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AULA 2 - Infraestrutura para Logística Internacional (16 pág)

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INFRAESTRUTURA PARA LOGÍSTICA 
INTERNACIONAL 
 
 
 
DESCRIÇÃO 
A utilização da infraestrutura da logística internacional para a comercialização de produtos no mercado global. 
 
PROPÓSITO 
Entender o funcionamento da logística internacional e suas diversas peculiaridades, bem como a interferência da 
infraestrutura logística em todas as suas atividades. 
 
INTRODUÇÃO 
Com a crescente globalização e o aumento das relações internacionais, a logística internacional assume um papel 
fundamental para encurtar as distâncias entre os mercados consumidores. Graças à logística internacional, mercadorias 
podem ser comercializadas em mercados longínquos, os quais seria muito difícil ou extremamente custosa a produção 
de determinados tipos de produtos disponíveis no mercado global. 
 
Entretanto, como em outros diversos setores, a logística internacional enfrenta grandes desafios para sua viabilização 
e, consequentemente, para o oferecimento de serviços e produtos de qualidade em mercados diferentes. Esses 
desafios vão desde a deficiência de infraestrutura até a excessiva burocracia para o trânsito das mercadorias nos 
diversos países. 
 
Uma parte da logística internacional que tem sido bastante discutida, e é de suma importância para a viabilização das 
operações de forma eficiente, é a infraestrutura. Diversos são os aspectos relacionados à necessidade de infraestrutura 
adequada para que a logística possa ser desempenhada de maneira satisfatória, com baixo custo operacional e com 
alto nível de serviço ao consumidor. 
 
É imprescindível, para qualquer nação que deseje operar em mercados globalizados, ter uma infraestrutura logística 
adequada para as operações internacionais. 
 
MÓDULO 1 
Reconhecer a avaliação logística de portos e aeroportos, bem com a multimodalidade 
 
CONDIÇÕES DE INFRAESTRUTURA 
 
Quais aspectos precisam ser avaliados quando se decide operar com a logística internacional ? 
 
Um bom exemplo são as condições de infraestrutura disponíveis no país. Por diversas vezes, as empresas que 
comercializam suas mercadorias em escala global necessitam da utilização da operação multimodal para facilitar e 
agilizar o envio das suas mercadorias aos clientes finais. Para que isso seja possível, a infraestrutura a ser utilizada deve 
estar de acordo com as necessidades dessas operações pertinentes à logística internacional. 
 
TRANSPORTE MULTIMODAL 
Antes de iniciar o planejamento para a utilização do transporte multimodal, é necessário realizar uma averiguação dos 
modais que estão disponíveis para a utilização no trecho considerado. De forma resumida, o transporte multimodal é 
aquele que emprega dois ou mais modais de transporte numa mesma operação, com o intuito de atender às 
necessidades específicas da logística. 
 
Qual o principal objetivo das operações multimodais? 
 
O objetivo principal das operações multimodais é ganhar agilidade e eficácia nos processos de transbordo, ou seja, 
permitir que a mercadoria vá até o seu destino final, utilizando vários tipos de modais combinados e com burocracia 
reduzida. 
 
Nesta operação, apenas um documento, denominado Conhecimento de Carga (Conhecimento de Transporte 
Multimodal de Cargas ‒ CTMC) será emitido e o Operador de Transporte Multimodal (OTM) assumirá a 
responsabilidade diante do proprietário da carga, ficando a cargo deste OTM as tratativas com as diversas 
transportadoras envolvidas no fluxo das mercadorias, desde a origem até o destino final. 
 
A multimodalidade é diferente da intermodalidade. 
 
Na última, os documentos e acordos de transporte entre cada transportador são feitos individualmente, o que poderá 
gerar burocracia excessiva e perda de tempo durante as operações de transbordo de mercadorias. 
 
Sob a ótica de negócios internacionais, a multimodalidade poderá atuar como um facilitador para as transações 
comerciais, uma vez que permitirá que as mercadorias sejam deslocadas com menor burocracia e maior agilidade. 
 
Outros ganhos mais específicos poderão ser vislumbrados com a utilização da multimodalidade na logística 
internacional, conforme descrito nos tópicos a seguir: 
 
 Redução da burocracia envolvida e complicações com diversas empresas contratadas, visto que o contrato será 
feito apenas com uma empresa (OTM); 
 
 Poderá haver maior oferta de transportadores; 
 
 Devido à concorrência, bons acordos comerciais poderão ser realizados, ocasionando fretes reduzidos para os 
operadores; 
 
 Melhoria da eficiência logística por causa da possibilidade de abranger diferentes modais em apenas um 
planejamento operacional; 
 
 As empresas contratadas para operar modais específicos não precisarão se preocupar com detalhes logísticos, 
dado que ficarão sob a responsabilidade do operador (OTM); 
 
 Permite ganhos de agilidade e economia para todos que estão envolvidos na operação; 
 
 Haverá maior segurança e tranquilidade relacionada à integridade dos bens, já que o operador deverá ressarcir 
qualquer eventual dano ou prejuízo; 
 
 Emissão de apenas um documento de transporte (CTMC) para o percurso inteiro. 
 
Entretanto, como em qualquer operação logística e, principalmente, dada a complexidade das operações de transporte 
multimodal, será necessário se certificar de que o operador multimodal escolhido tem ampla experiência no mercado e 
investe na capacitação dos seus profissionais, para que possa prestar o serviço de eficiência esperado pelo contratante. 
 
SAIBA MAIS 
Outro aspecto relevante é que o Operador de Transporte Multimodal deve ser uma pessoa 
jurídica e legalmente habilitada na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), 
conforme a Lei nº 9.611/1998 , para desempenhar tal atividade. 
 
AVALIAÇÃO LOGÍSTICA DOS PORTOS E AEROPORTOS 
É importante lembrar que, em qualquer país, os portos e aeroportos são as principais entradas e saídas de mercadorias 
e, portanto, deverão ser adequadamente idealizados para que as operações comerciais possam ser desenvolvidas de 
maneira satisfatória. 
 
Terminais portuários e aeroportuários devidamente planejados e equipados permitem ao país conferir ganhos de 
competitividade nos produtos exportados e importados em termos de redução de preços dos serviços logísticos e 
dos tempos totais das operações. Tais ganhos, certamente, agradarão aos clientes, que, por sua vez, deverão priorizar 
a comercialização de produtos no país que oferecer boa infraestrutura portuária e aeroportuária para suas mercadorias 
e seus serviços. 
 
A utilização da multimodalidade para o trânsito de mercadorias em escala internacional também tem sido preferida 
pelas empresas que decidem comercializar suas mercadorias em outros países. Em diversos momentos, existe 
necessidade premente da utilização de mais de um modo de transporte para a comercialização de produtos entre 
países. Isso se deve às características geográficas e de infraestrutura presentes nos países onde as cargas serão 
recebidas ou despachadas. 
 
 Deverão ser empenhadas ações que viabilizem a utilização de mais de um modo de transporte, de forma 
facilitada e desburocratizada, de maneira que os ganhos de tempo sejam percebidos pelos clientes. 
 
 Como a multimodalidade prevê a utilização de mais de um sistema de transporte com a utilização de apenas 
um documento para a circulação das cargas, torna-se necessário o desenvolvimento de sistemas e processos 
administrativos que permitam que ações relacionadas a essa atividade sejam realizadas de maneira ágil, 
precisa e acessível. 
 
