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Relatorio-de-Estagio-Fisioterapia

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Relatório de Estágio 
2º Módulo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Centro de Estágio: Clínica Cuidar Mais 
 
Período de estágio: 26/09/2015 a 04/12/2015 
 
Orientador: Jorge Teixeira 
 
Estagiária: Daniela Ferreira 
 
https://www.cespu.pt/noticias-e-eventos/2014/02/curso-de-especializacao-tecnologica-em-tecnicas-de-gerontologia/
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
2 
Orientador: Jorge Teixeira 
Índice 
 
Introdução ……………………………………………………………………………...3 
Estudo de Caso (Revisão da Literatura) …...………………………………………..4 
Estude de Caso (Ficha clínica) …...………………………………………………...22 
Ficha Clínica – Paciente A …………………………………………………………..51 
Ficha Clínica – Paciente B …………………………………………………………..77 
Casos Observados …………………………………………………………………107 
Reflexão ……………………………………………………………………………..129 
Anexos ……………………………………………………………………………....130 
Bibliografia ………………………………………………………………………..…166 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
3 
Orientador: Jorge Teixeira 
Introdução 
O Ensino Clínico é uma unidade curricular prática em que se pretende aplicar os 
conhecimentos teóricos e práticos previamente adquiridos em situações 
concretas de prática clínica. Deste modo, através da observação de profissionais 
experientes, do contacto com os utentes e sempre que possível da aplicação dos 
conhecimentos a situações reais, o estágio torna-se uma ferramenta de 
aprendizagem essencial para adquirir as vivências favoráveis a uma 
consolidação de conhecimentos e ideias para a futura vida profissional. 
Considero esta unidade curricular indispensável e fulcral para a minha formação 
como fisioterapeuta, com vista a ser o mais precisa possível a nível de 
diagnóstico e terapêutica, na prática profissional. 
Este relatório teve como principal objetivo descrever, de forma clara e precisa, 
como decorreu toda a experiência de aproximação e integração no contexto 
sócio-profissional inerente à Fisioterapia enquanto estudante, estando nele 
mencionadas todas as informações obtidas ao longo do estágio, relativamente 
aos casos clínicos em que tive oportunidade de observar e intervir, aplicando 
técnicas específicas e apropriadas. 
A Fisioterapia centra-se na análise e avaliação do movimento e da postura, 
baseadas na estrutura e função do corpo, utilizando modalidades educativas e 
terapêuticas específicas, com base, essencialmente, no movimento, nas terapias 
manipulativas, e em meios físicos e naturais, com a finalidade de promoção da 
saúde e prevenção da doença, da deficiência, da incapacidade e da inadaptação 
e, de tratar, habilitar ou reabilitar, utentes com disfunções de natureza física, 
mental, de desenvolvimento ou outras, incluindo a dor, com o objetivo de os 
ajudar a atingir a máxima funcionalidade e qualidade de vida. 
Esta experiência decorreu na Clínica Cuidar Mais, em Riba D’Ave, sob a 
orientação do Fisioterapeuta Jorge Teixeira. 
 
 
 
 
 
 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
4 
Orientador: Jorge Teixeira 
Estudo de Caso (Revisão da Literatura) – Entorse da Tibiotársica 
por Inversão 
 
Articulação Tibiotársica 
Esta articulação permite os movimentos entre a perna e o pé, sendo composta 
pela tíbia, perónio e astrágalo. É classificada como uma trocleartrose. 
Na face superior do astrágalo, encontra-se uma superfície articular denominada 
de tróclea astragalina, situada tanto na face interna como externa deste osso, 
que se articulam com o maléolo tibial e com o maléolo peronial, respetivamente. 
A face inferior da extremidade inferior da tíbia, o maléolo tibial e o maléolo 
peronial formam um encaixe para a poli astragalina, correspondendo a faceta 
articular da extremidade inferior da tíbia à tróclea astragalina e as superfícies 
articulares dos dois maléolos às facetas das faces interna e externa do astrágalo. 
Todas estas superfícies são revestidas por uma cartilagem contínua do tipo 
hialino. (Marini-Marini-Abreu,M.M., 2001) 
 
Meios de união 
A articulação em estudo possui uma cápsula articular e dois ligamentos laterais: 
externo ou lateral e interno ou medial. 
A cápsula articular insere-se pela sua extremidade superior no contorno articular 
da tíbia e do perónio e, pela sua extremidade inferior no contorno articular do 
astrágalo. 
O ligamento lateral externo é constituído por três feixes independentes: 
ligamento perónio astragalino anterior, que vai desde o maléolo externo à porção 
ântero-externa do astrágalo; ligamento perónio astragalino posterior, que se 
estende desde o maléolo externo até à face posterior do astrágalo; e, o ligamento 
perónio calcaneano, que se insere no vértice do maléolo externo e na face 
externa do calcâneo. 
Quanto ao ligamento lateral interno, sabe-se que é formado por uma camada de 
fibras profunda e uma camada de fibras superficial. A camada superficial ou 
ligamento deltóideo insere-se superiormente no vértice do maléolo interno e 
inferiormente verifica-se que as suas fribras se “espalham” em leque, sendo que 
as fibras posteriores se fixam na face interna do astrágalo, as anteriores no cólo 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
5 
Orientador: Jorge Teixeira 
do astrágalo e do escafoide e, as fibras médias inserem-se na pequena apófise 
do calcâneo. A camada profunda superiormente insere-se no vértice do maléolo 
interno, e inferiormente na face interna do astrágalo. (Marini-Abreu,M.M., 2001) 
 
Artérias e Nervos 
Relativamente ao plano anterior, as artérias da tibiotársica provêm da artéria 
tibial anterior e, os nervos emanam do nervo safeno interno e do ramo de 
bifurcação externo do tibial anterior. Nos planos laterais, as artérias desta 
articulação provêm das artérias maleolar interna, externa e peronial anterior. 
Quanto ao plano posterior, os vasos provêm das artérias tibial posterior e 
peronial posterior, e, os nervos posteriores derivam do nervo tibial posterior. 
(Marini-Abreu,M.M., 2001) 
 
Movimentos 
Fundamentalmente, a tibiotársica permite os movimentos de flexão (flexão 
plantar) e extensão (flexão dorsal). No entanto, pode apresentar movimentos de 
adução e circundação, ainda que muito limitados. (Marini-Abreu,M.M., 2001) 
 
Articulação Astragalocalcaneana 
Une o astrágalo e o calcâneo, podendo também ser designada de articulação 
subastragalina. Divide-se numa articulação posterior, independente, e, numa 
anterior, que comunica amplamente com a articulação astrágalo-escafoideia. É 
uma dupla artrodia. (Marini-Abreu,M.M., 2001) 
 
Movimentos 
Executa movimentos de inversão (flexão plantar + supinação + adução) e 
eversão (flexão dorsal + pronação + abdução). (Marini-Abreu,M.M., 2001) 
 
Articulação Mediotársica 
Também conhecida como articulação de Chopart, estabelece a união entre a 
primeira fileira do tarso com a segunda, isto é, une o astrágalo e o calcâneo ao 
escafoide e ao cuboide. Sendo portanto constituída por duas articulações: uma 
interna – articulação astragaloescafoideia, classificada como uma enartrose – e, 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
6 
Orientador: Jorge Teixeira 
uma externa – articulação calcaneocuboideia, do grupo das articulações em 
sela. (Marini-Abreu,M.M., 2001) 
 
Movimentos 
Permite movimentos de flexão, extensão, abdução e rotação externa. (Marini-
Abreu,M.M., 2001) 
 
Articulação Tarsometatársica 
Também designada por articulação de Lisfranc, une os cinco metatarsos aos três 
ossos cuneiformes e ao cuboide. A interlinha articular é côncava e estende-se 
do bordo externo ao bordo interno do pé. É constituída por uma série de 
artródias. (Marini-Abreu,M.M., 2001) 
 
Movimentos 
Apenas permite deslizamento entre os ossos. (Marini-Abreu,M.M., 2001) 
 
Articulações Metatarsofalângicas 
São cinco, e unem a extremidade anterior dos ossos do metatarso à extremidade 
posterior das falanges.Pertencem ao grupo das condilartroses. (Marini-
Abreu,M.M., 2001) 
 
Movimentos 
Executam movimentos de flexão, extensão, inclinação lateral, circundação e 
rotação. (Marini-Abreu,M.M., 2001) 
 
Articulações Interfalângicas 
São as articulações que unem a extremidade anterior da primeira falange com a 
extremidade posterior da segunda falange e, a extremidade anterior da segunda 
falange com a extremidade posterior da terceira falange. O primeiro dedo do pé 
possui apenas uma articulação interfalângica, ao contrário dos restantes dedos. 
(Marini-Abreu,M.M., 2001) 
 
 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
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Orientador: Jorge Teixeira 
Figura 1 – Ossos do pé. 
Movimentos 
Apenas executam movimentos de flexão e extensão. (Marini-Abreu,M.M., 2001) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Músculos com ação no tornozelo 
Além de sustentar o peso corporal do indivíduo, o tornozelo deve adaptar-se para 
absorver forças e acomodar-se frente a superfícies irregulares. Com essa 
quantidade de tensão, é melhor que o corpo humano tenha um grande sistema 
de apoio muscular, ajudando os ligamentos a estabilizar a articulação. 
Vários músculos apoiam o tornozelo e o sistema esquelético do pé inteiro. Eles 
são responsáveis pela atividade normal do tornozelo e pela sua estabilização 
ativa. Dois tipos musculares atuam sobre o pé e o tornozelo: os músculos 
extrínsecos e os músculos intrínsecos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
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Orientador: Jorge Teixeira 
Músculos extrínsecos anteriores 
- Tibial anterior (flexão dorsal, 
adução e supinação do pé). 
- Extensor longo dos dedos 
(extensão do segundo ao quinto 
dedo). 
- Extensor longo do hálux (extensão 
do hálux, dorsiflexão, adução e 
supinação do pé). 
- Peronial anterior (eversão do pé). 
 
Músculos extrínsecos laterais 
- Peronial longo (flexão 
plantar, abdução e pronação 
do pé). 
- Peronial curto (flexão plantar, 
abdução e pronação do pé). 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2- Músculos anteriores. 
Figura 3- Músculos laterais. 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
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Orientador: Jorge Teixeira 
Músculos extrínsecos posteriores 
- Gastrocnémio medial e lateral 
(flexão do joelho e flexão plantar 
do tornozelo). 
- Solear (flexão plantar do 
tornozelo). 
- Flexor longo dos dedos 
(inversão do tornozelo e flexão do 
segundo ao quinto dedo). 
- Flexor longo do hálux (flexão do 
hálux e inversão do tornozelo). 
- Tibial posterior (inversão do pé). 
 
