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Doença� respiratória� d� recé�-nascid� DESCONFORTO RESPIRATÓRIO ADAPTATIVO (DRA) O bebê deve começar a respirar logo que nasce por conta própria. RN terá poucos segundos para iniciar e manter a sua respiração → 60 segundos de ouro, se demorar mais de 60 segundos para começar, o pediatra deverá fazer ventilação com pressão positiva. Transição: o alvéolo que estava cheio de líquido irá aumentar sua capacidade residual funcional ao entrar ar. O oxigênio tem efeito de vasodilatação nos vasos pulmonares, o que aumenta o fluxo sanguíneo do pulmão, e acarreta na mudança da circulação que era direita-esquerda, para esquerda-direita. → Falha nessas etapas: Desconforto respiratório precoce. Boletim de Silvermann-Anderson Reconhecer e classificar o desconforto-respiratório Pontos Sincronismo tórax abdômen Tiragem intercostal Retração xifóide Batimento de aleta nasal Gemido expiratório 0 Sincrônico Ausente Ausente Ausente Ausente 1 Assincronismo moderado Moderado Moderado Moderado Com estetoscópio 2 Assincronismo acentuado Acentuado Acentuado Acentuado Sem estetoscópio 0 = eupneico ≥ 5 = moderado - considerar algum suporte ventilatório 10= desconforto intenso Estabilização clínica 1- aquecer - incubadora/ berço aquecido: para que o RN não precise gastar energia mantendo sua temperatura, mas sim apenas com a respiração 2- monitorização contínua - satO2 + FC + FR + padrão respiratório 3- avaliar fatores de risco para sepse + hipoglicemia + malformações (cardíacas) 4- ofertar 02 inalatório → vasodilatação pulmonar 5- manter glicemia normal → dieta VO/ SOG versus soro Se houver melhora progressiva em <6 horas de vida, sem necessidade de suporte ventilatório → desconforto respiratório adaptativo! ● passar para berço comum + liberar mais alojamento conjunto se aceitar bem seio materno ● não há necessidade de solicitar RX de tórax TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA DO RECÉM-NASCIDO (TTRN) Retardo na absorção do líquido pulmonar após o nascimento ● Período canalicular (17 sem) - epitélio respiratório secreta líquido no interior dos pulmões em desenvolvimento. Esse líquido exerce pressão de distensão sobre as vias aéreas, estimulando seu desenvolvimento distal (ácino - bronquíolos respiratórios + sacos alveolares) ● Perto do final da gestação, essa produção é mais intensa: produz de 25 a 30 mL/kg/dia de líquido ● 2 semanas antes do parto - cessa produção e secreção do líquido ● antes do nascimento (de 24 a 72h) reabsorve 70% do líquido ● durante a passagem canal do parto reabsorve até 10% do líquido ● restante absorvido por linfáticos + capilares pulmonares após nascimento Situações que retardam a absorção do líquido pulmonar após o nascimento: ● cesárea eletiva fora do trabalho de parto ● asfixia perinatal ● diabetes e asma materna ● policitemia Diagnóstico ● Clínico: taquipneia importante - primeiras horas após o nascimento: dispneia leve (boletim de Silvermann-Anderson), melhora geralmente com 24-48h, dessaturação variada porém boa ● Raio x do tórax: congestão peri-hilar, cisurite, derrame pleural Tramas vasculares aumentadas mostrando congestão Flecha branca: linha do lobo médio, indicativo de cisurite Flecha vermelha: derrame pleural Tratamento ● evolução benigna, habitualmente há resolução espontânea em 2 a 3 dias ● comum precisar de 02 inalatório, garantir temperatura e glicemias adequadas ● ocasionalmente, requer suporte ventilatório não invasivo SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO DO RECÉM-NASCIDO (SDR) Há deficiência quantitativa ou qualitativa do surfactante pulmonar É a doença respiratória mais comum do prematuro (<34 semanas): incidência inversamente proporcional a idade gestacional Fatores de risco: ● prematuridade ● filhos