 Para que a multimodalidade seja desempenhada da forma mais eficiente possível, é necessário que haja 
infraestrutura para que as operações físicas de transferência de carga sejam realizadas de forma rápida e 
segura. 
 
EXEMPLO 
Os terminais portuários são um bom exemplo de infraestrutura a ser utilizada pela 
multimodalidade. Quando se fala em portos, estamos tratando da parte da logística que se 
refere à área de administração que compreende as atividades de movimentação de cargas, ou 
seja, o transporte, o carregamentoe o descarregamento de todas as embarcações, assim 
como a parte de controle dessas operações. 
 
No Brasil, a logística portuária é considerada uma das mais complexas, devido à excessiva burocracia, que exige 
muitas informações detalhadas, o que acaba por refletir no prazo de entrega das mercadorias aos clientes. 
 
A infraestrutura da logística portuária pode ser dividida em três tipos, como vemos a seguir: 
 
 Tem-se a parte referente à infraestrutura física da logística portuária, composta pelos próprios portos, os 
terminais portuários, os armazéns, o cais e todos os materiais envolvidos; 
 
 Também fazem parte da infraestrutura portuária todas as entidades envolvidas no gerenciamento dos portos 
e no processo propriamente dito, como, por exemplo, as docas, o Grupo Executivo de Modernização dos 
Portos, o Órgão Gestor de Mão de Obra e o Conselho de Autoridade Portuária; 
 
 E, por fim, a operação, que é a parte responsável por desempenhar todas as atividades operacionais, 
envolvendo os operadores portuários, pilotos marítimos, rebocadores e ainda o Sindicato dos Trabalhadores 
Avulsos. 
 
A infraestrutura portuária deverá ser corretamente dimensionada com a devida observância para a infraestrutura de 
canais de acesso, vias navegáveis, equipamentos, sistema de comunicação, instalações para serviços administrativos e 
demais itens que permitam que a operação seja desenvolvida corretamente. 
 
ATENÇÃO 
A ausência ou ineficiência desses itens anteriormente citados se traduz em reflexos negativos 
para o comércio internacional e para a movimentação eficiente de mercadorias, o que, 
certamente, contribuirá negativamente para a imagem do país junto aos operadores do 
comércio internacional. 
 
Outro exemplo de infraestrutura necessária à prática da multimodalidade são os terminais aeroportuários. A logística 
nos aeroportos se encarrega de receber e despachar todas as mercadorias que chegam com a máxima segurança e 
confiabilidade possível. 
 
Uma mercadoria adquirida em outro país, por exemplo, além de passar pelos processos da própria empresa 
comercializadora, ainda vai passar pela logística do aeroporto para garantir que o produto chegue até o endereço do 
cliente final. 
 
O sistema aeroportuário necessita de infraestrutura adequada para o recebimento das aeronaves e demais 
equipamentos operacionais necessários ao embarque e desembarque de cargas. Alguns fatores podem limitar a 
utilização eficiente de um aeroporto, tais como: 
 
 A quantidade e extensão das suas pistas; 
 A poluição sonora causada pelas aeronaves; 
 A disponibilidade de infraestrutura para armazenagem das mercadorias; 
 A ocorrência de acidentes aéreos ou com equipamentos terrestres; 
 As interrupções constantes no funcionamento, prejudicando o trânsito de aeronaves; A falta de espaço etc. 
 
Portanto, o terminal aeroportuário deverá ser planejado e equipado para que as operações sejam desempenhadas de 
forma rápida, precisa e segura. Frequentes intervenções para modernização e readequação também deverão ser 
previstas, a fim de permitir que o aeroporto esteja sempre moderno e eficiente. 
 
Portanto, pode-se constatar que a multimodalidade e os terminais de transporte deverão estar sempre alinhados para 
que as operações possam ser desenvolvidas da melhor maneira possível, com vistas a agradar aos clientes e permitir 
ganhos de competitividade internacionais. 
 
AVALIAÇÃO LOGÍSTICA DE PORTOS E AEROPORTOS E MULTIMODALIDADE 
Neste vídeo, o especialista abordará os pontos mais relevantes sobre as condições dos portos e aeroportos, bem como 
as questões relacionadas à multimodalidade e aos benefícios para quem deseja exportar produtos. 
 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
 
1. Sabe-se que a multimodalidade é atualmente utilizada como uma das soluções que facilitam o deslocamento dos 
produtos ao mercado consumidor internacional. A possibilidade de uso de um único conhecimento de transporte que 
viabilize a utilização de vários sistemas tem demonstrado ganhos bastantes significativos, EXCETO: 
 
a) Melhoria da eficiência logística pela possibilidade de abranger vários sistemas de transportes. 
b) Ganhos de agilidade e economia para todos os envolvidos na operação. 
c) Aumento dos custos pela consequente demora das operações de transbordo entre os modais de transporte. 
d) Maior segurança e tranquilidade relacionada à integridade dos bens que ficarão sob a responsabilidade do 
operador de transporte multimodal. 
e) Redução da burocracia envolvida e complicações com diversas empresas contratadas. 
 
 
2. A infraestrutura de transporte é imprescindível para a viabilização das operações da logística internacional. Sua 
disponibilidade garantirá que as operações ocorram de forma rápida, segura e eficiente. Um dos exemplos de 
infraestrutura logística mais importantes para o comércio exterior são os aeroportos disponíveis do país. Assinale o 
fator que NÃO seria um limitante para a utilização eficiente de um aeroporto: 
a) Ausência de acidentes aéreos e com equipamentos terrestres. 
b) Quantidade e extensão das suas pistas. 
c) Poluição sonora causada pelas aeronaves. 
d) Disponibilidade de infraestrutura para armazenagem das mercadorias. 
e) Interrupções constantes das atividades de pouso e decolagem, prejudicando o trânsito das aeronaves. 
 
MÓDULO 2 
Descrever os regimes aduaneiros especiais e a armazenagem alfandegada 
 
TRIBUTOS DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE MERCADORIAS 
As cargas tributárias representam um grande obstáculo para os empreendedores que resolvem importar ou exportar 
mercadorias no Brasil. Em alguns casos, a cobrança exagerada de tributos torna a atividade de comércio exterior 
praticamente insustentável. Assim, torna-se necessária a criação de dispositivos que permitam a viabilidade do 
negócio. 
 
REGIMES ADUANEIROS ESPECIAIS 
No intuito de melhorar o cenário de pesados tributos e favorecer a economia, o governo criou vários tipos de regimes 
aduaneiros especiais. Os regimes aduaneiros especiais se traduzem em benefícios fiscais e tributários concedidos a 
algumas indústrias brasileiras em seus processos de importação ou exportação. 
 
SAIBA MAIS 
Existem vários tipos de regimes aduaneiros especiais disponíveis e eles estão previstos no 
Regulamento Aduaneiro (Decreto nº 6.759/2009) e, basicamente, tratam da isenção ou 
suspensão parcial ou total de tributos incidentes sobre as mercadorias. 
 
Os regimes aduaneiros especiais são aplicados para atender a determinadas peculiaridades, que podem ser de ordem 
econômica, logística ou mesmo para a facilitação do comércio. Nesses casos específicos, a regra geral não se aplicaria 
sob o ponto de vista de aplicação de tributos e, portanto, as mercadorias poderiam entrar no país com a exigibilidade 
dos tributos suspensa. 
 