 
 
Principais músculos intrínsecos 
- Extensor curto dos dedos. 
- Extensor curto do hálux. 
- Flexor curto do hálux. 
- Abdutor e abdutor do hálux. 
- Abdutor do mínimo. 
- Flexor curto do mínimo. 
 
 
 
 
 
 
Entorse por Inversão da Tibiotársica 
A entorse de tornozelo é uma das lesões mais comuns entre os atletas, 
correspondendo a 20% de todas as lesões musculo-esqueléticas (Janssen, K., 
Mechelen, W. & Verhagen, E., 2011, citados por Barbanera, M., Araujo, R., 
Fernandes, T. & Hernandez, A., 2012) e mais de 30% de todos os desportos 
Figura 4- Músculos posteriores. 
Figura 5- Músculos intrínsecos. 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
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Orientador: Jorge Teixeira 
(Waterman, B., Owens, B., Davey, S., Zacchilli, M. & Belmont, Jr., 2010, citados 
por Barbanera, M., Araujo, R., Fernandes, T. & Hernandez, A., 2012). A maioria 
das entorses de tornozelo ocorre no movimento de inversão, particularmente 
com o pé em flexão plantar, estirando o ligamento talofibular anterior (Lin, C., 
Hiller. C. & Bie, R., 2010, citados por Barbanera, M., Araujo, R., Fernandes, T. & 
Hernandez, A., 2012). O complexo ligamentar lateral do tornozelo é o local mais 
frequentemente lesado. Ele é composto pelos ligamentos talofibular anterior, 
calcaneofibular e talofibular posterior, sendo que o ligamento mais lesado na 
entorse de tornozelo por inversão é o talofibular anterior (Hubbard, T. & Hicks-
Little, C., 2008, citados por Barbanera, M., Araujo, R., Fernandes, T. & 
Hernandez, A., 2012). A reincidência da lesão apresenta registros maiores que 
70% entre os atletas (Arnold, B., Linens, S., Motte, S. & Ross, S., 2009, citados 
por Barbanera, M., Araujo, R., Fernandes, T. & Hernandez, A., 2012). 
 
As lesões de tornozelo podem ser prevenidas, no entanto, a prevenção só será 
possível se os fatores de risco forem identificados. Os possíveis fatores de risco 
incluem: alterações na posição do pé (Tourné, Y., Besse, J. & Mabit, C., 2010, 
citados por Barbanera, M., Araujo, R., Fernandes, T. & Hernandez, A., 2012), 
défices na propriocepção (Lin, C., Hiller. C. & Bie, R., 2010, citados por 
Barbanera, M., Araujo, R., Fernandes, T. & Hernandez, A., 2012), frouxidão no 
complexo ligamentar lateral (Santos, M. & Liu, W., 2008, citados por Barbanera, 
M., Araujo, R., Fernandes, T. & Hernandez, A., 2012) e fraqueza muscular 
(Docherty, C. & Arnold, B., 2008, citados por Barbanera, M., Araujo, R., 
Fernandes, T. & Hernandez, A., 2012). 
 
Esta lesão caracteriza-se pelo estiramento e/ou rutura de vários tecidos, ruturas 
ligamentares incompletas ou completas nos graus II e III, respetivamente, 
afrouxamento capsular e instabilidade articular (O’Donoghue, D., 1970, citado 
por Pacheco, A., Vaz, M. & Pacheco, I., 2005). 
As entorses podem ser classificadas de acordo com a intensidade do trauma em: 
Grau I ou leve – a integridade de quase todas as fibras ligamentares é mantida. 
Encontra-se pequena reação vasomotora, caracterizada, geralmente, pelo 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
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Orientador: Jorge Teixeira 
edema. Há presença de dor leve na fase aguda. Existe pronto restabelecimento 
do apoio e da marcha. 
Grau II ou moderado – há presença de hematoma e edema de maior dimensão, 
devido a uma maior lesão vascular. Pelo teste de gaveta anterior, verifica-se 
pequena instabilidade quando a articulação é submetida ao exame sob stress. 
Existe presença de quadro álgico e inflamatório maior que no grau I, e, desta 
maneira, o apoio e a marcha são dificultados, retornando somente após a 
regressão desses sintomas. Neste grau ocorre rutura parcial dos ligamentos. 
Grau III ou grave – apresenta-se com dor intensa, há grande área de rutura de 
vasos mostrando edema acentuado e imediato, hematoma de grande extensão 
e, ainda, tumefação na articulação do tornozelo. Ocorre instabilidade radiológica 
por stress de grande abertura, e podem ocorrer avulsões ósseas. No teste de 
gaveta anterior, também é possível verificar grande instabilidade. A rutura das 
estruturas capsuloligamentares é completa, e isso comprova-se por artrografia 
devido ao extravasamento de líquido para as regiões onde, normalmente, ele 
não deve ser encontrado. (Pacheco, A., Vaz, M. & Pacheco, I., 2005) 
 
À entorse, podem estar associados outros tipos de lesões, nomeadamente 
luxação, fratura com arrancamento do maléolo peronial, fratura com possível 
arrancamento da cabeça do 5º metatarso e fratura do astrágalo (Massada, J., 
2003, citado por Ribeiro, T., 2010). 
Os principais fatores que contribuem para a estabilidade estática do complexo 
articular do tornozelo são a congruência das superfícies articulares e as 
restrições ligamentares, enquanto que as unidades musculo-tendinosas 
permitem a estabilidade dinâmica do complexo articular (Hertel, J. 2002, citado 
por Ribeiro, T., 2010). 
Quando o complexo articular do tornozelo se encontra em carga, as superfícies 
articulares são os estabilizadores primários evitando uma translação e rotação 
excessiva do calcâneo, contudo o contributo dos ligamentos na estabilidade da 
articulação é fundamental. A articulação tíbio-társica é estabilizada pela cápsula 
articular e ligamentos perónio-astragalino anterior e posterior, ligamento 
peróniocalcaneano e ligamento deltoideu (Fong, D., Chan, Y., Mok,K., Yung, P. 
& Chan, K., 2009, citados por Ribeiro, T., 2010). 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
12 
Orientador: Jorge Teixeira 
 
Verifica-se que o ligamento perónio-astragalino anterior previne o deslocamento 
anterior do astrágalo no encaixe articular e a excessiva inversão e rotação medial 
do astrágalo na tíbia. A tensão exercida sobre este ligamento aumenta nos 
movimentos de flexão plantar quando comparado com a tensão exercida sobre 
os ligamentos perónio-astragalino posterior e o ligamento perónio-calcaneano 
(Hertel, J. 2002, citado por Ribeiro, T., 2010). 
O ligamento perónio-calcaneano restringe o movimento excessivo de inversão e 
rotação medial, estando mais tensionado com o tornozelo em dorsiflexão e é o 
segundo ligamento do compartimento lateral a ser mais afetado (Hubbard, T. & 
Hicks-Little, C., 2008, citados por Ribeiro, T., 2010). 
 
As unidades musculo-tendinosas em contração fornecem proteção dinâmica ao 
complexo articular. As ações dos músculos que atravessam o complexo articular 
são normalmente baseadas nas suas ações concêntricas, mas através das suas 
ações excêntricas podem também fornecer estabilidade dinâmica ao complexo 
articular. Os músculos peroniais, o tibial anterior, o longo e curto extensor dos 
dedos e o curto peronial contribuem para a estabilidade dinâmica do complexo 
lateral do tornozelo devido à sua ação excêntrica durante a supinação (Hertel, J. 
2002, citado por Ribeiro, T., 2010). 
A maioria das pessoas com entorse da tíbio-társica descrevem um movimento 
de lesão em inversão (Vicenzino, B., Branjerdporn, M., Teys, P. & Jordan, K., 
2006, citados por Ribeiro, T., 2010), o que provoca uma anteriorização excessiva 
do astrágalo, podendo o ligamento peróniocalcaneano também ser lesado 
(Collins, N., Teys, P. & Vicenzino, B., 2004, citados por Ribeiro, T., 2010). 
Durante a entorse por inversão, as forças são transmitidas ao perónio, que é 
subluxado anteriormente em relação à tíbia, ocorrendo uma falha de 
posicionamento nesta articulação (Hertel, J. 2002, citado por Ribeiro, T., 2010). 
As falhas posicionais podem contribuir para uma hipomobilidade que pode 
resultar numa alteração da artrocinemática da articulação, alteração esta que 
modifica o movimento fisiológico normal e as estruturas ligamentares (Vicenzino, 
B., Branjerdporn, M., Teys, P. & Jordan, K., 2006, citados por Ribeiro, T., 2010). 
Por vezes, verifica-se uma falha posicional anterior do maléolo peronial em 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
13 
Orientador: Jorge Teixeira 
relação à tíbia (Hubbard, T. & Hertel, J. 2006, citados por Ribeiro, T., 2010). 
Quando o pé sofre um movimento de inversão ultrapassando a amplitude 
fisiológica, o perónio é puxado para a frente da tíbia e ocorre a falha posicional 
ao nível da articulação perónio-tibial inferior (Hubbard, T., Hertel, J. & Sherbondy, 
P., 2006, citados por Ribeiro, T., 2010). 
 
