolaminas e os rins 
com o sistema renina-angiotensina-aldosterona. 
 E um fator importante é que ao relembrar e compreender todos os 
mecanismos fisiológicos é que isto acaba se tornando alvos terapêuticos, 
alvos farmacológicos. 
Sistema Renina – Angiotensina: 
O sistema renina-angiotensina-aldosterona é um sistema no qual fármacos 
como Captopril, Enalapril e Losartana irão agir, o fígado é responsável pela 
síntese de angiotensinogênio que será convertido em angiotensina I pela 
renina, uma enzima sintetizada pelas células do aparelho justaglomerular. 
A angiotensina I será convertida em angiotensina II pela ECA, a 
angiotensina como se sabe é um potente vasoconstrictor. 
 
 
A angiotensina II irá agir sobre os vasos, nas arteríolas, causando 
vasoconstricção, além de promover um aumento da resposta cardiovascular 
pelo centro de controle cardiovascular localizado no bulbo, além disso 
estimula a secreção de vasopressina, de ADH pelo hipotálamo, que irá agir 
sobre os túbulos renais promovendo um aumento da reabsorção de água, 
além de estimular o centro da sede. Além disso a angiotensina II irá 
estimular a secreção de aldosterona pelo córtex da supra-renal, e a 
aldosterona irá agir sobre os túbulos renais aumentado a reabsorção de 
sódio. 
A angiotensina também está ligada a processos de hipertrofia cardíaca e 
remodelagem vasculares. E a partir de momento que há uma diminuição de 
angiontensina II no paciente hipertenso ocorre uma proteção contra a 
hipertrofia cardíaca. 
 
 
 
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS): 
A HAS é a doença cardiovascular mais comum, e se caracteriza por 
promover alterações patológicas nos vasos e no coração e o risco dessa 
doença está associada as complicações que, a mesma, pode acarretar riscos 
como AVE, aneurismas, hipertrofias cardíacas e problemas renais. 
A hipertensão arterial primária está associada com uma causa multifatorial 
que acaba englobando fatores genéticos, obesidade, estresse, alimentação, 
tabagismo, ingestão de sódio e sedentarismo. 
Estes fatores irão agir como contribuintes para o desenvolvimento de uma 
hipertensão arterial primária, diferente da hipertensão arterial primária, a 
hipertensão arterial secundária é aquela na qual se tem conhecimento do 
fator causador da doença em si. 
Obs: fator poligênico e fator ambiental devem ser considerados, o fator 
poligênico está associado com o os antecedentes familiares. 
Classificação da PA de acordo com o seu nível – DBH VI: 
➢ Hipertensão estágio I: 140-90 mmHg; 
➢ Hipertensão estágio II: 160 – 100 mmHg; 
➢ Hipertensão estágio III: > ou igual a 180 – 110 mmHg. 
Como se sabe a hipertensão arterial pode ser assintomática e será 
diagnosticada após serem observadas medidas de PA, valores iguais ou 
superiores a 140-90 mmHg, pelo menos em duas medidas por consulta ou 
no mínimo duas ocasiões distintas, configuram hipertensão. 
Um fator que é utilizado como método diagnóstico e acompanhamento 
terapêutico é a monitorização da pressão arterial, onde a partir disso é 
possível ter uma ideia se a intervenção farmacológica e as políticas de 
educação em saúde estão sendo eficazes para o tratamento: 
• Monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). 
• Monitorização residencial da pressão arterial (MRPA). 
• Hipertensão do jaleco branco (HAB) 
O MAPA é a monitorização ambulatorial da pressão em 24 horas, no qual 
este aparelho tem por finalidade aferir a pressão arterial a cada 15 minutos 
e as vantagens desse tipo de exame é que a partir disso é possível formular 
uma média da pressão ao longo do dia. 
A hipertensão do jaleco branco é aquela na qual o indivíduo só de ter a 
ciência que está sendo avaliado por um profissional de saúde acaba 
estimulando um pico de ansiedade. 
Terapia da hipertensão arterial: 
O principal objetivo do tratamento anti-hipertensivo é reduzir a morbidade 
e mortalidade cardiovasculares associadas a hipertensão arterial, e a 
hipertensão arterial será tratada de duas formas: 
• Terapia não medicamentosa 
Redução de peso corporal (em indivíduos sobrepeso); 
Moderação de bebidas alcoólicas e abandono do tabagismo; 
Atividade física (aeróbico >30 min/dia; 
Restrição de consumo de sódio (<5 g/dia). 
Está associada a educação em saúde. 
• Terapia medicamentosa: 
Classificadas de acordo com locais ou mecanismos de ação; 
Ação farmacológica sobre sobre o DC ou RVP. 
Anti-hipertensivos - classes farmacológicas: 
• Bloqueadores do receptor de ANG II; 
• IECAs; 
• Inibidores de renina; 
• Bloqueadores dos canais de cálcio; 
• Diuréticos; 
• Alfa-bloqueadores; 
• Beta-bloqueadores. 
 
Obs: o nome é sugestivo de cada classe – pril (IECAs); sartana (BRA), lol 
(beta-bloqueadores). 
É importante ressaltar que dependendo da classe farmacológica este 
fármaco pode ser indicado ou não, caso o paciente tenha outra doença 
associada a hipertensão como por exemplo os fármacos das classes IECAs, 
BRAS e beta-bloqueadores, são interessantes quando o paciente tem 
associado a hipertensão um quadro de diabetes. A partir do momento que 
se tem um paciente hipertenso deve-se avaliar qual o estágio que este se 
encontra, portanto, estágio I, estágio II e III. 
 
Se o paciente está num estágio I de hipertensão arterial e apresenta risco 
cardiovascular baixo a moderado, a terapia de escolha geralmente é a 
monoterapia, portanto, é utilizada uma única classe de fármacos para o 
tratamento. Quando o paciente está num estágio I de hipertensão arterial e 
apresenta um risco cardiovascular alto e muito alto, como ocorre nos 
estágios II e III, geralmente a terapia se faz com associação de diferentes 
classes de fármacos. A associação pode ser feita com duas classes de 
fármacos ou mais. 
Na monoterapia, se o fármaco de escolha não apresentou eficácia pode ser 
feito um ajuste na dose, pode trocar a classe ou acrescentar um segundo 
medicamento. Também ocorre quando se tem efeitos adversos toleráveis. 
Isso também pode ser feito no tratamento de uma hipertensão arterial 
estágio II e III, e estágio I que apresenta um risco cardiovascular alto e 
muito alto, que consta com a associação ou combinação de fármacos. 
 
 Obs: nunca se deve combinar medicamentos da mesma classe. 
Combinações que podem ser feitas: 
➢ Inibidor de ECA associado com diurético (combinação segura); 
➢ Bloqueador de receptor de ANG II associado com diurético 
(combinaçãosegura): 
➢ Inibidor de ECA associado com bloqueadores de canais de cálcio 
(combinação segura); 
➢ Bloqueadores de canais de cálcio associado com diurético 
(combinação segura). 
Obs: bloqueador de receptor de ANG com IECA é uma combinação não 
recomendada. 
Obs: nenhum medicamento anti-hipertensivo cura, este tem como intuito 
promover o controle da PA, se o paciente deixa de tomar a medicação a 
PA tende a se elevar novamente. 
IECAs: 
Objetivo: diminuir a PA através da regulação da RVP e não aumenta de 
modo compensatório o DC; 
Ação farmacológica: 
1) Bloqueiam a enzima conversora de angiotensina; (ECA) 
2) Diminuem a degradação de bradicinina que aumenta a produção de 
óxido nítrico, e como se sabe o óxido nítrico tem ação 
vasodilatadora; 
3) Reduzem a pré e pós-carga -> irão atuar de modo a diminuir o 
trabalho cardíaco. (devido a ação vasodilatadora) 
 A ECA é uma enzima que está localizada principalmente no tecido 
pulmonar e como dito previamente esta irá atuar de modo a converter 
angiotensina I em angiotensina II. 
 
O fármaco irá se ligar no sítio ativo da enzima impedindo a ligação da 
angiotensina I, isso consequentemente, acaba levando uma diminuição dos 
níveis de angiotensina II que tem como resultante uma diminuição da PA. 
Com os níveis de angiotensina II diminuídos, há uma diminuição da 
secreção de aldosterona pelo córtex da adrenal, assim diminuindo a 
retenção de sódio e água. 
Diminuição da estimulação simpática, diminuindo então o DC e a RVP 
tendo como resultante uma queda da PA. 
Também levam aumento dos níveis de bradicinina através da inibição da 
degradação de bradicinina, que consequentemente levam a um aumento na 
produção de óxido nítrico, e como se sabe o óxido nítrico possuí ação 
vasodilatadora. Além de promover a vasodilatação do músculo liso 
vascular. 
 