Pode-se considerar que o regime aduaneiro especial é entendido como um benefício fiscal concedido pelo país a 
determinadas empresas, que, por sua vez, assumem um compromisso a ser cumprido. Assim, a empresa não pagará os 
tributos na entrada dos bens no país. No entanto, tal suspensão fica condicionada ao cumprimento do prazo de 
permanência ou quanto à finalidade de utilização dos bens no país. 
 
Atualmente, o regulamento aduaneiro brasileiro prevê 17 tipos de regimes aduaneiros especiais. Cada um possui suas 
particularidades para a aplicação, conforme veremos a seguir: 
 
1. Admissão temporária 
Esse regime prevê a suspensão total ou parcial de tributos para importação temporária de produtos. Para se beneficiar 
de tal regime, o empreendedor deverá comprovar a necessidade do produto importado apenas para determinado 
período de tempo e comprometer-se a exportá- lo dentro do prazo estipulado. 
 
2. Depósito afiançado (DAF) 
Esse regime suspende a cobrança dos tributos Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), 
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Importação (II) e Programa de Integração Social/Programa de 
Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP), apenaspara a importação de peças e componentes utilizados 
para a manutenção de aeronaves, bem como produtos relacionados à provisão de bordo (produtos a serem 
comercializados em aeronaves). 
 
3. Depósito alfandegado (DAC) 
Nesse caso, os produtos de exportação que já foram comercializados poderão permanecer em áreas alfandegadas no 
território nacional sem a necessidade de pagar tributos fiscais. 
 
4. Depósito especial (DE) 
Esse regime permite a suspensão do pagamento de tributos fiscais para o depósito, estoque de materiais de reposição 
ou manutenção de equipamentos, veículos, aparelhos estrangeiros ou nacionais. Porém, em todos os casos, a 
concessão do benefício deverá ser analisada pelo Ministério da Fazenda. 
 
5. Drawback 
Esse regime deverá ser aplicado para a suspensão ou isenção de impostos incidentes sobre a importação de insumos 
utilizados na industrialização do produto que será exportado. Em geral, as empresas exportadoras que utilizam insumos 
estrangeiros para a fabricação de seus produtos podem se beneficiar com tal regime. 
 
O Drawback se divide em duas partes: 
 
O “Drawback Integrado Isenção Web” isenta o 
II, IPI, PIS, COFINS e a taxa Adicional ao Frete para 
Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) de 
produtos que têm a finalidade de repor bens 
importados. 
O “Drawback Integrado Suspensão” suspende o II, 
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e 
Prestação de Serviços de Transportes 
Interestaduais (ICMS), IPI, COFINS e a taxa AFRMM 
na importação de insumos que serão 
industrializados no Brasil e, posteriormente, 
encaminhados à exportação. 
 
6. Entreposto aduaneiro 
Nesse regime, haverá a suspensão do pagamento de tributos para mercadorias de exportação e importação. Na 
exportação, suspendem-se o ICMS e todos os tributos federais. Já na importação, não será necessário o pagamento do 
II, ICMS, IPI, COFINS e PIS/PASEP. 
 
7. Loja franca 
Esse regime permite que os estabelecimentos instalados nos locais primários de aeroportos ou zonas alfandegárias 
comercializem produtos com isenção de impostos. Isso acontecerá mesmo com o pagamento em moeda nacional ou 
estrangeira e, em geral, é utilizado pelos chamados free shops (lojas nas salas de embarque e desembarque) de 
aeroportos e portos que comercializam suas mercadorias para passageiros em viagem. 
 
8. Exportação temporária 
Esse regime prevê a eliminação da necessidade do pagamento do imposto de exportação para os produtos 
nacionalizados ou nacionais que serão exportados por determinado período de tempo. Semelhante ao caso do regime 
de admissão temporária, deve ser concedido sob condições do retorno da mercadoria dentro do prazo estipulado. 
 
9. Despacho aduaneiro expresso 
Esse regime também é conhecido como Linha Azul e tem por objetivo facilitar as operações de exportação, importação 
e atividades correlatas. Para se adequar a ele, é necessário ter uma habilitação na Receita Federal. 
 
10. Declaração de trânsito aduaneiro 
Esse regime permite que importadores e exportadores possam deslocar suas mercadorias de um recinto alfandegado a 
outro, desde que devidamente habilitados pela Receita Federal. A declaração de trânsito aduaneiro é utilizada em dois 
cenários: trânsitos aduaneiros de entrada ou de passagem, comum, cuja mercadoria é passível de emissão de fatura 
comercial; e trânsitos aduaneiros de entrada ou de passagem, especial, cuja carga não é sujeita à emissão de fatura 
comercial, de acordo com os itens anunciados na instrução normativa nº 248/2002 da Receita Federal. 
 
11. Recap 
O regime especial de aquisição de bens de capital se beneficia da suspensão da exigência do PIS e COFINS na 
importação de máquinas, aparelhos e outros instrumentos previstos em decreto. As empresas que possuem atividades 
de exportação representando 80% de sua receita bruta anual podem se beneficiar desse regime. 
 
12. Padis 
O programa de apoio ao desenvolvimento tecnológico da indústria de semicondutores e displays permite a 
desoneração de impostos e contribuições para a instalação de indústrias de componentes eletrônicos semicondutores. 
Em contrapartida, os negócios beneficiados devem aplicar parte do seu capital em atividades de pesquisa e 
desenvolvimento. 
 
13. Recof 
O Regime Aduaneiro de Entreposto industrial sob Controle Informatizado isenta o pagamento de tributos de 
mercadorias importadas ou adquiridas no mercado interno, desde que sejam destinadas à exportação ou ao mercado 
interno. Para ter direito a este benefício, a empresa deve ser habilitada pela Receita Federal do Brasil e ter um sistema 
informatizado integrado ao órgão. 
 
14. Recof Sped 
Trata-se de uma derivação do regime anterior, porém utiliza o sistema público de escrituração digital ‒ SPED, para 
viabilizar o acesso e reduzir os custos de manutenção do Recof. Para se beneficiar da utilização de tal sistema, a empresa 
deverá registrar os seus livros contábeis no sistema. 
 
15. Repetro 
É um regime voltado às empresas exportadoras e importadoras que atuam nas áreas de gás natural e jazidas de 
petróleo. Esse regime permite a concessão da isenção de tributos federais como II, IPI, PIS, COFINS e a taxa AFRMM, 
além de permitir a admissão temporária de bens destinados às pesquisas nas áreas descritas anteriormente. 
 
16. Repex 
Esse regime permite a importação de petróleo bruto e derivados com suspensão de pagamento de impostos federais, 
PIS/PASEP e COFINS. Para se beneficiar dele, é necessário que haja a posterior exportação dos insumos no mesmo 
estado em que foram importados. 
 
17. Reporto 
Esse regime tributário permite o incentivo à modernização e a ampliação da estrutura portuária, e suspende o 
pagamento de impostos e dos tributos PIS/PASEP e COFINS para a importação de máquinas, equipamentos e peças de 
reposição utilizadas para a manutenções de serviços portuários. 
 
Do exposto, observa-se, portanto, que existem diversos tipos de regimes aduaneiros especiais que visam à facilitação 
das atividades de importação e exportação por parte dos empreendedores. Naturalmente, a empresa escolherá aquele 
que se adequar melhor às suas necessidades e permitir a redução de custos e burocracia, o que, certamente, se 
traduzirá em maiores vantagens competitivas frente ao mercado consumidor. 
 