Diagnóstico 
O diagnóstico preciso da lesão ligamentar do tornozelo depende de uma história 
clínica detalhada, investigando-se o mecanismo de trauma, a posição do pé e 
direção da força, a localização da dor, o local do edema e o tipo de perda 
funcional após o trauma. O exame clínico 
precoce é importante para a devida avaliação dos pontos dolorosos e das 
possíveis estruturas lesadas, antes que ocorra edema difuso e equimose intensa 
(Lasmar, N., Camanho, G. & Lasmar, R., 2002, citados por Beirão, M. & Marques, 
T., 2008). Os exames complementares são solicitados sempre que houver 
suspeitas de fratura associada, lesão osteocondral ou lesão ligamentar completa 
(Silvestre, M. & Lima, W., 2003, citados por Beirão, M. & Marques, T., 2008). 
Como exames complementares, são realizadas radiografias convencionais do 
tornozelo nas incidências lateral e ântero-posterior e incidência oblíqua interna e 
externa (Cohen, M. & Abdalla, R., 2003, citados por Beirão, M. & Marques, T., 
2008). Outros métodos de imagem têm sido propostos para avaliar as lesões 
ligamentares do tornozelo, com graus de eficácia variáveis, como ultra-
sonografia, tomografia axial computadorizada, ressonância nuclear magnética e 
a artrografia, sendo a ressonância magnética o exame de escolha em tais 
situações (Lasmar, N., Camanho, G. & Lasmar, R., 2002, citados por Beirão, M. 
& Marques, T., 2008). No entorse do tornozelo, é fundamental a identificação 
precisa da estrutura lesada e da gravidade dessa lesão (Beirão, M. & Marques, 
T., 2008). 
As técnicas de exame de gaveta e inclinação talar são usadas para identificar a 
instabilidade articular do tornozelo (Hubbard, T. & Hicks-Little, C., 2008, citados 
por Barbanera, M., Araujo, R., Fernandes, T. & Hernandez, A., 2012). Porém, o 
uso destas técnicas tem sido questionado, pois envolvem testes manuais e só 
fornecem informações subjetivas sobre a frouxidão ligamentar (Barbanera, M., 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
14 
Orientador: Jorge Teixeira 
Araujo, R., Fernandes, T. & Hernandez, A., 2012). O exame radiográfico de 
estresse em inversão tem sido tradicionalmente usado para quantificar a 
frouxidão ligamentar por meio da avaliação do deslocamento do tálus, mas é 
uma técnica indireta (Hubbard, T. & Hicks-Little, C., 2008, citados por Barbanera, 
M., Araujo, R., Fernandes, T. & Hernandez, A., 2012). A avaliação da resistência 
da cápsula e dos ligamentos pode ser obtida com a utilização de um 
dinamômetro isocinético, considerando a resistência do tornozelo medido pelo 
torque passivo (Santos, M. & Liu, W., 2008, citados por Barbanera, M., Araujo, 
R., Fernandes, T. & Hernandez, A., 2012). Já que a entorse de tornozelo pode 
ser causada por frouxidão da cápsula e dos ligamentos, essas estruturas são 
capazes de suportar apenas pequenas tensões durante os movimentos 
extremos da articulação tibiotalar (Hubbard, T. & Hicks-Little, C., 2008, citados 
por Barbanera, M., Araujo, R., Fernandes, T. & Hernandez, A., 2012) então o 
torque passivo pode estar diminuído no final da amplitude dos movimentos de 
inversão e eversão do tornozelo (Barbanera, M., Araujo, R., Fernandes, T. & 
Hernandez, A., 2012). 
 
Uma das formas de detetar a redução na capacidade propriocetiva devido à 
entorse de tornozelo é através da determinação do tempo de resposta 
eletromiográfica dos músculos eversores do pé, através da eletromiografia de 
superfície (Nitz, A., Dobner, J. & Kersey, D., 1985, citados por Pacheco, A., Vaz, 
M. & Pacheco, I., 2005). 
 
Diversos testes clínicos são utilizados a fim de determinar as possíveis 
alterações anatomo-funcionais decorrentes da entorse, nomeadamente: 
 Teste de mobilidade da cabeça do perónio: é comum nas lesões do 
tornozelo haver subluxação da cabeça do perónio, acompanhada de dor 
local à palpação. (Ribeiro, T., 2010) 
 Teste de mobilidade do maléolo peronial: de modo a confirmar a 
existência de subluxação. Após uma entorse da tibiotársica deve ser 
avaliada a mobilidade e a posição do maléolo peronial (Hubbard, T., 
Hertel, J. & Sherbondy, P., 2006, citados por Ribeiro, T., 2010). Encontra-
se uma restrição de mobilidade no sentido ântero-posterior devido a uma 
 Daniela Ferreira 
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subluxação anterior e inferior da extremidade do maléolo do perónio 
(Ricard, S., 2003, citado por Ribeiro,T., 2010). 
 Teste de mobilidade do astrágalo: é comum encontrar subluxação anterior 
do astrágalo (Ricard, S., 2003, citado por Ribeiro,T., 2010). 
 Teste de mobilidade do calcâneo: o mecanismo de lesão da entorse da 
tíbiotársica provoca uma fixação em posteriorização e eversão do 
calcâneo existindo uma restrição em inversão (Ricard, S., 2003, citado por 
Ribeiro,T., 2010). 
 Teste da gaveta anterior: tem como objetivo avaliar o estado do ligamento 
perónio-astragalino anterior (Kavanagh, J., 1999, citado por Ribeiro, T., 
2010); consisteem suportar a tíbia com uma mão e com a outra tentar 
levar o calcâneo para anterior (Fong, D., Chan, Y., Mok, K., Yung, P. & 
Chan, K., 2009, citados por Ribeiro, T., 2010); se ocorrer um espaçamento 
secundário a um trauma pode indicar rutura do ligamento perónio-
astragalino anterior (Cipriano, J., 1999, citado por Ribeiro, T., 2010). 
 Teste de estabilidade lateral: consiste em promover a inversão do 
astrágalo, comparando o movimento e a inclinação do astrágalo, com o 
membro contralateral. (Fong, D., Chan, Y., Mok, K., Yung, P. & Chan, K., 
2009, citados por Ribeiro, T., 2010). Se ocorrer espaçamento secundário 
ao trauma pode-se suspeitar de rutura do ligamento perónio-astragalino 
anterior e/ ou ligamento perónio-calcaneano (Cipriano, J., 1999, citado por 
Ribeiro, T., 2010). 
 Teste de saltos com um único membro inferior: consiste em saltar num 
percurso constituído por oito quadrados, quatro deles nivelados, um deles 
com aclive de 15°, outro com declive de 15°, e os demais com uma 
inclinação lateral de 15°. O objetivo é saltar através desse percurso sobre 
um único membro inferior em cada quadrado o mais rápido possível sem 
deixar o percurso. O teste foi quantificado pelo tempo usado para 
completar o percurso. Para avaliar o teste cada quadrado é delimitado por 
uma linha e quando tocando essa linha é considerado uma falha. Cada 
falha adiciona um segundo extra no tempo total do percurso (Sekir, U. et 
al, 2007, citados por Milanezi, F., 2011). 
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 Teste de salto para frente na distância máxima: consiste em realizar um 
salto para frente na distância máxima com um único membro inferior para 
frente o mais longe que possível. A distância entre o ponto inicial e o ponto 
final é medida e após o teste realizado é calculada a distância média do 
salto das duas tentativas (Sekir, U. et al, 2007, citados por Milanezi, F., 
2011). 
 Teste de três saltos para atingir a distância máxima: realizar um salto triplo 
com um único membro inferior para frente o mais distante possível. A 
distância entre o ponto inicial e o ponto final é medida e após o teste 
realizado é calculada a distância média do salto após as duas tentativas 
(Sekir, U. et al, 2007, citados por Milanezi, F., 2011). 
 Teste de salto em 6 metros: Neste teste o indivíduo cruza uma distância 
de 6 metros saltando o mais rápido possível. Após o desempenho é 
calculado o tempo médio realizado no teste após as duas tentativas 
(Sekir, U. et al, 2007, citados por Milanezi, F., 2011). 
 Teste de cruzar seis metros saltando: realizar saltos cruzando uma linha 
com largura de 10 cm numa distância total de 6 metros sobre um único 
membro inferior o mais rápido possível. Depois do teste é calculado o 
tempo médio de realização do teste após as duas tentativas (Sekir, U. et 
al, 2007, citados por Milanezi, F., 2011). 
 Star Excursion Balance Test (SEBT) modificado: Este teste consiste em 
dar instruções verbais e visuais ao indivíduos, que devem colocar a parte 
mais distal do 1º dedo no centro do Y. Devem realizar para cada uma das 
3 direções (Anterior, Póstero-Medial; Póstero-Lateral), 6 tentativas de 
treino. As 3 seguintes contam para a avaliação. Deve-se repetir a tentativa 
se houver perda do equilíbrio, se o calcanhar em alguma altura não 
permanecer em contacto com o solo, se o peso do corpo for transferido 
para a perna em teste ou se o pé em teste não voltar à posição inicial 
antes de efetuar outra tentativa (Plisky, P., Rauh, M., Kaminski, T. & 
Underwood, F., 2006, citados por Figueiredo, G., 2013). Para quantificar 
o comprimento do membro inferior, é medida a distância desde a Espinha 
Íliaca Ântero-Superior até à parte mais distal do maléolo lateral. O score 
final é baseado na fórmula, [(Máx. Anterior + Máx. PósteroMedial + Máx 
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PósteroLateral) / (Comp. Perna x 3) x 100] (Filipa, A., Byrnes, R., Paterno, 
M., Myer, G. & Hewett, T., 2010, citados por Figueiredo, G., 2013). 
 
Reabilitação 
Existe uma ampla concordância de que o tratamento das lesões ligamentares do 
tornozelo tipo I e II seja conservador (Lasmar, N., Camanho, G. & Lasmar, R., 
2002, citados por Beirão, M. & Marques, T., 2008). O tratamento conservador 
das lesões de graus I e II apresenta três fases: a primeira dura de uma a duas 
semanas e tem o objetivo de diminuir a hemorragia, a dor, controlar o edema e 
evitar o aumento da lesão. Dependendo da gravidade do trauma, utilizam-se 
muletas e goteira gessada ou ortóteses plásticas, e mantém-se o membro 
elevado a maior parte do tempo. A conduta é resumida em repouso, medicação 
sintomática, aplicação de gelo (devendo ser aplicado por 15 a 20 minutos, três a 
quatro vezes por dia, durante um a cinco dias), compressão (deve ser feita com 
ligaduras elásticas ou meia elástica) e elevação da extremidade conforme o 
protocolo PRICE (do inglês Protection, Rest, Ice, Compression e Elevation) 
(Lasmar, N., Camanho, G. & Lasmar, R., 2002, citados por Beirão, M. & Marques, 
T., 2008). 
A segunda fase tem duração variável e visa à recuperação funcional da 
musculatura e ao restabelecimento da proprioceção, prejudicada pela lesão 
ligamentar. São fornecidos exercícios de fortalecimento dos músculos, com 
atenção especial para os peroniais, e para o alongamento do tricípete sural, caso 
esteja contraturado. Esta fase termina quando a mobilidade estiver restabelecida 
e o indivíduo já não sentir dor. Por fim, na terceira fase, ocorre o preparo para o 
retorno às atividades anteriores, sendo composta por exercícios de força, 
agilidade, amplitude e proprioceção, já incluindo corrida, saltos e treino 
específico para o desporto, se for o caso (Beirão, M. & Marques, T., 2008). 
Já nas lesões de grau III, existem alguns pontos a serem considerados ao optar 
pelo tratamento conservador ou cirúrgico. Em indivíduos não atletas e sem 
fratura associada, recomenda-se o tratamento conservador contido no protocolo 
PRICE. Em atletas sem fratura associada, deve-se levar em consideração o 
desporto praticado e os potenciais défices, caso se opte pelo tratamento 
conservador (Cohen, M. & Abdalla, R., 2003, citados por Beirão, M. & Marques, 
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T., 2008). No caso de fratura associada, o tratamento pode ser cirúrgico, 
completado com fisioterapia posterior que vise ao ganho de amplitude articular, 
fortalecimento muscular e treinamento propriocetivo (Cohen, M. & Abdalla, R., 
2003, citados por Beirão, M. & Marques, T., 2008). 
A massagem transversal profunda é eficaz em lesões ligamentares, ajudando a 
realinhar as fibras em regeneração e a manter a sua mobilidade (Kisner, C. & 
Colby, L., 2007, citados por Silva, C., 2010). 
A mobilização é realizada com o objetivo de diminuir a dor e a sensibilidade dos 
ligamentos, redução do edema e prevenir atrofias e limitação articular 
preservando e melhorando a funcionalidade do tornozelo lesado (Canavan, P., 
2001, citado por Silva, J., 2010). 
A MWM (mobilização acessória associada a movimento ativo) tíbio-peronial para 
a correção da falha posicional do perónio tem como objetivo o reposicionamento 
da cabeça peronial, para posterior e superior. Esta técnica é repetida 3x10 vezes 
por tratamento, com contacto da zona tenar do terapeuta com a cabeça peronial 
induzindo o movimento de correção. Deve-se aplicar pressão adicional no fim do 
movimento, permitindo ao doente a “aprendizagem” de movimento sem dor 
(Collins, N., Teys, P. & Vicenzino, B., 2004, citados por Silva, J., 2010). 
A colocação da ligadura de Mulligan para corrigir a articulação tíbio-peronial 
inferior tem como finalidade manter a redução da falha posicional após aplicação 
das técnicas de MWM e aumentar os inputs sensoriaisde forma a atuar sobre a 
memória da articulação (Hetherrington, B., 1996, citado por Silva, J., 2010). 
A colocação do tape obedece à seguinte premissa: colocação de uma primeira 
banda sobre o maléolo, de forma ascendente e posterior tracionando o maléolo 
no sentido oposto ao da lesão. A colocação do tape incrementa o input sensitivo 
correto facilitando o reajuste estrutural transmitindo uma sensação de maior 
confiança. Esta técnica demonstra uma forte eficiência no tratamento desta 
lesão. Em situações de maior instabilidade esta técnica pode ser associada a 
ortóteses promovendo um reajuste mais forte da articulação (Moiler, K., Hall, T. 
& Robinson, K., 2006, citados por Silva, J., 2010). 
 