 
COVID: 
A angiotensina II depois que formada é degradada pela ECA2, muito 
possivelmente, um dos receptores do coronavírus e pacientes que 
expressam mais ECA2, e esta é uma expressão pulmonar, o vírus acaba 
conseguindo penetrar na célula da uma maneira mais eficiente. 
Medicamentos da classe dos IECAs: 
➢ Captopril; 
➢ Enalapril; 
➢ Lisinopril; 
➢ Ramipril. 
São utilizados em monoterapia ou associados: 
• Controlam a PA; 
• Regridem a hipertrofia cardíaca, isso possivelmente, por diminuir os 
níveis de angiotensina II. 
• Também em pacientes com proteinúria, retarda a progressão da 
nefropatia diabética, mas ainda não se sabe como. 
E acaba sendo a primeira escolha para pacientes com IC, hipertensos com 
problemas renais e pacientes com risco elevado de doença coronariana. 
Farmacocinética e efeitos adversos: 
• Alimentos podem diminuir a absorção; 
• são pró-fármacos (exceto Captopril), 
• excreção ocorre por via urinária 
São contraindicados para gestantes (fetotóxicos). 
Efeitos adversos: 
• Tosse seca (devido ao aumento dos níveis de bradicinina); 
• hiperpotassemia; 
• erupções cutâneas; 
• hipotensão; 
• febre. 
BRA: 
Ação farmacológica: 
1) Bloquear os receptores do tipo AT1 que tem como agonista 
biológico a angiotensina II; 
2) 2) reduzem a pré e pós-carga cardíaca, portanto, reduzem a demanda 
cardíaca. 
O resultado do bloqueio dos receptores AT1 gera um efeito farmacológico 
próximos do IECA, diminuem e controlam a PA de maneira equivalentes, 
porém, não há aumento dos níveis de bradicinina e com isso o paciente não 
irá apresentar tosse seca. 
Como se sabe, o BRA é um antagonista que irá se ligar no sítio ativo dos 
receptores de angiotensina II, consequentemente impedindo a ligação da 
mesma e os efeitos desencadeados por ela. 
 
Com o bloqueio dos receptores de angiotensina II há uma diminuição da 
retenção de água e sódio pela diminuição da secreção de aldosterona pelo 
córtex da adrenal. Além disso, há uma diminuição da atividade do sistema 
nervoso autonômico simpático e uma vasodilatação dos músculos lisos 
vasculares, onde esse conjunto de fatores têm como resultante a queda da 
PA. 
Medicamentos da classe dos bloqueadores de ANG II: 
➢ Losartana; 
➢ Valsartana; 
➢ Candesartana. 
Podem ser utilizados em monoterapia ou em associação: 
• Controlam a PA; 
• Promovem a regressão da hipertrofia cardíaca; 
• Retardam a progressão da nefropatia diabética, diminuindo 
proteinúria como os IECAs. 
Podem ser inclusive substitutos dos IECAs e não aumentam os níveis de 
bradicinina, diminuindo assim a incidência dos efeitos adversos. 
Farmacocinética e efeitos adversos: 
• O Losartana é um pró-fármaco transformado em metabólito ativo; 
Enquanto, os outros fármacos são biotransformados em metabólitos 
inativos. 
• São excretados através da urina e das fezes; 
São contraindicados para gestantes (fetotóxicos). 
Efeitos adversos: 
• Hiperpotassemia; 
• Erupção cutânea; 
• Hipotensão; 
• Febre. 
Inibidor direto da renina: 
 Ex: Alisquireno é o único representante desta classe; 
Ação farmacológica: inibem diretamente renina -> atuam mais 
precocemente no sistema renina -angiotensina -aldosterona (inibem a 
conversão de angiotensinogênio em angiotensina I). 
O fármaco irá se ligar no sítio ativo da renina, impedindo a ligação de 
angiotensinogênio e consequentemente a formação de angiotensina I. 
 
 
• Reduzem a PA com uma eficácia similar aos IECAs e ao BRAs; 
Efeitos adversos: 
• Diarreia; 
• Tosse seca (com menor frequência do que os IECAs causam); 
• Hiperpotassemia. 
São contraindicados para gestantes. 
Obs: os efeitos farmacológicos desencadeados pelo inibidor de renina são 
os mesmos dos IECAs e BRAs. 
Atua de modo precoce no sistema renina-angiotensina-aldosterona, é bem 
tolerado em pacientes idosos, pacientes com doenças hepáticas, pacientes 
com IR e pacientes com DM2. 
• Resumo: 
 
Agentes simpatolíticos - beta-bloqueadores: 
Obs: os fármacos simpatolíticos ou antagonistas são aqueles que tem como 
característica impedir a atividade do SNA simpático, portanto, estes 
fármacos irão atuar impedindo a transmissão adrenérgica. 
 Os antagonistas dos receptores do tipo beta-1, como o próprio nome diz 
são fármacos que irão atuar impedindo a ligação da adrenalina e 
noradrenalina, estes receptores estão localizados no coração e nas células 
do aparelho justaglomerular. 
Irão reduzir: 
• Contratilidade do miocárdio; 
• Frequência cardíaca; 
• Débito cardíaco; 
• Secreção de renina; 
• Outras ações (3 geração). 
A noradrenalina e adrenalina ao se ligar no receptor do tipo beta 1 
localizado no coração tem como característica promover um aumento da 
permeabilidade aos íons sódio e cálcio, levando assim, a um aumento da 
função contrátil que consequentemente leva a um aumento da FC e do DC, 
e como discutido anteriormente o aumento do DC leva um aumento da PA. 
 
Nos rins, a noradrenalina e adrenalina vão estimular a secreção de renina 
pelas células do aparelho justaglomerular, dando início a cascata do sistema 
renina-angiotensina-aldosterona que é um mecanismo para regulação da 
pressão a longo prazo. 
Os antagonistas dos receptores Beta-1 no coração vão provocar uma 
diminuição da função contrátil, consequentemente da FC e DC. 
Nos rins, este tem como intuito diminuir a secreção de renina pelo aparelho 
justaglomerular. 
É importante ressaltar que existem outras ações desencadeadas pelos de 
terceira geração. 
A utilização destes fármacos é interessante para pacientes com 
taquiarritmia supraventricular, pacientes que tivera, infarto agudo do 
miocárdio prévio, pacientes com angina e IC. 
Obs: esta classe de fármacos não é interessante para pacientes idosos 
Os beta-bloqueadores são divididos em seletivos e não seletivos, os beta-
bloqueadores não seletivos bloqueiam tanto beta-1 quanto beta-2, 
enquanto, os beta-bloqueadores seletivos bloqueiam beta-1. 
Medicamentos da classe dos beta-bloqueadores: 
➢ Propanolol; (beta não seletivo) 
➢ Atenolol; (beta seletivo)➢ Metoprolol. (beta seletivo) 
 O beta-bloqueador de terceira geração apresenta efeitos cardiovasculares 
adicionais. 
Os beta-bloqueadores de terceira geração podem atuar bloqueando canais 
de cálcio, pode ser agonista beta-2 que leva a vasodilatação, pode aumentar 
os níveis de óxido nítrico que tem ação vasodilatadora, além da ação 
antioxidante, que visa proteger os vasos contra lesões. 
 
Efeitos adversos: 
• Hipotensão; 
• Bradicardia; 
• Fadiga; 
• Insônia; 
• Disfunção sexual. 
Bloqueadores de canais de cálcio ou antagonistas dos canais de cálcio 
(BCC) 
Ação farmacológica: 
Canais de Ca2+ sensíveis à voltagem - tipo L – lento; 
• Medeiam a entrada de Ca2+ nos miócitos musculares lisos, cardíacos 
e nas células do modo sinoatrial (SA) e atrioventricular 
• Redução da massa hipertrófica cardíaca (mecanismo ainda não 
conhecido e menos eficazes que IECA). 
 
Efeitos adversos: 
• Rubor; 
• Constipação; 
• Vertigem; 
• Cefaleia; 
• Fadiga; 
• Hipotensão. 
Diuréticos: 
Usados como tratamento farmacológico de primeira escolha para 
hipertensão. 
Seguros e baratos. 
Potencializam a eficácia de outros fármacos antihipertensivos. 
Ações Farmacológicas: 
• Aumento da excreção de Na+, Cl- e água (secundário) através de 
uma ação no néfron (redução do volume extracelular); 
• Modificação indireta do filtrado; 
• Vasodilatação a longo prazo (sem explicações comprovadas); 
Usos Clínicos: 
• HAS: Diminuição da volemia! ↓DC!↓PA (c/ perda de Na+). 
• Outros - Edemas (IC, ascite hepática, síndrome nefrótica, 
prémenstrual e pulmonar agudo). 
 
Grupos Farmacológicos: 
(1) Tiazídicos: 
Ex: hidroclortiazida, clortalidona e indapamida. 
Amplamente usados na clínica. 
• Não usar em pacientes com função renal inadequada; 
Leva de 3-4 semanas para reduzir de modo estável a PA; 
Aumenta a excreção de sódio e água: 
• Redução no volume extracelular 
• Diminuição do débito cardíaco; 
Agem no túbulo distal -> inibição do co-transporte de Na+/Cl- :Diurese (↓ 
reabsorção de Na+ e Cl-); 
 
Farmacocinética: 
• Ativos por via oral; 
• Eliminado pela urina. 
Efeitos Adversos: 
• Hipopotassemia, Hiponatremia e Hipercalcemia; 
• Mudar dieta: aumentar ingestão de frutas cítricas – banana e 
ameixas; ou suplementação de sais de K+); 
• Hiperuricemia; 
• Hiperglicemia; 
• Hipotensão; 
• Hiperlipemia (5-15% séricos do colesterol – começo do tratamento); 
• Disfunção erétil; 
(2) De Alça: 
Ex: furosemida, bumetanida e torsemida. 
Diuréticos de alta potência; 
• vo, im e iv. 
Escolha para quadros de edema pulmonar agudo. 
Pode ser utilizado em pacientes com função renal pobre ou para os 
pacientes que não responderam aos outros diuréticos. 
Agem na alça de Henle (ramo ascendente) -> Inibição do cotransporte de 
Na+/K+/Cl- : Diurese (↓ reabsorção de Na+). 
 