CONVENIÊNCIA LOGÍSTICA DOS MODELOS DE ARMAZENAGEM ALFANDEGADA DE MERCADORIAS 
Nas operações logísticas internacionais, é comum a utilização da armazenagem alfandegada para as operações de 
importação ou exportação. Ela consiste em um local onde a mercadoria ficará armazenada por determinado período de 
tempo até que os processos inerentes à liberação dela junto à Receita Federal sejam devidamente concluídos. 
 
Para que seja possível a utilização da armazenagem alfandegada, a empresa deverá possuir licença ou autorização para 
o seu funcionamento no regime alfandegado a ser concedido pela Secretaria da Receita Federal (SRF). Isso permitirá 
que as operações de armazenagem e movimentação de carga fiquem sob a responsabilidade desta empresa, que 
deverá, também, cumprir a legislação vigente em sua integralidade para cada operação realizada no local. 
 
Alguns fatores são preponderantes para a contabilização dos custos da armazenagem alfandegada. Os principais são: 
 
 Região do país em que está sendo realizada a operação. Tipo de mercadoria. 
 Operador logístico. 
 Acordo comercial com os terminais. 
 
Os custos da armazenagem alfandegada podem variar bastante. Por esse motivo, é importante que antes de realizar 
suas operações de importação e exportação, seja realizada uma pesquisa das principais empresas que podem prestar o 
serviço no local de atuação em que será realizada a liberação. É importante, também, buscar referências comerciais e 
operacionais dos colaboradores para que não haja surpresas indesejáveis e custos adicionais não combinados 
anteriormente. 
 
A legislação aduaneira, por vezes, utiliza expressões próprias para as áreas que podem ser alfandegadas, tais como: 
 
Recintos alfandegados 
Consiste em locais alfandegados de zona primáriae zona secundária. Na zona primária, estão localizados os portos, 
aeroportos e pontos de fronteira. Aqueles que se localizam na zona secundária, por sua vez, são os terminais 
alfandegados. 
 
De acordo com a legislação nestes locais, permite-se ocorrer a movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro 
de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas, bagagens de viajantes procedentes do exterior ou a ele 
destinadas, e remessas postais internacionais. Poderão ainda ser alfandegados na zona primária os recintos 
destinados à instalação de lojas francas. 
 
Terminais alfandegados 
São áreas para onde se destina o recebimento de cargas de importação ou de exportação controladas pela alfândega e 
estão localizados na zona secundária. Esses locais devem ser dotados de área para armazenagem e pátio de 
contêineres, além de um controle de entrada e saída de cargas e locais para serviços aduaneiros. Naturalmente, o 
acesso das cargas ao terminal é feito por meio do Regime de Trânsito Aduaneiro. 
 
ATENÇÃO 
De acordo com a legislação, os serviços desenvolvidos em terminais alfandegados de uso 
público poderão ser delegados a pessoas jurídicas de direito privado que tenham como 
principal objeto social a guarda ou o transporte de mercadorias. 
 
Os recintos que se enquadram na categoria de alfandegados de uso público são: 
 
 Aeroportos 
Segundo a Receita Federal do Brasil, o país conta com 38 terminais de carga alfandegados em aeroportos. Em relação às 
estruturas destinadas a passageiros em voos internacionais, o país conta com 31 unidades. 
 
 
 Portos 
De acordo com a Receita Federal, são 39 portos distribuídos pelo país, sendo que deste total 69% são marítimos e 31% 
são fluviais ou lacustres. As instalações portuárias são classificadas de uso público, privativo misto e privativo exclusivo. 
 
 Pontos de fronteira 
O Brasil conta com 30 pontos de fronteira alfandegados em cidades limítrofes a outros países. Somente por meio de 
tais pontos pode ocorrer, de forma legal, a movimentação terrestre internacional de pessoas, veículos e mercadorias. 
 
 Collis posteaux 
Recinto alfandegado situado nos Correios. Dentre os recintos alfandegados que mais se destacam e mais são utilizados, 
temos os terminais aeroportuários de carga e de passageiros, e pontos de fronteira. Eles correspondem à zona primária 
onde ocorre o primeiro contato entre o território nacional e o exterior. Existem também os recintos alfandegados em 
zonas secundárias, ou seja, são locais sob controle aduaneiro onde não há contato direto entre o exterior e o território 
nacional. 
 
Os principais recintos aduaneiros são divididos em: 
 
 Portos secos 
São recintos alfandegados de uso público que recebem operações de movimentação, armazenagem e despacho de 
mercadorias e bagagens sob controle aduaneiro. Atualmente, o Brasil conta com 31 portos secos registrados, sendo que 
boa parte deles se encontra no Rio Grande do Sul e em São Paulo. 
 
 Clias 
Esse recinto também permite a movimentação e armazenagem de mercadorias importadas ou exportadas. Tais pátios e 
armazéns possibilitam operações de controle alfandegário, desde que estejam devidamente credenciados. Semelhante 
ao que ocorre nos portos secos, eles permitem o regime especial de Entreposto Aduaneiro, sendo que no país existem 
34 centros logísticos desse tipo. 
 
 Redex 
Trata-se de um recinto de exportação não alfandegado, mas que permite que sejam realizados serviços de fiscalização 
aduaneira. Ele pode estar localizado no estabelecimento do próprio exportador ou em endereço de uso comum a várias 
empresas. Atualmente, o Brasil conta com 59 unidades, sendo que quase a metade está instalada em Santos ‒ SP. 
 
Além desses, existem outros pontos que estão na lista de recintos aduaneiros da Receita Federal, tais como: Áreas de 
Controle Integrado (ACIs), unidades para remessas internacionais e expressas, bases militares, lojas francas, silos e 
tanques. 
 
RESUMINDO 
Existem diversas opções para armazenagem alfandegada disponíveis para que as empresas 
ligadas à importação e exportação de mercadorias possam utilizar. Tais opções de 
armazenagem alfandegada visam reduzir os custos e agilizar o despacho das mercadorias aos 
clientes. 
 
REGIMES ADUANEIROS ESPECIAIS E ARMAZENAGEM ALFANDEGADA 
Neste vídeo, analisaremos os regimes aduaneiros especiais utilizados no Brasil e que permitem que as cargas tenham 
tratamentos diferenciados segundo suas peculiaridades e finalidades, e também os benefícios da utilização de tais 
regimes e quais empresas estão aptas a utilizá-los em cada caso. 
 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
 
1. O regime aduaneiro especial denominado admissão temporária prevê: 
 
a) Suspensão total ou parcial de tributos para importação temporária de produtos. 
b) Suspensão total ou parcial de tributos para importação definitiva de produtos. 
c) Suspensão definitiva do trânsito das mercadorias em território nacional. 
d) Proibição temporária da entrada de navios nos portos nacionais. 
e) Legalização das mercadorias importadas sem a necessidade de pagamento de impostos. 
 
2. Os terminais alfandegados consistem em modelos de armazenagem alfandegada de mercadorias. Em suas 
dependências, fica permitido(a): 
a) A cobrança de todos os impostos relacionados à importação de mercadorias. 
b) A instalação de fábricas para o beneficiamento de componentes e matérias-primas importadas. 
c) O recebimento de cargas de importação ou de exportação controladas pela alfândega. 
d) A livre entrada de mercadorias em território nacional sem a necessidade do pagamento de tributos. 
e) A retirada da mercadoria importada por parte do importador, que será isentado de tributos ou obrigações 
diversas. 
 