de mãe com diabetes: cortisol reduz produção de surfactante ● asfixia perinatal ● mecônio + hemorragia pulmonar: inativação do surfactante endógeno ● parto eletivo (cesárea sem trabalho de parto) Surfactante pulmonar Produção: inicia a partir da 20ª semana - pneumócitos tipo II, pico a partir de 35 semanas Composição: ● 90% fosfolipídeos ○ dipalmitoil-fosfatidil-colina é o principal ● 10% proteínas ○ SP-A/ D - hidrossolúveis - ações imunológicas ○ SP-B/ C - hidrofóbicas - reduz tensão superficial alveolar Sua função é a redução da tensão superficial alveolar - aumento da capacidade residual funcional - auxilia na transição da circulação fetal-neonatal Fisiopatologia ● deficiência de surfactante aumenta tensão superficial alveolar ● maior permeabilidade endotelial → edema → inativação do pouco surfactante que tem ● reduz complacência pulmonar ( << elástico) - << CRP ● efeito shunt - áreas atelectásicas, porém perfundidas ● desconforto respiratório progressivo ● hipoxemia + acidose respiratória (hipercapnia - acúmulo de CO2) ● Pequena área para trocas gasosas favorece a síndrome do desconforto Diagnóstico ● Clínico: desconforto respiratório progressivo nas primeiras horas de vida ● Cianose, gemência, batimento de asa de nariz, tiragens intercostais - alcançam pico de sintomas no 3º dia após o nascimento. ● Suporte ventilatório: CPAP/ EPAP/ PEEP > 7 cm H20 + Fi > 0,30-0,35 → criança com SDR considerável, precisará de outras medidas ● Laboratorial: acidose respiratória - pCO2 > 60 mmHg ● Radiológico: infiltrado retículo-granular difuso (vidro moído/ fosco) - microatelectasias, broncograma aéreo, aumento do líquido pulmonar ● Hemograma, hemocultura, PCR → diagnóstico diferencial (sepse) Retículo granular: aspecto algodão Área cardíaca é difícil de delimitar lado direito Diagnóstico diferencial: pneumonia congênitas, principalmente causada por Beta hemolíticos do grupo B, apnéia transitória, cardiopatia congênitas cianóticas e malformações pulmonares Tratamento Suporte ventilatório: CPAP/ EPAP/ PEEP - aumento da capacidade residual funcional. Se > 7 cm H20 + FiO2 > 0,30-0,35 → o suporte não está dando conta, sendo indicado o surfactante exógeno Surfactante exógeno: ● precoce - não indicado ● terapêutico ○ precoce - primeiras 2 horas de vida → ideal ○ tardio - após 2 horas de vida Dose: 100-200 mg/kg/dose → intratraqueal (invasivo ou não) Retratamento: 6 a 12 horas (ou assim que a criança precisar) → máximo até 3 doses até 48 horas de vida Desmame ventilatório imediato: risco síndrome de escape de ar (alvéolos hiperinsuflados, pneumotórax) Ideal: manter SatO2 entre 88 e 93%. Medidas de suporte: temperatura, fluidos, nutrição HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE DO RECÉM-NASCIDO (HPPN) Há persistência do padrão de circulação fetal Leva a hipoxemia grave e refratária por diminuição do fluxo sanguíneo pulmonar (pressão pulmonar aumentada) e shunt D-E pelo canal arterial (pressão sistêmica diminuída). Doenças associadas ● SDR ● SAM (síndrome de aspiração meconial) ● hipoplasia pulmonar- hérnia diafragmática congênita ● cardiopatias congênitas ● sepse/ pneumonia ● asfixia perinatal Incidência: 1-2/1000 RN vivos Mortalidade: depende da etiologia de base → elevada nos casos refratários Fisiopatologia Diminuição da produção endotelial de NO e aumento de endotelina ● vasoconstrição pulmonar persistente Diagnóstico Há desproporção entre gravidade da hipoxemia e o grau de desconforto respiratório ● saturação cai bruscamente sem muito desconforto ● labilidade a qualquer manipulação ● diferença de saturação pré - pós ductal ≥ 5% Raio X do tórax ● hipotransparência - campos pulmonares pouco vascularizados ● "pulmões pretos” Ecocardiograma ● padrão-ouro para o diagnóstico ● shunt D-E pelo canal arterial ● avaliar