Efeitos Adversos: 
• Alcalose (aumento da excreção de H+); 
• Hipopotassemia, hipomagnesia, hipocalcemia (contra-indicado para 
idosos com osteopenias); 
• Ototoxicidade; 
• Hiperuricemia; 
• Aumento de LDL; 
• Hipovelemia e hipotensão; 
 
(3) Poupadores de potássio e antagonistas dos receptores de 
aldosterona: 
Amilorida, trianterno: inibem o transporte de sódio nos ductos distais e 
coletores. 
Aumenta a excreção de sódio e diminui de potássio. 
Reduzem a perda de potássio na urina. 
Espironolactona, eplerenona: Antagonistas dos receptores da aldosterona. 
Reduzem a perda de potássio na urina. 
Não são diuréticos muito eficientes. 
Utilizados em associação 
Usos terapêuticos: 
• Diurético – principalmente para edemas hepáticos; 
• Hiperaldosteronismo; 
• IC; 
• Acne (diminui hormônios masculinos em mulheres). 
Efeitos Adversos: 
Amilorida, trianterno: retenção de ácido úrico e cãibra nas pernas. 
Espironolactona, eplerenona: ginecomastia e irregularidades menstruais, 
distúrbios gástricos (úlcera), hiperpotassemia. 
(4) Osmóticos; 
(5) Inibidores da anidrase carbônica. 
 
Tratamento de dislipidemias 
o O que são dislipidemias? 
Qualquer alteração na quantidade de lipídeos no sangue; 
São distúrbios manifestados por essas alterações e são alterações que levam 
ao risco de desenvolvimento cardiovascular (considerado como fator de 
risco). 
o Bioquímica dos lipídeos: 
Lipídios são hidrofóbicos = não solúveis pelo sangue, por isso há as 
lipoproteínas; 
Transportados por lipoproteínas pela corrente sanguínea. 
o Lipoproteínas 
Constituição: 
As lipoproteínas têm duas partes – uma interna e outra parte externa: 
A parte externa é a capa hidrofílica (filia pela água) 
A parte interna é o núcleo que é onde se localizam os lipídeos 
(hidrofóbicos) que serão transportados; 
 A capa hidrofílica apresenta: apoproteínas, fosfolipídios polares (de 
membrana) e o colesterol livre; 
O núcleo das lipoproteínas apresenta: ésteres de colesterol e triglicerídeos. 
Funções: 
A principal função é o transporte lipídico (favorecendo e aumento a 
solubilidade); 
• Quilomícrons – formados a partir intestino e realiza o transporte do 
lipídeo que está vindo da dieta (TAG e colesterol); 
• VLDL- formado a partir do fígado, portanto faz o transporte de 
colesterol e TAG endógenos (que foram sintetizados no fígado ou 
aquele que não é da dieta); 
• LDL- carrega grande parte do colesterol (entrega para todos os 
tecidos); 
• HDL- transporte colesterol de volta paro o fígado (pega o excesso 
que está nas células e leva de volta par o fígado). 
Componentes 
Colesterol – compõe as membranas celulares, regulam a fluidez das 
membranas, precursor de hormônio esteroide, precursor de vitamina D. e 
precursor de sais biliares; 
• Componente fundamental dos lipídeos 
Triacilgliceróis – base do tecido adiposo, base energética (principal forma 
de reserva energética); 
Lipídeos anfipáticos – lipídeos de membrana; porção que se relaciona com 
água e porção que se relaciona com lipídeos; 
Apoproteínas – são específicos para cada lipoproteínas e tem função 
especificas; 
• Há dislipidemia que ocorre alteração em X apoproteínas. Há 
tratamento que interfere em específico apoproteínas; 
 
 
 
Quilomícron – grande diâmetro e tem maior quantidade de TG; 
VLDL – mais densa e grande quantidade de TG. A a diferença é que o 
VLDL é formando pelo fígado e o quilomícron é formado pela dieta; 
LDL – ésteres de colesterol – entrega nas células; 
HDL – densa e pequena – grande quantidade de proteínas; 
Metabolismo: 
Via exógena: 
 
Via exógena: 
 
Via do transporte reverso de colesterol: 
 
 
o Dislipidemias: 
De acordo com o perfil lipídico, são classificadas como: 
• Hipercolesterolemia (↑ colesterol total e LDL); 
• Hipertrigliceridemia (↑ triglicerídeos (endógenos, exógenos ou 
ambos); 
• Dislipidemia mista (↑ colesterol e ↑ triglicerídeos (↑ LDL, ↑ VLDL); 
• Deficiência de HDL. 
Hipercolesterolemia familiar: 
O que ocorre? Aumento do colesterol; 
Alteração genética que leva ao aumento do colesterol; 
Está relacionada com a falha na captação e internalização das LDL nas 
células – ou seja, não consegue entregar nas células e há o aumento de 
colesterol na corrente; 
Pode ter a redução ou ausência de receptores de LDL como consequência; 
Clínica: 
Depósitos tissulares – deposito nos tecidos; 
Arco corneado – linha esbranquiçada envolto do olho; 
Xantomas – tuberosidades 
 
• Alto risco de cardiopatia coronariana; 
Hipertrigliceridemia: 
• Etiologia: 
Genética: 
Deficiência familiar de lipase lipoproteica – com essa deficiência, não há a 
quebra de TAG para ser colocado dentro da células -> aumento de TAG na 
corrente; 
Deficiência de ApoCII -sem ativação da lipase e diminui a quebra da de 
TAG -> aumento de TAG no sangue; 
Patologia secundárias: 
Obesidade, diabetes, IRC; 
Ambientais: 
Consumo excessivo de carboidratos refinado e álcool 
Uso de fármacos: 
Betabloqueadores 
Estrógenos 
Diuréticos 
A hipertrigliceridemia corresponde defeitos leves a moderados do 
metabolismode VLDL; 
• Se falar hipertrigliceridemia é porque não está muita alto a 
quantidade de TAG no sangue e se estiver muito alto, vai interferir 
com LDL, ou seja, mista; 
Os defeitos severos se expressam como dislipidemia mista devido ao 
conteúdo significativo de colesterol das VLDL; 
Dislipidemia mistas 
Multicausalidade: fatores genéticos, fatores patológicos e ambientes, tudo 
aquilo que interferir no metabolismo das VLDL LDL; 
Deficiência de HDL: 
Situações que levam a deficiência de HDL: – diminuição do HDL 
• Distúrbios genéticos raros (doença tangier, deficiência de LCAT); 
• Defeito na síntese de ApoA. 
Com hipertrigliceridemia, o HDL pode ser reduzido por aceleração do seu 
catabolismo por um maior conteúdo de TG (produto de transferência do 
VLDL). 
FATORES QUE LEVAM A DISLIPEDEMIAS: 
Vários fatores como distúrbios genéticos, alcoolismo, estilo de vida, 
síndrome nefrótica, diabetes mellitus, insuficiência renal crônica, 
hipotireoidismo -> LEVAM a dislipidemia e a dislipidemia é um dos 
fatores importantes para o risco aterogênico (formação de ateromas); 
Aterogênese: 
Ateromas – lesão na camada íntima das artérias – fazem protusão para o 
interior do lúmen vascular; 
• Repostas agressão endotelial; 
• Evoluem durante décadas; 
Inícios dos sintomas -> caracteriza estágio avançado da doença; 
Doença inflamatória crônica multifatorial -> aterosclerose; 
Aterosclerose: 
Principais fatores de risco 
o Não modificáveis: 
 Anormalidade genéticas / História familiar; 
Aumento da idade. 
o Potencias modicáveis: 
Hipertensão; 
Tabagismo; 
Diabetes; 
Dislipidemias; 
A aterosclerose causada entre outras coisas por dislipidemia -> Há o 
aumento de LDL nas células e esse aumento desencadeia sequencias de 
reações inflamatórias: Monócitos sendo ativados, formando macrófagos 
que irão formar/fazer a limpeza: pegam o LDL que sofreu oxidação -> 
necrose celular; 
 
O problema da ruptura da placa, é a trombose -> o trombo pode ocluir os 
vasos sanguíneos; 
os trombos vão para a circulação em locais de calibre menores, bloqueando 
a passagem e causando a trombose; 
 
RESUMO: O que a dislipidemia pode causar e consequências 
 
o Como reduzir o risco aterogênico? Tratamento: 
Modificação no estilo de vida: 
Reeducação alimentar; 
Exercício físico. 
Tratamento de doenças/fatores de risco: 
Hipertensão; 
Diabetes mellitus; 
Fármacos que modificam os níveis de colesterol: 
o Tratamento com fármacos: hipolipemiantes 
Classificações: 
 
 
Estatinas – 
São os mais usados por serem mais efetivos e bem tolerados; 
Diminuem a síntese de colesterol – agem diretamente na síntese (na enzima 
de via de síntese) 
Aumentam a captação de LDL dos plasmas para o hepatócito; 
Tipos: 
 
Mecanismos de ação 
Ocorre no fígado – A estatina inibe a enzimas HMG-CoA; 
Diminuição da [de colesterol intracelular] -> aumento da síntese de 
receptores de LDL no núcleo; 
Com mais receptores a células irão captar mais LDL do sangue e por 
consequência a concentração sanguínea de LDL diminui. 
 