MÓDULO 3 
Descrever a distribuição internacional 
 
OPERAÇÕES DE DISTRIBUIÇÃO INTERNACIONAL 
As operações de distribuição de produtos em âmbito internacional preconizam uma série de ações, cuidados, 
equipamentos, infraestrutura e diversos outros recursos para que todos os clientes sejam atendidos com alto nível de 
serviço. Diversos cuidados deverão ser tomados para que a entrega dos produtos em outros países seja efetuada 
seguindo a legislação do país em questão e as exigências dos clientes. 
 
É importante que a empresa que pretende realizar distribuição internacional conheça todos os detalhes inerentes à 
atividade e trabalhe em prol da melhoria contínua dos processos que irão culminar no sucesso das entregas. É 
necessário que a empresa se certifique de que tem conhecimento de todas as atividades que geram custos logísticos 
e que, certamente, impactarão no preço final das mercadorias. 
 
Este item é muito relevante, visto que excessivos custos logísticos poderão aumentar muito o preço final de venda dos 
produtos, inviabilizando sua comercialização em determinados mercados internacionais. Diversas análises deverão ser 
realizadas para as operações de distribuição, uma vez que há uma grande disponibilidade de empresas que poderão 
realizar essa tarefa de forma profissional e eficiente, caso o exportador não deseje utilizar a sua própria infraestrutura. 
 
INFLUÊNCIA DOS CUSTOS NO PREÇO FINAL DO PRODUTO 
Em momentos de crise e em tempos de instabilidade no mercado, as empresas precisam buscar formas de desenvolver 
atividades logísticas mais enxutas e menos custosas. Os sistemas logísticos inteligentes que são estudados e 
desenvolvidos pelas empresas visam reduzir os custos logísticos que podem afetar negativamente o preço final dos 
produtos ao mercado consumidor. 
 
ATENÇÃO 
Por ser um elemento extremamente estratégico para as instituições, não há espaço para 
erros e falta de planejamento. O sistema logístico desenvolvido, observando-se o 
planejamento estratégico da empresa e suas operações, deverá ser embasado em 
conhecimentos técnicos com a utilização de profissionais devidamente capacitados para tal 
finalidade. 
 
Trabalhar com foco na otimização das operações da cadeia de suprimento e buscar formas de tornar os processos mais 
eficientessão ações cruciais para que a empresa possa reduzir os seus custos operacionais e ganhar a devida relevância 
e destaque no mercado. Esses fatores deveriam fazer parte do rol de prioridades da gestão logística da empresa, dado 
que podem afetar positiva ou negativamente o desenvolvimento das operações e os custos inerentes a elas. 
 
Empresas que não priorizam tais fatores experimentam diversos tipos de problemas relacionados a erros 
processuais, retrabalhos repetitivos, processos ineficientes e diversas outras inconsistências operacionais que 
resultam em considerável desperdício de tempo e reduzem o uso eficiente dos recursos disponíveis na empresa. 
 
Quando as empresas resolvem desenvolver planejamentos eficientes e estratégicos para o desenvolvimento das 
atividades logísticas, haverá uma contribuição direta para o incremento da cadeia de valor referente às atividades da 
empresa. Pode-se considerar que a “cadeia de valor” é um dos pilares que compõem a gestão estratégica de custos, 
juntamente com o posicionamento estratégico e os direcionadores de custos. 
 
Neste contexto, o que é uma cadeia de valor? 
 
Entende-se por cadeia de valor o conjunto de atividades criadoras de valor que se iniciam nas fontes de matérias-primas 
básicas, passando por fornecedores de componentes até a entrega do produto final ao consumidor. Ou seja, pode 
concentrar todas as atividades que fazem parte de determinada operação, tais como: projetar, produzir, comercializar, 
entregar e garantir a qualidade do seu produto no âmbito do mercado consumidor. 
 
Para que a cadeia de valor seja trabalhada de maneira eficiente, é necessário que todos os parceiros atuem de forma 
conjunta e precisa, de modo que se garanta a qualidade desde a matéria-prima até o produto final nas mãos do 
consumidor. 
 
ATENÇÃO 
A cadeia de valor não é um conjunto de atividades independentes ou isoladas, mas de 
atividades interdependentes a serem desenvolvidas pelos diversos atores pertencentes à 
cadeia logística e que possuem objetivos comuns de melhoria da qualidade dos serviços e 
aumento da satisfação dos clientes finais. 
 
A necessidade da integração dos diversos atores envolvidos na cadeia logística é, de fato, uma das atividades mais 
importantes quando se fala em comercialização de produtos ao consumidor. Sua importância vai além de a empresa 
principal desenvolver e compreender sua própria cadeia de valor. 
 
É necessário entender como as suas atividades de valor se encaixam na cadeia de valor dos fornecedores e dos clientes. 
Trabalha-se para a estruturação de uma “cadeia de valor global”, que objetiva aumentar a satisfação do mercado 
consumidor e tornar a empresa cada vez mais competitiva junto ao mercado. 
 
Para potencializar a utilização dos recursos, reduzir os prazos e aumentar as receitas, as instituições precisam 
concentrar esforços no objetivo de entender detalhadamente os custos operacionais inerentes às suas operações, de 
tal forma que se possa buscar maneiras de aprimorar essas despesas e desenvolver alternativas interessantes que 
possam alcançar esse propósito, sem que o nível de serviço seja comprometido. 
 
CUSTOS LOGÍSTICOS 
Os custos logísticos são compreendidos como custos de planejamento, implementação e controle de todo o inventário 
de entrada, de processo e de saída, desde o ponto de origem até o ponto de consumo. 
 
Conforme mencionado anteriormente, todos os custos precisam ser devidamente compreendidos e controlados. Os 
principais custos inerentes às operações logísticas são: 
 
Armazenagem e movimentação 
As operações de armazenagem se relacionam com a movimentação de cargas dentro dos centros de distribuição. Essas 
movimentações são necessárias desde o recebimento dos produtos até seu despacho aos clientes finais. Tanto a 
armazenagem quanto a movimentação dos produtos necessitam de insumos, equipamentos e pessoal para desenvolver 
tais atividades. 
 
Naturalmente, todos esses recursos necessários incorrem em custos e serão adicionados a este item. Dentre as diversas 
maneiras de se reduzir custos referentes à armazenagem e à movimentação, têm-se a eliminação de movimentos 
desnecessários nas operações, a redução do número de movimentos e o aumento da quantidade movimentada em 
cada operação. 
 
Assim, os processos de armazenagem e movimentação de materiais deverão atender às necessidades da instituição ao 
menor custo possível, mas sem deixar de lado a devida atenção à qualidade dos serviços. 
 
 
Transportes 
Os custos relacionados às operações de transporte das mercadorias costumam ser os mais representativos para a 
logística de uma empresa. A atividade de transporte, para a movimentação nacional ou internacional de mercadorias, 
pode ser considerada um dos processos mais relevantes da logística. 
 
Sua abrangência vai desde a movimentação das matérias-primas ou dos componentes a partir dos fornecedores, 
passando pelas movimentações internas de produtos no âmbito produtivo e, finalmente, deslocando as mercadorias 
finais para os consumidores. 
 