contratilidade miocárdica (insuficiência cardíaca inicial de câmaras direitas) Tratamento Medidas gerais: ● manipulação mínima (para evitar agitação) ● reduzir estímulos sonoros + auditivos ● sedação/analgesia (se criança estiver muito agitada) ● suporte ventilatório → recrutar alvéolos (VAFO) ● tratar doença de base (caso ocorra) Vasodilatação pulmonar: ● NO inalatório - 20 ppm - só faz sentido se eu já consegui recrutar alvéolos ● milrinona - inibidor fosfodiesterase 3 - potente vasodilatador pulmonar e sistêmico, pode ser dado junto coma noradrenalina (vasopressor) ● sildenafil - inibidor fosfodiesterase 5 (off label, via enteral) SÍNDROME DA ASPIRAÇÃO DE MECÔNIO (SAM) Aspiração de líquido meconial intraútero - obstrução vias aéreas + HPPN Incidência: ocorre 1-2% dos bebês com líquido meconial Mortalidade: 35 a 60% nos casos graves, que requerem VM e evoluem para HPPN Grupos de risco: ● RN com > 40 semanas ● asfixia perinatal → sofrimento fetal (mesmo em prematuros) Fisiopatologia Sofrimento fetal → hipoxemia → liberação de mecônio intraútero Gasping ● entrada de mecônio nas vias aéreas ○ obstrução → mecanismo válvula versus atelectasia ■ >> CFF + baro/ volutrauma → escape de ar ■ << CFF → atelectasia ○ inflamação ■ pneumonite química + necrose ■ vasoconstrição pulmonar → HPPN ■ inativação do surfactante pulmonar → perda de capacidade residual pulmonar Diagnóstico Clínico: ● desconforto respiratório de início precoce + progressivo ● cianose, dessaturação ● se não houver complicações, gradualmente absorvido com resolução do quadro em 5 a 7 dias Radiológico: ● pulmão heterogêneo: infiltrado granular grosseiro (áreas de atelectasia) alternado com hiperinsuflação ● pode ter também consolidação e escape de ar Tratamento: É inespecífico ● ATB - diferencial de pneumonia ● suporte ventilatório - difícil ventilar (heterogêneo) → VAFO (ventilação de alta frequência) ● NOi se HPPN ● surfactante exógeno - se suspeita de inativação APNEIA DA PREMATURIDADE Pausa respiratória > 20 segundos ou por menor tempo com repercussão (bradicardia FC < 100 + cianose + queda na saturação) Início: a partir do 2º dia de vida, mais precoce quanto menor a idade gestacional Etiologia: ● Central: inativação do centro respiratório → ausência de movimentos respiratórios ● Obstrutiva: interrupção do fluxo aéreo na faringe → apresenta movimentos respiratórios. Laringes com malágia, má posição da cabeça (flexão) ● Mista: maioria (50-75%) - obstrução → apneia central Única forma de diferenciar: ● Poligrafia ou polissonografia auxiliam no diagnóstico: ○ episódios de apneia ○ grau de maturidade do SNC ○ casos de dúvida - exemplo prematuro tardio ou termo precoce Tratamento Xantinas (cafeína ou teofilina) → antagonistas da adenosina Ataque 20 mg/kg → manutenção 10 mg/kg até 34 a 36 semanas sem IG ● estimulam centro respiratório ● aumentam sensibilidade aos receptores de CO2 ● diminuem depressão respiratória por hipóxia ● potencializam contração diafragmática → aumenta VM CPAP/NIPPV Fluxo respiratório dilata faringe → estimula drive respiratório Idad� gestaciona� � Prematuridad� CLASSIFICAÇÃO DO RN PELA IG Prematuro < 37 semanas ● extremo < 28 semanas ● muito prematuros 28 a 31+6 ● moderado 32 a 33+6 ● tardio 34 a 36+6 Termo > 37 semanas ● precoce 37 a 38+6 ● pós-termo > 42 Maturidade física ● lânugo - finos pelos mais comuns em prematuros (27-28 semanas), recobrem, ombros, costas, esses pêlos caem ● pele: conforme amadurece fica mais espessa + queratinizada → pregas + sulcos ● superfície plantar - rugas no calcanhar sugerem maturidade ● cartilagem das orelhas mais firmes próximo ao termo ● abertura palpebral- inicia com 22 semanas; pode estar completa com 28 semanas ● descida testicular- chega na bolsa escrotal por volta do 3º trimestre, mais