A paciente B, atleta de futsal, sofreu de uma entorse por inversão, de grau II 
(ligamento perónio astragalino anterior e perónio calcaneano estirados ou 
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parcialmente rompidos, com edema a aumentar gradualmente) e inicialmente 
apresentava falha posicional do perónio e astrágalo, com dor nos músculos 
peroniais, restrição de amplitude articular e edema. 
O paciente C, atleta de futebol, sofreu também de uma entorse por inversão, na 
qual o edema acentuado se instalou de imediato, e visto por um médico no 
próprio dia da lesão, baseado num Raio-X efetuado, foi prescrita a aplicação de 
gesso durante 15 dias, o que indica uma lesão mais grave, provavelmente de 
grau III. Após os dias prescritos pelo médico o paciente dirigiu-se aos serviços 
de Fisioterapia, ainda com bastante edema e diminuição da amplitude articular, 
no entanto sem dor aquando dos movimentos ativos e passivos do tornozelo. A 
dor neste paciente apenas foi provocada pelo MTP no ligamento perónio 
astragalino-anterior. Pela avaliação foram excluídas lesões a nível muscular e 
falhas no posicionamento das estruturas ósseas do tornozelo e pé. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 9- Flexão dorsal. Figura 10- Flexão plantar. Figura 8- Inversão e eversão. 
Conselhos para uma melhor recuperação da entorse do 
tornozelo 
 
Numa fase inicial (inflamatória): 
 
- Manter o pé elevado, para evitar o edema ou o aumento 
deste. Pode-se deitar na cama ou sofá e colocar uma 
almofada alta por baixo do pé, por exemplo. 
- Descanso: Evite caminhar ou estar muito tempo de pé. 
Se tiver de o fazer utilize canadianas. Andar a pé pode significar 
um agravamento da sua lesão. 
- Gelo: Aplique uma compressa de gelo na área lesada, 
colocando uma toalha fina entre o gelo e a pele. Use o gelo por 
10 minutos e depois espere pelo menos 40 minutos antes de 
aplicar gelo novamente. 
- Compressão: ligaduras funcionais e pé elástico podem ser 
usados para controlar o inchaço. 
- Mexer os dedos dos pés para facilitar a recuperação e diminuir o inchaço. 
 
Numa fase mais avançada: 
 
- Mobilizar o tornozelo, movendo lentamente o tornozelo para cima, para baixo 
e para os dois lados, várias vezes ao dia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6- Elevação dos membros 
inferiores. 
Figura 7- Pé elástico. 
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Figura 13- Alongamento dos eversores e inversores. Figura 12- Alongamento dos 
dorsiflexores. 
Figura 11- Alongamento dos flexores 
plantares. 
Figura 14- Exercícios de fortalecimento. 
Figura 15- Exemplo de exercício propriocetivo. 
- Fazer alongamentos suaves (30 segundos cada um) para melhorar a 
circulação sanguínea e a amplitude de movimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Fazer os exercícios de fortalecimento como mover o pé para cima, para 
baixo e para os lados, para fortalecer os músculos da perna e facilitar a 
recuperação. Realizar 2 séries com 10 repetições cada uma. 
 
 
 
 
 
 
 
- Realizar exercícios de proprioceção. Por exemplo, ficar de pé, apoiando o 
pé com o tornozelo lesionado no chão e fechar os olhos, mantendo essa posição 
por 30 segundos e repetindo 3 vezes. Pode progredir para um exercício mais 
difícil, como ficar de pé, apoiando o pé com o tornozelo lesionado no chão e, com 
os olhos abertos, tocar com uma das mãos em vários pontos do chão a diferentes 
distâncias. Repetir este exercício durante, pelo menos, 30 segundos. 
 
 
 
 
 
 
 
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Estudo de Caso (Ficha Clínica) 
 
Exame Subjetivo (26.10.2015) 
 
Sexo: Feminino. 
Data de Nascimento: 08.04.1999 
Ocupação: Estudante. 
Pratica algum desporto? Futsal. 
Membro inferior dominante: Direito. 
Antecedentes: Mialgia e contusão no isquiotibial do MIE, apresentando edema 
e equimose; Entorse do punho do MSE; Entorses da tibiotársica do MIE. 
 
Observação 
Expressão facial: A paciente apresenta-se otimista, ainda que com alguma 
expressão de dor. 
Orientação, cognição e compreensão: Não apresenta alterações. 
Colaboração: A paciente colabora com o terapeuta, responde às questões de 
forma clara. 
Observação Postural: Postura dentro do normal, apresenta joelhos valgos. 
 
Inspeção 
Estática (carga): pés anatomicamente normais, com carga mais acentuada no 
bordo interno do pé; tendão de Aquiles devidamente alinhado; tíbia em posição 
neutra; a paciente apresenta elevado volume muscular. 
Estática (descarga): ligeiro hematoma; algum edema; temperatura ligeiramente 
mais elevada no pé esquerdo (zona do maléolo lateral); sem calosidades 
significativas na planta do pé; dismetria de membros inferiores (MIE é maior 
2cm). 
Dinâmica: marcha sem alterações, não claudica. 
 
 
 
 
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História clínica 
A paciente, atleta de futsal de 16 anos, apresentou-se aos serviços de 
Fisioterapia dia 26 de Outubro com dor e edema ao nível do tornozelo esquerdo, 
do lado externo. Esta dor (classificada como 5/10 em repouso e 7/10 em 
atividade, pela escala EVA) teve início quando “torceu” o pé esquerdo (pé de 
apoio, “rodou para dentro”) há cerca de um mês e duas semanas durante o 
treino. A paciente cessou os treinos, no entanto, até então recorreu apenas ao 
gelo para aliviar a dor e o edema. Entre o dia da lesão e a vinda à Fisioterapia, 
a paciente tentou jogar basquetebol com uma ligadura funcional, e sentiu dor 
intensa durante um salto (7/10), sendo este um dos movimentos que agrava a 
sintomatologia da paciente. A paciente cessou o jogo e a dor desapareceu 
rapidamente, aliviando com o repouso. Não apresenta exames complementares 
de diagnóstico. 
 
Primeiras ideias 
Com base na história clínica da paciente pode-se concluir a dor tem um 
comportamento mecânico, visto que agrava com o movimento e alivia com o 
repouso, mas também severa, obrigando a paciente a interromper o movimento 
que a provoca e, não irritável pois a dor desaparece quando a atividade termina. 
No caso de dores severas, é necessário ter alguns cuidados na avaliação, tais 
como não executar pressão adicional, e executar os movimentos apenas até à 
amplitude onde surge a dor ou mesmo antes dela, dependendo da intensidade 
da dor. Neste caso concreto, a opção mais viável será não atingir a amplitude 
que provoca a dor. As informações obtidas relativamente à localização da dor e 
ao mecanismo de lesão levam-nos a pensar numa entorse por inversão da 
tibiotársica esquerda, remetendo-nos para várias estruturas que possam estar 
afetadas. Devemos ter em mente que o ligamento perónio-astragalino anterior 
previne o deslocamento anterior do astrágalo no encaixe articular e a excessiva 
inversão e rotação medial do astrágalo na tíbia. A tensão exercida sobre este 
ligamento aumenta nos movimentos de flexão plantar quando comparado com a 
tensão exercida sobre os ligamentos perónio-astragalino posteriore o ligamento 
perónio-calcaneano. (Fong, D., Chan, Y., Mok, K., Yung, P. & Chan, K., 2009, 
citados por Ribeiro, T., 2010) O PAA é o ligamento mais frequentemente 
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lesionado nas entorses por inversão, no entanto não deverão ser 
menosprezados os restantes ligamentos laterais desta articulação. 
Deveremos também dar a devida atenção às estruturas contráteis, sendo que 
fornecem proteção dinâmica a esta articulação. Não só os músculos peroniais, 
mas também o tibial anterior, o longo e curto extensor dos dedos e o curto 
peronial contribuem para a estabilidade dinâmica do complexo lateral do 
tornozelo durante a supinação (Hertel, J., 2002 citado por Ribeiro, T., 2010). 
Durante o mecanismo de entorse por inversão, as forças são transmitidas ao 
perónio, que poderá ser subluxado anteriormente em relação à tíbia, tanto ao 
nível da cabeça do perónio como ao nível do maléolo peronial, e, se as forças 
forem suficientemente fortes, o astrágalo também poderá sofrer uma 
anteriorização, ocorrendo uma falha de posicionamento nesta articulação. 
Suspeitas que serão confirmadas ou negadas pela palpação e técnicas de 
Mulligan. (Hubbard, T., Hertel, J., Sherbondy, P., 2006, citados por Ribeiro, T., 
2010) 
Relativamente ao grau de entorse, a suspeita recai sobre uma entorse de grau 
II, em que há rotura parcial e separação das fibras ligamentares e está presente 
instabilidade moderada da articulação. 
 