Estatinas demonstrou outros efeitos clínicos: ações cardioprotetoras em 
potenciais; 
• Melhora das funções endoteliais; 
• Redução da inflamação vascular; 
• Redução da agregação plaquetária; 
• Aumento das celular progenitores endoteliais circulantes; 
• Aumento da neovascularização em tecidos isquemos; 
• Estabilização da placa aterosclerótica -efeitos antitrombóticos; 
• Aumento da fibrinólise; 
Contraindicado: durante a gravidez 
A enzima que a estatina inibe: ela é orientadora de células germinativas 
primordiais em migração; 
Além de uma criança em desenvolvimento precisar de muito colesterol; 
Uso clínico: 
• Prevenção secundária de infarto do miocárdio e AVC, em paciente 
com doença aterosclerótica sintomática; 
• Prevenção primaria de doença arterial em paciente de alto risco; 
• Atorvastatina reduz o colesterol sérico em pacientes com HF 
homozigota; 
• Dislipidemia graves - estatinas + ezetimiba. 
Efeitos adversos: 
• Dor muscular; 
• Desconforto gastrointestinal; 
• Insônia; 
• Rash cutâneos; 
• Miosite grave (rabdomionlise). 
Fibratos 
Diminui VLDL – diminui triglicerídeos; 
Redução modesta de LDL (10%); 
Aumento de HDL (10%) – consequência da redução de VLDL 
Tipos: 
 
USO: trigliceridemias; 
Mecanismo de ação: 
Os fibratos são de nível nuclear; 
Se liga em receptores do núcleo que regulam a transcrição genica de 
algumas enzimas especificas; 
Aumento da transcrição gênica das lipoproteínas lipase -> estimulação da 
oxidação de ácidos graxos (Mais quebra TG e oxidação, se tem mais 
quebra de TG, há mais quebras de VLDL e quilomícron que estão cheios 
de TG); 
Interfere na diminuição da expressão da ApoC III (inibidor do 
processamento lipofílico / inibe a lipase lipoproteica) - > aumenta 
depuração (quebra) de VLDL; 
Aumenta na expressão de ApoA I e ApoA II -> aumenta os níveis de HDL; 
 
Uso clínico: 
• Dislipidemia mista; 
• Hipertrigliceridemia; 
• Paciente de com baixos níveis de HDL e alto risco de doença 
ateromatosa; 
• Combinados com outros redutores de lipídeos em pacientes com 
dislipidemias graves (resistente a tratamento). 
Efeitos adversos: 
• Miosite (mioglobinuria e IRC); 
• Efeitos no trato gastrointestinal; 
• Prurido e rash cutâneo; 
• Cálculos biliares (clofibrato) – caso específico; 
Resinais de ligação com a sais biliares: 
Fármaco auxiliar 
Tipos: 
 
• Colesterol é o precursor de saia biliares; 
Ácidos biliares sendo sintetizados no fígado vai para a vesícula e para o 
intestino para emulsificar lipídeos – grande parte desses sais biliares tem 
transportadores que permite a recaptação pela circulação entero-hepatica: 
uma parte vai para o fígado novamente e é reprocessado e a outra parte vai 
para intestino sendo eliminado nas fezes; 
Mecanismo de ação: 
Quando coloca a resina, ela vai se ligar ou quelar-se nos sais biliares de 
maneira que impedem que os sais biliares sejam reabsorvidos e sairão nas 
fezes; 
As células hepáticas que estão acostumadas a receber esses sais novamente 
e de repente não recebe mais (para), ela precisa sintetizar colesterol para 
fazer os sais biliares novamente e como o colesterol intracelular está 
diminuído. A célula hepática começa a captar colesterol da corrente 
sanguínea e aumenta a síntese de recepções e assim, há a diminuição do 
colesterol sanguíneo. 
Resina de troca iônica que sequestram os ácidos biliares no intestino e 
impedem sua reabsorção pela circulação entero-hepatica. 
• Qual é o fármaco interessante para associar com a resina? Estatina. 
(esse uso associado com estatina tem o aumento da eficiência) 
Uso clínico: 
Efeito é compensado pelo aumento da síntese de colesterol devido a 
supraregulação da HM- coA redutase; 
Efeitos adversos: 
• Náuseas; 
• Distensão abdominal; 
• Constipação ou diarreia (interação medicamentosa); 
• Interferência na absorção de alguns vitaminoses lipossolúveis e 
alguns fármacos (digoxina e varfarina); 
Niacina (ácido nicotínico) 
Vitamina – complexo B, só que para se usado como hipolipemiantes tem 
que ser em doses altas; 
(aumenta dose) -> efeito hiperlipidêmico -. Inibe a secreção hepática de 
VLDL (diminui TG e LDL circulantes e aumento de HDL circulante; 
Mecanismo de ação: há dois caminhos; 
1) Niacina tem receptor próprio no tecido adiposo e inibe a lipase hormônio 
sensível que é responsável pela quebra de TG que vai ser exportado para o 
fígado para a síntese de TG no fígado; - diminuí a quantidade de ácidos 
graxos de TG no fígado e se diminui a síntese TG no fígado, por 
consequência diminui VLDL E LDL; 
2) A niacina diminui a quebra de ApoA I – se eu tenho mais ApoA I, tenho 
mais HDL e se há mais HDL, há o aumento de captação do colesterol nas 
células, aumento da entrega de colesterol no fígado que será excretado; 
Uso clínico: 
• Associado à dieta, nas dislipidemias com HDL baixo e TG elevado. 
• Emsubstituição à estatina (quando esta é contraindicada) →↓ LDL; 
Efeitos adversos: 
• Rubor; 
• Palpitações; 
• Distúrbios de TGI; 
Altas dose -> 
• Interfere a função hepática; 
• Intolerância a glicose; 
• Aumenta concentração circular de uratos -> gota. 
 
Inibidor da absorção de colesterol: 
Ezetimiba: pertence ao grupo das azetidinonas inibidores da absorção de 
colesterol; 
Mecanismo de ação: 
Inibe as proteínas transportadora de colesterol -> diminui a absorção; 
 
Ação direta – fármaco coadjuvante; 
Contraindicação: para lactantes (passa para leite materna). 
Efeitos adversos: 
• Diarreia; 
• Dor abdominal; 
• Cefaleia. 
Inibidores da PCSK9: 
Evolocumabe/alirocumabe – anticorpo monoclonal (sintéticos que agem 
especificamente num ponto); 
Se liga e inibe a protease PCSK9 (desempenha um papel central na 
regulação da atividade do receptores hepático do LDL); 
PCSK9 -> protease que se liga ao receptor de LDL na superfície dos 
hepatócitos e aumento a degradação lisossômica desses receptores; 
Se inibe há o aumento de entrado de colesterol no fígado e diminui do 
colesterol sanguíneo 
Inibidor da enzima de transferência a de Triglicerídeos 
Lomitapida 
Inibição da (MTP), é responsável pela transferência de lipídios neutros 
(triglicérides, fosfolípides e ésteres de colesterol) para a apo B nascente→ 
essencial na formação de VLDL 
 
Adjuvante da dieta na redução de LDL-C, colesterol total, apo B e 
lipoproteínas não HDL-C → pacientes Hfho (hipercolesterolemia familiar 
homozigota) 
Importante uso associado com estatinas 
• (Este medicamento ainda não tem aprovação pela ANVISA) 
Terapia da Insuficiência cardíaca 
Introdução: 
Os cardiomiócitos tem a função de contração. Sem o coração não consegue 
ter um movimento do sangue pelo organismo. 
O fluxo sanguíneo depende dos batimentos do coração. Para que ocorra os 
batimentos, para que os cardiomiócitos consigam realizar a contração 
precisa de cálcio (miocárdio é um músculo). 
O coração é uma bomba que não para de funcionar, está sempre ocorrendo 
o enchimento e ejeção do sangue. 
Para que a contração ocorra os cardiomiócitos tem os receptores beta-1 que 
ficam na membrana, são receptores acoplados a proteína G, 
transmembranais tendo sítio extracelular e intracelular (este é ligado a 
diversas subunidades que quando ativados aumentam o AMP cíclico dentro 
da célula, gerando aumento de cálcio assim se aumenta a contração 
cardíaca). 
Tem segundos mensageiros que levam ao aumento o cálcio intracelular. 
A Insuficiência Cardíaca: 
É uma alteração progressiva na qual o coração é incapaz de bombear 
sangue suficiente para suprir as necessidades do organismo. 
Redução na capacidade do coração de encher-se de sangue e/ou de ejetá-lo 
de forma adequada. 
Dispneia, fadiga e retenção de líquido – devido à redução da capacidade de 
bombear sangue. Pode reter líquido no pulmão (edema pulmonar), nos 
membros inferiores (edema). 
Coração já não está bombeando de forma eficaz, se fizer esforço exige mais 
do coração (ex: esporte aumenta o DC, se em repouso já tem essa 
incapacidade, ao fazer esforço físico sente mais – não necessariamente 
esporte, pode ser subir escada por exemplo). 
IC geralmente não é isolada, é uma síndrome clínica – tem diversos fatores 
que influenciam de forma direta e indireta para essa condição acontecer. 
o Causas: 
Hipertensão arterial à hipertrofia cardíaca. 
Hipertrofia cardíaca – qualquer doença que cause isso, como chagas. 
Hipertrofia cardíaca está muito envolvida. Hipertrofia é o aumento do 
tecido, aumento da força do coração no início e depois perde o potencial de 
contratilidade, então o coração fica grande, mas perde a capacidade de 
contrair de forma eficaz e eficiente, levando à IC. 
Doença cardíaca aterosclerótica. 
IAM – dependendo da extensão da área da isquemia, pode causar danos 
irreversíveis e perder a contratilidade cardíaca, causando IC. 
Doença cardíaca congênita. 
Doença valvar cardíaca. 
São vários fatores envolvidos na IC. Quanto mais comorbidades o paciente 
tiver, maior risco de problemas cardíacos. 
 