Alguns fatores influenciam positiva ou negativamente na formação dos custos de transporte, tais como: distância, 
volume, densidade de produtos, facilidade de acondicionamento, manuseio dos materiais, risco de roubo, 
deterioração e demais interferências do mercado no que diz respeito à facilidade do tráfego e à sazonalidade. Dentre 
os fatores a serem observados antes de se optar por um sistema de transporte, temos: preço, tempo médio de 
viagem, variações no tempo de trânsito, perdas e danos. 
 
Atualmente, as empresas ainda possuem opção de ter a sua frota própria ou terceirizada, fato que merecerá avaliação 
apropriada para a obtenção do máximo benefício possível de uma ou outra modalidade de uso do sistema de 
transporte. 
 
Embalagens 
Os custos relacionados à embalagem de produtos estão relacionados às despesas necessárias para a manutenção da 
integridade do produto durante as operações de transporte, manuseio e armazenagem. O grande desafio quanto ao 
desenvolvimento de embalagens é encontrar materiais e projetos que garantam a proteção do produto, sem que seja 
necessário adicionar custos excessivos a ele. 
 
Outra questão interessante diz respeito aos projetos de embalagens que deverão ser desenvolvidos, levando em 
consideração os equipamentos utilizados para a movimentação das cargas e os veículos de transportes que serão 
utilizados para o deslocamento das mercadorias. 
 
Embalagens padronizadas que possam ser utilizadas por diversos equipamentos e diversos modos de transporte 
tendem a ser mais econômicas sob o ponto de vista operacional, o que resultará em menores custos ao produto final. 
Alguns produtos de difícil identificação serão reconhecidos apenas pelas identificações presentes na embalagem, o que 
deverá facilitar e agilizar as operações nos centros de distribuição. 
 
Manutenção de inventário 
As atividades relacionadas à manutenção dos estoques consistem em controlar as mercadorias com intuito de 
identificar a quantidade de cada produto que será utilizado para atender à demanda de mercado. Assim, as atividades 
de controlar estoques geram custos para sua manutenção, o que representa significativa parcela adicional ao custo 
atual dos produtos. 
 
Dentre os principais custos relacionados à atividade, podemos citar os custos promocionais em relação à quantidade 
armazenada e ao tempo em que tal quantidade ficará em estoque. Esses custos acabam por resultar em outros tipos de 
custo de igual importância, tais como: oportunidade de estoque, serviços de inventário, seguros, espaço para 
armazenagem de produtos, risco com deterioração, obsolescência, quebras e custo total de manutenção do inventário. 
 
A principal forma de reduzir os custos relacionados à manutenção do inventário é trabalhar de maneira planejada para 
que haja menor necessidade de estocagem de produtos. Altos níveis de estoque acabam gerando custos acessórios que 
contribuem muito para o aumento dos preços dos produtos finais que atenderão o mercadoconsumidor. 
 
Tecnologia 
Atualmente, é muito difícil para uma empresa de logística executar suas atividades sem o apoio de uma moderna 
estrutura de Tecnologia da Informação (TI). A TI tornou-se uma ferramenta fundamental para as empresas, uma vez 
que auxilia no desempenho dos processos operacionais, atua no planejamento das operações logísticas, permite a 
integração com clientes e fornecedores, e outras atividades de igual importância. 
 
Inclusive, as ferramentas de TI disponíveis hoje no mercado permitem que as empresas experimentem 
maior nível de automatização, com a integração das atividades de produção, de gerenciamento e de 
comercialização, o que tende a garantir maiores índices de produtividade e maior flexibilidade 
operacional. 
 
Modernas ferramentas operacionais de TI permitem uma integração das atividades no centro de 
distribuição e visam integrar e processar as informações de localização dos materiais, assim como o 
controle e a utilização da capacidade produtiva dos equipamentos e da mão de obra disponível. 
 
Além disso, facilitam o controle dos produtos, permitem o rastreamento deles, disponibilizam o 
intercâmbio de dados entre os atores da cadeia de suprimentos, agilizam a comunicação entre os 
vendedores e a empresa e, ainda, permitem que o fornecedor auxilie a empresa a controlar seus estoques 
por meio de intercâmbio eletrônico de dados. 
Apesar de seus enormes benefícios, a TI gera custos com mão de obra, manutenção de hardware, software, seguros, 
serviços, treinamentos e outros. Portanto, é importante que o investimento em tecnologia seja planejado e executado 
de forma precisa e profissional, para que estes custos sejam compensados pelos ganhos de produtividade e nível de 
serviço esperados. 
 
Tributos 
Em geral, os custos tributários dizem respeito a impostos, taxas, contribuições de melhorias, contribuições sociais, 
entre outros. Logo, é de suma importância que sejam analisados profissionalmente todos os tributos incidentes nesta 
área de atuação de logística para que não haja surpresas de última hora, relacionadas ao esquecimento de 
determinados tributos que deveriam ter sido pagos. 
 
Assim, é necessário que a empresa invista tempo e esforço no estudo sobre o fluxo de bens e serviços, observando os 
tipos de produtos ou serviços comercializados, bem como os tributos que incidirão sobre eles. 
 
Dentre os diversos tipos de tributos mais comuns para as atividades logísticas e produtivas, destacam-se: IPI, II, ICMS, 
taxas e obrigações acessórias, incidentes sobre operações alfandegárias. 
 
No Brasil, as alíquotas podem ser diferenciadas para cada estado, dependendo do produto ou do modo de transporte 
utilizado. Nesse sentido, é importante que as operações sejam analisadas, visto que os tributos incidentes sobre elas 
podem variar de acordo com produto, modal, localidade, atividade e especialidade da empresa. 
 
Lotes 
Durante as operações de produção, é comum haver paralisações para a mudança de lotes de produtos a serem 
fabricados. Essas paralisações resultam na perda de tempo e de capacidade produtiva, dado que as linhas de produção 
ficaram paralisadas por algum tempo. Além disso, podem ser necessárias mudanças de equipamentos ou ajustes e 
calibragem neles para que a produção do próximo lote possa ser desenvolvida corretamente. 
 
Tecnicamente, os principais custos gerados por essas paralisações são: custos para a preparação da produção, 
capacidade produtiva perdida devido à troca de ferramentas ou mudança de maquinário, manuseio e movimentação de 
materiais. 
 
Diante disso, torna-se necessário que seja realizado um bom planejamento para a produção, levando-se em conta a 
necessidade da redução dos tempos de paralisação para readequação da rotina produtiva. Esse planejamento deverá 
levar em consideração, inclusive, o projeto do produto, que pode ser desenvolvido de tal modo que contribua para a 
redução da necessidade de longas paradas. 
 
Nível de serviço 
Os níveis de serviço que a empresa oferece ao mercado consumidor devem estar de acordo com os seus anseios, uma 
vez que este item é tratado atualmente como um diferencial competitivo importante para a viabilização das operações 
da empresa, bem como da sua competitividade no mercado. 
 
Fatores como o serviço de entrega, a confiabilidade dos 
produtos, os níveis de estoque e o tempo gasto no ciclo 
dos pedidos contribuem positivamente para a 
fidelização da marca por parte do cliente. Entretanto, 
para estabelecer um bom nível de serviço, são 
necessários investimentos em melhorias e 
readequações de processos, que têm por finalidade 
aprimorar as operações logísticas e produtivas da 
empresa. 
 