Exame Físico (30.10.2015) 
 
Palpação: Dor no trajeto dos ligamentos perónio-astragalino anterior e perónio 
calcaneano, tal como na cabeça do perónio e região anterior (a nível do 
astrágalo) da articulação tibiotársica esquerda. 
 
Testes Passivos 
Tibiotársica 
 Positivo Negativo 
Flexão Plantar × (5/10) 
Dorsiflexão × (5/10) 
Testes Passivos 
Sub-talar 
 Positivo Negativo 
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Varo de calcâneo × 
Valgo do calcâneo × 
Testes Passivos 
Média-társica 
 Positivo Negativo 
Flexão Plantar × 
Dorsiflexão × 
Abdução × 
Adução × 
Supinação × 
Pronação × 
Testes Passivos 
Ligamentos Laterais 
 Positivo Negativo 
PAA (perónio 
astragalino anterior) 
× (7/10) 
PAP (perónio 
astragalino posterior) 
 × 
PC (perónio 
calcaneano) 
× (4/10) 
CC (calcâneo 
cuboideu) 
 × 
TPI (tibioperonial 
inferior) 
 × 
Tabela 1- Testes passivos. 
Testes Resistidos 
 Positivo Negativo 
Flexão Plantar × 
Dorsiflexão × 
Inversão × 
Eversão × 
Tabela 2- Testes resistidos. 
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Observação: Relativamente aos testes passivos efetuados, o que despertou 
maior dor na paciente foi o teste do ligamento PAA (pé em inversão), no entanto 
também sentida dor aquando do teste do ligamento PC. Os testes resistidos não 
provocaram a sintomatologia. 
 
Goniometria Tornozelo 
Flexão Plantar (valor de referência: 50°) 
Ativa Passiva 
MIE MID MIE MID 
57° 60° 70° 70° 
Tabela 3- Goniometria flexão plantar. 
Flexão Dorsal (valor de referência: 20°) 
Ativa Passiva 
MIE MID MIE MID 
10° 16° 19° 18° 
Tabela 4- Goniometria flexão dorsal. 
Inversão (valor de referência: 35°) 
Ativa Passiva 
MIE MID MIE MID 
15° 30° 16° 36° 
Tabela 5- Goniometria inversão. 
Eversão (valor de referência: 20°) 
Ativa Passiva 
MIE MID MIE MID 
15° 15° 22° 20° 
Tabela 6- Goniometria eversão. 
Observação: relativamente à avaliação goniométrica, a paciente apresenta 
excessiva amplitude ativa de flexão plantar em ambos os membros, 
comparativamente aos valores de referência, provavelmente devido a existência 
de laxidez ligamentar, que poderá resultar de micro-lesões ligamentares durante 
os treinos. No final das amplitudes ativas e passivas de flexão dorsal e inversão 
verifica-se a existência de dor, limitando estes movimentos. Quanto à eversão, 
apresenta amplitude equivalente nos dois membros inferiores, e apesar de a 
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amplitude apresentada não igualar o valor de referência, é uma amplitude 
funcional, não considerando a diferença significativa, nem necessitando de ser 
tratada a este nível. 
 
Perimetria da Tibiotársica (TT) 
 TT Esquerda TT Direita 
Acima dos maléolos 25,4 cm 23,5 cm 
Abaixo dos maléolos 27,9 cm 26,8 cm 
Interlinha articular de 
Lisfranc 
23,3 cm 23,4 cm 
Tabela 7- Perimetria. 
Observação: Verifica-se a existência de edema significativo na região supra e 
infra maleolar, observando-se um aumento (do MIE em relação ao MID) de 1,9 
cm e 1,1 cm respetivamente. 
 
Teste Muscular (valores de referência) 
0 Ausência de contração 
1 Contração ténue 
2 Completa o teste fraco (Grau não funcional) 
3- Segmento completa 2/3 da amplitude teste 
3 Completa o teste forte (Grau funcional) 
3+ Aguenta uma resistência mínima 
4- Aguenta uma resistência de mínima a moderada 
4 Aguenta uma resistência moderada 
4+ Aguenta uma resistência de moderada a máxima 
5 Aguenta uma resistência máxima 
 
Tricípete Sural (Gastrocnémios e Solear) - Flexão plantar. 
Membro Inferior Esquerdo Membro Inferior Direito 
5 5 
Tibial anterior – Flexão dorsal, adução e supinação. 
Membro Inferior Esquerdo Membro Inferior Direito 
5 5 
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Tibial posterior – Inversão. 
Membro Inferior Esquerdo Membro Inferior Direito 
5 5 
Peroniais – Flexão plantar, abdução e pronação. 
Membro Inferior Esquerdo Membro Inferior Direito 
5 5 
Extensor do Hálux 
Membro Inferior Esquerdo Membro Inferior Direito 
5 5 
Curto Flexor do Hálux 
Membro Inferior Esquerdo Membro Inferior Direito 
5 5 
Longo Extensor dos Dedos 
Membro Inferior Esquerdo Membro Inferior Direito 
5 5 
Curto Extensor dos Dedos 
Membro Inferior Esquerdo Membro Inferior Direito 
5 5 
Curto Flexor dos Dedos 
Membro Inferior Esquerdo Membro Inferior Direito 
5 5 
Longo Flexor dos Dedos 
Membro Inferior Esquerdo Membro Inferior Direito 
5 5 
Tabela 8- Teste muscular. 
Observação: A paciente apresenta uma boa força muscular em ambos os 
membros, não existindo diferenças significativas entre eles (possíveis de 
identificar através do teste muscular). 
 
 
 
 
 
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Figura 16- Body-chart. 
Escala aplicada (FAOS) 
100 – sem problemas 
0 – problemas extremos 
 Sintomas = 35 
 Rigidez = 25 
 Dor = 30,6 
 Funcionalidade, vida diária = 29,4 
 Funcionalidade, desporto e atividade de lazer = 10 
 Qualidade de vida = 0 
 
Conclusão da Avaliação 
Através da palpação e comparação com o membro contra lateral verificou-se 
uma ligeira anteriorização da cabeça do perónio e do astrágalo, indo de encontro 
à hipótese levantada após o exame subjetivo relativamente às falhas posicionais 
que podem ser consequência das entorses por inversão. Falhas essas que estão 
a restringir a amplitude de movimento da paciente, limitada também pela 
existência de dor. Verifica-se também existência de edema, concluído através 
da perimetria, sinal típico de uma entorse por inversão. Através da palpação e 
testes passivos, podemos observar presença de dor nos ligamentos PAA e PC, 
que foram estirados durante o mecanismo de lesão. Através da aplicação dos 
testes resistidos e teste muscular, podemos excluir a hipótese de lesão das 
estruturas contráteis envolvidas na proteção estabilização dinâmica desta 
articulação. Estes achados suportam a suspeita de entorse por inversão, de grau 
II. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Diagnóstico em Fisioterapia (entorse por inversão – grau II): 
 Presença de edema edor na região ântero-lateral da TT esquerda. 
 Estiramento dos ligamentos perónio astragalino anterior e posterior. 
 Ligeira anteriorização da cabeça do perónio e do astrágalo. 
 Amplitudes articulares de flexão dorsal e inversão limitadas. 
 
Tratamento efetuado (duas vezes por semana): 
 Ultra-som. 
 Iontoforese com Na+. 
 TENS. 
 Descompressão calcâneo-astragalina com flexão plantar e dorsal. 
 MTP. 
 Gelo. 
Observações: 
26.10.2015/ 28.10.2015/ 03.11.2015 – Não realizou qualquer exercício, o 
tratamento foi dirigido apenas para a redução da dor e inflamação. 
04.11.2015 – Iniciou exercícios propriocetivos de Fase I (estabilizações 
rítmicas) em decúbito dorsal. 
09.11.2015 – Iniciou exercícios de fortalecimento leves com theraband preta 
(efetuando flexão plantar, dorsiflexão eversão; a inversão ainda provoca dor 
na paciente, devido aos ligamentos). 
10.11.2015 - Exercícios propriocetivos de fase II com a gymnastic ball, em 
que a paciente tem que estabilizar a bola consoante os desequilíbrios 
provocados na mesma. 
11.11.2015 – Iniciou exercícios propriocetivos de fase III: coordenação na 
escada funcional, circuitos com corrida para a frente e para trás com 
simulação de chutos. 
 
 
 
 
 
 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
31 
Orientador: Jorge Teixeira 
Tratamento Proposto (fase inicial) 
 
Objetivo geral: numa fase inicial, reduzir a dor e o edema, restaurando a 
funcionalidade, com o objetivo de retornar à prática desportiva. 
 
Objetivos específicos: 
- Provocar analgesia. 
- Reduzir a inflamação. 
- Reduzir o edema. 
- Promover a regeneração tecidular. 
- Realinhar a cabeça do perónio e o astrágalo, aumentando deste modo as 
amplitudes articulares de flexão dorsal e inversão. 
- Alinhar as fibras dos ligamentos PAA E PC. 
- Reprogramar a função propriocetiva, aumentando a estabilidade estática e 
dinâmica. 
 
Hipótese de Trabalho: Espera-se que, com a redução da inflamação o edema 
diminua. Através da correção posicional da cabeça do perónio e astrágalo, a dor 
diminua e as amplitudes articulares aumentem. Através do alinhamento das 
fibras do PAA e PC e da regeneração tecidular, espera-se recuperar a 
mobilidade destes e eliminar a dor sentida à palpação e movimentação. Com a 
provocação de analgesia, espera-se que a paciente tenha uma melhor qualidade 
de vida. Através da restauração das amplitudes articulares e dos défices 
propriocetivos inerentes às lesões ligamentares, espera-se conseguir restaurar 
a funcionalidade da paciente, permitindo desta forma o retorno à atividade 
desportiva. 
 
Objetivo 
Específico 
Procedimentos 
Duração/Fr
equência 
Material Observações 
Reduzir a 
inflamação 
 
Iontoforese com 
Na+, com aplicação 
transversal dos 
elétrodos. 
30 minutos 
 
Intensidade 
máxima 
Aparelho 
eletroterapia 
Efeito 
descongestionante e 
anti-inflamatório. 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
32 
Orientador: Jorge Teixeira 
possível de 
3mA, no 
entanto a 
intensidade 
só é 
aumentada 
até ao ponto 
em que o 
paciente 
não sinta 
nada, tal 
como 
formigueiros 
ou picadas. 
 