Obs: fibrose é a substituição de um tecido funcionante (que contrai) por um 
não funcionante (que não contrai). 
A IC por si só já piora o quadro dela. Se diminuir o DC de forma 
fisiológica, aumenta a RVP de modo compensatório. 
Quando tem comprometimento da função cardíaca (IC), diminui a PA, pois 
diminuiu o DC. Consequentemente vai ter um reflexo dos receptores de 
modo compensatório da diminuição da PA, isso aumenta o sistema 
simpático e ocorrem 2 caminhos de modo compensatório: (1) 
vasoconstrição para aumentar a RVP (aumento da pós-carga) e (2) aumenta 
o sistema RAA (angiotensina 2 também ajuda na vasocontrição, 
aldosterona aumenta a retenção de sódio, aumenta volume intracelular e 
aumenta a pré carga). 
Aumento da pré-carga e pós-carga aumentam a demanda de oxigênio no 
miocárdio pois gasta mais energia, o que agrava a IC. Paciente começa a ter 
mecanismos de aumentar a PA. 
O SN simpático e SRAA aumenta a remodelação cardíaca, a perda de 
miócitos, hipertrofia e fibrose. Precisa diminuir a demanda para aliviar o 
coração. Alguns anti-hipertensivos diminuem a vasoconstrição, 
aldosterona, pós carga e pré-carga, de forma que acaba diminuindo o 
agravamento a IC. IC tem problema na pré-carga e pós-carga. 
 
o Importante: 
Pré-carga – relacionado ao estiramento do coração. Volume de sangue tem 
influência direta, precisa fazer uma força maior para ejetar tudo se tiver 
mais sangue, porém o coração já está comprometido. 
Pós-carga – relacionado com a RVP (diretamente no vaso). Precisa 
bombear mais forte para que o sangue consiga se distribuir nesses vasos. 
 
o Estratégia terapêutica não medicamentosa: 
Redução da atividade física. 
Dieta com baixa ingestão de sódio (<2g/dia). 
Limitações de líquidos (<1,5-2L/dia) – pois um dos problemas da IC é o 
edema. 
o Terapêutica medicamentosa: 
Objetivos: 
Aliviar sintomas. 
Tornar lenta a progressão da doença. 
Aumentar a sobrevida e qualidade de vida. 
Estratégias: 
1. Redução da carga de trabalho do miocárdio. 
2. Diminuição do volume de líquido extracelular – relacionado à edemas. 
3. Melhora da contratilidade cardíaca – usado mais em casos agudos (ex: 
PCR). Em casos crônicos não é tão interessante. 
4. Redução da velocidade de remodelamento cardíaco. 
1, 2 e 3 são as estratégias mais inteligentes. 
Aumento de aldosterona, aumenta ADH, faz excretar menos e aumenta a 
reabsorção de água e sódio nos ductos coletores e leva ao acúmulo de 
líquido (edema). O aumento da pressão venosa, aumenta a filtração capilar 
e causa edema. 
Fármacos: 
IECA E BRA: 
Indicados para pacientes que tem IC com fração reduzida. 
Diminui o remodelamento cardíaco – diminui o grau de hipertrofia. 
Diminuição: 
a. Tônus venoso (pré-carga). 
b. RVP (pós-carga). 
 
Diminuição da retenção de sódio e água está mais relacionado com a pré 
carga. 
Diminuição da vasodilatação, do estímulo simpático está mais relacionado 
com o a pós-carga. 
Aumenta o DC, aliviando o coração, melhora o rendimento. 
O BRA não tem ação na bradicinina, mas também diminui pré-carga e 
póscarga. 
 
O gráfico mostra que os pacientes que tomaram enalapril (IECA) com IC, 
tiveram um índice de mortalidade menor que pacientes que tomaram 
placebo. 
BETA-BLOQUEADORES: 
Bloqueia receptor beta-1. 
Melhora do funcionamento sistêmico. 
Reversão do remodelamento cardíaco – diminui o grau de hipertrofia. 
Diminui a liberação de renina (bloqueia beta-1 no rim também). 
Bisoprolol, caverdilol e metoprolol. 
 
Gráfico mostra que os pacientes que usaram metoprolol tiveram uma 
mortalidade inferior que os que usaram placebo. 
 
INIBIDORES DE NEPRILISINA: Classe nova. 
Utilizado em associação com BRA – ex: Valsartana + Sacubitril (pró-
fármaco). O medicamento de referência é Entresto (já vem essa 
associação). Só o Sacubitril nãoteve todos os efeitos benéficos, por isso 
associa. 
IC com fração reduzida. 
Inibição da Neprilisina (enzima responsável pela degradação de peptídeos 
envolvidos na redução da PA). 
Há peptídeos que reduzem a PA, como o peptídeo natriurético atrial 
(produzido no átrio), que são capazes de regular a PA, reduzir a hipertrofia 
cardíaca, tem atividade antioxidante, tem efeitos benéficos no sistema 
cardiovascular. Através da neprilisina, esses peptídeos sofrem degradação. 
 
Valsartana é um BRA e já tem ação na pré-carga e pós-carga cardíaca. O 
Sacubitril bloqueia a enzima neprilisina, aumentando os peptídeos que 
levam ao controle da PA. 
 
ANP é produzido no átrio. BNP é produzido pelos ventrículos. CNP é 
produzido por células endoteliais. Esses são os peptídeos degradados pela 
neprilisina, o Sacubitril inibe a degradação, vai ficar com mais peptídeos e 
ter um efeito positivo no sistema cardiovascular (de modo geral, ajudam na 
vasodilatação e tem ação anti-hipertófica e anti-fibrótica). 
• Enalapril é bom para IC, mas Sacubitril + Valsartana é melhor. IC 
atinge mais pessoas idosas: 
 
DIURÉTICOS - DE ALÇA: 
Redução do volume hídrico extracelular e da pressão de enchimento 
ventricular (reduz a pré-carga –retorno venoso ao coração). 
Alívio da congestão pulmonar (principalmente na IC aguda, que leva à 
hospitalização, dispneia muito forte) e edema periférico (diurese – menos 
líquido nos vasos e tecidos). 
Ex: furosemida (nome comercial Lasix). Diuréticos de alça são os mais 
potentes, bastantes usados na hospitalização por IC (ao aplicar no paciente 
via IV já começa a melhorar, e a diurese ajuda ainda mais, esse alívio da 
congestão pulmonar a curto prazo é um outro mecanismo que ainda não 
entende, talvez uma vasodilatação, mas é o medicamento de escolha para 
esses casos). 
Poucos pacientes usam furosemida de forma crônica, pois é muito forte, só 
se o paciente tem crises toda hora, edemas recorrentes e precisa controlar 
para melhorar a sua qualidade de vida, usa em pacientes avançados 
(começa com IECA ou BRA). 
ANTAGONISTAS DA ALDOSTERONA: 
Poupadores de potássio, tem menor ação na diurese. São antagonistas dos 
receptores de aldosterona (principalmente no ducto coletor) – alívio da pré-
carga. 
Espironolactona e Eplererona – espironolactona não é nefroprotetora 
(medicamento nefroprotetor protege o néfron contra danos, espécies livres 
de radicais de oxigênio), mas pode ser administrada, tem estímulo para que 
o rim possa funcionar. Se o rim não funciona, elimina menos, acumula 
mais água e o medicamento faz eliminar mais (se não eliminar água não 
consegue nem beber água – pacientes mais avançados com anúria às vezes 
tem que chupar gelo ou algodão com água para ter a sensação de de que 
bebeu água). 
Prevenção de: 
• Retenção de sódio. 
• Hipertrofia cardíaca. 
• Hipopotassemia. 
 
 
FÁRMACOS INOTRÓPICOS: 
Aumentam a contratilidade do músculo cardíaco, aumentando o DC. 
Podem ser usados em pacientes com IC crônica, mas não é interessante. 
Usar esses medicamentos a longo prazo aumenta o índice de mortalidade. 
Usados em situações em que o coração está parando de bater (IC aguda). 
Aumentam o cálcio citoplasmático nos cardiomiócitos – leva ao aumento 
da força de contração e DC 
o GLICOSÍDEOS CARDÍACOS 
- Glicosídeos Digitálicos: 
Ex: digoxina – medicamento usado cronicamente. Hoje seu uso vem 
diminuindo, tem sido dubstituído por BRA e IECA. 
Proveniente da planta digitalis. Não consegue fazer em laboratório, precisa 
da planta. 
Aumenta DC e força de contração cardíaca. 
Dose eficaz é próxima da dose tóxica – janela terapêutica pequena. 
Mecanismo de ação: atua diretamente no cardiomiócito, inibe a bomba de 
sódio e potássio (sai sódio e entra potássio – bloqueia principalmente a 
região do potássio, então não entra potássio e, consequentemente não sai 
sódio). 
O aumento de sódio intracelular vai influenciar outros trocadores (como o 
que entra sódio e sai cálcio). Como vai ter aumento do sódio intracelular, 
consequentemente não vai ter a entrada de sódio, impedindo a saída de 
cálcio, aumentando o cálcio livre, que é significativo para que aumente a 
força de contração. 
 
Efeitos adversos (a longo prazo): 
• Arritmia devido ao aumento dos batimentos cardíacos. 
• Náusea. 
• Cefaleia e fadiga. 
• Visão borrada e alteração na percepção de cores. 
 
FÁRMACOS INOTRÓPICOS - AGONISTAS ΒETA-ADRENÉRGICOS: 
Ex: Dobutamina, Dopamina. São agonistas beta-adrenérgicos 
(principalmente beta-1). Ao ativar receptor beta-1 no coração, aumenta 
AMPcíclico, que leva ao aumento do cálcio intracelular e aumenta a força 
de contração. 
Infusão intravenosa – ambientes hospitalares (emergências – IC aguda) – 
usa quando o coração está parando para fazer bater e o paciente não morrer. 
Usa em algumas cirurgias, fica no carrinho de emergência para caso os 
batimentos cardíacos do paciente comecem a diminuir durante o 
procedimento. Usa esse medicamento para os batimentos aumentarem 
novamente. 
 