Em contrapartida, a falta de planejamento para a 
atuação de uma empresa no mercado pode resultar 
em níveis de serviço insatisfatórios, o que contribui 
negativamente para a imagem da corporação. 
 
Os principais resultados dessa falta de planejamento podem ser percebidos pelas falhas, tais como: falta de produtos, 
custos de vendas perdidas, planejamento logístico inadequado, custos relacionados à falta de qualidade, ausência de 
eficiência operacional, falta de treinamento dos colaboradores, más condições dos produtos, além dos custos de 
excesso de mercadorias, ocasionados por falta de planejamento logístico, o que acaba resultando em acúmulos de 
estoque. 
 
Operações de distribuição 
Apesar dos custos com as operações de distribuição já estarem distribuídos entre os itens anteriores, é importante que 
sejam evidenciados os custos necessários para a manutenção do sistema logístico em pleno funcionamento, bem como 
os gastos operacionais que devem ser considerados. 
 
Portanto, devem ser consideradas despesas fixas, como aluguel, taxas de espaço físico, equipamentos, salários e 
impostos. Do mesmo modo, as despesas variáveis com manutenção, mão de obra, horas extras, seguros de cargas, 
pneus, combustíveis, lubrificantes e aquisição de peças deverão ser contabilizadas como custos para as operações de 
distribuição. 
 
Recursos humanos 
Subentende-se que os itens anteriormente descritos necessitam de mão de obra para sua execução. Contudo, é 
importante destacar que este importante recurso precisa ser considerado no processo de formação dos custos 
logísticos. 
 
Portanto, deve-se considerar os salários a serem pagos aos gestores de frotas e a outros colaboradores de diversos 
níveis e atribuições que constituem a equipe logística da empresa e que são de fundamental importância para que todas 
as operações sejam desempenhadas de forma eficiente. 
 
Além disso, como as operações logísticas são extremamente específicas e requerem mão de obra especializada, as 
empresas precisam estar atentas ao processo de qualificação da mão de obra que trabalhará no seu centro de 
distribuição. Assim, a instituição deverá oferecer cursos de capacitação e treinamento que visem ao aprimoramento e à 
qualificação da sua força de trabalho, a fim de que possa desempenhar suas atividades da maneira mais eficiente 
possível. 
 
RESUMINDO 
Tanto a necessidade da mão de obra a ser empregada nas atividades operacionais quanto a 
necessidade de sua qualificação geram custos para a empresa, o que deve ser devidamente 
planejado e executado, seguindo sempre os objetivos de redução de custos a serem 
adicionados ao produto final. 
 
TRADE-OFFS 
As organizações sempre têm buscado aumentar ou manter a competitividade no mercado frente à concorrência. Para 
tanto, há necessidade de que os gestores adotem princípios fundamentais que viabilizem um bom desempenho para a 
empresa, tais como: 
 
 Planejamento 
 Organização 
 Controle 
 Execução 
 Direção 
 Liderança 
 
 
Tais princípios norteadores são de fundamental importância para que as empresas possam atuar competitivamente 
no mercado. 
 
As empresas têm operado, cada vez mais, de forma sistêmica no mercado, ou seja, é necessário observar a empresa 
como um sistema integrado, no qual as atividades de entrada, transformação e saída trabalhem de maneira 
sincronizada,com vistas à melhoria dos processos operacionais desenvolvidos no âmbito da corporação. 
 
De modo muito semelhante, a logística, especificamente, deverá trabalhar também de forma sistêmica, contemplando 
todas as atividades inerentes às suas operações. Do contrário, as atividades e os processos que contemplam a logística 
trabalharão de maneira isolada e ineficiente, o que não contribui para os objetivos finais de eficiência e eficácia das 
operações logísticas. 
 
ATENÇÃO 
Todas as operações devem ser coordenadas de modo integrado e estratégico, permitindo 
uma otimização dos recursos disponíveis, que certamente resultará em ganhos globais 
operacionais e financeiros. 
 
A logística está presente em qualquer empresa ou entidade, independentemente da atividade ou do segmento. Por 
isso, é de suma importância que os gestores conheçam detalhadamente os recursos disponíveis e planejem estratégias 
para o negócio. Essas estratégias deverão estar sempre voltadas para os objetivos principais e básicos da logística, tais 
como: aumentar o lucro, reduzir os custos e melhorar o nível de serviço oferecido ao mercado. 
 
O conhecimento detalhado de todas as operações e todos os processos logísticos da empresa permite que ela possa se 
beneficiar com o uso da compensação de custos, também conhecida como trade-off. O trade-off demonstra que os 
diversos custos envolvidos nas operações logísticas frequentemente apresentam um padrão de comportamento que os 
coloca em conflito mútuo, fato que deve ser constantemente analisado. 
 
Ações de melhoria de processos e operações, como treinamento, padronização de processos, análise de desperdícios, 
foco no cliente, inclusão de TI, dentre outros, frequentemente são consideradas por alguns gestores como itens 
geradores de custos de forma simplificada. 
 
No entanto, gestores que possuem uma visão mais sistêmica da empresa e com foco nos objetivos futuros conseguem 
visualizar tais custos como investimentos que, certamente, resultarão em benefícios futuros e permitirão que a 
empresa trabalhe sempre na busca pela melhoria contínua das suas atividades. Organizações que desejam se perpetuar 
no mercado precisam estar atentas a tais questões, visto que os consumidores têm ficado cada vez mais exigentes e 
esperam melhorias contínuas dos produtos e serviços. 
 
O trade-off pode ser entendido como a relação entre os custos para a melhoria de determinadas atividades ou 
processos que trarão benefícios futuros para a organização. Um dos grandes desafios para as empresas é avaliar e 
escolher quais são os investimentos prioritários para o alcance destes benefícios futuros, posto que, normalmente, não 
há disponibilidade de recursos para atuar em todas as frentes de melhorias. 
 
O fato é que, em geral, a melhoria dos níveis de serviços operacionais significa menores custos de estocagem para o 
cliente, desde que se mantenham as mesmas características de demanda. 
 
No entanto, algumas considerações adicionais podem ser colocadas, tais como: 
Verificar se a empresa possui um layout apropriado para a correta armazenagem de matérias-primas, produtos 
semiacabados e acabados, bem como se o processo produtivo se encontra em algum nível de automação. 
Analisar se os equipamentos e a tecnologia utilizados atualmente estão atuando de forma adequada para os 
processos desenvolvidos. 
Avaliar os custos inerentes ao processamento de pedido, movimentação das mercadorias e armazenamento delas, 
de modo que se possa ter um panorama detalhado da situação atual. 
Certificar-se de que o centro de distribuição se encontra próximo aos clientes ou se permite facilidade de 
deslocamento das mercadorias no trajeto em direção ao mercado consumidor. 
Estudar detalhadamente quais são os mecanismos de controle que devem ser utilizados no gerenciamento dos 
estoques. 
Identificar quais são os produtos ou serviços que contribuem com a maior parcela de lucro para empresa. 
Verificar quanto tempo é necessário para que o estoque complete um giro. 
Analisar se os colaboradores estão devidamente capacitados e qualificados para executar as diversas atividades. 
Avaliar a necessidade da contratação de operadores logísticos ou prestadores de serviços logísticos. 
Identificar quais são as estratégias de marketing utilizadas para a obtenção de novos clientes. 
Analisar o nível de serviço que deve ser providenciado para os itens comercializados pela empresa (produtos ou 
serviços). 
 