Reduzir o 
edema 
Esquema curto de 
drenagem linfática 
manual. Causa 
traumática. 
O tempo 
necessário 
para se 
notarem 
alterações. 
Marquesa 
Drenagem de edema 
para os gânglios mais 
próximos (joelho). 
Promover a 
regeneraçã
o tecidular 
Ultra-som, feito de 
modo lento, 
movimentos 
circulares, sem 
perder contacto 
com a pele. 
 
3 minutos, 
dado pelo 
tamanho da 
região a 
tratar. 
 
Situação 
subaguda, 
num local 
com 
resistências 
sónicas 
diferentes: 
Aparelho 
eletroterapia 
O modo de emissão 
foi escolhido de modo 
ao efeito térmico não 
se exacerbar. 
 
Efeito mecânico 
(micromassagem por 
vibração), indicado 
para diminuir o 
edema, aumento da 
permeabilidade da 
membrana celular 
podendo alterar troca 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
33 
Orientador: Jorge Teixeira 
Modo de 
emissão 
pulsátil 
(20%), 
intensidade 
alta (1,0 
W/cm2), 
frequência 
3MHz. 
 
de iões, regeneração 
tecidular). 
Realinhar a 
cabeça do 
perónio e o 
astrágalo 
(aumentand
o desta 
forma a 
amplitude 
de flexão 
dorsal e 
inversão) 
AP na cabeça do 
perónio. 
2 minutos Marquesa 
Mobilização com 
movimento: 
- descompressão 
astrágalo-
calcaneana com 
flexão plantar e 
dorsal. 
 
3 séries 
10 
repetições 
Marquesa 
Se no final das séries 
verificarmos ganho de 
amplitude, podemos 
aplicar pressão 
adicional, 
complementando 
esses ganhos. 
Alinhar as 
fibras dos 
ligamentos 
PAA e PC 
Massagem 
Transversal 
Profunda 
Até 
anestesiar + 
6/8 
repetições 
Marquesa 
Perpendicular às 
fibras dos ligamentos 
em questão. 
Reprograma
r a função 
propriocetiv
a 
Exercício de Fase 
I: estabilizações 
rítmicas no pé, em 
decúbito dorsal. 
Dar números às 
diferentes zonas 
do pé onde serão 
Até a 
paciente ser 
capaz de 
executar 
corretament
e o exercício 
proposto. 
Marquesa 
Gymnastic 
Ball 
Só progredir para 
outro exercício 
quando o paciente faz 
o anterior facilmente. 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
34 
Orientador: Jorge Teixeira 
dados os 
estímulos, e 
consoante o 
número dito pelo 
terapeuta, o 
paciente responde 
ao estímulo. 
Progressão da 
Fase I: Sentada na 
marquesa com o 
rolo nos joelhos e 
seguir o dedo do 
terapeuta em 
vários planos de 
movimento; 
 
Posteriormente, 
avançar para a 
Fase II (semi-
carga): Encostada 
à marquesa, com o 
pé em cima de uma 
bola e tentar 
aguentar a bola na 
mesma posição, 
enquanto o 
terapeuta provoca 
instabilidade. 
Progressão da 
Fase II: aumentar a 
velocidade, deixar 
de dar comandos 
verbais, fechar os 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
35 
Orientador: Jorge Teixeira 
olhos, utilizar uma 
bola mais 
pequena. 
Provocar 
analgesia 
TENS: 
80-100 Hz 
(frequência) 
150 us (duração do 
impulso) 
20 minutos 
 Elétrodos sobre o 
local da dor 
Crioterapia 10 minutos 
Saco de 
gelo 
Não só utilizado para 
diminuir qualquer dor 
ou desconforto que 
possa ter surgido com 
os exercícios, mas 
também pela 
massagem 
transversal profunda, 
que é uma técnica 
que provoca a dor. 
Também reduz a 
temperatura 
aumentada pelo 
exercício e pela 
inflamação, 
diminuindo desta 
forma o edema. 
Tabela 9- Tratamento proposto. 
 
 
 
 
 
 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
36 
Orientador: Jorge Teixeira 
1ª Reavaliação (16.11.2015) 
 
Palpação: dor no trajeto do PAA (4/10) e PC (1/10); 
 
Testes Passivos 
Tibiotársica 
 Positivo Negativo 
Flexão Plantar × (2/10) 
Dorsiflexão × 
Testes Passivos 
Ligamentos Laterais 
 Positivo Negativo 
PAA (perónio 
astragalino anterior) 
× (1/10) 
PAP (perónio 
astragalino posterior) 
 × 
PC (perónio 
calcaneano) 
 × 
CC (calcâneo 
cuboideu) 
 × 
TPI (tibioperonial 
inferior) 
 × 
Tabela 10- Testes passivos. 
Observação: Os testes passivos da articulação sub-talar e média-társica não 
foram reavaliados, visto que na avaliação inicial não despertaram a 
sintomatologia da paciente. Relativamente aos testes efetuados, verifica-se que 
a flexão plantar da tibiotársica ainda provoca dor, ainda que em menos grau 
comparativamente à avaliação inicial e, a flexão dorsal já não desperta a 
sintomatologia, indicando que o reposicionamento do astrágalo e do perónio foi 
eficaz. Relativamente aos testes passivos do compartimento ligamentar lateral, 
o único que ainda desperta a sintomatologia é o PAA, com menos dor 
relativamente à avaliação inicial. 
 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
37 
Orientador: Jorge Teixeira 
Goniometria Tornozelo 
Data das Avaliações 
 
FlexãoPlantar (valor de referência: 50°) 
Ativa Passiva 
MIE MID MIE MID 
30.10.2015 57° 60° 70° 70° 
16.11.2015 70º 60° 75° 70° 
Tabela 11- Goniometria flexão plantar. 
Data das Avaliações Flexão Dorsal (valor de referência: 20°) 
Ativa Passiva 
MIE MID MIE MID 
30.10.2015 10° 16° 19° 18° 
16.11.2015 15º 16° 20° 18° 
Tabela 12- Goniometria flexão dorsal. 
Data das Avaliações Inversão (valor de referência: 35°) 
Ativa Passiva 
MIE MID MIE MID 
30.10.2015 15° 30° 16° 36° 
16.11.2015 33° 30° 35° 36° 
Tabela 13- Goniometria inversão. 
Data das Avaliações Eversão (valor de referência: 20°) 
Ativa Passiva 
MIE MID MIE MID 
30.10.2015 15° 15° 22° 20° 
16.11.2015 18° 15° 23° 20° 
Tabela 14- Goniometria eversão. 
Observação: as amplitudes articulares encontram-se restauradas. 
 
 
 
 
 
 
 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
38 
Orientador: Jorge Teixeira 
Perimetria da Tibiotársica (TT) 
 
TT Esquerda 
30.10.2015 
TT Direita 
TT Esquerda 
12.11.2015 
Acima dos maléolos 25,4 cm 23,5 cm 24,7 cm 
Abaixo dos maléolos 27,9 cm 26,8 cm 27,4 cm 
Interlinha articular de 
Lisfranc 
23,3 cm 23,4 cm 23,1 cm 
Tabela 15- Perimetria. 
Observação: Verifica-se uma redução do edema, no entanto, acima dos 
maléolos este ainda permanece significativo (1,2 cm). 
 
Teste muscular - não foi reavaliado, visto que não se encontraram diferenças a 
nível de força muscular na avaliação inicial. 
 
Testes funcionais aplicados 
 Teste 1 (Star Balance Test): 
MIE – 87 cm 
MID – 91,2 cm 
 Teste 2 (Teste de salto para a frente medindo a distância máxima): 
MIE – 1,54 m 
MID – 1,51 m 
 Teste 3 (Teste de triplo salto para atingir a distância máxima): 
MIE – 4,25 m 
MID – 3,985 m 
 Teste 4 (Teste de cruzar 3m saltando, cronometrar): 
MIE – 2,02 seg 
MID – 2,19 seg 
 Teste 5 (Teste de salto em 3m, cronometrar): 
MIE – 1,36 seg 
MID – 1,41 seg 
 
Observação: Os testes 4 e 5 foram adaptados; a versão original correspondia a 
uma distância a percorrer de 6 metros, no entanto, devido à falta de espaço, esta 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
39 
Orientador: Jorge Teixeira 
Figura 17- Body-chart. 
foi reduzida para metade. Os dois membros apresentam valores semelhantes 
entre si. 
 
Escala Aplicada (FAOS) 
100 – sem problemas 
0 – problemas extremos 
 Sintomas = evoluiu de 35 para 95. 
 Rigidez = evoluiu de 25 para 75. 
 Dor = evoluiu de 30,6 para 83,3. 
 Funcionalidade, vida diária = evoluiu de 29,4 para 89. 
 Funcionalidade, desporto e atividade de lazer = evoluiu de 10 para 70. 
 Qualidade de vida = evoluiu de 0 para 56,2. 
 
Conclusão da reavaliação 
Relativamente ao ligamento PAA, ao paciente apresenta melhorias, no entanto 
a dor persiste em menor grau. Relativamente ao ligamento PC, já não se verifica 
dor. A paciente apresenta mais estabilidade, observável durante os exercícios 
propostos ao longo do tratamento. Apresenta também as amplitudes articulares 
restauradas, e o perónio e astrágalo encontram-se no correto alinhamento. 
Relativamente ao edema, ainda presente, verifica-se uma redução, que ainda 
não é suficiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
40 
Orientador: Jorge Teixeira 
Diagnóstico em Fisioterapia: 
 Sintomatologia dolorosa nos ligamentos PAA e PC. 
 Edema na região ântero-lateral da tibiotársica esquerda. 
 
Tratamento efetuado (duas vezes por semana): 
 US. 
 Iontoforese com Na+. 
 TENS. 
 Fortalecimento com theraband preta dos flexores dorsais e plantares, 
eversores e inversores. 
 MTP nos ligamentos PAA e PC. 
 Exercícios propriocetivos de Fase III (desde planos instáveis, treino 
pliométrico, treino de coornedação na escala de agilidade, apoio unipodal, 
a simulação de gestos técnicos) 
 Gelo. 
Observações: 
18.11.2015 - Exercícios propriocetivos de fase III em plano instável: paciente 
em cima do trampolim, faz skipping baixo durante 10 seg e fica em apoio 
unipodal sobre o pé lesado durante 5 seg. 3 séries de 10 repetições. 
Progrediu ficando em apoio unipodal apenas sobre o ante-pé do membro 
lesado. 
19.11.2015 – Não realizou exercícios neste dia, dia em que retornou 
parcialmente à atividade desportiva, não querendo portanto sobrecarregar as 
estruturas. 
23.11.2015 - Agachamentos numa tabua de freeman, 3 séries de 10 
repetições. 
24.11.2015 - Apoio unipodal (10 segundos) com o membro lesado apoiado 
na tábua de freeman; fisioterapeuta provoca desequilíbrios, 3 séries de 10 
repetições. 
 