Considerações sobre os fármacos: 
 
 
 
 
 
Anti-inflamatórios não esteroidais 
(AINES) 
Introdução: 
Sinais de inflamação (expressão da inflamação): dor, rubor, calor, perda da 
função e edema. 
 
Mediadores farmacológicos da inflamação: 
A inflamação consiste na convocação, agregação e ativação de células 
especializadas no manejo de lesões tissulares. Pode ser causada por 
microrganismos, agentes físicos, químicos, tóxicos, isquêmicos e por 
doenças autoimunes. 
Tem o objetivo de garantir o funcionamento integrado do sistema 
(homeostase), através de uma eficiente comunicação entre proteínas 
(citocinas, interleucinas, adesinas, proteases e interferons), lipídios 
(prostaglandinas) e aminas (histamina e serotonina). 
Trata-se de um processo útil e benéfico que visa acumular células 
sanguíneas e proteínas plasmáticas no sítio lesado comprometidas com 
defesa e reparação. Endotélio e leucócitos são elementos centrais. 
A expressão da inflamação se dá por tumor, calor, dor, rubor e 
eventualmente perda da função. Caso haja persistência do microrganismo 
ou da agressão autoimune, instala-se a inflamação crônica. 
AINES: conceitos básicos 
O anti-inflamatório ser não esteroidal significa que ele não possui sua 
estrutura química formada por 4 anéis esteroidais, diferentemente, por 
exemplo, do cortisol, um hormônio fisiológico relacionado com processos 
anti-inflamatórios. Esses fármacos são considerados ácidos fracos 
Ainda que haja diferença entre AINEs individuais, sua ação farmacológica 
primária está relacionada com sua habilidade compartilhada de inibir a 
enzima COX (é a base do AINEs) de ácidos graxos, inibindo desse modo a 
produção de prostaglandinas e tromboxanos. 
 Há basicamente duas isoformas dessa enzima: 
-COX-1: enzima constitutiva expressa na maioria dos tecidos, inclusiva 
nas plaquetas do sangue. Ela desempenha funções de “manutenção” no 
organismo, estando envolvida em especial na homeostase dos tecidos, e é 
responsável, por exemplo, pela produção de prostaglandinas com funções 
de citoproteção gástrica, agregação plaquetária, autorregulação do fluxo 
sanguíneo renal e no início do parto. 
-COX-2: é induzida principalmente nas células inflamatórias quando 
ativadas por citocinas inflamatórias (IL-1, TNF-α), sendo essa isoforma a 
principal responsável pela produção dos mediadores prostanoides da 
inflamação. Entretanto, há algumas exceções significativas. A COX-2 é 
expressa no rim, gerando prostaciclina, que tem um papel na homeostase 
renal (se inibe causa vasconstrição e aumenta PA) e no SNC. 
Eicosanóides: são os mediadores 
Prostaglandina (PG), prostacilina (PGI2) e tromboxano (TxA2) e 
leucotrienos (LT) são produzidas a partir de PGH2 e são expressas de 
forma específica pelas células. 
Ações: Músculo liso (vascular, GI, Respiratório e Reprodutor); Plaquetas e 
Rins 
São moléculas derivadas de ácidos graxoscom 20 carbonos das famílias 
ômega-3 e ômega 6. 
A maioria dos eicosanoides mais relevantes deriva do ácido araquidónico 
através da via metabólica da cascata do ácido araquidônico. 
 
Temos muitas isomorfas diferentes então ele pode se ligar em COX de 
diferentes regiões. 
Prostacicilina (PGI2): predominantemente no endotélio vascular, atua nos 
receptores IP produzindo vasodilatação e inibição da agregação plaquetária, 
além da hiperalgesia (dor inflamatória). *Liberação de renina e natruriese 
devido aos efeitos na reabsorção tubular de sódio. 
Prostaglandina D (PGD2): deriva principalmente dos mastócitos e atua 
nos receptores DP, causando vasodilatação e inibição da agregação 
plaquetária. *edema inflamatório, Inflamação pulmonar alérgica (asma) 
Ativação de eosinófilos. 
Prostaglandina E (PGE2): mediador da febre; Vasodilatação (Hiperemia) 
Hiperalgesia (dor inflamatória) Edema inflamatório. Receptor EP1: 
contração do músculo liso brônquico e do trato gastrointestinal. Receptor 
EP2: relaxamento do músculo liso brônquico, vascular e do trato 
gastrointestinal. Receptor EP3: inibição da secreção ácida gástrica, 
secreção gástrica de muco aumentada, contração do útero na gravidez, 
inibição da lipólise e da liberação autônoma de neurotransmissores. 
Prostaglandina F (PGF2): atua nos receptores FP presente no músculo 
liso uterino produzindo contração do útero. *broncoconstrição. 
Tromboxano A2 (TXA2): predominantemente nas plaquetas, atua nos 
receptores TP causando agregação plaquetária e vasoconstrição. 
*broncoconstrição. 
Produção de eicosanoides: 
O termo eicosanoide refere-se a um grupo de mediadores formados pela 
oxigenação de ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa. O principal 
precursor dos eicosanoides é o ácido araquidônico (AA- 5,8,11,14 
eicosatetraenoico – ômega 6). 
O ácido araquidônico é mobilizado de fosfolipídios de membrana pela 
fosfolipase A2. 
Segue 4 vias diferentes: COX, LOX, P5SO e não enzimática. 
 
Atividade dos Prostanoides: 
 
 
 
A resposta inflamatória é inevitavelmente acompanhada pela liberação de 
prostanoides com predomínio do PGE2, embora o PGI2 também seja 
importante. 
Em áreas de inflamação aguda, PGE2 e PGI2 são gerados pelos tecidos 
locais e vasos sanguíneos, enquanto os mastócitos liberam principalmente 
PGD2. 
Na inflamação crônica, as células da série monócito/macrófago também 
liberam PGE2 e TXA2. Juntos, os prostanoides estimulam algumas 
respostas inflamatórias e diminuem outras (efeito yin-yang). PGE2, PGI2 e 
PGD2 são vasodilatadores poderosos e potencializam a ação de outros 
vasodilatadores inflamatórios como a histamina e a bradicinina. Além 
disso, tornam as fibras tipo C aferentes mais sensíveis à bradicinina e a 
outros estímulos nocivos, resultando em dor. 
As prostaglandinas da série E também são pirogênicas (provocam febre). 
Os AINES exercem ação antipiréticas ao inibir a síntese de PGE2 no 
hipotálamo. 
Isoformas da COX: 
 
COX-1: é constitutiva 
 É produzida por estímulos fisiológicos 
Ela ativa: prostaglandina, tromboxano A2, prostaciclina e PGE2 
Seus efeitos homeostásicos são: proteção gástrica, homeostasia renal e 
função planetária. 
Age principalmente na plaqueta, estomago e rim 
Proteína: 602 AA mRNA (sem influência dos fatores) 
Corticosteróides não afetam 
Inibição competitiva 
Resposta filológica 
COX-2: é induzida 
É produzida por estímulos inflamatórios 
Ativa: prostaglandina, protease e outros mediadores 
Seus efeitos inflamatórios são: inflamação, dor e febra 
Age principalmente em mastócitos, macrófagos e endotélio 
Proteína: 604 AA mRNA induzida por IL-1, LPS, GF 
Corticosteróides Inibem -Inibição irreversível, tempo-dependente 
Produzida por inflamação, câncer; 
AINEs – Anti-inflamatórios não esteroides 
 
Os Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) tem a capacidade 
de suprimir sinais e sintomas de inflamação e dor. 
São ácidos orgânicos fracos, altamente metabolizados. Possuem 
estruturas diferentes que compartilham efeitos (terapêuticos e 
adversos). 
São amplamente utilizados para condições agudas e crônicas que 
causam dor, lesão, inflamação ou febre, uma vez que inibem a 
síntese de prostaglandinas. 
*ácidos fracos com ação anti-inflamatória, analgésica e 
antipirética. 
 
Além da inibição da COX, outras ações podem contribuir para os efeitos 
anti-inflamatórios de alguns AINEs. 
Os radicais reativos de oxigênio produzidos por neutrófilos e macrófagos 
estão implicados na lesão tecidual em algumas afecções, e alguns AINES 
(ex sulindaco) tem efeito removedor de radicais de oxigênio, diminuindo a 
lesão tecidual. 
A aspirina também inibe a expressão do fator de transcrição NFkB, que tem 
papelchave na transcrição dos genes de mediadores inflamatórios. 
E ao inibir as AINEs ocorre a inibição da prostaglandina e por 
consequência de outros mediadores e tem como efeito: 
 
Classificação de AINEs de acordo com a estrutura e mecanismo 
de Ação: 
 
 
Substâncias que apresentam diferentes estruturas químicas, 
compartilham ações terapeuticas e efeitos colaterais: 
 