enrugada a termo CLASSIFICAÇÃO: PESO Percentil do peso de nascimento: ● PIG p <10 proporcionado versus desproporcionado ● AIG p 10 a 90 ● GIG p > 90 → Curva de Fenton: IG de 22 até 50 semanas de idade corrigida Peso absoluto: ● macrossômico > 4000g ● baixo peso < 2500g ● muito baixo peso < 1500g ● extremo baixo peso < 1000g RCIU nem sempre é igual a PIG RCIU: condições clínicas que interferem na circulação feto-placentária → menor oferta O2 e nutrientes ao feto ● proporcionado: precoce (1º tri) → simétrico (PC p <10) - pior prognóstico cromossomopatias, TORCHS ● desproporcionado - tardio (3ºtri) → assimétrico (PC p >10) - melhor prognóstico DHEG + trombofilia (insuficiência placentária) Complicações RCIU: ● morte fetal ● prematuridade ● asfixia perinatal ● hipoglicemia ● policitemia + hiperviscosidade ● hipotermia PREMATURIDADE Limites de viabilidade: ● 22 semanas - 0% ● 23 semanas - 15% ● 24 semanas - 55% ● 25 semanas - 79% A prematuridade pode ser espontânea ou eletiva Eletiva: Risco materno: patologias graves (HAS descompensada, cardiopatia descompensada) Risco fetal: sofrimento fetal, insuficiência placentária Iatrogênico: erro na determinação da idade gestacional, partos eletivos Espontâneos: 70% dos casos melhor meio de prevenção: avaliação pré-concepcional e assistência pré natal Fatores de risco para prematuridade: ● Obstétricos: parto prematuro anterior, infecção amniótica, RPMO, alterações hormonais, sangramentos vagianis 1º e 2º trimestre, inserção baixa da placenta, descolamento prematuro da placenta, incompetência istmo cervical, gemelaridade/ polidrâmnio, malformações fetais e placentárias ○ 1 parto prematuro espontâneo anterior: chance 37% de outro, 2 partos prematuros anteriores: 70% de chance de novo prematuro ● Ginecológicos: infecções vaginais (vaginose), amputação de colo uterino, miomas, malformações uterinas ● Epidemiológicos: gestação indesejada, estresse, baixo nível socioeconômico, assistência pré-natal inadequada, tabagismo, drogas ilícitas, desnutrição, higiene adequada ● Clínico Cirúrgicos: doenças maternas, procedimentos cirúrgicos na gravidez, infecções do trato urinário e nas vias aéreas ● Iatrogênicos: erro na determinação da idade gestacional, partos eletivos Prevenção primária: ● é deficiente ● identificar fatores de risco ● remover todas as causas ● equipe multidisciplinar ● anamnese detalhada ● fatores de risco epidemiológicos: atuar desde o início Prevenção secundária: ● exames de rotina pré natal ● culturas de secreção vaginal e pesquisa de ISTs em pacientes com fator de risco ● pesquisa de infecção do trato urinário: trata-se bacteriúria assintomática em gestantes, profilaxia em ITU de repetição ● pesquisa de streptococcus grupo B ● monitorização das contrações uterinas ● acompanhar clinicamente contrações: ensinar ● tocógrafo ● ultrassonografia para medida do colo:gestantes com fator de risco entre 18 e 24 semanas, comprimento (> 25 mm) e sinais de afunilamento ● conduta para colo curto: repouso, abstinência sexual, investigar infecções, progesterona vaginal, internação se sintomas, fibronectina fetal ○ Teste da fibronectina fetal: glicoproteína produzida pelo trofoblasto. Presente em condições normais antes das 20 semanas e após 35 semanas. Entre 20 e 22 semanas com a fusão do âmnio e córion, ela desaparece. Se estiver presente: marcador de TPP. Elevado valor preditivo negativo por até 2 semanas após teste (96). Realizar em gestantes sintomáticas! Prevenção terciária: ● Tocólise: postergar o parto de 48 a 72 horas (remover para centro de referência que tenha UTI neonatal, por exemplo), para dar tempo de corticoterapia ● Critérios para tocólise: ○ contrações rítmicas - TPP verdadeiro ○ menos que 3 cm (fase de latência) ○ esvaecimento não pronunciado ○ idade gestacional