 
 
 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
41 
Orientador: Jorge Teixeira 
Tratamento Proposto 
 
Objetivo geral: reduzir a dor e o edema, restaurando a funcionalidade, com o 
objetivo de retornar à prática desportiva. 
 
Objetivos específicos: 
- Provocar analgesia. 
- Reduzir o edema. 
- Promover a regeneração tecidular. 
- Alinhar as fibras dos ligamentos PAA E PC. 
- Reprogramar a função propriocetiva, aumentando a estabilidade estática e 
dinâmica. 
 
Hipótese de Trabalho: Espera-se que através do alinhamento das fibras do PAA 
e PC e da regeneração tecidular, se consiga recuperar a mobilidade destes e 
eliminar a dor sentida à palpação. Com a provocação de analgesia, espera-se 
que a paciente tenha uma melhor qualidade de vida. Através da restauração dos 
défices propriocetivos inerentes às lesões ligamentares, espera-se conseguir 
restaurar a funcionalidade da paciente, permitindo desta forma o retorno à 
atividade desportiva. 
 
Objetivo 
Específico 
Procedimentos 
Duração/Fr
equência 
Material Observações 
Reduzir o 
edema 
Esquema curto de 
drenagem linfática 
manual. Causa 
traumática. 
O tempo 
necessário 
para se 
notarem 
alterações. 
Marquesa 
Drenagem de edema 
para os gânglios mais 
próximos (joelho). 
Promover a 
regeneraçã
o tecidular 
Ultra-som, feito de 
modo lento, 
movimentos 
3 minutos, 
dado pelo 
tamanho da 
região a 
tratar. 
Aparelho 
eletroterapia 
O modo de emissão 
foi escolhido de modo 
ao efeito térmico não 
se exacerbar, no caso 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
42 
Orientador: Jorge Teixeira 
circulares, sem 
perder contacto 
com a pele. 
 
 
Situação 
subaguda, 
num local 
com 
resistências 
sónicas 
diferentes: 
Modo de 
emissão 
pulsátil 
(50%), 
intensidade 
alta (1,0 
W/cm2), 
frequência 
3MHz. 
 
de ainda haver 
inflamação residual. 
 
Efeito mecânico 
(micromassagem por 
vibração), indicado 
para diminuir o 
edema, aumento da 
permeabilidade da 
membrana celular 
podendo alterar troca 
de iões, regeneração 
tecidular). 
Alinhar as 
fibras dos 
ligamentos 
PAA e PC 
Massagem 
Transversal 
Profunda 
Até 
anestesiar + 
6/8 
repetições 
Marquesa 
Perpendicular às 
fibras dos ligamentos 
em questão. 
Reprograma
r a função 
propriocetiv
a 
Exercício de Fase 
III: Fazer 
agachamentos 
numa tabua de 
freeman; 
Progressão da 
Fase III: Apoio 
unipodal com o 
membro lesado 
apoiado na tábua 
Até a 
paciente ser 
capaz de 
executar 
corretament
e o exercício 
proposto. 
Marquesa 
 
Tábua de 
Freeman 
Só progredir para 
outro exercício 
quando o paciente faz 
o anterior facilmente. 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
43 
Orientador: Jorge Teixeira 
de freeman; 
fisioterapeuta 
provoca 
desequilíbrios. 
Provocar 
analgesia 
TENS: 
80-100 Hz 
(frequência) 
150 us (duração do 
impulso) 
20 minutos 
 Elétrodos sobre o 
local da dor 
Crioterapia 10 minutos 
Saco de 
gelo 
Não só utilizado para 
diminuir qualquer dor 
ou desconforto que 
possa ter surgido com 
os exercícios, mas 
também pela 
massagem 
transversal profunda, 
que é uma técnica 
que provoca a dor. 
Também reduz a 
temperatura 
aumentada pelo 
exercício e pela 
inflamação, 
diminuindo desta 
formao edema. 
Tabela 16- Tratamento proposto. 
 
 
 
 
 
 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
44 
Orientador: Jorge Teixeira 
2ª Reavaliação (25.11.2015) 
 
Palpação: Dor no trajeto do ligamento PAA (diminuiu de 4/10 para 1/10). Já não 
apresenta dor a nível do perónio e astrágalo e ligamento PC. 
 
Testes Passivos 
Tibiotársica 
 Positivo Negativo 
Flexão Plantar × 
Dorsiflexão × 
Testes Passivos 
Ligamentos Laterais 
 Positivo Negativo 
PAA (perónio 
astragalino anterior) 
 × 
PAP (perónio 
astragalino posterior) 
 × 
PC (perónio 
calcaneano) 
 × 
CC (calcâneo 
cuboideu) 
 × 
TPI (tibioperonial 
inferior) 
 × 
Tabela 17- Testes passivos. 
Observação: relativamente aos movimentos passivos realizados, nenhum deles 
despertou a dor da paciente, que atualmente só surge com a palpação. 
 
 
 
 
 
 
 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
45 
Orientador: Jorge Teixeira 
Perimetria da TT 
 
TT 
Esquerda 
30.10.2015 
TT Direita 
TT Esquerda 
16.11.2015 
TT 
Esquerda 
25.11.2015 
Acima dos 
maléolos 
25,4 cm 23,5 cm 24,7 cm 24,1 cm 
Abaixo dos 
maléolos 
27,9 cm 26,8 cm 27,4 cm 27 cm 
Interlinha articular 
de Lisfranc 
23,3 cm 23,4 cm 23,1 cm 23,1 cm 
Tabela 18- Perimetria. 
Observação: a paciente já não apresenta edema significativo em nenhuma das 
regiões medidas. 
 
Testes Funcionais aplicados 
 Star Balance Test: 
MIE - evoluiu de 87 cm para 94,2 cm. 
MID - evoluiu de 91,2 cm para 93,3 cm. 
 Teste de salto para a frente na distância máxima: 
MIE - evoluiu de 1,54 m para 1,625 m. 
MID - evoluiu de 1,51 m para 1,535 m. 
 Teste de triplo salto para atingir a distância máxima: 
MIE - evoluiu 4,25 m para 4,345 m. 
MID - evoluiu de 3,985 m para 4,34 m. 
 Teste de cruzar 3 metros saltando: 
MIE - evoluiu de 2,O2 seg para 1,86 seg. 
MID - evoluiu de 2,19 seg para 1,90 seg. 
 Teste de salto em 3 metros: 
MIE - evoluiu de 1,36 seg para 1,10 seg. 
MID - evoluiu de 1,41 seg para 1,28 seg. 
Observação: Os dois membros apresentam valores semelhantes entre si, não 
considerando as diferenças significativas. 
 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
46 
Orientador: Jorge Teixeira 
Figura 18 Body-chart. 
Escala aplicada (FAOS) 
100 – sem problemas 
0 – problemas extremos 
 Sintomas = evoluiu de 95 para 100. 
 Rigidez = evoluiu de 75 para 87,5. 
 Dor = evoluiu de 83,3 para 94,4. 
 Funcionalidade, vida diária = evoluiu de 89 para 95. 
 Funcionalidade, desporto e atividade de lazer = evoluiu de 70 para 95. 
 Qualidade de vida = evoluiu de 56,2 para 75. 
 
Conclusão da Reavaliação 
Apresenta edema ligeiro (não significativo) na região supra maleolar. 
Relativamente à estabilidade, esta aumentou, comprovado pelo Star balance 
teste. Os exercícios propriocetivos alcançaram a Fase IV (treino funcional 
específico para o desporto praticado pela paciente). A única dor que persiste é 
no trajeto do ligamento PAA, aquando da palpação e MTP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico em Fisioterapia: 
 Sintomatologia dolorosa no ligamento PAA. 
 Ligeiro edema na região supra-maleolar da tibiotársica esquerda. 
 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
47 
Orientador: Jorge Teixeira 
Tratamento Efetuado: 
 US. 
 TENS. 
 Fortalecimento com theraband preta dos flexores dorsais e plantares, 
eversores e inversores. 
 MTP no ligamento PAA. 
 Exercícios propriocetivos de Fase IV (planos instáveis em apoio unipodal, 
mudanças de direção, travagens bruscas, treino pliométrico, passes com 
a bola de futebol, receção da bola enquanto faz outras atividades, como 
skipping e agachamentos) 
 Gelo. 
Observações: 
25.11.2015 – Reavaliação da paciente. Neste dia não efetuou exercícios, 
de modo a não provocar sobrecarga muscular, pois tinha treino a seguir à 
sessão de Fisioterapia, onde já iria realizar exercícios. 
01.12.2015 – Paciente em cima do trampolim a fazer skipping, salta para 
o chão ao comando do Fisioterapeuta e recebe bola. 
02.12.2015 – Circuitos com cones, que obrigam a mudanças de direção, 
travagens bruscas, receção da bola, treino pliométrico. 
 
Tratamento Proposto 
 
Objetivo geral: reduzir a dor e o ligeiro edema na região supra-maleolar, 
restaurando a funcionalidade, com o objetivo de retornar à prática desportiva. 
 
Objetivos específicos: 
- Provocar analgesia. 
- Reduzir o edema. 
- Promover a regeneração tecidular. 
- Alinhar as fibras do ligamento PAA. 
- Reprogramar a função propriocetiva, aumentando a estabilidade estática e 
dinâmica. 
 Daniela Ferreira 
 4º Ano de Licenciatura em Fisioterapia 
 
48 
Orientador: Jorge Teixeira 
Hipótese de Trabalho: Espera-se que através do alinhamento das fibras do PAA 
e da regeneração tecidular, se consiga recuperar a mobilidade destes e eliminar 
a dor sentida à palpação. Com a provocação de analgesia, espera-se que a 
paciente tenha uma melhor qualidade de vida. Através da restauração dos 
défices propriocetivos inerentes às lesões ligamentares, espera-se conseguir 
restaurar a funcionalidade da paciente, permitindo desta forma o retorno à 
atividade desportiva. 
 
Objetivo 
Específico 
Procedimentos 
Duração/Fr
equência 
Material Observações 
Reduzir o 
edema 
Esquema curto de 
drenagem linfática 
manual. Causa 
traumática. 
O tempo 
necessário 
para se 
notarem 
alterações. 
Marquesa 
Drenagem de edema 
para os gânglios mais 
próximos (joelho). 
Promover a 
regeneraçã
o tecidular 
Ultra-som, feito de 
modo lento, 
movimentos 
circulares, sem 
perder contacto 
com a pele. 
 
3 minutos, 
dado pelo 
tamanho da 
região a 
tratar. 
 