 
Fármacos: 
Ácido Acetilsalicílico - A, A, A e Antiplaquetário 
Protótipo do grupo dos AINEs 
Inibidor irreversível da COX-1 e COX-2 
Raramente usado como anti-inflamatório 
Não indicado em pediatria 
Antiplaquetário (81 a 325mg/dia). Inibição da COX plaquetária por 8 dias. 
Salicilato 
AINEs efetivos 
Inibidores menos efetivo que AAs. 
Não são antiplaquetários 
Para pacientes com asma e tendências hemorrágicas 
O uso de aspirina por crianças com infecções virais foi relacionado ao 
desenvolvimento da Síndrome de Reye, uma doença infantil devastadora 
que se caracteriza por evidências de disfunção cerebral e algumas 
disfunções hepáticas (danos às mitocôndrias). 
Dipirona ou Metamizol - Propifenazona e Fenilbutazona 
Dipirona Potente analgésico e antipirético 
Ação anti-inflamatória fraca 
Retirada do mercado americano e de muitos países Europeus (1970) 
Reintroduzida há 10 anos (efeitos adversos similares a paracetamol) 
Muito usada no Brasil sem mostrar risco de toxicidade. 
Tendo igual eficácia e menor segurança comparada aos AINEs é 
aconselhado o não uso. 
Propifenazona e fenilbutazona 
Mais tolerada por ser menos tóxica 
Muito usada em enxaqueca em associação com outros fármacos. 
Fenilbutazona tem efeitos anti-inflamatórios, mas é raramente usado por 
deprimir medula óssea e efeitos gastrintestinais. 
INIBIDORES NÃO SELETIVOS: 
Ácido Mefenâmico (Ponstam®) 
AINEs efetivo e não seletivo (tendência COX2) 
Mais potente como AAA e pouco efeito colateral. 
Pode liberar enzimas hepáticas 
Tratamento de artrite reumatóide, osteoartrite, dismenorreia e dor; 
Nimesulida (Nisulid®) 
Atua com maior afinidade na inibição de Cox-2. 
Embriotoxicidade em coelhos (não administrar durante gravidez) 
Casos de insuficiência hepática registrados. Foi retirada de alguns países 
Segurança global questionada (em crianças) 
PIROXICAM (Feldene ®) 
Pode inibir a ativação dos neutrófilos, além da COX. 
Apresenta maior efeito colateral e tem ação lenta (não indicado para dor 
aguda). 
Tratamento de artrite reumatóide e osteoartrite 
INDOMETACINA (Indocid ®) 
AINEs efetivo e não seletivo. Potente anti-inflamatório 
Ação de desacoplador (cartilagem e fígado). 
V.O graves alterações TGI. Tratamento a curto prazo. 
DICLOFENACO (Cataflam ® e Voltarem ®) 
AINEs efetivo e não seletivo (tendência COX2) 
Mais potente como AAA e pouco efeito colateral. Diminui ácido 
araquidônico livre. 
Pode liberar enzimas hepáticas. Uso crônico pode estar associado a risco 
cardíaco. 
Diclofenaco Potássico: liberação imediata (1h) alivio rápido. Sódico 
revestido e absorvido no intestino (2h). 
Tratamento de artrite reumatóide, osteoartrite, dismenorreia, dor, condições 
inflamatórias pós-traumáticas e operatórias 
IBUPROFENO (Advil ®), NAPROXENO (Flanax ®) e 
CETOPROFENO (Profenid®) 
AINE convencional mais seguro. Eficiência A,A e A 
Dose para dor, febre e inflamação (200 a 600 mg a cada 4h a 6h) 
Cetoprofeno: inibe Cox e Lox. Potente analgésico e anti-inflamatório 
Indicado para procedimentos cirúrgicos. V.O e I.M. 100mg a cada 12h 
Naproxeno: inibidor não seletivo da COX, potente inibidor na migração de 
leucócitos. 
Ação A, A e A maior que ácido acetil salicílico. Ação anti plaquetária. 
Menos efeitos gastrintestinais comparados aos AINEs tradicionais 
INIBIDORES SELETIVOS PARA COX2 
CELECOXIBE 
Inibição seletiva da COX2 em locais de inflamação (sem afetar GI e rins) 
Inibe PGI2 mediada pela COX2 no endotélio vascular que tem atividade 
vasodilatadora e antiagregante 
* No entanto não diminuem a formação de TXA2 (aumento da agregação 
plaquetária). 
Menos efeitos gastrintestinais comparados aos AINEsT 
Incidência elevada de infarto miocárdico, AVC e trombose 
Idosos apresentam redução da taxa de filtração glomerular. Uso 
desestimulado ecriterioso. 
ROFECOXIBE E VALDECOXIBE 
Foram retirados do mercado mundial 
PARACETAMOL 
ACETOAMINOFENO 
Inibidor fraco da COX 
Ação essencialmente SNC, no centro regulador da temperatura, situado no 
hipotálamo resultando numa ação analgésica e antipirética (um dos 
melhores) 
O paracetamol inibe as isoformas COX-1, COX-2 e COX-3 em algumas 
condições e não em outras. A COX-3 é uma variante da COX-1 
Sua atividade anti-inflamatória e antirreumática é desprezível. 
O paracetamol é prontamente absorvido e em doses 325 mg a 1g/dia não 
tem efeitos colaterais. 
Em ambientes inflamatórios estamos perante elevados níveis deste 
hidroperóxido, suprimindo os efeitos do paracetamol - ausência de 
atividade anti-inflamatória. 
 
NAPB é tóxico (ataca o fígado, pois é um radical livre). Em níveis baixos a 
glutationa dá conta, mas se falta glutationa o NAPB ataca o fígado. 
Doses tóxicas (10-15g) causam hepatotoxicidade potencialmente fatal. Isto 
ocorre quando as reações normais de conjugação ficam saturadas e o 
fármaco é metabolizado por oxidase de função mista. O metabólito tóxico 
resultante, N-acetil-p-benzoquinona imina, normalmente é inativado por 
conjugação com glutationa, mas quando está depletado o intermediário 
tóxico se acumula no fígado e nos túbulos renais causando necrose. 
 
 
 
FÁRMACOS ANTIRREUMÁTICOS MODIFICADORES DA 
DOENÇA: 
ARTRITE REUMATÓIDE 
Doença autoimune que afeta 1% da população 
Alívio sintomático por AINEs (efeito mínimo na progressão da doença). 
Os FARMD biológicos incluem: modulador das células T agente citotóxico 
das células B agentes inibidores de IL-1 agentes bloqueadores de TNF-a 
FARMACOS USADOS NA GOTA: 
Doença metabólica caracterizada por episódios de artrite aguda. 
Exceto AAS, salicilatos e tolmetidina todos os AINEs são utilizados no 
tratamento 
Inibem a prostanglandina sintase e a fagocitose de cristais de urato. 
Alopurinol 
 
 
Anti-inflamatórios esteroidais: 
corticoides 
O eixo hipotálamo-hipófise: 
 
O hipotálamo libera CRH, que estimula a hipófise a produzir ACTH, que 
levara a adrenal a produzir cortisol. 
O hipotálamo, sobretudo em casos de estresse e processos inflamatórios, 
libera o CrH (hormônio liberador de corticotrofina), que por meio do 
sistema porta-hipofisário vai para hipófise, onde estimula a produção de 
ACTH (adrenocorticotrofina), que por sua vez se liga na zona fasciculada 
do córtex das glândulas suprarrenais estimulando a liberação de cortisol, 
que atuam no DNA das células-alvo gerando uma resposta anti-
inflamatória. 
A liberação do cortisol inibe CrH e ACTH. 
Glândula Adrenal: 
 
A glândula suprarrenal é composta de duas partes: a medula interna, que 
secreta catecolaminas, e o córtex externo, que secreta os esteroides da 
suprarrenal. 
O córtex é composto por três zonas concêntricas: a zona glomerulosa 
(camada mais externa que produz os mineralocorticoides – aldosterona), a 
zona fasciculada (produz os glicocorticoides –cortisol) e a zona reticular 
(mais interna que produz os precursores androgênicos). 
Os mineralocorticoides regulam o balanço hídrico e eletrolítico. Os 
glicocorticoides têm ações difusas no metabolismo intermediário, afetando 
o metabolismo de carboidratos e de proteínas, além de possuírem potente 
efeito regulatório sobre os mecanismos de defesa do organismo. 
Os mineralocorticoides não têm a capacidade de se ligarem aos receptores 
de glicocorticoides. O cortisol e a aldosterona tem ações iguais nos 
receptores de mineralocorticoides. No entanto, nos tecidos sensíveis à 
mineralocorticoides, como o rim, a ação da 11β-hidroxiesteroide 
deidrogenase converte a hidrocortisona em um metabolito inativo, a 
cortisona, impedindo a resposta do tecido, embora eventualmente o cortisol 
pode se ligar e alterar o controle hídrico, levando por exemplo ao aumento 
da Pressão Arterial. 
Com exceção da terapia de reposição, os glicocorticoides são mais 
comumente usados graças às suas propriedades anti-inflamatórias e 
imunossupressoras. Assim, todas as suas ações metabólicas e de outros 
tipos são consideradas como efeitos adversos. 
Esteroides: 
Todos são lipossolúveis e compartilham semelhança na estrutura química, 
sendo derivados do colesterol. 
• Glicocorticóides (Cortisol) 
• Mineralcorticóides (Aldosterona) 
• Hormônio Sexuais (Estrógenos e Progestógenos) 
Variação Circadiana do Cortisol Plasmático: 
 
Sensibilidade dos tecidos é inversamente proporcional a liberação de 
cortisol e acetilação dos receptores. 
Concentração de cortisol se altera durante as horas do dia, apresentando seu 
pico pelas primeiras horas da manhã. Logo ao despertar seus níveis vão 
declinando progressivamente ao longo do dia, ficando bastante baixos 
durante a noite. 
Quanto mais cortisol eu tenho no sangue menos sensível a minha célula é a 
esse hormônio, então é aconselhável tomar a concentração do fármaco de 
manhã se for uma dose, se for duas a mais forte de manhã e a mais fraca a 
noite. 
Ação do cortisol/glicocorticoide plasmático: 
 
Estimulam catabolismo proteico dos músculos, pele, tecidolinfóide, 
conjuntivo e adiposo (BN negativo e fraqueza) 
Aumento de lipólise; redistribuição de gordura com depósitos centrais 
Aumento de gliconeogênese – hiperglicemia e aumento de insulina, porém 
com bloqueio de GLUT-4 = resistência insulínica. 
Diminuição da absorção intestinal e aumento da excreção renal de cálcio: 
estimulam reabsorção óssea pelos osteoclastos e diminuem atividade dos 
osteoblastos. 
Aumento de vigília, euforia ou algumas vezes depressão e distúrbios de 
sono 
Aumentam reabsorção renal de sódio e água e excreção de potássio (efeito 
mineralocorticoide). 
Deprimem a função tireoidiana e a liberação de hormônios gonadais 
prejudicar liberação de hormônios da hipófise (TSH, LH e FSH) 
 *Retroalimentação negativa da síntese e liberação de CRH 
(corticotropina); inibe a secreção de cortisol e atrofia da suprarrenal: 
Os glicocorticoides endógenos e exógenos exercem efeito de 
retroalimentação negativa na secreção de CRF e ACTH, inibindo a 
secreção de glicocorticoides endógenos e, potencialmente, levando à 
atrofia do córtex da suprarrenal. Caso o tratamento seja prolongado, podem 
ser necessários muitos meses para o retorno à função normal após 
suspensão dos fármacos. 
 