Essas questões e considerações precisam ser analisadas e respondidas nos níveis estratégico, tático e operacional, para 
que possam facilitar o diagnóstico e subsidiar com informações os processos decisórios da empresa. 
 
Portanto, as empresas que desejarem utilizar o trade-off para alcançar os seus objetivos de crescimento, aumento da 
participação do mercado, consolidação da marca e outros precisam ter conhecimento adequado para a utilização dos 
recursos disponíveis, informações e métodos. 
 
Para que o processo de compensação de custos seja bem-sucedido, é necessário que sejam realizadas algumas 
mudanças de processos e procedimentos, como permitir que os administradores tenham uma visão holística da 
situação, trabalhar de forma integrada com todos os atores envolvidos e viabilizar a interação entre todas as áreas e 
pessoal envolvido. 
 
LAY-DOWN COST 
Outro ponto que merece destaque quando se opta por reduzir custos e aprimorar a qualidade do serviço logístico é o 
conceito de Lay-Down Cost. 
 
Basicamente, o Lay-Down Cost trata do custo logístico “porta a porta” e abrange todas as atividades de movimentação, 
armazenagem, transportes, seguros, licenças, certificações, impostos e outros, o que permite ao cliente bastante 
tranquilidade por não ter de se preocupar com atividades ou custos intermediários. 
 
É a soma total dos custos do produto e das tarifas de transportes, sendo usada para comparar os custos totais de um 
produto quando este é embarcado de diferentes locais para um mesmo ponto de consumo. 
 
A utilização do conceito permite que as empresas possam fazer determinadas averiguações nos preços cobrados pelos 
operadores de transporte, principalmente quando a empresa contrata a operação de maneira completa, incluindo ou 
não o uso da multimodalidade. Essa forma de contratação é bastante utilizada pelo mercado logístico nacional e 
internacional, uma vez que todas as responsabilidades relacionadas ao trânsito das mercadorias devem ficar sob a 
responsabilidade de uma única empresa. 
 
Apesar de haver uma tendência a ser confundida com a multimodalidade, o conceito de Lay- Down Cost não 
necessariamente preconiza a utilização de vários modos de transporte sob a responsabilidade de uma única empresa. 
 
O conceito diz respeito apenas aos custos envolvidos em toda a operação, não importando se isso será feito por uma ou 
mais empresas sob a responsabilidade do proprietário da mercadoria. Em síntese, o conceito do Lay-Down Cost pode 
ser aplicado tanto para a intermodalidade quanto para a multimodalidade, já que se refere apenas ao somatório dos 
custos envolvidos durante a operação logística. 
 
FRONTEIRA DE MERCADO 
Outro conceito que merece destaque é a fronteira de mercado: uma linha de indiferença do custo final entre diferentes 
possíveis cadeias de suprimento. Em outras palavras, quando se analisa outras cadeias de suprimento para o transporte 
das mercadorias, pode-se observar que os custos inerentes a elas permanecem em igual patamar de valor, o que não 
permite a diferenciação entre uma ou outra sob o aspecto de custos. 
 
Logo, no caso da Fronteira de Mercado, os Lay-Down Cost são iguais. Trata-se, portanto, de uma coincidência que pode 
ser de difícil solução para o gestor logístico, dado que a tomada de decisão para o uso de determinada opção logística 
não será realizada pelos conceitos de custo logístico, mas por outros atributos que deverão ser considerados na análise. 
 
No caso da fronteira de mercado, os conceitos relacionados ao trade-off logístico podem fazer grande diferença,dado 
que qualquer transação que se mostre viável sob ponto de vista de compensação de custos poderá fazer a diferença e 
viabilizar determinada cadeia de suprimento em relação à outra. Assim, qualquer diferença para menos que venha a 
ser obtida alterará o status do Lay-Down Cost e desestabilizará a fronteira de mercado, o que poderá viabilizar a 
atratividade de um novo cliente. 
 
ATENÇÃO 
Como vimos, na distribuição internacional, é imprescindível a consideração de todos os custos 
e, principalmente, todas as situações que, quando devidamente analisadas, são 
potencialmente capazes de ocasionar reduções de custos. 
 
Em algumas situações, sob o ponto de vista do comprador, os custos resultantes, quando analisadas diferentes cadeias 
de suprimentos, podem ser idênticos, o que demandará da equipe de logística do vendedor rever o seu sistema de 
custos, a fim de obter vantagens competitivas em relação à concorrência do mercado. 
 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
 
1. Os principais custos que incidem sobre as operações logísticas e que devem ser cuidadosamente avaliados estão 
descritos a seguir, EXCETO: 
a) Custos de armazenagem e movimentação. 
b) Custos com transportes. 
c) Custos com embalagens de proteção. 
d) Custos com manutenção de inventário. 
e) Custos com publicidade e propaganda. 
 
2. A compensação de custos ou trade-off tem sido bastante estudada pelas empresas de logística e consiste em: 
a) Revisar todos os custos relacionados ao sistema de transporte, de forma a reduzi-los. 
b) Analisar todos os custos envolvidos nas operações de estocagem, de modo que seja possível enxugá-los. 
c) Rever a necessidade de investimentos em TI, uma vez que os seus custos são muito onerosos para a 
corporação. 
d) Realizar investimentos e melhorias que geram custos imediatos, mas que trarão benefícios futuros 
significativos para a corporação. 
e) Evitar treinamentos e capacitação dos funcionários, e optar pela contratação de funcionários que já possuam 
treinamento no mercado. 
 
 
CONCLUSÃO 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O comércio internacional tem apresentado diversas evoluções ao longo dos anos, o que tem impulsionado a logística 
internacional a patamares de grande importância para a viabilização das transações comerciais. É notória a necessidade 
da logística internacional para comercialização de produtos de forma globalizada, como temos visto acontecer 
atualmente em todas as partes. 
 
A utilização de dois ou mais modos de transporte para o deslocamento das mercadorias tem se mostrado bastante 
eficiente quando há necessidade de que esta mercadoria percorra diferentes trechos que são operados por modais 
distintos. A possibilidade de utilização de documentos padronizados e únicos interfere positivamente nas operações de 
transbordo das mercadorias, o que resulta em agilidade e economia. 
 
No entanto, para que as transações comerciais, bem como a logística, possam se desenvolver de modo satisfatório, 
eficiente e com foco na satisfação do consumidor, é necessário o estabelecimento de regras comerciais e logísticas que 
permitam que as mercadorias possam ser deslocadas, armazenadas e, posteriormente, comercializadas 
igualitariamente entre os mercados consumidores. 
 
A utilização dos regimes aduaneiros especiais contribui de forma importante para que as mercadorias não sejam 
sobretaxadas e, portanto, tenham seus preços desnecessariamente aumentados em excesso. Mercadorias diferentes e 
com utilizações diversas precisam ter regimes aduaneiros diferenciados, para que possam obter os benefícios inerentes 
a essa diferenciação. 
 
Além disso, os custos inerentes às operações logísticas deverão ser corretamente aplicados e calculados, a fim de não se 
onerar desnecessariamente as mercadorias, o que inviabilizaria a competitividade da organização frente ao mercado 
consumidor internacional.

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