Situação 
subaguda, 
num local 
com 
resistências 
sónicas 
diferentes: 
Modo de 
emissão 
pulsátil 
(50%), 
intensidade 
Aparelho 
eletroterapia 
O modo de emissão 
foi escolhido de modo 
ao efeito térmico não 
se exacerbar, no caso 
de ainda haver 
inflamação residual. 
 
Efeito mecânico 
(micromassagem por 
vibração), indicado 
para diminuir o 
edema, aumento da 
permeabilidade da 
membrana celular 
podendo alterar troca 
de iões, regeneração 
tecidular). 
 Daniela Ferreira 
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49 
Orientador: Jorge Teixeira 
alta (1,0 
W/cm2), 
frequência 
3MHz. 
 
Alinhar as 
fibras do 
ligamento 
PAA 
Massagem 
Transversal 
Profunda 
Até 
anestesiar + 
6/8 
repetições 
Marquesa 
Perpendicular às 
fibras do ligamento 
em questão. 
Reprograma
r a função 
propriocetiv
a 
Fase IV: Paciente 
em cima do 
trampolim a fazer 
skipping, salta para 
o chão ao 
comando do 
Fisioterapeuta e 
recebe bola. 
Progressão da 
Fase IV: circuitos 
com cones, que 
obrigam a 
mudanças de 
direção, travagens 
bruscas, receção 
da bola, treino 
pliométrico. 
Até a 
paciente ser 
capaz de 
executar 
corretament
e o exercício 
proposto. 
 
 
Marquesa 
 
Trampolim 
 
 
 
 
 
Bola 
 
Cones 
Só progredir para 
outro exercício 
quando o paciente faz 
o anterior facilmente. 
Provocar 
analgesia 
TENS: 
80-100 Hz 
(frequência) 
150 us (duração do 
impulso) 
20 minutos 
 Elétrodos sobre o 
local da dor 
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50 
Orientador: Jorge Teixeira 
Crioterapia 10 minutos 
Saco de 
gelo 
Não só utilizado para 
diminuir qualquer dor 
ou desconforto que 
possa ter surgido com 
os exercícios, mas 
também pela 
massagem 
transversal profunda, 
que é uma técnica 
que provoca a dor. 
Também reduz a 
temperatura 
aumentada pelo 
exercício e pela 
inflamação, 
diminuindo desta 
forma o edema. 
Tabela 19- Tratamento proposto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Daniela Ferreira 
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51 
Orientador: Jorge Teixeira 
Ficha Clínica – Paciente A 
 
Exame Subjetivo (29.10.2015) 
 
Sexo: Feminino.Data de Nascimento: 24.03.2001 
Ocupação: Estudante. 
Pratica algum desporto? Futsal. 
Membro inferior dominante: Direito. 
Antecedentes: entorse do Ligamento Colateral Medial (LCM). 
 
Observação/Inspeção 
 
Expressão facial: A paciente apresenta-se otimista, ainda que com alguma 
expressão de dor. 
Orientação, cognição e compreensão: Não apresenta alterações. 
Colaboração: A paciente colabora com o terapeuta, responde às questões de 
forma clara. 
Observação Postural: A paciente apresenta uma postura razoável tanto em 
carga como em descarga, a patela encontra-se na posição correta, o joelho 
encontra-se alinhado numa posição neutra (não apresenta 
valgo/varo/flexo/recurvatum). 
Inspeção: Palpação da patela não provocou sintomatologia nem revelou 
alterações anatómicas. Apresenta mobilidade das patelas em todos os sentidos. 
Ligeiro edema na zona medial do joelho direito. Temperatura normal. Palpação 
do LCM provocou a dor da paciente (9/10). 
Observação da marcha: sem alterações a este nível. 
 
História Clínica 
A paciente A tem 14 anos e é atleta de futsal. Apresentou-se na clínica de 
Fisioterapia a 26 de Setembro, referindo dor no joelho direito do lado interno. 
Classificou esta dor como sendo intensa e localizada, com uma intensidade de 
8/10 (EVA). A dor teve início no dia anterior à vinda da clínica (25 de Setembro), 
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52 
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durante o treino, ao apoiar o pé no chão, ficando com o pé ligeiramente rodado 
para a fora. 
A atleta refe que os movimentos que agravam a dor são subir/descer escadas e 
correr e, apenas alivia com o repouso. A dor não obriga a que os movimentos 
que a despertam sejam interrompidos, no entanto, permanece durante horas. A 
paciente não apresenta exames complementares de diagnóstico. 
 
Primeiras ideias 
Com base na história clínica da paciente, pode-se concluir que a dor tem um 
comportamento mecânico, visto que agrava com algumas atividade e alivia com 
o cessar das mesmas, e, irritável, visto que a dor permanece durante algum 
tempo após o cessar das atividades. Pode-se concluir também que a dor não é 
severa, pois não faz com que a paciente tenha que cessar as atividades que 
exacerbam a dor. Segundo o mecanismo de lesão, a principal hipótese centra-
se no estiramento do Ligamento Colateral Medial (LCM), que normalmente é 
causado por uma força direta ou indireta na região lateral do joelho com o pé fixo 
no solo, ou seja, uma força valga, ou essa mesma força sobre o joelho com a 
tíbia em rotação externa, com pé no solo. (Barreto, S., 2004) O facto de a 
paciente já ter sofrido anteriormente uma entorse do LCM também apoia esta 
hipótese. No entanto, e porque o joelho é uma estrutura complexa, não 
deveremos rejeitar a hipótese de lesão de outras estruturas, sendo necessário 
realizar outros testes de forma a excluir diagnósticos como uma lesão meniscal, 
pois as ruturas do menisco medial estão ocasionalmente relacionadas com as 
entorses do LCM de grau I e II. (Prentice, W. & Voight, M., 2003 citados por Silva, 
C., 2010) 
Devemos também despistar a lesão do Ligamento Cruzado Anterior (LCA), pois 
numa queda ou rotação pode ocorrer ligeiro estiramento deste ligamento. (Hall, 
C., 2005 citado por Silva, C., 2010) 
Também poderá ser despistado o ligamento coronóide medial, devido à sua 
proximidade em relação ao LCM. 
Os estabilizadores estáticos do joelho na zona medial, local onde o paciente 
refere dor, são o LCM superficial e profundo e o ligamento posterior oblíquo, e 
os estabilizadores dinâmicos da zona medial do joelho são os tendões da pata 
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53 
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de ganso e o quadricípite (Phisitkul, et al. 2006). No entanto, só através da 
palpação e testes resistidos irão permitir excluir a hipótese de estruturas 
contráteis estarem lesionadas. 
No caso de dores irritáveis, é necessário ter alguns cuidados na avaliação, tais 
como executar poucos testes, sendo o mais preciso possível na escolha dos 
mesmos e/ou deixar os testes que provocam a dor para o final da avaliação. 
 
Exame Físico (30.10.2015) 
 
Palpação: Dor no trajeto do LCM. A paciente apresenta um ligeiro edema na 
zona medial do joelho, não existe derrame articular nem alterações da pele e da 
cor. 
 
Testes Passivos 
 Positivo Negativo 
Flexão × (8/10) 
Extensão × 
Valgo × (9/10) 
Varo × 
Tabela 20- Testes passivos. 
Observação: A dor aparece no final da flexão (LCM em alongamento). Segundo 
Kapandji, A. (2006), os ligamentos colaterais encurtam/tensionam durante a 
extensão e alongam-se na flexão, sendo portanto compreensível que durante a 
flexão, ou seja, alongamento de um ligamento que sofreu um estiramento haja 
provocação de dor. Sabe-se também que a abertura da interlinha na face medial 
do joelho (aumento do valgo fisiológico) provoca também aumento de tensão no 
LCM. 
 
Testes para excluir outras estruturas 
 Teste para o ligamento coronóide medial (rotação lateral da tíbia) – 
negativo. 
 Testes para o menisco medial (rotação lateral da tíbia+flexão+valgo e 
teste de Appley) – negativos. 
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 Teste de Lachman (LCA) – negativo. 
 
Goniometria do Joelho 
Flexão (valor de referência: 135°) 
Ativa Passiva 
MIE MID MIE MID 
135° 135° 147° 145° 
Tabela 21- Goniometria flexão. 
Extensão (valor de referência: 0°) 
Ativa Passiva 
MIE MID MIE MID 
0° 0° 0° 0° 
Tabela 22- Goniometria extensão. 
Observação: As amplitudes articulares encontram-se dentro dos valores de 
referência, indicando que a dor que a paciente apresenta não limita as 
amplitudes articulares e que tem uma boa qualidade do movimento, visto que 
não surgiram compensações. Não se verificam diferenças de amplitude articular 
entre os membros inferiores, indicando que a lesão ligamentar não provocou 
limitações a este nível. 
 
Perimetria Joelho 
 
Membro Inferior 
Esquerdo 
Membro Inferior 
Direito 
Bordo Superior da 
Rótula 
37 cm 37,5 cm 
5 cm acima 39,5 cm 40 cm 
10 cm acima 44,5 cm 43,7 cm 
15 cm acima 49 cm 48,5 cm 
Bordo Inferior da 
Rótula 
34,4 cm 35 cm 
5 cm abaixo 32,8 cm 33,4 cm 
10 cm abaixo 35 cm 35 cm 
15 cm abaixo 32 cm 34 cm 
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Tabela 23- Perimetria. 
Observação: Os valores obtidos indicam que existe ligeira redução de massa 
muscular no membro inferior direito a nível dos músculos localizados na região 
da coxo-femural, o que pode ser explicado por estratégias que a paciente utilizar 
para não sobrecarregar o membro lesado, transferindo mais carga para o 
membro inferior esquerdo durante a movimentação, sobrecarregando portanto 
este membro. Esta ligeira atrofia pode também ser explicada pela lesão anterior 
da paciente (entorse do LCM). É possível também verificar a existência de um 
ligeiro edema no membro inferior direito, ao nível do bordo inferior (0,6 cm) e 
superior (0,5 cm) da rótula, tal como 5 cm abaixo do bordo inferior da rótula (0,6 
cm). Em relação ao valor obtido 15 centímetros abaixo do bordo inferior da rótula 
(MID), deve a uma contusão sofrida no dia da medição. Sendo que uma contusão 
é uma lesão traumática sem corte dos tecidos moles, gerada pelo impacto 
mecânico de um agente externo sobre uma parte do corpo, acompanhada por 
inflamação, criando-se um ligeiro edema, que explica o aumento do valor em 
questão. 
 
Teste Muscular (valores de referência) 
0 Ausência de contração 
1 Contração ténue 
2 Completa o teste fraco (Grau não funcional) 
3- Segmento completa 2/3 da amplitude teste 
3 Completa o teste forte (Grau funcional) 
3+ Aguenta uma resistência mínima 
4- Aguenta uma resistência de mínima a moderada 
4 Aguenta uma resistência moderada 
4+

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