até 34 semanas ○ viabilidade - depende do serviço ● Quando não posso fazer tocólise? ○ corioamnionite ○ rotura de membranas ovulares ○ sangramento grave (DPP, PP) ○ condições clínicas maternas desfavoráveis ○ morte fetal/ anomalias fetais incompatíveis com a vida ○ sofrimento fetal ○ contraindicações relacionadas às drogas ● Uterolíticos ○ bloqueadores do canal de cálcio → nifedipina ○ inibidores da prostaglandina (pouco usados) ○ beta agonista → terbutalina, salbutamol, ritodrina ○ sulfato de magnésio - ação tocolítica leve ○ antagonista da ocitocina → atosibano (efeitos colaterais mínimos, é caro) ○ nitroglicerina ○ etanol Corticoterapia Realizar entre 24 e 34 semanas ● redução 40-60% da membrana hialina ● menor gravidade da síndrome do desconforto respiratório ● melhor resposta ao surfactante pulmonar ● menos hemorragia intracraniana ● menos enterocolite necrotizante Os efeitos atingem seu benefício máximo se o parto ocorre entre 24 horas e 7 diasapós a última dose do medicamento. Se o parto ocorrer fora desse prazo ainda existem benefícios Contraindicações: evidências clínicas de infecção e/ou parto iminente 1 ciclo = Betametasona 12 mg IM de 24 em 24h Dexametasona 6 mg IM de 12 em 12h x 4 doses 1 ciclo - ideal 2 ciclos - individualizar 3 ciclos - ministério da saúde orienta só se com betametasona Efeitos colaterais: leucocitose: desvio à esquerda perdemos alguns parâmetros laboratoriais de infecção hiperglicemia materna alterações significativas nos parâmetros de avaliação do bem estar fetal: diminuição ou aumento da FC fetal, diminuição ou aumento da variabilidade, diminuição dos movimentos fetais Profilaxia de infecção pelo Streptococcus grupo B (agalactiae) Bactéria comumente encontrada na vagina e reto da mulher - 10 a 30% Principal agente de sepse neonatal, meningite e pneumonia Coleta entre 35 e 37 semanas - swab no introito vaginal e anal Quando a cultura é positiva: Penicilina G cristalina 5 milhões UI IV seguida por 2,5 milhões UI IV de 4 em 4h OU Ampicilina 2,0 g IV seguida por 1,0 g IV de 4 em 4h Alérgica a penicilina: Clindamicina 900 mg IV de 8 em 8h Cultura não realizada: prematuros RPMO > 18h bacteriúria por EGB história de recém-nascido prévio infectado por EGB febre intraparto Assistência ao TPP: via obstétrica na maior parte dos casos monitorização fetal contínua amniotomia tardia desprendimento lento do polo cefálico laqueadura do cordão tardia Desmam� Ventilatóri� Critérios para considerar a aptidão para o desmame: - Causa da falência respiratória resolvida ou controlada - PaO2 >60 mmHg com FIO2 <0,4 e PEEP <5 cmH2O - Correção dos distúrbios metabólicos - Estabilidade cardiovascular, sem uso de medicações vasoativas ou doses mínimas - Hemodinâmica estável, com boa perfusão tecidual, sem ou com doses baixas de drogas vasoativas; - Paciente capaz de iniciar esforços inspiratórios (nível de consciência adequado sem sedação ou em dose mínima) - Equilíbrio ácido-básico e eletrolítico normais; - Sem previsão de procedimento cirúrgico com necessidade de intubação nas próximas 12 a 24 h. Técnica de Desmame: - Redução gradual dos parâmetros de suporte: - Iniciar a redução sempre pelos parâmetros mais prejudiciais, como oxigênio e pressão - Reduzir a FiO2 para o menor valor possível para manter SaO2 ≥ 92%; - Ajustar PIP, PEEP, Ti e FR de forma a manter estabilidade dos valores gasométricose boa ventilação pulmonar; - Evitar reduzir dois parâmetros ao mesmo tempo; - Monitorar o paciente (temperatura, PA, FR, FC e SAO2); - Ausência de sinais de desconforto respiratório (ausência de utilização de musculatura acessória, ausência de batimentos de asa de nariz); - Registrar cada alteração feita e as respostas do paciente a cada mudança de parâmetro.
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