Efeitos metabólicos e sistêmicos gerais: 
 
Apresenta efeito disseminado pelo amplo espectro de ação nas células: - 
Respostas homeostáticas da insulina e do glucagon, - Melhora a resposta de 
músculo liso brônquico e vascular às catecolaminas 
Aumento do GC provoca ação conjunta do: - tecido adiposo (lipólise). - 
músculo (aumento catabolismo de proteina) - fígado (gliconeogênese) - 
Aumento concomitante de glicogênio/hiperglicemia 
Efeitos catabólicos e anabólicos: 
Exercem ambos os efeitos nos tecidos linfoides, músculo, gordura 
periférica e pele: 
Concentrações suprafisiológicas provoca fraqueza muscular e 
adelgaçamentoda pele. 
Nos ossos constituem a causa da osteoporose (reduz atividade osteoblástica 
e aumenta osteoclástica). 
Reduzem absorção de Cálcio e aumenta excreção (ação de 
mineralocoritcóides) 
Redução do crescimento em crianças. 
Mecanismo de ação: 
O cortisol é um hormônio lipídico, assim atravessa a membrana, ele vem 
pelo sangue ligado a CBG (inativo), quando se desliga da proteína que está 
no sangue, ele entra na célula, e no citoplasma tem o receptor de colesterol 
que esta nativo (GR), pois tem duas proteínas de controle ligado a ele (são 
medidores de estresse celular - quando muito livre é porque a célula está 
ligada em esteróide que é marcado de estresse, podemos marcar a 
velocidade que a célula esta trabalhando com cortisol). 
O cortisol se liga ao receptor de glicocorticóide (GR) -parte de complexo 
de proteína de choque térmico (HSPs)) e muda a conformação do GR, 
levando a exposição de domínio ligante de DNA, que gera uma 
translocação nuclear do GR e seguida da ligação com o GRE (elemento 
receptor de glicocorticoidas, levando a transcrição do gene alvo S esterol 
Gr receptor 
 
A ligação com o GR pode ativar ou reprimir a produção de 
proteinas: 
GR pode se ligar a outras proteínas ligantes de DNA como fator nuclear 
(NF)-κB e AP1 que regulam a produção de fator de crescimento e citocinas 
pró-inflamatórias. 
Podem mediar efeitos anti-inflamatórios e imunossupressor: 
 
Os glicocorticoides endógenos mantêm um tônus anti-inflamatório de 
baixo grau e são secretados em resposta a estímulos inflamatórios. 
Os glicocorticoides exógenos são fármacos anti-inflamatórios que inibem 
as manifestações do sistema imune tanto inato como adaptativo. Revertem 
praticamente todos os tipos de reações inflamatórias causadas por 
patógenos invasores, por estímulos químicos ou físicos, ou por respostas 
imunes desencadeadas inadequadamente, como ocorre na 
hipersensibilidade ou na doença autoimune. 
Quando usados profilaticamente para inibir a rejeição de enxertos, os 
glicocorticoides são mais eficazes ao inibir o início e a propagação da 
resposta imune do que ao inibir as manifestações de uma resposta já 
estabelecida, na qual a proliferação clonal já ocorreu. 
Possui efeitos anti-inflamatórios complexos, visto que os glicocorticoides 
modificam a expressão de muitos genes e a extensão e a direção da 
regulação variam entre tecidos e mesmo entre momentos diferentes durante 
a doença. 
Menor saída de neutrófilos dos vasos sanguíneos e redução da ativação de 
neutrófilos, macrófagos e mastócitos, seguida de redução da transcrição 
gênica de fatores de adesão celular e citocinas; 
Redução geral da ativação de células T-helper, redução da expansão clonal 
das células T e “troca” da resposta imune do tipo Th1 para Th2; 
Redução das funções dos fibroblastos, menor produção de colágeno e 
glicosaminoglicanos; 
Produção reduzida de prostanóides devido à expressão reduzida da ciclo-
oxigenase-2; 
Produção reduzida de várias citocinas, incluindo IL-1, IL-2, IL-3, IL-4, IL-
5, IL-6, IL-8, TNFα, fatores de adesão celular e em grande parte devido à 
inibição da transcrição genica; 
Redução da concentração de componentes do complemento no plasma; 
Redução da produção de óxido nítrico induzido pela síntese de óxido 
nítrico 2; 
Redução da liberação de histamina pelos basófilos; 
Redução da produção de IgG; 
Síntese aumentada de fatores anti-inflamatórios, como IL-10, receptor 
solúvel de IL-1 e anexina-1 
Efeitos Celulares: diminui migração de Leucócitos, estabilidade 
lisossomica (menos fagocitose) diminui permeabilidade capilar 
Ações Bioquímicas: inibição de PLA2 (via expressão de anexina); portanto 
diminuição de PGs e LTs, diminuição da expressão de COX2, diminuição 
de fator de ativação de plaquetas (PAF) e diminuição de interleucinas(IL-2) 
Corticosteroides sintéticos: 
Sugere-se que os glicocorticoides endógenos tenham um papel crucial 
contrarregulatório, pois previnem a ativação excessiva da inflamação e de 
outras reações poderosas de defesa que poderiam, se descontroladas, 
ameaçar a homeostase. No entanto, os fármacos correm o risco de suprimir 
as mesmas reações de defesa que conferem proteção a infecções e outros 
insultos. 
Phillip Hench e cols (1949):foram os primeiros a usar cortisona 
terapeuticamente (artrite reumatóide). Desde então, houve a síntese de 
inúmeros compostos com atividade glicocorticóide (GC). O uso mostrou-se 
eficaz no tratamento de amplo espectro de doenças não endócrinas. 
• Hidrocortisona é o cortisol sintético que mais se assemelha ao 
original (já é ativo). A cortisona e a prednisona são inativas até a 
conversão, in vivo, para hidrococortisona e prednisolona 
respectivamente. 
Características: 
Tratamento de distúrbios inflamatórios, imunológicos,hematológicos, etc 
Esteroides sintéticos com atividade anti-inflamatória e imunossupressora 
Via oral:Absorvidos rapidamente e de modo completo 
Administrados de manhã em uma única dose: coincide com o aumento 
diurno normal do cortisol no plasma - >supressão da suprarrenal 
Alterações nas moléculas 
Ações semelhantes às do cortisol 
Variações na potência glicocorticoide/mineralocorticoide 
Principais glicocorticóides de utilidade farmacológica 
(sintéticos) 
Efeito rápido: cortisona e hidrocortisona (meia vida biológica: 8-12h) 
Efeito intermediário prednisona, prednisolona, triancinolona e 
fludrocortisona (12-36h) 
Efeito prolongado: betametasona e dexametasona(36-72h) 
 
Terapia Anti-inflamatória: 
Processos inflamatórios agudos: todos representantes com atividade anti 
inflamatória pode ser usado. 
Hidrocortisona injetável para tratamentos a curto prazo quando não 
Hipertenso. 
Dexa e Betametasona apresentam alta atividade anti-inflamatória, com o 
tempo de ação longo. Pode gerar efeitos adversos. Não usado como 
primeira escolha em tratamento crônico. 
Para o crônico escolhe-se: prednisona, prednisolona ou metilprednisolona 
orais com variações nas doses (altas doses à doses mínimas). 
Considerar se a doença a ser tratada é mais grave do que o 
hipercortisolismo induzido e relacionar a dose, duração e resposta do 
paciente nos efeitos adversos 
 
 
Recomendações: quando optar por corticoterapia? 
• Só devem ser indicados em doenças ou manifestações definidamente 
responsivas a eles; 
 
• Só devem ser utilizados após tentativas com medicamentos de menor 
risco; 
 
• Emprega-se as menores doses eficazes, pelo menor tempo possível; 
 
• Descontinuação de tratamento prolongado deve ser lenta gradual, a 
fim de permitir reativação funcional progressiva do eixo hipotálamo-
hipófise-adrenal. 
Em doses elevadas os corticóides pode resultar em: 
1. Supressão da resposta a infecções ou lesões 
Diminuição de resposta anti-inflamatória leva a um aumento de infecções 
oportunista 
2. Síndrome de Cushing 
3. Osteoporose 
Risco de fraturas, mudam densidade óssea e metabolismo do colágeno. 
4. Hiperglicemia 
Leva a diabetes 
5. Desgaste Muscular 
6. Outros efeitos 
Glaucoma, aumento da pressão intracrania e catarata 
A suspensão abrupta do tratamento com glicocorticóides pode resultar em: 
Quadro de insuficiência adrenocortical 
Síndrome da retirada ou de privação de Corticosteróide

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